6. Housewarming
Mitch e Cherry nas fotos.
Olá! Obrigada por esperarem pacientemente durante o fim de semana. Bem-vindos aos novos leitores. Eu consegui escrever bastante e vou poder alimentá-los durante a semana, se continuarem me alimentando como estão fazendo. Ser mútuo é tudo, já dizia Larry. A proposito, o Wattpad tambem tá com problema nos comentários para vocês? Tipo, fica sumindo da interface da historia, mesmo estando lá?
Vamos a calçada da fama do capitulo anterior, como uma certa pessoinha (que eu amo) chamou:
LettBris, Rafaelly1210 (⭐️), paynosa (⭐️), ACat1615 (⭐️), kinghouis, ewyt91, Dreschh, Maria23ct, MagnuseAlecBane (⭐️), tommo_hazza_1, hwithlv (⭐️), shylinson (⭐️), AnaCampos376, Larrynteligente, sophiasorria (⭐️), larryylifeww (⭐️), lgbtopaz, LailaRegina, ddllwt, OhShitLarry (⭐️), Judithfranca, NandaV25, hazzalostgirl (⭐️), stylesangeIx, larrysgocrazy, Natlhs, printsputaria, laraa_DJS2 (⭐️), Ltopera (⭐️), Nath_1D4EVER, Gabilitz_, Tomlinson28_jho (⭐️), endxftheday (⭐️)
Vão lá beber água e comer alguma coisinha se ainda não fizeram isso. Médicos Larry a gente leva a sério, não é meixmo.
Boa leitura, Pills!
~o~
- Dr. Styles! – o enfermeiro legal do primeiro dia que Harry ainda quer saber o nome, chama por ele. - Sua paciente pós operação está em perigo!
Harry corre com ele para o quarto da paciente que está um caos. A mulher está deitada imóvel enquanto os três enfermeiros se movimentam ao redor dela.
- O que aconteceu? – procura respostas. – Eu a vi dois minutos atrás e ela estava bem!
- Ela não consegue respirar! Está com fluidos nos pulmões. – uma das enfermeiras responde.
- O coração dela está com fibrilação atrial! – o enfemeiro informa. – Batidas do coração chegando a 160!
- A pressão está baixando... Ela está hipotensa. – a terceira enfermeira também diz.
- E a temperatura do corpo está aumentando. Ela está fervendo! – o enfermeiro se vira para Harry. – O que você quer fazer, Doutor?
Harry pega o tubo de respiração, mas queria também comandar que fizessem o intravenoso e trouxessem o desfribilador.
- Temos que fazer ela respirar, certo?!
- Sim, mas o coração dela vai falhar a qualquer segundo!
Harry sente o pânico subir pela garganta. Ele congela.
- Eu...
- Doutor, o que você quer que a gente faça? – a enfermeira exige por uma ação.
- Dr. Styles, precisamos de uma resposta agora! – a outra o pressiona.
...
Na manhã seguinte.
- Harry? Está me escutando? – Niall chama a atenção do amigo.
Ele ficou aéreo por uns segundos, pensando outra vez na cena de ontem.
- Desculpa, Niall. Eu fiquei... Distraído.
Harry está entrando no hospital com Niall e Sarah.
- Ainda pensando naquela paciente da noite passada? – adivinha.
-...Sim.
- Você não pode se torturar com isso, Harry. Ela sobreviveu.
- Só porque os enfermeiros me salvaram. - ele argumenta a tentativa de Sarah o confortar. - Ela tinha acabado de fazer uma cirurgia complicada. Eu deveria estar preparado para complicações. Eu acho que estou bem confortável agora em lidar com uma situação ruim acontecendo... – suspira, ansioso. – Mas quando um milhão de coisas ruins acontecem ao mesmo tempo, eu entro em pânico. Eu não consigo lidar quando tudo é um furacão fora de controle.
- Eu repasso casos que não terminam bem na minha cabeça, mais de uma vez, para eu saber exatamente o que fazer da próxima vez. Você poderia tentar isso. – Niall aconselha.
- Talvez esteja certo.
- Não quero me achar, mas estatisticamente falando, eu normalmente estou. – Niall bate as mãos, animado. – Falando em se achar, eu devo estar bem no topo do primeiro rank para a vaga de diagnósticos!
- Ah, isso é hoje? – Sarah não lembrava.
Harry entra no átrio, encontrando o outros estagiários se empurrando para chegar na frente do aglomerado.
- Se reúnam, se reúnam! – Yen ordena.
Louis está de pé na frente, segurando uma lista.
- Para trás! Para trás! – ele diz rígido e impaciente. – Cristo, vocês são como um bando de cães descontrolados.
Harry se junta ao grupo de amigos, ficando na ponta dos pés para conseguir ver por cima das cabeças.
- Uou, parece que todo mundo entrou na competição. – ele fica ciente disso agora.
- Claro que entraram... É a oportunidade de uma vida inteira. – Niall comenta.
- Sim. Só um completo bobalhão pensaria em deixar isso passar. – Clare dá a indireta com um sorriso no rosto.
- Valeu por isso, Clare. – Harry sorri, mas revira os olhos.
- Que tal isso? – Ed tem uma ideia para apimentar as coisas. – Quem estiver mais baixo no rank, tem que pegar o barril para a festa de inauguração da nossa casa essa noite.
- Eu gosto de como você pensa. – Clare concorda.
- Ótimo! Agora já temos a música, comida e bebidas garantidas. Eu falei para todo mundo chegar oito horas.
- Espera, quem é todo mundo? – Niall semicerra os olhos
- Você sabe, os outros estagiários.
- Eu falei para alguns residentes também. – Clare menciona os estagiários em seu segundo e terceiro ano de residência.
- E eu convidei vários enfermeiros. – Sarah acrescenta.
- Galera, nosso apartamento é legal e tudo o mais, mas não é grande assim! Temos que manter uma festa pequena!
- Niall, relaxa! – Harry reage positivo como sempre. – Vai ficar tudo bem. A gente pode se apertar. Não é como se todo mundo que chamamos vá aparecer, de qualquer forma.
- Isso é tão típico... Você fala isso e aí no final, todos vão aparecer. – Niall fica com mal pressentimento.
- Não acredito que finalmente estou organizando minha primeira festa! – Ed muda o foco do assunto.
- Ah, está falando da festa de casa nova essa noite? – Yen os escuta e sorrir. – Mal posso esperar!
- Você escutou sobre isso? – Harry se surpreende.
- Todo mundo escutou sobre isso.
- É disso que eu estava falando! – Niall se frustra.
- Eu estava a caminho de falar pro Steve sobre a festa. – Yen indica com o polegar atrás dela, onde Aoki está. – Vocês não se importam, né?
- Você quer trazer Dr. Aoki? – Harry fica nervoso por um segundo, mas disfarça. – Quanto mais, melhor!
- Ótimo! – ela fica feliz com a resposta. – Sei que o senso de humor dele não é a colher de chá de todo mundo, mas...
- Ele tem um senso de humor? – Clare nem se preocupa em ser discreta.
- Mas ele é muito divertido em festas. – Yen garante.
- Estamos ansiosos para ver isso. – Harry fala por eles.
Yen se afasta para falar com Aoki enquanto os companheiros de apartamento encaram Harry, o fuzilando.
- O que queriam que eu falasse? – ele fica na defensiva.
Lá na frente, Louis fixa o papel da lista num mural de anúncios. Um maremoto de estagiários ameaçam o esmagar.
- Agora vocês podem parar de me importunar com suas perguntas sobre em que lugar estão. Se quiser argumentar o seu rank, passa no meu escritório e eu vou imediatamente o desqualificar. Tenham um bom dia. – Louis se vira nos calcanhares e vai embora antes que qualquer um possa o parar.
- É só eu ou ele parece mais rabugento que o normal? – Sarah sussurra conspiratoriamente.
- Ele provavelmente está irritado de ter que escolher um estagiário. – Harry pensa no motivo.
- É, eu duvido que ele queira ser babá de um de nós noobs. – Ed pensa o mesmo.
- Sério mesmo, toda vez que o vi ele estava comendo vivo um estagiário.
- Ei, se não aguenta o calor, saia da cozinha! – Clare responde Sarah na esportiva.
Lentamente, a multidão dispersa enquanto os estagiários na frente de Harry descobrem o rank deles. Logo, o cacheado está perto o bastante para ler a lista.
- Vamos ver, quem é numero um... – Niall lê em voz alta.
- Katie? Aquela filha da—
- Aquela filha da o quê? Continue. – Katie aparece e interrompe a frase indignada de Clare.
Clare se vira para ela.
- Aquela filha... da irmã da mulher que assina os meus cheques de pagamento. – Clare se obriga a ser respeitosa.
- Clare, continua lendo! – Sarah traz a atenção dela de volta para a lista.
- Eu estou em quarto lugar. Tá, eu acho. – ela se contenta de mal gosto. – Niall está em sétimo. Ed em décimo, Sarah em décimo quarto, e Harry, você está em... – Harry segue o dedo dela mais e mais baixo na lista.
- Décimo nono? – Ed fala primeiro. – Parece que você ficará com o dever de buscar o barril, Harry.
- Eu sou número dezenove? – Harry repete em voz alta, tendo de aceitar a triste realidade. – Acho que é justo. Na próxima, estarei mais em cima. Só preciso me esforçar para isso.
- Certeza que Dr. Tomlinson só não está te perseguindo? – Clare indaga. – Tipo, você não é tão bom quanto eu, mas você também não é ruim assim.
- Não importa. – Harry abana a mão em descaso. – Eu preciso melhorar pelo meu próprio bem. Na verdade, vocês viram para onde ele foi? Eu preciso o atualizar da minha paciente pós operação.
- Por aquele corredor. – Clare indica o que viu. – Mas talvez seja melhor você pedir para uma enfermeira fazer isso. Você não vai querer cair mais ainda na lista.
Harry ignora e segue Louis num corredor adjacente a uma nova ala do hospital, ainda em obras.
- Dr. Tomlinson! Espere! – Harry o chama.
Ele para e se vira com o som da voz do estagiário. A visão parece distante, os pensamentos em outro lugar.
- Hm?
- Eu queria te atualizar da minha paciente depois da operação ontem a noite.
- A que os enfermeiro tiveram que entubar? Eu já fui atualizado.
Louis começa a se afastar.
- Você não vai... Me repreender?
- Eu tenho coisas para fazer. E vendo pela expressão no seu rosto, eu acho que você já se sente mal o bastante. Agora volte para seus pacientes. – ele o dispensa. – Vocês não podem estar perto das obras.
- Espera... Mais uma coisa. – Harry não sabe se ele foi convidado ou escutou falar da festa, mas não custa mencionar. – Eu e meus amigos de quarto estamos fazendo uma festa para a nova casa essa noite, você deveria vir. Muitos dos funcionários estarão lá. Será divertido.
Louis hesita, os olhos sustentando os de Harry, e então ele suspira.
- Eu aprecio o convite, mas tenho que recusar.
- Entendido, Dr. Tomlinson. – Harry não faz perguntas ou insiste, mas se sente decepcionado.
Ele se vira para sair.
- Novato, espera... – Louis o impede. – Eu gostaria de um favor. Quão ocupado está agora?
- Todos meus pacientes estão estáveis. O que precisa?
- A radiologia acabou de ganhar a nova máquina de ressonância magnética, mas ainda não a testaram. Estou ficando impaciente. Posso te usar como cobaia?
- Você quer me colocar numa MRI e escanear meu cérebro?
- Vai ser fácil. Eu vou te fazer umas perguntas e ver que partes do seu cérebro reagem.
- Hã... Que tipo de perguntas? – se preocupa, ficando nervoso.
- Se prefere manter seus segredos, escaneia o meu cérebro então. – Louis dá a alternativa. – Eu fracamente não me importo, eu só quero essa máquina testada e funcionando.
- Claro, posso ajudar. – Harry aceita.
- Excelente. Venha comigo.
Harry segue Louis para o laboratório de imagens. Uma MRI brilhante e branca domina a sala.
- A sala de controle é por ali. – Louis mostra a porta. – Mas primeiro, vou precisar de uma injeção de contraste magnético.
- Eu vou pegar o gadolínio. Se assegure de não ter nenhum metal em você.
Enquanto Harry enche uma seringa de contraste magnético, Louis retira o jaleco, desfaz a gravata e tira a camisa.
- Estou pronto.
Louis deita na máquina e Harry se aproxima com a seringa, fazendo o máximo para não encarar o corpo bronzeado e definido do seu orientador. O estagiário apalpa as veias no braço do mais velho, que olha para ele.
- Você sabe como dar uma injeção, não sabe? – Louis fica hesitante por um momento.
- Você vai já descobrir. – Harry dá um sorrisinho de lado, o provocando.
Ele prepara a dose e põe a agulha gentilmente na veia que encontrou, injetando a substancia.
- Muito bem. Mal senti algo.
- Eu fui para a faculdade de medicina, sabe. – Harry suspende uma sobrancelha, divertido.
Ele descarta a seringa e aperta um botão na máquina. Louis desliza para dentro do cilindro da enorme caixa magnética. Harry sai de lá e vai para a sala de controle, checando Louis através do vidro.
- Consegue me escutar?
A voz do Louis sai pelas caixas de som:
- Alto e claro. Bem alto, na verdade.
- Começando a primeira sondagem. – Harry liga a máquina, e lá de fora, ele a escuta zunir, circular, clicar e vibrar.
Louis fica deitado, imóvel.
- Como está?
- Seu cérebro parece um cérebro. – Harry descreve.
- Eu acho que deveria estar grato com isso. – Louis sorri e fica sério novamente. – Até agora tudo bem. Agora vamos testar a detecção do contraste. Me faça algumas perguntas. Partes diferentes do meu cérebro devem se iluminar com o aumento do fluxo hemodinâmico.
- Que tipos de perguntas?
- Talvez você poderia começar com "Por que estou fazendo Dr. Tomlinson pensar em tudo"?
- Desculpa! – Harry fica sem graça. – Hm... Você ainda tem sentimentos pela Dr. Shaffer?
- Perdão? – Louis fica surpreso.
- Só tentando provocar uma resposta emocional na sondagem. – Harry dá de ombros, soando casual, mas por dentro o estômago está revirando.
Louis fica em silencio por um momento.
- É claro que tenho sentimentos por ela. Sentimentos de respeito, admiração, camaradagem...
- Não foi o que eu quis dizer. – Harry franze o cenho, insatisfeito com a resposta.
- Eu sei.
Na tela, o hipotálamo do Louis brilha levemente. Uma resposta emocional, Harry nota. Ainda há alguma coisa aí.
- Vamos continuar. Próxima pergunta.
- Qual foi seu momento mais vergonhoso? – Harry traz leveza para o ambiente, mas também é uma desculpa para conhecer mais do Louis e rir um pouco.
- Esse.
- Estou falando sério.
- Eu também.
- Você quer saber se a máquina está funcionando ou não? – Harry retruca.
- Tá. – Louis dá o braço a torcer. – Anos trás, quando eu era um residente, eu... Uma vez...
- Você pode me falar. – Harry passa confiança.
- Eu uma vez diagnostiquei errado um paciente.
- Uma vez?! – Harry fica boquiaberto com o detalhe.
- Eu sei. Eu estava mortificado. – Louis não pensa no mesmo motivo da surpresa que Harry. – Eu prometi nunca deixar isso acontecer de novo.
O hipocampo de Louis pulsa laranja ao relembrar da memoria.
- Uou. Essa é realmente uma memória forte para você. – ele pensa na próxima pergunta. – Você quer ter filhos?
Não tem resposta.
- Dr. Tomlinson?
- Eu te escutei. Eu estou pensando.
Na tela, o brilho laranja muda do lobo parietal do Louis para o occipital ao imaginar um futuro.
- Eu não acho que isso esteja nos planos para mim.
- Não?
- Eu não acho que conseguiria estar lá por eles, pelo menos não do jeito que iriam precisar. Além do mais, já vi muitas historias horríveis de primeira mão. – Louis finaliza. – Okay, mais uma. Pergunta algo complexo.
- Certo... – é algo que Harry já tinha na cabeça para perguntar. - O que você acha de relacionamentos entre um médico da casa e um residente?
- Desculpe? – Louis fica perplexo mais uma vez.
- Você me escutou. – Harry não se repete.
O hipotálamo dele pulsa laranja.
- Os médicos da casa são responsáveis pelo treinamento e gestão dos residentes, os supervisores. Isso tem que ser a prioridade. Envolvimentos românticos... Interfere com isso. Somos médicos. Qualquer sentimento intimo são só reações neuroquímicas ao elevado estresse e a frequente exposição com o outro.
- Ceeeerto. – Harry arrasta a palavra, vendo o ponto dele, mas tendo uma opinião diferente.
- Eu acho que acabamos aqui.
Harry desliga a máquina e volta para a sala, trazendo Louis para fora do cilindro. O médico se levanta e se veste.
- Acredito que a máquina esteja funcionando?
- Perfeitamente. – Harry afirma.
- Excelente. Obrigado... Pela assistência.
- Sempre que precisar.
Louis assente sem jeito, e então começa a sair. Ele se vira de volta para dizer algo. Pausa. Harry o observa expectante. O homem mais velho franze o cenho, parece afastar os próprios pensamentos com um olhar desanimado e vai embora.
...
Mais tarde, Harry vai checar a paciente da pós operação, a que quase deixou morrer. Hora de encarar a realidade. No momento que entra no quarto, uma onda de barulhos e afazeres o atinge.
A paciente está acordada, digitando furiosamente num notebook enquanto argumenta vociferamente no fone Bluetooth na orelha.
- Srta. Paltrow...?
- Um segundo, Dr. Styles. Não, Elizabeth, faça Chris entregar as declarações assinadas para a corte enquanto Scarlett fala com o cliente. Espera, Sebastian está ligando... Sebastian! Se não arquivarmos no tribunal em breve, eles vão dispensar nosso caso! E o jogo de futebol dos meus filhos foi cancelado. Eu preciso que Jon os pegue as três da tarde, não cinco.
- Desculpe, eu posso voltar depois... – Harry finalmente diz quando acha uma brecha.
Ela termina a ligação e gesticula para ele se aproximar, ainda digitando no notebook.
- Não, não, só um milhão de incêndios para apagar, mas tenho certeza que você entende.
- Pode me falar como está se sentindo hoje, srta. Paltrow?
- Estou um pouco dolorida na garganta e ao redor das cicatrizes da operação, mas fora isso bem. Eu realmente te assustei ontem a noite, hm?
- Hã... – Harry entristece o semblante.
- Está tudo bem, posso ser uma advogada, mas não vou te processar por ser sincero.
- Srta. Paltrow, eu estarei pronto da próxima vez. Isso é uma promessa. – ele diz com determinação.
- Você parece ser alguém que mantém a palavra. Mas estar pronto para o inesperado é mais fácil de falar do que fazer. – ela cruza os braços.
- Sei que sim. Eu estarei de volta em breve para ver como está de novo.
Enquanto Harry vai para a porta, ela o impede.
- Você ficará bem, Dr. Styles. Posso não ser uma médica, mas sou uma sócia chefe num escritório de advocacia altamente respeitado... Então eu sei o que é ter milhões de coisas para fazer e apenas duas mãos.
- Como você lida com isso? – ele busca conselho.
- Delegação. Eu tenho uma ótima equipe atrás de mim e eu sou muito boa em dar ordens para eles.
- Isso é meio mandão. – Harry é sincero, já que ela deu a liberdade de ele ser.
- Eu sou uma chefe, afinal. E pelo o que posso ver, você também. Eu delego tarefas pequenas, mas importantes para minha equipe para que minha mente fique livre para se concentrar no que eu faço de melhor. – ela explica. – Por isso que sou uma das litigantes do estado que mais ganha dinheiro e minhas crianças ainda sabem como eu sou.
- Mas como você fica calma o bastante para tomar as decisões? Ontem a noite, eu senti como se tivesse um engarrafamento no meu cérebro. – ele mostra a frustração.
- Eu só fecho os olhos, respiro e conto até três.
- Contar até três? É isso? – ele fica até descrente que seja tão fácil.
- Eu paguei um terapeuta dois mil por hora para me ensinar bobagens do tipo. Então, espero que funcione para você.
...
Finalmente, depois do longo expediente, Harry leva o barril de cerveja para o prédio e encontra o apartamento completamente lotado.
- Caramba! – ele exclama, boquiaberto com a quantidade de gente.
Música vibra da caixa de som do Ed enquanto todo mundo dança e brinca de jogos de bebida. Harry se espreme pelas pessoas, sorrindo educadamente para os enfermeiros e equipe de apoio que ele reconhece... Ele até vê alguns pacientes.
- Harry! – Yen o cumprimenta com um abraço entusiasmado, derramando um pouco da bebida dela nas costas largas do cacheado. – Muito obrigada por nos convidar!
Dr. Aoki se aproxima, uma bebida na mão.
- Ah, Dr. Aoki! Eu estou hã, muito feliz que pôde comparecer.
- Estamos fora do hospital, você pode chama-lo de Steve! – Yen descarta as formalidades.
- Isso é muito legal, Styles. Estou amando essa festa. – Steve diz e os dois se afastam para encher os copos.
Harry não conseguiu identificar se ele estava sendo sarcástico. O rapaz anda pela multidão densa carregando o barril, gritando por cima da música alta.
- Com licença! Desculpe! Passando!
Uma mão forte carrega um dos lados do barril.
- Me deixa te ajudar com isso. Estava me perguntando onde você estava. – é o Zayn.
- No hospital, recebendo vomito. De novo.
- Eu amo quando você fala sujo. – Zayn brinca.
- Pelo menos um de nós curte. Me dá um minuto para eu tomar banho e me trocar.
...
Harry remexe as roupas depois do banho mais rápido do mundo. Tem muitas pessoas aqui essa noite e qualquer coisa poderia acontecer. Ele põe uma calça jeans skinny, uma camisa roxa de botões com estampas de bolinhas e flores brancas e uma jaqueta verde turquesa com o lado de dentro um vermelho brilhante. Por último as botas.
Ele se admira no espelho, se achando bonito. Harry vai para a sala, de alguma maneira, achando o apartamento mais lotado ainda. Zayn o encontra de novo e sorri em aprovação com o look.
- Caramba, Styles.
- Algum problema?
- Só admirando essa transformação.
- Tá me falando que eu estava horrível antes? – Harry o desafia.
- Jamais. Estou dizendo que agora você está com um look de matar.
- Eu preciso ir atrás de médicos com shots.
- Eu acho que também quero uns. Lidere o caminho! – Zayn o segue para o sofá.
Clare está sentada nele, rodeada por médicos estagiários e uma garrafa de tequila no colo. Ela olha para Harry e assobia em aprovação quase como Zayn fez. Niall está no outro sofá entretido com um jogo.
- E aí? Aprovado no código de vestimenta?
- Com certeza! – ela se inclina para o chão e pega três copinhos de shot, sorrindo para os dois. – Você tem que se atualizar de algumas coisas da festa.
Enquanto os três tomam um shot, Sarah chega segurando a mão de um homem jovem.
- Pessoal! Esse é o Simon!
Simon tem o rosto sério, usa óculos de grau nos olhos castanhos e tem o cabelo enrolado.
- Ele é real! Estou devendo vinte pratas pro Niall. – Clare reclama.
- Oi Simon! Escutamos muito de você, estou feliz por finalmente te conhecer. – Harry cumprimenta.
Niall tinha se metido também quando escutou o nome dele e dinheiro na mesma sentença, já pegando outro shot de bebida sem fazer nenhuma careta quando toma e fala:
- Estávamos todos esperando que você se juntasse a nós na noite de filme do fim de semana passado.
- Eu não tenho tempo de vir todo esse caminho para cá ou tanto faz. Tenho um trabalho muito importante.
- Um trabalho importante? Fazendo o quê? – Harry pergunta, com um pé atrás com a resposta dele.
- Eu sou o programador líder numa empresa de software.
- Ah sim, super importante. – Clare é sarcástica.
- É sim! – Sarah não nota, sorrindo. – Eles estão fazendo um brainstorm para encontrar maneiras de usar drones para conseguir água limpa para áreas empobrecidas. Não é, Simon?
- Esse não é meu departamento e foi uma simplificação excessiva, mas é. Claro. Tem alguma comida nesse lugar?
- Sim! Vem ver a cozinha.
Zayn faz um assobio baixo quando Sarah leva Simon para longe.
- Quieto, Zayn.
- Eu não falei nada!
- Se eu vou ter que lidar com aquele cara a noite toda, vou precisar de outro drink. – Niall diz e Clare concorda com ele.
- Harry! – Ed chama. – Quer brincar de beer pong? Eu nunca joguei antes.
Perto dali, um grupo de médicos rodeia uma mesa coberta de drinks.
- Próxima pergunta nas rodadas de bêbado: o que é usado para concentrar amostras de proteínas radiomarcadas antes do western bot? – Niall faz o jogo de perguntas médicas com os estagiários no outro sofá.
- Eu... Hã... Eu esqueci! – uma menina pula.
- A resposta correta era tampão de ensaio de radioimunoprecipitação! Toma a bebida!
- Ei Harry, o que acha da gente arrebentar com os estagiários no round de bêbado?
- Estou dentro. – ele resolve jogar esse primeiro antes de ir se juntar a Ed.
Harry e Clare sentam perto da mesa de centro com os outros médicos de frente para Niall.
- Saudações, aventureiros! Vocês ousam entrar meu domínio?
- Niall está se achando porque ninguém conseguiu fazer ele beber ainda. – a menina que não sabia a resposta da última rodada diz.
- Você vai primeiro, Harry. Pronto? – Niall pergunta e Harry assente. – Nomeia os sintomas mais comuns da febre pós-operatória.
- Os cinco? Isso é muito fácil. – Clare bufa.
- Vento, água, infecção, caminhada e drogas! – Harry responde imediatamente com o resumo que estudantes de medicina usam.
Por exemplo, por trás de "água" seria infecções urinárias e "infecções" as que ocorrem nos cortes da cirurgia.
- Isso aí, você sobrevive esse round!
- Ótimo, porque eu definitivamente não quero beber seja lá o que esse licor é.
- Essa foi tranquila, de qualquer forma. Agora é sua vez de perguntar. – Clare incentiva.
Harry resolve perguntar para Niall.
- Okay, sua Majestade rei Horan, eu tenho uma para você. Qual era o nome do seu paciente no quarto 1121 hoje?
- O-o quê? Isso... Não é uma pergunta médica! – Niall fica nervoso.
- É no hospital! – a menina de antes apoia o Harry. – Conta sim!
- Era... Hã... Era Harry.
- Você acabou de dizer isso porque estava olhando para Harry? – Clare rir.
- Como diabos eu vou memorizar o nome deles? Eu ligo para os sintomas!
Todo mundo comemora quando Niall finalmente bebe um shot por perder.
...
Mais tarde, depois de jogar beer pong fazendo dupla com Ed e perderem para um time de residentes veteranos, Harry nota que a porta da frente do apartamento está aberta. Ele vai para o lado de fora e encontra grupos de convidados da festa conversando e bebendo no corredor.
Ele se pergunta como pode ter mais pessoas até aqui. Harry esbarra em Sarah que parece estar para baixo. Ela força um rosto feliz quando vê que é o amigo.
- Oi, Sarah. Tudo bem? Cadê o Simon?
- Ele teve que ir para casa. Ele trabalha cedo pela manhã, então...
Harry pondera entre dizer o que pensa sobre o Simon ou distrair a Sarah. No momento, ele dá prioridade para fazer a amiga sorrir de novo. Outra hora podem conversar do problema que Simon parece ser. Não numa festa que deveriam estar se divertindo.
- Eu acho que mais pessoas chegaram enquanto você estava ocupada com o Simon. Vamos mostrar o apartamento para eles?
- Verdade! Eu tenho que ser uma boa anfitriã!
Sarah vai para dentro do apartamento, Ed passa por ela na cadeira de rodas equilibrando uma bandeja de drinks no colo.
- Ei Ed, você não acha que essa festa está ficando um pouco fora de controle?
- Sarah falou com o Nick. A gente tem permissão até meia-noite.
-...Que é daqui a dez minutos.
- Ah! Oops. Talvez a gente deva—
- Hm, com licença?
Os dois levantam o olhar para uma garota tendo dificuldades em carregar uma sacola com roupas lavadas recentemente. Ela tem o cabelo loiro escuro e olhos verdes.
- Você mora aqui!
- Bem no final do corredor. – ela afirma a observação do Ed. – Eu sou Cherry. Vocês são convidados dessa festa ou...?
- A festa é nossa. – Harry sorrir ao cumprimenta-la.
- Eu sou Harry e esse é o Edward. – Ed troca os nomes.
- O contrário.
- Certo! – Ed fica vermelho com Harry o corrigindo. – A gente não está atrapalhando seu sono, está? – se preocupa.
- Sou uma coruja noturna. Mas vocês deveriam considerar me convidar da próxima vez. É a coisa certa a fazer com os vizinhos. – ela sorri para Ed, passando por Harry para o apartamento dela.
São dois apartamentos por andar, por isso são bem espaçosos.
- Discreto para não dizer o contrario! Você está pegando o jeito com essa coisa de festa. – Harry encoraja o amigo, ficando na cara que Ed teve um crush pela garota.
- Do que está falando? – ele se faz de desentendido.
- Não se faz de sonso. Ela estava flertando com você!
- Ela só estava sendo amigável.
- Confia em mim, Ed. Ela estava 100% flertando com você.
Ed se endireita na cadeira, sorrindo para si mesmo.
-...Você acha mesmo? – ele sente esperança.
Niall aparece no corredor acompanhado de Clare antes que Harry possa abrir a boca.
- Pessoal, é meia-noite! Por que todo mundo ainda está aqui?
- Tá tudo bem, Niall. – Clare o assegura. – O apartamento não vai virar uma abóbora.
- Não, mas se um vizinho reclamar, vai virar o nosso não-apartamento. – Niall faz um bico involuntário. – Seremos expulsos!
- As coisas realmente saíram do controle... – Ed admite.
Sarah corre para o corredor.
- Eu acabei de ver o Nick vindo para cá! Alguém reclamou.
- Eu odeio dedos-duros. – Clare faz cara feia.
- Não tem chances da gente conseguir controlar essa festa a tempo! – Niall se desespera.
Harry pensa de novo no que a sua paciente, srta. Paltrow, disse. Delegação, uma equipe boa e saber o que falar para eles.
- Prestem atenção. – Harry os faz focarem nele. – Clare, pede para todo mundo no corredor entrar no apartamento. Ed, diminui a música e fecha as cortinas. Niall, termina com os jogos de tabuleiro. Sarah, acalma todo mundo com as guloseimas que temos sobrando. Okay?
- Okay! – Ed faz positivo com o polegar.
- Prontos? Separar! – Sarah diz e eles se separam para fazer o que foram mandados.
...
Em questão de minutos, tem batidas na porta. Harry cautelosamente a abre.
- Ah! Oi, Nick!
- O que está acontecendo aqui? – Nick está com um rosto de poucos amigos. – Srta. Edelstein ligou com uma reclamação do barulho e me fez parar de assistir a TV na metade de Aliens No Meio de Nós!
Ao invés de mentir, Harry resolve contar meia-verdade para soar mais convincente e não sentir culpa.
- Ainda temos alguns amigos próximos aqui, mas desligamos a música na hora que deu meia-noite. Sentimos muito se ainda estamos causando problemas para alguém.
Nick semicerra os olhos e tenta escutar algo de dentro do apartamento. Ele suspira.
- Srta. Edelstein é uma reclamona. Continuem! Vou assistir meu programa.
- Aproveite, Nick! E obrigado por passar aqui!
Nick anda pelo corredor até o elevador e vai embora. Harry gentilmente fecha a porta e se vira para os vários rostos sorridentes.
- Vocês escutaram o homem! Continuem!
Tomando cuidado com o barulho, todos os convidados comemoram quietamente e voltam para os jogos de tabuleiro.
...
Algumas horas depois, a festa finalmente está acabando. Convidados abraçam Harry ao se despedirem e fazerem sua saída.
- Uou. Que festa.
No sofá, Harry vê a Sarah numa conversa concentrada com um dos enfermeiros. É o enfermeiro que Harry sempre quis saber do nome.
- Nem começa, Mitch. – Sarah fala o nome e Harry fica feliz em aprender. – Eu poderia falar do Segredo de Nindarell a noite toda.
- Sou todo ouvidos. Esse livro foi um dos meus preferidos quando era criança. – Mitch sorri, gesticulando para ela ir em frente e falar.
Clare está sentada no outro sofá e pega o olhar de Harry, dando um sorrisinho sapeca sobre os outros dois conversando. Harry balança a cabeça e rir. Zayn está recolhendo a sujeira e colocando na sacola de lixo.
- Quase acabando de limpar.
Harry joga as últimas latas e copos dentro da sacola.
- Obrigado.
- Você está me agradecendo? – Harry o olha como se tivesse duas cabeças. – Você que está aqui até tarde ajudando a limpar a nossa festa.
- Er. Força de hábito, eu acho. A bagunça parece me seguir, por algum motivo. Estou acostumado a limpar ela em certo ponto.
- Eu tô vendo. – Harry respira fundo. – Eu te convidaria para dormir aqui, mas não tem espaço sobrando. Além do mais, tenho que dormir agora. Preciso do meu sono de beleza.
- Não precisa não, mas você definitivamente merece um descanso. Eu vou levar os reciclados na minha saída.
- Valeu, Zayn. Você é demais. – os dois batem os punhos.
- Não fala isso para ninguém, okay?
Harry cambaleia para o quarto, mais do que pronto para algumas horas preciosas de sono.
...
Na manhã seguinte, Harry vai para a cozinha atrás do café da manhã.
- Bom dia. – Ed cumprimenta. – Olha quem ficou acordada a noite inteira.
- Quem? – Harry fica curioso.
Ed aponta para o sofá, onde Sarah e Mitch estão adormecidos, encostados um no outro na frente da TV.
- Tá, isso é bem adorável. – Harry sorri.
...
Harry boceja indo para a enfermaria pegar a ficha dele do dia. Subitamente, o pager apita. Ele lê a mensagem. É um 9-1-1 para a srta. Paltrow. Outra vez em estado de alerta, Harry se apressa para o quarto encontrando srta. Paltrow com problemas respiratórios.
- Ela está em perigo de novo?
É a mesma equipe de enfermeiros, que agora Harry sabe ser o Mitch, Perrie e Jade.
- Igual da última vez. - Jade confirma.
- Temperatura do corpo está subindo rapidamente. Fribilação atrial, pressão baixa e com um endema pulmonar! – Mitch lista os mesmos sintomas.
- O que você quer fazer? – Perrie pergunta.
Harry sente o pânico surgir enquanto considera as opções.
- Eu... Quero respirar.
- Doutor? – Perrie fica confusa com essa resposta.
Harry fecha os olhos e respira. Um... Dois... Três! Ele reabre os olhos.
- Perrie prepara o soro. Temos que botar fluídos nela. Jade, precisamos de bolsas de gelo. Resfria a temperatura dela para ela não ter insolação. E Mitch, pega o desfribilador. Aí nós entubamos.
- É para já. – Mitch se apressa.
- Agora mesmo, Dr. Styles. – Jade e Perrie também.
...
Mais tarde, Harry está caminhando pelos corredores do hospital, um sorriso no rosto. Ele encontra com Louis.
- Novato. Eu escutei que você deixou a srta. Paltrow viva. Soou como uma litania de emergências. – Louis dá um dos raros e lindos sorrisos para ele. – Bom trabalho.
- Obrigado, Dr. Tomlinson. – Harry sorrir de volta com as covinhas, se deliciando em receber a aprovação e elogio do homem que admira em mais de uma maneira.
Louis assente brevemente e vai embora. Quando ele passa, uma imagem de tomografia computadorizada cai de uma das pastas que ele estava carregando.
- Oh, Dr. Tomlinson, você derrubou isso. – Harry pega do chão.
Assim que nota o nome do paciente na imagem, Louis o arranca da mão de Harry.
- Obrigado. – Louis pigarreia. – Com licença.
Ele sai rapidamente. Harry anda para o próximo caso, a mente voltando para o nome na imagem... "Paciente X". Se pergunta o que isso significa. Ele olha para trás e observa Louis desaparecer no canto do corredor.
O que Dr. Tomlinson estaria escondendo?
~o~
No próximo episódio: Harry consegue equilibrar o trabalho, a vida e de alguma forma subir no rank? E quem exatamente é o Paciente X? O segredo de Louis anima os amigos de Harry, mas ele se vê com um segredo próprio.
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