4. Bleta
Nem creio que estou postando um capitulo seguido porque bateram a meta de 100 comentários tão rápido! Itiiii <3 leitores motivados é autor motivado. Obrigada, loves. Outra dedicação para vocês do CAPITULO ANTERIOR até o momento de postar esse:
ValmirBelissimo (⭐️), ACat1615 (⭐️), Angel_Fallen15 (⭐️), littleRedhead15, Rafaelly1210, kinghouis, lgbtopaz (⭐️), NandaV25, larryylifeww, MagnuseAlecBane (⭐️), SoutJB (⭐️), endxftheday (⭐️), rainbowladie (⭐️), laraa_DJS2 (⭐️), OhShitLarry (⭐️), HoneyOliver, paynosa (⭐️), stylesangelx (⭐️), Larrynteligente, sophiasorria (⭐️)
Não esqueçam de comer pelo menos as três refeições por dia e tomar água! Não sou eu que tô dizendo, é uma recomendação diretamente do dr. Tomlinson e dr. Styles que me pediram para falar pra vocês. Cat ama vocês.
Boa leitura, Pills!
~o~
Alguns dias depois, Harry acorda com o cheiro sedutor do café da manhã sendo feito por alguém. Ele rola para fora da cama, se espreguiçando e sorrindo para a luz do sol entrando em seu mais novo quarto. É uma ótima vista.
O rapaz anda para a sala e assimila o café da manhã farto que Sarah fez, espalhado na bancada da cozinha.
- Sarah! Não precisava fazer tudo isso.
- Nem tente me parar. – ela faz um prato para Harry, sorrindo.
Harry leva o prato para a mesa de jantar, onde Niall está tendo dificuldades com uma revista de palavras cruzadas.
- Travou?
- Não! Só... Atrasei. Que termo de 9 letras serve para "frio que dura por muito tempo". Terceira letra é A.
- Tenta "Era do Gelo".
- Perfeito! Valeu.
- Nunca fui boa em palavras cruzadas – Sarah entra na conversa. – Estão sempre tentando te enganar!
- Eu amo o desafio – Niall dá de ombros. – O jeito que todas as respostas tem que se encaixar como um todo. É por isso que amo diagnosticar também.
Sarah senta com Harry quando Ed vem na cadeira de rodas.
- Mal posso esperar para Simon ver esse lugar. Ele vai amar.
- Seu namorado? – Ed inclina a cabeça para o nome familiar. – Não era para ele ter vindo ontem a noite? E na noite antes disso?
- Ele fica tendo que cancelar – ela responde com a expressão desanimada. - O trabalho exige muito dele.
- Mal podemos esperar para conhece-lo. – Harry tenta a animar novamente. – Se ele for algo parecido com você, tenho certeza que vamos ama-lo.
- Ele não parece muito comigo, mas espero que vocês o amem mesmo assim!
Clare aparece na sala, ainda meio sonolenta. Ela boceja, põe café numa caneca e se senta com os outros.
- Por que ninguém me acordou? A ultima coisa que me lembro é de ler um livro na cama e... – ela esfrega a marca que o livro deixou na testa. – Pelo menos eu dormi bem.
- Esse lugar é realmente legal e quieto de noite. – Niall mostra a satisfação.
- Não por muito tempo! Eu instalei a TV e o som ontem a noite. Estamos oficialmente prontos para uma festa de boas-vindas! – Ed anuncia.
- Mas o lugar está tão limpo... – Niall fica com preguiça só de imaginar ter que limpar a bagunça de depois.
- Eu poderei apresentar Simon para todo mundo! – Sarah gosta da ideia.
- Eu estava pensando da gente convidar todos os estagiários, talvez alguns residentes. Ótima oportunidade de conhecer todo mundo.
- Sem cirurgiões, por favor. – Clare pede para Ed. - Esse lugar não precisa ser batizado com um estande de barril.
- Uma festa soa ótimo! – Harry dá voz para a opinião dele.
- Não é? Temos que arrasar. Essa vai ser a primeira festa que vou dar! – Ed levanta a mão para bater na de Harry.
- Sério? – Clare fica curiosa.
- Sim... Eu nunca nem morei longe de casa antes de vir para Boston.
- Nem para a faculdade de medicina? – Niall também fica curioso.
- Meus pais me fizeram entrar numa faculdade perto de casa para eu continuar morando com eles.
- Eles eram rígidos? – Clare tenta adivinhar.
- Nah, só se preocupavam de eu ficar por minha conta. Mas agora estou a solta no mundo!
- E pronto para festejar! – Harry complementa.
- Pode crer que estou!
- Okay, quem está pronto para ir? Quero chegar cedo e ver se os rumores são verdade. – Clare se levanta com a caneca vazia.
- Que rumores? – Harry indaga.
- Sobre o Dr. Corden. Estão dizendo que ele se demitiu ontem.
- Sem anunciar, sem festa de despedida nem nada? – Niall fica perplexo.
- Mas e a equipe de diagnósticos? – Harry tenta entender. - Não era o departamento dele?
- Dr. Tomlinson deve estar no comando agora! - o moreno irlandês comemora. - Legal!
Harry lembra da briga que acabou escutando na outra noite entre Louis e James. Será se tinha alguma correlação? Clare interrompe os pensamentos dele.
- Certo, vamos para lá.
- Mas você não comeu o café da manhã! – Sarah nota.
- O café é meu café da manhã. – Clare responde simplesmente, dando uma piscadela e indo para a cozinha lavar a caneca.
...
Harry está no quinto andar, a caminho de ver um paciente, quando escuta a voz de Louis vindo de um quarto próximo.
- Isso é absurdo, Anna! Eles não estão prontos ainda.
Através das cortinas na janela, Harry vê Louis e a dirigente Anna próximos um do outro, conversando furtivamente.
- ...Louis.
O tom da voz deles fica mais baixo, virando sussurros e Anna põe a mão na bochecha de Louis. Harry arregala os olhos, o coração dando um pulo ao assumir que eles estejam em algum relacionamento. Do que estavam falando? Fica dividido entre a grande curiosidade de escutar ou fazer o correto e respeitar a privacidade deles.
Acaba não resistindo e cuidadosamente se aproxima da porta, se inclinando contra a parede, fingindo ler uma ficha.
- Eu não estou te pedindo, Louis. Estou mandando.
- Qual a novidade? Eu sei que esse é seu hospital agora. Você quem manda. Mas estou te avisando... Eu vou te confrontar nisso em cada passo do caminho.
- Qual a novidade? – ela retruca com as palavras que ele usou, dando um beijo de leve na bochecha dele e se virando para sair.
Harry enfia a cabeça nas fichas e Anna passa sem olhar duas vezes. Ele solta a respiração em alivio, mas...
- Você estava bisbilhotando? – Louis para na porta, braços cruzados, esperando pela resposta.
- Dr. Tomlinson, eu—
Louis levanta a mão num gesto de interrupção, fechando os olhos.
- Pensando melhor, não tenho tempo para isso. Vamos pular a desculpa esfarrapada e continuar com nossas vidas, certo? – ele desvia de Harry, impaciente.
Isso poderia ter sido bem pior.
...
Harry vira o corredor e escuta uma voz familiar.
- Oi, doutor!
Ele gira para ver Zayn empurrando Cara pelo corredor numa maca.
- Cara! Eu não tenho te visto desde que os estagiários cirurgiões te roubaram.
- Você diz "roubaram" e eu digo "com razão, pegaram um caso cirúrgico". – Zayn argumenta.
- Espera aí, dois médicos gatos brigando por minha causa? O câncer me venceu? Porque isso parece um "morreu e foi para o paraíso".
- Você tem um senso de humor muito mórbido, Cara. Sua cirurgia vai acontecer logo?
- Vai acontecer agora. – Zayn responde no lugar dela. – Uma lobectomia com a minha assistência.
- O quê? – Harry fica em alerta. – Cara, você vai ter um lobo do seu pulmão removido hoje?
- Eu sei, né? Aconteceu meio que rápido depois dos resultados da tomografia computadorizada. – ela respira fundo, um sorriso que diz "fazer o quê". – Mas se a ultima coisa que eu ver antes de morrer for seu rosto, bom... Tem jeitos piores de ir.
- Você é forte, Cara. Eu sei que vai sobreviver.
- Acho que será mais difícil de morrer sabendo que tem um amigo torcendo por mim.
- Cara, o que falamos sobre toda essa conversa de morte? – Zayn a repreende.
- Desculpa, chefe. Vou começar a planejar a aposentadoria.
- Ótimo. Desculpa, Dr. Styles, mas eu tenho que levar a srta. Delevingne aqui para a sala de operação.
Harry puxa Zayn para um canto afastado por um momento, impedindo da Cara escutar.
- Zayn, só mais uma coisa: toma conta dela por mim.
- Ela não poderia estar em mãos melhores. Sério, minhas mãos são incríveis.
- Estou falando sério, Zayn.
Zayn some com o sorriso brincalhão e põe uma mão tranquilizante no ombro do cacheado.
- Estou só dando assistência, mas o Dr. Irwin é um cirurgião incrível. Cara vai ficar bem. Traremos ela de volta em segurança.
- Obrigado, Zayn. Mesmo.
O moreno sorri e volta para Cara, a empurrando para a cirurgia. Da maca, Cara dá tchau para Harry. Ele acena de volta.
- Styles! O que está fazendo parado aí? Volte para a sala de emergência e veja se não precisam admitir pacientes novos!
- Okay, Dr. Aoki! – Harry se apressa antes de enfurecer mais o homem.
Ele vai para a sala de emergência e Katie está lá, parecendo aborrecida enquanto alguns médicos veteranos tentam falar com ela. Katie dispensa os pedidos para os assistir em seus casos. Uma estagiária traz um cappuccino para ela e Katie diz que só toma chá. Shaffer se afasta deles, indo na direção de Harry com um olhar frio.
- Oi, Katie.
- O que você quer?
- Só dizendo oi. É ilegal?
- Deveria ser.
Harry olha ao redor da sala, a maioria das camas estão vazias.
- Está bem quieto aqui, ainda bem!
- Do que está falando? Não tem casos bons. – ela franze o cenho com a animação dele.
- E isso significa que menos pessoas estão seriamente doentes. Isso é uma vitoria no meu livro. – Harry explica, dando mais importância para a saúde das pessoas do que ter um numero grande de pacientes. – Se está tão desesperada para um caso bom, por que não foi dar assistência para aquela veterana?
Katie o analisa por um momento, ponderando algo na cabeça.
- Super não interessada em me explicar para você.
Nesse instante, eles escutam o barulho de sirene se aproximando. Os dois compartilham um olhar e correm para a doca da ambulância, bem na hora que ela estaciona. As portas se abrem com tudo e um paramédico musculoso de cabelo curto e olhos cor de chocolate sai do veiculo em seu uniforme azul escuro, ajudando as enfermeiras a retirar a mulher inconsciente usando a mascara de oxigenio.
- Bleta Rexha, fogo no escritório. Os colegas de trabalho evacuaram a tempo, mas ela está grávida e não pôde se mexer rápido o bastante. – o paramédico informa a situação.
- Ela sofreu alguma queimadura? – Harry questiona.
- Ela não entrou em contato com as chamas, apenas a fumaça. Ela entrou em pânico e ficou presa num banheiro do andar de cima.
- Como estão os sinais vitais? – Katie pergunta em seguida.
- Pressão arterial elevada, mas ela e o bebê estão com batidas do coração forte. Mas houve uma séria inalação de fumaça. Espero que eu tenha os tirado de lá a tempo de evitar danos permanentes.
- Você que os tirou? – Harry se atém a essa parte. – Onde estavam os bombeiros?
- Nós chegamos mais rápidos que os bombeiros na cena. Eu escutei o grito dela, então eu invadi e a carreguei de lá.
- Nós iremos a admitir e colocar numa cama. – o enfermeiro do primeiro dia do Harry no hospital falou, e o cacheado espera aprender o nome dele em algum momento. – Dr. Styles, Dra. Shaffer, qual de vocês vai pegar esse caso?
- Inalação de fumaça? É todo seu. – Katie dispensa. – Eu vou esperar por algo interessante.
- Eu fico com ela. – Harry ignora todas as coisas erradas na frase de Katie. – Já já chego lá.
Katie vai embora e os enfermeiros levam Bleta para o elevador. Harry fica para trás com o paramédico.
- Então... Você correu para dentro de um inferno para salvar uma grávida?
- Sim, você não faria isso?
- Eu gosto de pensar que seria corajoso desse jeito, mas você nunca sabe até viver o momento. – responde com sinceridade.
- É só instinto. Você é um médico, tenho certeza que não iria hesitar. Eu não te vi ainda no Edenbrook. Você é novo?
- É minha primeira semana. Sou Dr. Styles. – se apresenta.
O paramédico oferece a mão tatuada em cumprimento e Harry a balança.
- Liam Payne. Acho que te vejo por aí então, Dr. Styles?
- Eu trabalho aqui, então sim.
- Ótimo, estamos felizes em tê-lo aqui.
O walkie-talkie pendurado no peitoral do Liam faz um barulho. "Temos uma batida de dois carros na esquina da rua Congress com a rua Franklin!".
- Essa é minha deixa. – Liam se despede.
...
Harry vai encontrar com a Bleta no quarto. Mais a frente, sra. Martinez está fazendo as caminhadas diárias no andar. Harry fica surpreso em vê-la na companhia do Louis, segurando no braço do médico para apoio.
- Então, o que você fez?
- Eu botei culpa no cachorro, é claro! – Louis sorriu.
- Seu danadinho! Mas tenho certeza que você era uma criança adorável.
- Mais para um adorável canalha. Eu me safava de tudo.
Harry pensa em como todo mundo ama a sra. Martinez nesse hospital. Ela larga Louis e o homem anda na direção de Harry. A expressão mudando no momento que o vê.
- Bisbilhotando de novo, Styles?
- Não. Só... Pareceu que você estava se divertindo.
- Eu ligo para o bem-estar das pessoas que confiaram a saúde em mim, Novato. Só isso.
- Certo. Okay. – Harry se desvia. – Eu tenho que ir, Bleta Rexha não vai se examinar sozinha.
- Você acabou de dizer Bleta Rexha? – Louis se põe na frente dele novamente como um raio.
- Sim?
- Eu vou com você.
Louis o segue para o quarto da Bleta e o cacheado fica aliviado em vê-la consciente, a mascara de oxigenio substituída por um tubo de nariz. A paciente tem cabelo loiro, olhos castanhos e um rosto jovem.
- Oi, Bleta, eu sou...
- Louis! – ela sorri largo ao ver o outro médico.
- Bebe! No que você se enfiou dessa vez?
- Teve um incêndio no meu escritório. Eu estava no andar de cima preenchendo uns papeis. O elevador ficou bloqueado e eu não podia descer as escadas.
- Vou ligar para suas irmãs para que possam vir de Brooklyn e chegar pela manhã. Estou tão feliz de você estar segura.
- E estou feliz de você ter o super-homem trabalhando para vocês – ela se refere ao Liam. – O paramédico que me carregou era um bombado.
- Eu não quero interromper, mas... – Harry já interrompe. – Eu preciso escutar o peito da Bleta.
- Bebe, esse é Dr. Styles. Você pode chamá-la de Bebe, ela foi minha primeira paciente quando eu era um estagiário.
- Uou! – Harry se impressiona com a informação, finalmente entendendo da onde eles se conhecem e tem essa boa relação. – Bebe, ele sempre foi tão bonito? – provoca.
- Como é? – Louis fica boquiaberto.
- Ele era fofo, mas para ser sincera, ele envelheceu como um bom vinho. – ela favorece a provocação.
- Dr. Styles, o exame, se você não se importa? – Louis faz o máximo para manter a postura e retirar o foco de cima dele.
Harry pega o estetoscópio, aquecendo o metal frio na palma da mão antes de pressionar no peito da Bebe. Ele escuta a respiração dela.
- Respire fundo para mim, Bebe. E se não se importa de eu perguntar, o que te trouxe ao hospital naquela primeira vez?
- Explosão do apêndice. Eu tinha pirado, mas Louis me acalmou. Até manteve um pouco do contato ao longo dos anos.
- Isso é tão fofo. Eu também peguei o contato da minha primeira paciente! – Harry conta, lembrando de Dua com afeição. – Você está me dando vontade de mandar uma mensagem para ela e checar como vão as coisas.
- Você deveria fazer isso! Significou muito para mim. – ela encoraja.
- Preciso dizer, estou surpreso. – Harry olha Louis de soslaio. – Não parece ser do seu estilo se importar com um paciente depois que ele sai por essa porta.
- Eu era mais novo. – ele justifica. – Nos dias mais difíceis, saber que os pacientes estavam lá fora vivendo a vida ao máximo, me fazia continuar.
Harry se vira completamente para ele ao tirar o estetoscópio.
- A respiração dela está curta, como o esperado. Acho que deveríamos fazer um raio X do peito dela.
Louis franze o cenho ao ler a ficha de Bebe. Harry vai para o lado dele, sussurrando:
- O que foi?
- A pressão arterial dela deveria ter abaixado depois da inalação da fumaça. Vamos pegar uma amostra de urina também.
- Com licença, Dr. Styles? – Bebe chama por ele. – Eu lembro de ter a bolsa comigo quando estava sendo carregada pelo bombado. Eles trouxeram para cá?
Harry acha a bolsa do lado da cama e entrega para ela. Bebe procura por algo e une as sobrancelhas.
- Não está aqui! Eu devo ter derrubado fora do escritório. Pode soar estúpido, mas eu vi um sapo de pelúcia adorável no meu intervalo do almoço e tive de comprar para meu pequeno girino. – ela faz carinho na barriga inchada ao falar. – Meus pais faleceram e o pai não assumiu a criança. Eu só quero que tudo seja perfeito para ele.
- Não soa estúpido, Bebe. – Harry a assegura. – Na verdade, me parece que você será uma boa mãe.
- Obrigada. Eu só... Realmente não queria ter perdido aquele sapinho.
- Eu tenho uma ideia! – Harry levanta o dedo indicador, a expressão se iluminando em antecipação. – Eu e Louis vamos procura-lo!
- Sério? Louis, você faria isso por mim? – ela direciona a pergunta para o amigo.
- Er, bem... – Louis pigarreia. – Claro. Mas Dr. Styles, vamos pegar a amostra de urina para o laboratório primeiro. Eu te darei dez minutos e te encontro no estacionamento.
- Estou grávida a 26 semanas. Não vai levar dez minutos para me fazer mijar. – Bebe o garante, rindo.
...
Harry está no estacionamento dos funcionários, entrando no sedan luxuoso do Louis.
- Esse carro é irado!
- O que você estava esperando, um decrépito enferrujado? – Louis liga o rádio, saindo do estacionamento.
Um concerto de música clássica toca, naturalmente. Harry fica em silencio, se sentindo esquisito. Louis batuca os dedos no volante distraidamente. Uma pergunta se forma na cabeça do cacheado e ele não acha que terá outra oportunidade de esclarecer com Louis.
- Então, qual é a sua com a Dra. Shaffer?
Louis o dá um olhar cortante.
- Eu os vi mais cedo. – Harry confessa. – Vocês pareciam... Íntimos.
- Eu não gosto de anunciar minha vida privada no trabalho.
- Só estou tentando decifrar as politicas desse lugar se eu for sobreviver nele. – Harry o convence.
- Nesse caso, nós tínhamos algo. E aí ficamos indo e voltando.
- E agora?
Harry se sente mais ansioso que o normal com a resposta que o mais velho vai dar.
- Sem volta. Desde o ano passado, quando se tornou minha chefe. Não que minha vida pessoal seja da sua conta. – ele acrescenta.
- Meus lábios estão selados.
- Ótimo.
-...Então, Dr. Corden realmente se demitiu? – vai pro outro assunto que o interessava.
- Eu já estava me perguntando quando que você iria fazer essa pergunta. – ele nem se surpreende mais com a mania do Harry de se meter nos assuntos alheios.
- E? Ele se demitiu?
- Sim.
- Mas isso é louco! Ele falou o motivo?
- Isso é entre ele e a dirigente do hospital.
- Então você está no comando da equipe de diagnósticos agora. Isso deve ser muita pressão.
- Mais do que pode imaginar. – Louis suspira. – James construiu essa equipe do próprio sangue, suor e lágrimas. Não posso decepciona-lo agora que ele seguiu em frente.
- É isso o que você quer?
- O que eu quero é confrontar os mistérios impossíveis do corpo humano, e entende-los.
- Okay, mas de volta aqui na Terra... – Harry insiste. – Você sempre quis liderar a equipe de diagnósticos?
- A equipe me dá a oportunidade de encarar as perguntas que ninguém nunca respondeu, então nesse sentido, acho que sim.
As ruas de Boston passam por eles.
- Sabe, estou surpreso que você topou vir nessa missão de resgate.
- Você não acha que quero passar meu tempo procurando por animais de pelúcia?
- Eu achei que você pensaria ser inútil. Tipo, é só um bichinho de pelúcia, certo?
- Você acha que eu sou uma maquina sem sentimentos, não é?
- Não inteiramente máquina. Um ciborgue, talvez? Dr. Exterminador? – Harry entretém a ideia.
- Nesse caso, até os ciborgues iriam citar os estudos que mostram como o apego emocional pode atuar estatisticamente como papel importante na recuperação de um paciente. – Louis contrabate. – Então nem eu, Dr. Exterminador, acho que seja só um bicho de pelúcia.
- E Bebe é uma amiga. – Harry lembra.
- Ela é uma paciente primeiro, enquanto estiver em nossos cuidados. Mas sim, ela também é uma amiga. Se um sapo de pelúcia vai ajuda-la a superar isso, então vou achar esse maldito sapo.
- Acho que você tem um coração mole, Dr. Tomlinson. – Harry conclui com um sorrisinho.
- Longe disso. – ele bufa. – Eu sou prático. E chega de se intrometer, nós chegamos.
Harry tosse com o cheiro rançoso de plástico e gesso queimado ao sair do carro. Do outro lado da rua, o escritório ainda está pegando fogo enquanto os bombeiros tentam conter as chamas. Louis se vira para o mais novo.
- Podemos checar o perímetro, mas se caiu da bolsa dela lá dentro...
- Vamos esperar que não.
Os dois procuram juntos, seguindo pela rua onde Liam possa ter estacionado a ambulância. Parece ser inútil, até que Louis exclama e aponta para o sistema de drenagem na calçada. Um daqueles bueiros que ficam na lateral do concreto. O brinquedo verde está fora de alcance.
- De jeito nenhum! Não vou me abaixar ali! Você nunca assistiu It: A Coisa?
- Assisti o quê?
- Deixa para lá. Vamos pescar essa coisa.
- Boa. – Louis vai no porta-malas e pega o kit de primeiros socorros.
Ele cria um gancho de uma agulha dobrada e a prende num carretel de linha de costura.
- Bem engenhoso. – Harry aprova.
- Um requerimento para qualquer médico.
Juntos, eles ficam perto da grade e abaixam o gancho através das barras. Harry vai guiando já que Louis não consegue ver.
- Um pouco para a esquerda... Mais embaixo... Você conseguiu!
Louis puxa o sapo e Harry estica a mão para o espremer para fora das barras de ferro, retirando o anzol improvisado.
- Missão completa.
- Bom trabalho. Você pode dar as boas noticias para Bebe quando voltarmos.
- Depois que a gente esterilizar isso aqui, claro. Não vamos querer isso perto de uma grávida do contrário.
- Meus pensamentos, exatamente. – Louis sorriu ao concordar.
...
Mais tarde, naquela noite.
- Dr. Styles! O resultado de urina da paciente Rexha. – uma enfermeira o aborda.
Enquanto Harry lê os papeis, sente o coração se afundar.
Ele corre atrás de Louis. O rapaz bisbilhota das cortinas da janela do quarto de Bebe. Louis está rindo com ela ao assistirem TV. Bebe está segurando o sapo esterilizado nas mãos, toda feliz. Apoiando o bichinho de pelúcia na barriga.
Harry bate levemente na porta. Louis levanta o olhar e sai para falar com ele. Sem nenhuma palavra, o cacheado entrega os resultados para o médico experiente. A expressão de Louis fica sombria ao ler.
- Ela tem pré-eclâmpsia grave. - Harry murmura. - O bebê está com problemas, não é?
- Sim. Vamos lá avisar ela.
Louis se vira para entrar. Harry hesita, mordendo o lábio. Louis olha de volta para ele.
- Esse é o trabalho, Novato. Vamos lá. – ele encoraja o mais novo, apesar do olhar triste.
O sorriso de Bebe some ao perceber o rosto sério dos médicos.
- O que foi? Louis?
Louis olha para Harry e assente para ele dar as noticias. Harry decide fazer isso o mais gentil possível:
- Bebe, não quero que se preocupe—
- Isso é o que dizem quando deve se preocupar. – ela fica inquieta.
- Você já escutou falar em pré-eclâmpsia? É uma condição grave que afeta 1 entre 10 mulheres grávidas. Em muitos casos, é manejável se monitorizado, mas eu temo que o seu é bem sério.
- Quão sério?
- A corrente sanguínea para a placenta está desacelerando. Isso pode privar seu bebê dos nutrientes vitais e de oxigenio.
- Seu bebê está em risco. – Louis resume.
- Mas tudo parece bem! Eu ainda sinto o bebê chutando. – ela não entende.
- Bebe, isso só significa que vamos ter que tirar o bebê mais cedo.
- Não! É cedo demais! – protesta.
- Bebês que nascem com 26 semanas tem uma boa chance de sobreviver.
- Chance? – ela repete amargurada.
- Ele vai precisar ficar na UTI neonatal, e sim, tem riscos de complicações pós-parto—
- E alguns nem sobrevivem! – Bebe rebate. – Meu bebê está em perigo nesse instante?
- Imediatamente não, mas—
- Então meu pequeno girino vai ficar aqui. – ela fala por cima de Louis.
- Bebe—
- Não, Louis! Só... Me dê uma semana. Me dê o máximo que puder, por favor.
- Eu vou te dar essa noite. Para pensar direito no certo a fazer.
...
- Eu vou continuar de olho nela. – Harry diz quando saem do quarto. – Talvez a gente possa a convencer.
- Não. Só vá para casa. Seu expediente já acabou faz horas. – Louis o dispensa.
- Mas...
- Eu vou me encarregar desse caso. Você... Não está pronto para isso. – Louis esconde algo nos olhos ao abaixar a cabeça.
Ele se afasta antes que Harry possa ver ou responder. Com um aperto, Harry olha Bebe pela janela. Ela está deitada segurando o sapo no coração e fazendo carinho na barriga. Ao se virar, Harry nota as lágrimas descendo nas bochechas da mulher.
Se sentindo para baixo, Harry desce para o saguão principal. O coração parece ter sido destruído.
- Ei, dia pesado? – Zayn fala suavemente ao avistar o amigo.
- Cairia bem uma noticia boa agora.
- Então vamos atrás de uma. – Zayn o puxa para um quarto próximo.
Pela janela, Harry vê Cara, dormindo depois da cirurgia.
- Ela parece tão bem. Tudo certo com a cirurgia? – sorri pequeno.
- Sem nenhum defeito. – Zayn confirma. – E ela me deixou colocar as braçadeiras, o que tenho certeza que fez toda a diferença. – se gaba inocentemente. – Eu diria que sou muito bom em tirar o fôlego das pessoas.
- Obrigado por cuidar dela, Zayn.
- Meu prazer. Ela é uma boa paciente. Quando seu expediente acaba?
- Duas horas atrás. Eu quis ficar com minha paciente de pré-ecâmpsia, mas Dr. Tomlinson me dispensou.
- Eu vou para um show depois daqui. Você quer vir? – convida, notando que o outro precisa da distração. – Seria divertido.
Harry pensa duas vezes, mas acaba aceitando e Zayn se anima, dizendo para eles irem logo.
...
O local do show está lotado quando chegam. Zayn o guia através das pessoas para um lugar com uma boa visão do palco.
- Que tal aqui?
- Perfeito! – ele sussurra na orelha do Zayn para que consiga escutar. – Como conheceu essa banda?
- Online. Me juntei num grupo sobre atrações locais assim que soube do estágio no Edenbrook. As pessoas pareciam gostar dessa banda, então pensei em dar uma olhada.
- Você nunca os escutou antes? – Harry fica surpreso com essa parte.
- Não.
- Você nem pensou em pesquisar as músicas para saber se iria gostar?
- Isso arruinaria a diversão! – Zayn rir. – Eu gosto de tentar coisas novas. Nova cidade, nova música, novas pessoas... Você entende. Você aceitou vir sem eu nem te falar onde que seria. – ele acusa.
- Acho que é verdade.
- E fico feliz com isso, por isso nos damos bem. Eu gosto da sua espontaneidade.
- Okay, mas e se a gente não curtir a banda?
- A gente vai embora, a gente fica, quem se importa? Eu não ligo para coisas pequenas como essas. A vida e morte é literalmente nosso trabalho. Se não tivermos alguma perspectiva, quem vai ter?
- Bom argumento. Você não é exatamente o que eu esperava, Malik.
- Ah é? – o moreno suspende a sobrancelha. – E o que você esperava?
- Um rostinho bonito sem conteúdo.
- Isso foi um insulto, mas vou levar como elogio.
- Me desculpa—
- Não precisa se desculpar. Estou feliz que você é direto comigo. Pode crer, eu fui rotulado de várias coisas durante minha vida inteira. Minha aparência é de longe a menor delas.
- Quais coisas?
Zayn não o escuta ou finge não escutar. Ele olha para o bar.
- Que tal uma bebida? Por minha conta.
- Vamos lá.
Harry segue Zayn para o bar lotado. O moreno consegue se enfiar na frente da bancada e Harry se espreme ao lado dele. Alguém cai por cima de Harry, o esmagando contra o bar. Zayn olha feio para a pessoa, colocando um braço ao redor do amigo e o ajudando a se endireitar.
- Você está bem?
- Claro. Você nunca viu um filme de cowboy? – Harry reage positivamente. – Nenhuma saída noturna está completa sem alguém te jogar contra um bar.
Zayn rir e sinaliza para a bartender. Ela pergunta o que eles vão querer. Zayn olha para Harry em questionamento.
- Nos dê algo que nós provavelmente nunca tomamos antes.
- Boa escolha. – o moreno concorda.
Mais tarde, o pager do Harry vibra no bolso quando ele e Zayn saem do local do show. O cacheado o retira do bolso para ler, o coração afundando com a mensagem.
- O que foi?
- Eles levaram minha paciente da pré-ecâmpsia para cirurgia! Eu preciso voltar para o hospital!
...
Harry correu para dentro do hospital, encontrando Louis sentado sozinho na sala de espera.
- Dr. Tomlinson? O que houve? Cadê a Bebe?
Louis não responde por tanto tempo que Harry começa a achar que o homem não o escutou. Assim que abre a boca para repetir o que disse, os olhos azuis o capturam.
- Bebe teve uma convulsão. Eclâmpsia completa. Não tivemos escolha, tínhamos de tirar o bebê. 50% de chance de ele sobreviver a noite.
- E a Bebe?
- Ela morreu.
Os olhos de Harry se enchem de lágrimas e é difícil respirar.
- Dr. Tomlinson, eu sinto...
- Estou bem.
Antes que Harry possa dizer mais, Louis se levanta. Sem olhar para o cacheado, ele vai embora, desaparecendo no corredor.
...
Harry entra na UTI do neonatal e se aproxima da incubadora. O coração apertando ao ler o nome do recém-nascido: Louis Rexha.
- Posso te ajudar? – uma enfermeira pergunta.
- A mãe desse bebê era minha paciente. – ele explica. – Ela que o nomeou?
- Ela me falou na hora que foi levada para a sala de operação. Saberemos mais do estado do bebê pela manhã. – informa.
- Você se importa se eu ficar com ele?
- Sinta-se à vontade.
Harry mostra o sapo de pelúcia que achou no quarto da Bebe.
- Posso dar isso para ele? A mãe queria que ele ficasse com isso. Foi esterilizado.
- Vai em frente.
- Aqui está, girino. Mamãe ainda está com você. – Harry põe o sapo perto do bebê.
Ele se aconchega fracamente na pelúcia. A enfermeira sai enquanto Harry senta do lado da incubadora num sofá de dois lugares. Ele estica a mão com uma luva para acariciar os dedinhos do bebê.
- O que ainda está fazendo aqui?
Harry se vira para a voz de Louis.
- Eu vou ficar com ele essa noite. Eu odeio a ideia de ele lutar pela vida sozinho.
- Tem vários médicos trabalhando de plantão. Se algo acontecer, vão estar aqui.
- Eu sei.
Louis balança a cabeça e olha para o bebê, a expressão se tornando mais gentil do que Harry jamais viu.
- Você se importaria se eu me juntar a você?
- De jeito nenhum. – Harry indica o espaço do lado dele no sofá.
Louis se senta. Juntos, eles escutam o barulho suave do ventilador na incubadora.
- Você deu o sapo para ele, a Bebe ficaria... Ficaria feliz.
Harry segura as lágrimas, virando o rosto para que Louis não veja. O mais velho notou.
- O primeiro paciente que eu perdi, foi na minha quarta semana. Eu não cometi nenhum erro. Ele teve estágio quatro de melanoma mestastático. Ele lutou como o inferno e perdeu. Eu gostava dele. Não era muito mais velho do que eu sou agora. Eu sabia que ele não tinha muito tempo de vida, mas ainda me atingiu muito.
- Isso se torna mais fácil alguma hora?
- Ficar de luto por perder um paciente não é uma fraqueza. Bons médicos devem valorizar a vida. Eu ficaria mais preocupado se você não estivesse triste.
- Você não respondeu minha pergunta. – Harry insiste.
- Não, não respondi. – Louis admite. – Só saiba que... Isso não foi sua culpa. Ou minha. Ou da Bebe. Todos fizemos as melhores decisões que podíamos com as informações que tínhamos.
- Mas eu preciso ser melhor que isso. – Harry não se convence. – Eu falhei! Eu deveria ter visto isso acontecendo!
- É importante se esforçar, Novato, mas você vai ter muitas perdas também. Todos temos. O que importa é voltar mais forte.
- Por que está sendo tão legal comigo? – ele se sente frustrado e confuso. – Normalmente você é tão...
- Exigente?
Louis encara o nada, pensando.
- Há médicos com paciência limitada, mas não sou um deles. Energia que poderia usar socializando ou melhorando o dia de alguém, eu invisto nos meus pacientes. É para eles que estou aqui.
- Mas você é um professor também.
- Um entre vários. E você não deveria se modelar como nenhum de nós. – aconselha. - Idolatração entre médicos é absurdo. Estamos aqui para ensinar medicina prática. Você tem que achar seu próprio jeito de ser um médico.
- Mas... Como que faço isso?
- Já está fazendo. – Louis sorri.
O bebê se espreguiça, as mãozinhas abrindo e fechando. Louis oferece um dedo e o bebê o aperta com força.
- Ela o nomeou em sua homenagem.
Os olhos de Louis se viram em surpresa ao ler o nome do bebê. O pomo de adão mexendo ao engolir em seco.
- Eu vejo... que sim.
- Você deve conhecer a Bebe faz muito tempo.
- Uns 10 anos. – confirma. – Quando mandei a primeira mensagem, eu só queria checar como ela estava. Mas ela tinha se divorciado recentemente e se sentia sozinha, então me convidou para um café. E aí se transformou em mais mensagens e se encontrando uma vez por mês para churrasco nos domingos.
- Ela soa como uma boa amiga.
- Eu não fiz amizade com facilidade quando comecei aqui, então eu me sentia sempre grato a ela por isso. – Louis engole em seco novamente, encarando o bebê.
Os olhos azuis estão ficando úmidos. Harry sente o impulso de o confortar, colocando a mão em cima da dele.
- Eu sinto muito que isso aconteceu.
Louis olha para ele, as orbes brilhando com as lágrimas que não caem. Ele segura o contato visual por um longo tempo, a mão quente embaixo da mão do maior.
- Eu também. – Louis limpa a garganta. – Acho que precisamos de café.
- Eu posso pegar para a gente.
- Não, eu vou. – Louis insiste.
Os minutos passam. Harry observa a barriga do bebê descer e subir com cada respiração.
- Isso mesmo, girino. Inspira e expira. – ele fala gentilmente com o bebê.
Louis retorna com duas canecas de café quente. Harry aceita a dele agradecidamente, tomando um gole cuidadoso.
- Isso não tem gosto do café da cantina!
- Isso é da minha maquina de café privada. – Louis diz. – Assim que ganhei meu escritório, eu jurei nunca mais tomar aquele café águado de novo. Ninguém sabe da máquina, então...
- Não contarei a ninguém. – Harry sorri.
Os dois ficam mais confortáveis no sofá, olhos no bebê e conversando pelo resto da noite.
...
- Harry... Harry, acorda.
Se lembrando de onde está, Harry acorda com a voz de Louis e se ajeita no sofá, olhos automaticamente procurando a incubadora.
- Ele conseguiu! – comemora ao ver o bebê estável pela manhã.
- E está ficando mais forte. – Louis sorri largo.
Harry olha para o celular, checando a hora.
- Caramba! Tenho rodízio em 20 minutos, preciso tomar um banho.
- Eu vou ficar com ele um pouco mais.
Harry se levanta e espreguiça, dando um último carinho no bebê da Bebe antes de ir para a saída.
- Aguenta firma, pequenino.
- Harry?
Harry olha para trás. Ele percebe quão cansado Louis está, o cabelo desarrumado e a mandíbula escurecida com a barba por fazer.
- Obrigado.
...
Depois dos rodízios da manhã, Harry se reúne com os companheiros de estágio no átrio.
- Então, o que está acontecendo? – Sarah faz a pergunta coletiva.
- Não sei, todos pegamos a mesma página. – Ed suga o lábio inferior ao pensar. – A sra. Shaffer tem algo a dizer para a gente.
Harry e os amigos se juntam a comoção cada vez maior de estagiários na frente de Anna. Louis está do lado dela com os braços cruzados.
- Como todos vocês obviamente já devem ter escutado, Dr. Corden se demitiu, o que significa que a equipe de diagnósticos agora tem uma vaga aberta. Ao invés de preencher esse lugar, vamos escolher um médico jovem para treinar com a equipe como um calouro. Estagiários, um de vocês será o mais novo membro da equipe de diagnósticos comandada pelo Louis Tomlinson.
- Eu escutei isso certo? – Harry arregala os olhos.
- Meu Deus! Eu literalmente tive sonhos com isso! – Niall pira o mais silencioso que consegue.
- Essa é uma incrível oportunidade para um de vocês passar os anos de residência encarando os casos mais difíceis imagináveis. Palavra-chave: um. Vamos os classificar diariamente. O melhor estagiário a executar suas tarefas no final do ano, será selecionado. – Louis discorre.
- Aaaah, que os jogos comecem, galera. – Clare fica determinada.
- Se você quiser competir, me fale até amanhã a noite, limite de meia-noite. E eu estou avisando, o processo de seleção será cruel. Eu os aconselharia a ficarem de fora disso. Se quiserem ignorar esse conselho... Boa sorte.
Louis vai embora, ignorando as discussões e animação surgindo atrás dele.
- Essa é a coisa mais legal de todas! Estou empolgado! – Ed fala em expectativa.
Harry escapa dos amigos sem ser notado, correndo atrás do Louis.
- Dr. Tomlinson! Espera... – ele faz o mais velho parar. – Era disso que você estava falando ontem com a Dra. Shaffer?
- ...Sim.
- Mas você falou para ela que não estávamos prontos.
- Não estão... – os olhos azuis encaram os verdes. – Mas algum de nós realmente está pronto para qualquer coisa?
~o~
No próximo episódio: Depois de uma louca primeira semana, Harry finalmente tem um dia de folga... Mas quando uma emergência acontece, ele e os amigos podem lidar com isso sozinhos?
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