Epílogo
NOVA IORQUE, 1987...
O SOM DOS MOTORES QUE ECOAVA POR TODA A PISTA DE corrida era música para os seus ouvidos, assim como era excitante sentir a adrenalina correr por suas veias quando estava em cima de sua moto. O vento em seu rosto e a sensação de liberdade era indescritível.
As arquibancadas estavam lotadas e as atenções concentradas no piloto que se tornou a sensação da temporada: Morten Harket era o mais jovem piloto da história a conquistar uma classificação para o Grand Prix — e o mais novo queridinho da mídia, também. Ele era ousado. Impulsivo. Teimoso. Charmoso. O moreno de belos olhos azuis — sempre com sua jaqueta preta de couro e um lenço, na maioria das vezes xadrez, amarrado no seu pescoço — fazia sucesso com a mulherada.
Só que para a total consternação de seu fã clube, Morten era completamente apaixonado pela sua noiva, Claire Stewart — que estava sentada em algum lugar na arquibancada na reta da linha de chegada.
Na manhã anterior, durante o treino de classificação para a pole position, devaneara, chegando à conclusão de que se, porventura, alguém lhe dissesse, há alguns meses, que acabaria enamorando-se perdidamente por uma mulher que pertenceria a um mundo totalmente diferente do seu, ele teria gargalhado. Contudo, como o mundo dá voltas, agora ele percebia que seu lugar era ao lado de Claire, em seu mundo cheio de cores e sabores diferentes. O vazio em seu peito já não existia mais. Parecia uma lembrança de uma vida passada ou um vago delírio proveniente de um sonho que tivera outrora.
Ao virar a curva que levava à reta da linha de chegada, Harket viu que o bandeirinha já estava pronto para lhe dar a bandeirada da vitória. Ao sair do pódio, com Claire ao seu lado, um repórter perguntou-lhe qual era a melhor parte de uma corrida.
— Confesso que não é quando recebo o troféu no pódio — começou Harket, com um sorriso jocoso nos lábios — ou quando bebo o leite, não que eu não goste da sensação, muito pelo contrário. Mas, para mim, a melhor parte de uma corrida é quando a mulher que eu amo — ele olhou para Claire e percebeu que seus olhos estavam levemente arregalados e rubra de vergonha — se joga em meus braços e me beija na frente das câmeras. Como se fossemos os únicos presentes no autódromo.
Embora estivesse envergonhada pelas palavras de Morten e ainda sentisse seu rosto quente, Claire se sentia extremamente orgulhosa de seu noivo. Vencera barreiras, quebrara estereótipos e realizara seu sonho.
— Então, senhor piloto de corrida famoso, aonde quer comemorar sua vitória? — perguntou ela, enlaçando o pescoço dele quando chegaram ao estacionamento destinado às escuderias.
— Que tal em seu apartamento? Podemos pedir pizza, nos divertir um pouco.
— Tem certeza que não vai querer se juntar ao pessoal?
— Absoluta!
Morten tirou uma mecha dourada do cabelo de Claire dos olhos dela e a beijou. O beijo começou lento e cheio de ternura, mas, quando Claire gemeu baixinho entre seus lábios, ele aprofundou o beijo, fazendo com que as batidas de seu coração martelassem em sua têmpora e seu sangue esquentasse em suas veias.
Harket não se importava com o fato de ter ganhado o Grand Prix e ter se tornado um piloto famoso. Para ele, ter Claire em seus braços, em sua vida e em seu coração era o que realmente importava. E, se dependesse dele, nada os separaria, nem mesmo as artimanhas do destino ou as surpresas de tempos futuros.
Fim
🏁 🏁 🏁
Olá, pessoas!
Bem, chegamos ao fim de TOM. Espero que tenham gostado dessa pequena loucura. Eu, particularmente, amo essa história (e mais ainda a música hehe).
Agradeço de todo coração à todos que leram e votaram. Foi maravilhoso tê-los por aqui!
Muito obrigada novamente.
E até mais!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro