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14. Triage

Continuamos de onde o drama parou nessa fic/série. Daqui há pouco, vocês que vão precisar de médicos por causa de Larry nos atacando de todos os lados nos últimos dias. Tratamento: beber água, comer algo e escutar Kill My Mind. A propósito, estamos na penúltima semana. Essa semana que vem são os três capítulos finais da primeira temporada.

Vocês ainda tem chance de ganharem a "vaga". Vai ter pessoas que ganharam por empate na quantidade de estrelinhas (hipoteticamente, digamos que 5 pessoas ficaram com 14 estrelas no total), e entre os empates eu vou contar quem realmente comentou mais durante todos os capítulos e colocar como o vencedor (dessas 5, uma pessoa hipoteticamente fez 100 comentários na fic ao todo enquanto as outras 4 fizeram menos que isso).

Porém, se alguma pessoa conseguir comentar mais que o vencedor das estrelinhas nesses últimos capítulos (exemplo: mais do que 100 comentários, mas tem menos de 14 estrelas ou nenhuma estrela), vai ganhar uma vaga também (para quem aparece depois ter uma chance). E eu vou usar os nomes desses dois vencedores como pacientes/personagens da segunda temporada e talvez até os que empataram, dependendo da quantidade de personagens novos que aparecer.

P.s.: ninguém é obrigado a nada, só quem gosta de comentar e quiser aparecer mesmo. Apenas aproveitem a leitura!

Brilha, brilha estrelinha:

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Boa leitura, Interns.

~o~

Harry e Niall estão em lados opostos do vestiário do hospital, se encarando friamente.

- Foi você. Você falou para a família da sra. Martinez.

-...É claro que falei.

Harry o olha fixamente, atordoado, enquanto todos os eventos das últimas semanas se encaixam no lugar.

- Mas por quê? – a traição machuca.

- Como você pode perguntar isso? Você matou uma mulher quando ela poderia ter vivido por outra década!

- E quanto toda a sabotagem... Os rumores... Foi você também?

Niall não consegue manter o olhar de Harry, olhando para o chão.

-...Sim.

- Niall, eu achei que fossemos amigos. – o cacheado se sente anestesiado a esse ponto, erguendo um mecanismo de defesa.

- Eu também, Harry.

- O que isso quer dizer?

- Você sabia o quanto eu queria trabalhar com Dr. Tomlinson! Foi uma das primeiras coisas que te falei, se lembra? No dia que a gente se conheceu, quando derrubei o livro dele e falamos sobre isso.

- Eu lembro... – Harry repassa a memoria na cabeça. – Você falou que foi o motivo de você vir para o hospital.

- Era tudo que eu queria. E você não deu a mínima. Então eu... Fiz o que precisei fazer para nivelar as coisas.

- Nivelar como? – ele balança a cabeça, os olhos semicerrados ao se decepcionar cada vez mais. – Escondendo minhas fichas? Desligando meu pager?

- Não tenho orgulho disso, mas sim... Você tinha uma vantagem injusta.

- Eu não tenho culpa de ter subido no rank mais que você!

- Só porque você ganhou tempo extra com o Tomlinson! Se você não estivesse se esgueirando por aí com ele e o Corden, eu seria número um! – Niall se cega com o próprio julgamento. – Eu estudei mais do que você! Eu tenho resultados melhores que você, e eu praticamente vivo nesse hospital! – ele acalma a respiração agitada por uns segundos, para falar mais contido. – Naquele primeiro dia, eu cheguei uma hora mais cedo que você. Você quase se atrasou, e por isso você estava lá quando fez o hemotórax com ele. A partir daquele momento, ele estava do seu lado. Eu nunca tive uma chance.

- E como qualquer uma dessas coisas é minha culpa? – Harry não encontra lógica.

- Você sempre fala sobre como estamos todos juntos nessa... Mas você alguma vez falou com o Dr. Tomlinson sobre mim? Você já falou algo bom sobre mim para ele?

- Eu... Não.

- Por que não?

- Porque não me passou pela cabeça. – é sincero.

- Entendi. Isso é o quanto nossa amizade significou para você.

- Niall... Não foi pessoal. – Harry fica abismado com o quanto ele distorceu tudo.

- Não foi pessoal o que eu fiz também. Essa é minha carreira, minha vida. Você se colocou em primeiro lugar... E eu também. E após tudo isso, não tem Tomlinson, não tem Corden, não tem mais equipe. Foi tudo para nada.

Os dois ficam em silencio e a porta do vestiário se abre. Eles se encaram enquanto o local se preenche com vozes e risos.

- O Simon vai me encontrar aqui para jantar, então se algum de vocês ver ele, por favoooor, sejam legais. – Sarah fala para o grupo, não interpretando o clima.

- Eu vou tratar ele como um unicórnio... Porque ver o cara é raro assim! – Clare brinca, também alheia.

Eles vão para os armários, e finalmente notam Harry e Niall.

- Hã... Caras? – Ed fala primeiro.

- Qual o problema? Niall? Harry? – Sarah se preocupa.

Niall cerra os dentes e fica quieto. Ele não vai falar o que fez, então Harry vai ter que fazer isso.

- Niall falou para a família da sra. Martinez o que aconteceu.

- Como é? – Clare afina a voz, preparada para espumar.

- Niall, não... – Sarah arregala os olhos.

- Ele falou do meu nome e agora estão planejando processar o hospital.

- Cara, que porra? – Ed une as sobrancelhas, abismado.

- Foi minha obrigação como médico. Eu mandei uma mensagem anônima. – Niall fica firme na opinião dele.

- Como você foi capaz disso, Niall? Harry poderia perder o emprego dele!

- Talvez ele mereça perder. – ele fala defensivamente para Sarah.

- Isso não é justo, cara. Harry confiou em você. Todos confiamos! – Ed se irrita.

Niall olha em volta no rosto de cada um, confuso.

- Sério? Todos vocês estão do lado do Harry?

- Adivinha. – Clare o fuzila.

Ed e Sarah se entreolham, incertos do que falar. Mas nenhum dos dois discorda com Clare.

- Ótimo. Eu vou... Vou mudar minhas coisas do apartamento essa semana. – Niall sai do vestiário.

Os amigos olham para Harry, chateados e zangados.

- Isso... Realmente aconteceu? – Ed está incrédulo.

- Ele era tão animado e doce. Eu achei que fosse um cara legal. – Sarah lamenta.

- Eu também. – Harry murmura.

...

Um tempo depois, Harry sai do quarto de um paciente e encontra Clare esperando por ele.

- Ei. Como você está lidando?

- Estou machucado. – confessa. – Eu não fazia ideia que Niall se sentia desse jeito sobre mim.

- Eu sabia que ele estava irritado do Tomlinson gostar mais de você, mas nunca teria pensado que ele seria capaz de fazer algo assim. – ela diz por ter sido mais próxima do irlandês no grupo. – Quando penso sobre todas as vezes que ele mentiu na minha cara... Todas as vezes que mentiu para todos nós... Meu sangue ferve.

- Você acha que algum dia poderemos voltar a ser como éramos? – Harry não evita a esperança.

- Sem chance. – Clare corta a ilusão. – E por que você iria querer isso?

- Porque ele é nosso amigo.

- Não, não é mais.

Harry e Clare vão para a enfermaria, e o cacheado nota vários residentes veteranos e médicos da casa o encarando, olhos em fendas.

- Qual é a deles?

- Deve ter vazado as coisas da investigação. – Harry adivinha, o tom de voz seco e amargurado. – Não sou mais o estagiário número um. Eu sou o assassino de pacientes, Dr. Styles.

Mitch levanta o olhar da enfermaria, tendo escutado ele.

- Na verdade, eles não tem nenhuma prova disso ainda.

- O que quer dizer? – Harry para os passos.

- A administração está vasculhando as gravações das câmeras de segurança para conseguir provas do que você fez. Mas graças aos cortes no orçamento – Mitch sorrir, suspendendo uma sobrancelha. – A segurança não mantém as gravações por mais de 24hrs. Eles só gravam por cima do dia anterior.

- Então o que Niall contou para a família não deve ser prova o suficiente para a chefe chamar o comitê de ética.

- Isso aí. Se você manter a cabeça abaixada e a boca fechada, isso tudo pode sumir. – Clare aconselha, pensando positivo.

- Sim...

- Hm, por que você não está tão feliz quanto eu? – ela estranha a reação dele.

- Eu só odeio todas essas mentiras e ter que fingir quando nem sinto vergonha do que fiz. Talvez se eu só explicar a situação para a chefe...

- Pelo amor de Deus, Harry, não. – Clare trata de tirar isso da cabeça dele. – Isso não é hora de você agir com moral. Não importa suas razões, você quebrou as regras seriamente. Você poderia perder sua licença médica com isso.

- Mas...

- Sem mas. – ela é firme. – Eu acredito que você fez a coisa certa. Tem absolutamente zero motivos de dar a chance para chefe Shaffer julgar isso.

- Concordo. – Mitch, que continuava os escutando, apoia.

- Escolha suas lutas, Harry. Só mantém a boca fechada, e não torna isso num desastre maior do que já é.

Dr. Aoki e Dra. Chalotra são chamados no pager para a sala de emergência. Eles correm com expressões sérias, passando pelo três amigos.

- Vocês dois, venham com a gente! – Steve gesticula para Clare e Harry.

- O que aconteceu? – Harry se preocupa, indo atrás.

- Um trem do metrô saiu do trilho mais cedo. – Yen explica.

- Ai meu Deus! – Clare fica assustada com a noticia.

- A emergência está lotando e tem mais vitimas a caminho. Fiquem em alerta. – Steve comanda.

...

Quando chegam na sala de emergência, o chão inteiro está num estado de completo caos, ainda que controlado. Todos os médicos e enfermeiros disponíveis se deslocam pelas camas, cuidando da multidão crescente de gemidos de dor e pacientes sangrentos.

- Já estamos sem camas disponíveis, e pelo mural das salas de operação, estão todas ocupadas. – Steve avista uma enfermeira próxima. – Jade! A triagem foi feita na cena?

- Não. – ela balança a cabeça negativamente. – As equipes de emergência tiveram que tirar as vitimas do túnel quebrado. Estão as mandando enquanto as libertam.

- Então teremos que fazer a triagem aqui... – Yen decide, se virando para os estagiários. – Harry, Clare, eu preciso que vocês avaliem os pacientes. Determinem a urgência da situação deles, para que quando camas e salas de operação ficarem disponíveis, serão para os pacientes com mais necessidade.

Steve os entrega um saco grande de tags de triagem, cada um com uma cor da gravidade do estado.

- Marquem cada paciente que avaliarem. Cortem as cores que não precisarem. Pequenos ferimentos como fraturas leves ou lacerações recebem a tag verde. Os façam esperar no átrio para serem examinados propriamente quando pudermos. – Steve os instrui. – Amarelo significa sério, mas sem riscos de vida: Fraturas graves, lesão da medula espinal... Os ponham numa cama assim que conseguirem. Vermelho é urgente. Problemas respiratórios ou cardíacos. Ferimentos na cabeça. Hemorragia.

- E os pretos? – Harry indaga a cor que faltou.

- ...Nada que possamos fazer por eles. – Yen diz em pesar, o significado implícito.

As portas de emergência se abrem com equipes de paramédicos trazendo outra onda de pacientes. Harry procura por Liam, mas não o vê em lugar nenhum. Ele e Clare engolem em seco e olham um para o outro, nervosos, mas prontos para o desafio.

- Trabalhem rápido! Essas pessoas estão contando com vocês. – Steve os apressa.

Harry e Clare correm para conhecer os novos pacientes: uma mulher gemendo de dor e outra mulher quieta se encurvando.

- Eu vou até a moça gritando. – Clare diz.

- Okay.

Harry se aproxima da mulher quieta, ela se remexe e se contrai com dor.

- Olá, senhora. Meu nome é Dr. Styles. Pode me falar seu nome?

- Macey. – a voz dela é mal um sussurro.

Harry escreve o nome dela no topo de um livreto da triagem.

- Pode me falar por que está sussurrando, Macey?

- Dói... – ela gesticula para o estômago sem tocar nele.

Harry pressiona a mão levemente na barriga e ela se encolhe em grande agonia. O estômago dela está distendido, mas duro como pedra. Está sangrando internamente e rápido.

- Dr. Aoki! Essa mulher precisa de uma cirurgia urgente. Ela está sangrando no abdómen.

- Ponha uma tag nela e a leve para um local seguro. Os cirurgiões vão a atender assim que estiverem livres.

- Mas...

- Isso é a triagem, Styles. Eu sei que você quer ficar e ajudar, mas você precisa avaliar os outros e seguir em frente. Mais pacientes estão chegando.

- Sim, doutor! – Harry rasga as tags amarelas e verdes, deixando só a vermelha. – Alguém vai te ajudar logo, Macey.

- Bom trabalho, Styles. Continue. – Steve aprova.

Harry levanta o olhar quando Sarah passa por ele, pressionando as mãos no peito sangrando de um idoso.

- Eu estou com você, senhor!

Mais médicos chegam na emergência para encontrar a onda de pacientes. Até Anna está no meio.

- Chefe Shaffer! Deveríamos chamar Dr. Tomlinson? Nós precisamos da ajuda dele! – a enfermeira, Perrie, sugere.

- Ele nem está na cidade no momento. Mas podemos dar conta disso. Fique focada! – ela responde.

- Continue se mexendo, Harry! – Clare o desperta.

Harry assente, se virando para a próxima maca. Um cara de meia-idade com rosto pálido e apertando o braço.

- Qual seu nome, senhor?

- T... Theo.

- Me fala onde que dói, Theo.

- Eu estava com minha filha. Ela ficou presa. Eu implorei para não me tirarem sem ela...

Harry simpatizaria com ele numa situação mais calma, mas Steve o lembrou que isso é uma triagem.

- Tenho certeza que ela vai aparecer nas próximas ambulâncias. Estou vendo que você está segurando o braço—

- Pode procurar por ela? O nome dela é Harper. Ela tem medo de hospitais.

- Eu preciso que você foque e me diga onde está doendo. – Harry insiste.

- É só meu braço. Eu acho que o quebrei quando bati num ferro.

Harry examina o braço de Theo e encontra uma fratura leve. Ele escreve o nome do paciente e rasga as tags, colocando a verde.

- Quando Harper aparecer, você tem que me buscar, okay? Eu preciso ver ela! – Theo pede, mas Harry já estava indo para outro paciente.

O estagiário se move de paciente para paciente, fazendo o melhor possível para colocar as tags e continuar avaliando. Mas a dor e desespero deles torna muito difícil de os deixar para trás.

- Você não está em estado de emergência. – Harry escuta a voz irlandesa. – Relaxa e me deixa trabalhar.

Ele observa Niall se mexer com a eficiência de uma máquina entre os pacientes, friamente indicando a gravidade deles. Não ter consciência deve ajudar numa situação como essa, Harry pensa com raiva.

- Ai senhor, ai senhor...

Harry se vira e vê Katie sozinha entre três macas. Dois pacientes sangrando chamam pela atenção dela enquanto o terceiro encara o teto silenciosamente. Katie olha para eles, os olhos arregalados com medo e corpo congelado com a indecisão.

- Katie. – ele vai até ela e fala suavemente. – Está tudo bem. Só pensa.

Os olhos arregalados se viram para Harry.

- Eu... Eu não sei quem ajudar primeiro!

- Eu... Não consigo... Respirar... – um dos pacientes fala com dificuldade.

Katie está entrando em pânico e Harry reconhece por experiência própria.

- Vamos lá, você sabe essa. – ele encoraja. – Quem precisa mais de ajuda urgente?

- Ah... Um precisa de intubação, outro precisa de um tubo no peito e... Eu acho que o outro precisa de uma consulta de neuro. – Katie analisa os três casos.

- Exatamente. Então, o que você faz?

- Eu... Hã...

Harry se lembra desse medo. Ele sabe como a ajudar.

- Katie, olha para mim.

- Eu... Eu nunca vi um trauma como esse antes. – ela confessa.

- Eu sei. Mas você era a melhor Interna, lembra? Você sabe o que fazer.

Katie engole em seco.

- Eu trato e ponho a tag.

- E delega, se puder. – Harry acrescenta.

Ela assente, reunindo confiança.

- Okay... Eu vou fazer o tubo no peito e você intuba. E... Clare! – ela chama a mulher que está perto. – Pode pedir por uma consulta de neuro para essa tag amarela?

- À caminho! – Clare afirma.

Katie encontra o olhar de Harry em agradecimento por um segundo, antes dos dois darem a atenção para os pacientes.

...

Muito mais tarde, Harry termina de receber o último paciente da batida de metrô na doca das ambulâncias.

- Bom trabalho, pessoal. – Steve os elogia e tranquiliza. – Parece que tudo está sob controle, por enquanto.

- Internos, descansem e peguem algo para beber e comer enquanto podem. – Yen os libera. – Vamos fazer rodízios em nossos novos pacientes em 15 minutos.

- Cantina? - Ed marca com os amigos.

- Eu vejo vocês em um minuto. Estou muito exausta para me mexer. – Sarah diz.

- Vou ficar com você. – Harry faz companhia para a melhor amiga.

- Teremos um café péssimo esperando por vocês. – Clare vai com Ed, os dois fuzilando Niall que vai para a cantina na frente deles.

Sarah e Harry se encostam contra uma parede.

- Caramba, isso foi... Louco.

- Você está bem? – Harry sabe que ela se sente mal com situações sérias.

- Estou bem. – ela responde com leveza. – Pensa em quantas vidas acabamos de salvar! Foi difícil, claro, mas foi por isso que me tornei uma médica.

- Sarah, aí está você! – Simon os avista.

- Ah não! O jantar! – ela tinha esquecido no meio do caos.

- Eu esperei por você lá na frente por vinte minutos. – Simon reclama. – Eu tive que entrar e perguntar onde você estava!

- Sinto muito, Simon... Eu não podia sair.

- Você está sempre me perturbando para passar mais tempo com você... Eu viajo uma hora para te ver, pago por um Uber porque o metrô estúpido estava fechado e você me deixa plantado?

- Ela tem um bom motivo. – Harry fala pela amiga, desprezando cada palavra que sai da boca de Simon. – O metrô estava fechado por causa de um grande acidente. Sarah estava ocupada salvando vidas.

- Sério? Ela estava salvando vidas? Ou estava entregando as coisas para os médicos de verdade salvarem as vidas?

- Perdão? – Harry semicerra os olhos, querendo que ele repita a ignorância, se tiver coragem.

- Simon! – Sarah repreende.

- Desculpa, Sarah. Você é uma estagiária. Os estagiários na minha empresa pegam meus pedidos de comida. – ele assume.

- Eu... Não tenho tempo para isso hoje, Simon. – Sarah se magoa. – Podemos remarcar?

- Está falando sério? – ele volta a ficar puto. – Foi um grande inconveniente mexer na minha agenda para vir até aqui. Quer que eu faça isso de novo?

- Sarah... Você realmente vai deixar ele continuar te tratando assim? – Harry suspende uma sobrancelha, ficando sem paciência para o relacionamento tóxico que está presenciando.

Todos os Simons são merda? Pelo menos os que conheceu até agora.

- Eu... Ele é meu namorado, Harry. Mas não acho que posso aguentar isso por mais nenhum segundo.

O cacheado aperta o braço dela e sussurra em sua orelha:

- Você sabe o que tem que fazer, Sarah.

Ela olha para o melhor amigo, vacilando por um momento, mas afirma com a cabeça.

- Simon, me desculpa, mas... Acabou. Vamos terminar.

- Você está terminando comigo? Você não pode terminar comigo! Por quê?

Sarah endurece a mandíbula e olha de frente para ele, as mãos na cintura.

- No momento? Por ser um idiota condescendente!

- Uou, okay, espera... Talvez eu não tenha lidado bem com toda essa coisa do metrô. – ele fica desarmado com ela rebatendo e usando a voz. – Você sabe como me sinto com transporte publico. É porque eu estava tão feliz de te ver, amor. E você sabe como fico quando não como por duas horas.

Harry vê a confiança da Sarah enfraquecendo com as palavras persuasivas do namorado abusivo.

- Você fica faminto mesmo.

- Por que não faz o jantar hoje e a gente fala sobre isso? Só eu e você? – Simon sorrir.

- Sério? Você está usando fome como desculpa? – Harry se intromete, não vai deixar o cara se safar dessa vez. – E agora quer que ela cozinhe para você também?

O rosto de Sarah se endurece de novo, notando que quase caiu nas palavras dele outra vez.

- O quê? Você ama cozinhar! – Simon justifica.

- Mas quando foi a última vez que você fez algo por mim? Você continua falando sobre o tanto de dinheiro que está ganhando na empresa, quando foi a última vez que me comprou o jantar? Eu cozinhei para você milhares de vezes desde que me mudei para cá, e você nunca nem ao menos pediu comida para a gente.

- Nossa, não tinha percebido que você era tão materialista.

- Não sou! Eu só queria um pouco de afeição! Você não consegue fazer nem o básico! Você não faz ligações, não segura minha mão... A gente nem se abraça mais! Toda vez que vou na sua casa é só para fazer o jantar e assistir você jogar! – ela desabafa.

- Mas eu fico cansado depois do trabalho, amor. – Simon continua com as desculpas.

- Eu também fico! Eu estou tão cansada de você não levar eu ou meu trabalho a sério! Estou cansada de sempre ser a última na sua lista de prioridades!

- Você deveria ter dito algo mais cedo! – ele joga a culpa para ela.

- Eu não deveria ter que pedir para o meu namorado parar de me tratar como lixo! – ela rebate.

- Qual é, babe. Me dá uma chance de consertar isso.

Harry olha para Sarah, preocupado de ela ceder.

- Você teve várias chances, Simon. Seu grande... Seu...

- Pau no cu, filho da puta desgraçado, babaca tóxico do caralho. Abusivo de merda. – Harry faz os xingamentos jorrarem por Sarah, as pessoas em volta arregalando os olhos.

- Okay. Nossa. – Simon fica boquiaberto.

- Honestamente, Simon? Eu concordo com todas as palavras que Harry disse.

- Até a parte que ele me chamou de—

- Especialmente essa parte. – ela cruza os braços.

- Mas baby...

- Eu não sou mais seu baby ou seu amor ou o que for. Terminamos.

- Mas você se mudou para cá por mim!

- Sim... E vou ficar por mim. – Sarah dá ênfase.

Ela cruza o braço com o de Harry e dá as costas para Simon, indo para dentro do hospital. Harry olha para trás e vê Simon flácido, humilhado. Ele olha de volta para Sarah, dando um aperto reconfortante nela.

- Você está bem?

- Eu... Eu não sei. Simon e eu estamos juntos por tanto tempo. Eu costumava achar que a gente ia se casar e ter filhos... E agora não evito de me sentir culpada.

- Culpada? Por quê?

- Porque estou tão aliviada! – revela. – Não preciso mais fingir amar ele! Por muito tempo eu me apoiei nele porque achei que precisava desse suporte emocional... Mas agora eu tenho meus amigos.

- Estou tão orgulhoso de você. – Harry sorrir com as covinhas.

- Obrigada, Harry. Estou orgulhosa de mim também. – ela devolve o sorriso.

...

Harry está checando os novos pacientes do acidente de metrô.

- Como está seu braço, Theo?

- Eu não ligo sobre meu braço! Eu ainda não vi Harper! Ninguém me fala nada! As pessoas morreram hoje, não foi? Você acha que...

- Por que eu não vou atrás e pergunto para outros médicos se a viram? Ela deve estar em outra parte do hospital.

- Obrigado. Qualquer coisa que puder fazer para a encontrar.

...

Harry foi de volta para a sala de emergência, assim que as portas se abriram com tudo. Paramédicos trazendo mais duas macas para dentro.

- Acabamos de desenterrar esses. – uma paramédica avisa.

- Meu pai está aqui? Quero meu pai! – é uma garotinha que Harry na hora adivinhou ser Harper.

- Qual seu nome?

- Harper. Meu pai está bem? Ele está aqui?

- Ele está aqui e esteve te procurando. – Harry assegura. – Onde você está machucada?

- Eu estou bem. Meu tornozelo ficou preso, mas aquele cara me tirou antes que o túnel caísse em mim. – ela aponta para o homem na outra maca.

- Liam! – Harry fica espantado quando reconhece o amigo inconsciente na maca.

- Ele está bem? Eu acho... Acho que estaria morta se ele não tivesse me ajudado.

Harry corre para o lado do moreno, ele está com o rosto e corpo coberto de ferimentos.

- Ele estava no túnel?

- Falamos para ele não descer lá, era muito instável. – a paramédica conta. – Mas tenta falar para Liam se preocupar consigo mesmo quando outra pessoa está em risco. Você pode ajudar ele?

- Os vitais dele estão em risco. Pela aparência, ele está com ferimentos internos.

- Esse é Liam Payne? O paramédico? – Anna aparece.

Harry explica a situação rapidamente. Anna balança a cabeça, estressada. Ela vê um Zayn cansado saindo da sala de operação 2.

- Você. Malik. – ela o chama. – Esse paciente precisa de um quarto de operação urgente. Qual que temos disponível?

- Uma está livre... Mas todos os cirurgiões da casa estão em cirurgia. Não acho que tenha ninguém liberado! – Zayn fica aflito ao ver que Liam é o paciente.

- Então eu mesma vou o operar. – Anna decide. – Você vai ser meu assistente, Malik. Vamos lá. – ela olha para Harry. – Você também, Dr. Styles. Preciso de todas as mãos extras que conseguir.

- Mas eu não sou um cirurgião! – Harry diz no nervosismo.

- Estou ciente disso, Dr. Styles. Consegue seguir ordens?

- Sim? – responde como pergunta.

- Você fez curso de medicina?

- Sim?

- Então, você pode ajudar. Vamos, o tempo está passando.

Anna vai em frente enquanto Zayn empurra a maca do Liam para a sala de operação.

- Não acredito que isso está acontecendo. – Harry o acompanha.

- Você está para ver algo incrível, Harry. – Zayn tenta ser positivo e passar essa positividade para o cacheado. – Anna Shaffer como cirurgiã de volta a ação. E definitivamente precisamos de ajuda aqui. – ele olha para o rosto desacordado do Liam.

...

Harry está com a roupa adequada por cima, diante da mesa de operação. Ele olha para as mãos com luvas. A respiração soa alta e agitada por baixo da mascara de cirurgia. Liam está deitado, exposto e vulnerável. Harry assiste aterrorizado e fascinado quando Anna faz uma incisão no abdómen dele.

- Pinça.

Harry entrega a pinça para Anna. Ela abre o abdómen do Liam. O estagiário tinha examinado muitos cadáveres na faculdade, mas nada o preparou para ver um amigo na mesa. Tem muito sangue.

- Sucção.

- Sim, doutora. – Harry engole em seco e põe a bomba de sucção na abertura do Liam, limpando para Anna ter uma visão melhor do estrago.

- Obrigada, Styles. Você está vendo, Dr. Malik?

- Tem muito dano no baço dele e nos rins. – Zayn observa, os olhos cobertos de preocupação.

- Boa vista. Vamos trabalhar.

Harry assiste ansioso enquanto Anna e Zayn começam a tratar dos órgãos do Liam. Ele se impressiona com o quão confiante e relaxado o amigo está ao cauterizar e costurar com as ordens da Anna. Apesar do Zayn demonstrar mais preocupação por ser um paciente que conhece pessoalmente.

Mas Anna está em outro nível. Ela trabalha rápido e habilmente, os olhos brilhando quando as mãos fazem pontos e incisões complicados. Ela é incrível nisso.

- Sucção.

Um gêiser de fluidos repentino jorra da cavidade.

- O apêndice dele estourou! – Zayn constata.

- Merda. Eu não posso cuidar disso agora. Você pode?

- Não sem parar com o rim dele.

- Okay... Styles, você precisa remover o apêndice dele. – Anna dá o novo comando.

- O quê? – Harry sobressalta.

- Se acalme. Apenas siga minhas instruções e você ficará bem. Você tem que fazer outra incisão um terço da distancia da coluna ilíaca superior ao umbigo.

Harry respira fundo e faz a incisão na pele e músculo do Liam.

- Meu Deus, estou realmente fazendo cirurgia! – se surpreende.

- Bem-vindo a liga maior, Harry. – Zayn rir.

- Localiza o apêndice... – Anna continua a instruir.

- Eu encontrei! – os dedos longos de Harry seguram gentilmente o apêndice do Liam.

Ele olha para o rosto calmo do paramédico com a anestesia.

- Procura a abertura do apêndice, e põe um grampo para selá-lo do intestino.

- Okay... Estou sentindo! – Harry pega o grampo, nervosamente põe no local e puxa o gatilho.

O grampo se fecha no lugar com um grande barulho. Anna olha para Harry por cima da mascara, em aprovação.

- Bom trabalho, Styles. Isso vai nos dar alguns minutos.

- Agora me ajuda com esse rim. – Zayn pede. – Vou precisar que você coloque uma luz bem aqui. – ele move a mão de Harry com a luz para o local. – Isso aí. Agora fica succionando essa área. Reparar essa válvula é trabalho delicado...

Harry faz tudo que é mandado e depois de uns minutos tensos, Zayn suspira.

- O rim está estável.

Anna termina de colocar um grampo e tira um momento para avaliar o trabalho que Zayn acabou de fazer.

- Excelente trabalho, Malik. Eu conheço cirurgiões com dez anos de experiência a mais que você que não conseguiriam fazer isso.

- Estou feliz de estar à sua altura, Dra. Shaffer.

- Certo, Malik, termina de remover o apêndice. Styles, vem aqui.

Harry volta para o dever de succionar, ocasionalmente se afastando para colocar mais intravenosos de sangue enquanto as horas se arrastam. Finalmente, o sangramento retrai e para. Anna e Zayn dão um passo para trás.

- Irrigação...

Harry põe água na cavidade, procurando por bolhas ou provas de algum dano escondido.

- Conseguimos! – Zayn comemora.

- Sim, conseguimos. – Anna confirma. – Malik, isso foi incrível. E Styles, devo dizer, estou impressionada. Muitos médicos não conseguiriam tomar atitude como você fez.

- Só estou feliz do Liam estar bem.

- Sem você, talvez ele não estaria. Você deveria se orgulhar do trabalho que fez hoje.

Outro cirurgião põe a cabeça na sala de operação.

- Dra. Shaffer, você tem um par de mãos sobrando?

- Leva o Dr. Malik. Ele fez um ótimo trabalho hoje. – ela indica.

Zayn pisca para Harry orgulhoso com os elogios recebidos, sorrir aliviado para o corpo desacordado de Liam e segue o outro cirurgião para fora da sala.

- Sucção.

Harry suga a água para fora do abdómen do Liam e Anna se prepara para o fechar. Os dois ficam ali em silencio por um tempo, até que...

- Eu sei que você fez aquilo, Styles.

Ela está falando sobre a investigação.

- E mais, eu sei por que você fez. Sra. Martinez era uma mulher incrível. Se eu tivesse conhecido ela enquanto era jovem e idealista, eu ficaria instigada a quebrar as regras por ela também.

O conselho de Clare ecoa na cabeça de Harry. Escolher as lutas e manter a boca fechada. Ele faz exatamente isso, ficando calado. Anna espera ele dizer algo e suspira:

- Eu sei que você quer salvar todo mundo. Muitos médicos querem. Eu também queria, antes de vir para a administração. Mas desde então eu fiquei familiarizada com as realidades dessa vida. E a realidade é que não dá. Estou triste que você tenha aprendido essa lição do jeito difícil.

- Eu... Eu escutei que não tem provas do que aconteceu.

- Sempre tem provas. E eu as encontrarei.

- Você quer tanto assim que eu suma? – Harry abaixa os olhos.

- Não. – Anna fala com sinceridade. – Eu queria ver você crescer no seu potencial e se tornar um ótimo médico. Mas é tarde demais para isso. Tudo que posso fazer é usar seu erro para mostrar para outros médicos que as regras existem por um motivo, e que toda decisão tem um custo. Infelizmente sua decisão é uma que pode custar seu futuro.

...

Mais tarde, Harry está sentado do lado da cama do Liam, exausto, mas se recusando a ir para casa. Liam grunhe.

- Liam? Você está acordado! – Harry comemora.

- Mmf... Eu... Acho? – Liam respondia lentamente, a voz falhando pela falta de uso. – Harry?

Harry sorrir, mais que aliviado.

- Sim, sou eu. Você se lembra do que aconteceu?

- Eu estava... No trabalho? Tinha um metrô. Eu acho que me machuquei?

- Você salvou a vida de uma garotinha!

Liam sorrir fracamente.

- Ela está bem?

- Um tornozelo torcido e alguns ferimentos. Ela ficará bem.

- Bom. – ele toca no próprio estômago gentilmente, sentindo os curativos. – Eu tive uma cirurgia?

- Você teve uma cirurgia de emergência. E eles estavam com poucas pessoas, então tive que ajudar.

- Espera. Quer dizer que você viu aqui dentro?

- Sim, botei as mãos e tudo. – Harry rir. – Foi a primeira vez que vi Zayn preocupado por baixo da pose de relaxado. Eu fiquei super nervoso também, é estranho quando é alguém que conhecemos.

Liam rir, segurando o estômago.

- Bem, agora sou mais intimo de vocês.

- Para de rir, você vai arrebentar os pontos. – Harry repreende.

Liam rir mais e as risadas viram tosses doloridas.

- Sério, para de rir! – Harry fica alerta. – Foi horrível ver você desacordado quando apareceu. Você não pode continuar fazendo isso consigo mesmo.

- O quê? Meu trabalho?

- Não é seu trabalho morrer pelos pacientes! – Harry argumenta.

- Mas é meu trabalho salvar eles.

- Você não pode salvar todo mundo. – fala o que aprendeu.

- Mas eu não conseguiria dormir de noite se ao menos não tentasse.

- E se tentar te matasse?

- Então vou morrer bem. Eu sou quem eu sou, Harry. Eu não trocaria isso por nada.

Harry suspira e pega um relance do Zayn na janela. O moreno o chama para o corredor. O cacheado pede licença e vai até lá.

- Você parece exausto. Esteve nas cirurgias esse tempo todo?

- Eu fiz três mais depois que você saiu. Hoje está sendo insano. – Zayn olha para Liam pela janela novamente. – Eu me preocupei com ele. Mas chequei os vitais dele entre uma cirurgia e outra, ele está indo bem. Se não houver nenhuma complicação, ele vai se recuperar completamente. O super-homem vai voltar a se jogar em prédios em chamas e salvar gatinhos de árvores em pouco tempo.

- Isso são boas noticias, Zayn.

- Cara, falando em estar exausto, quando que seu expediente acabou?

- Duas horas atrás? – Harry não tem certeza.

- O meu também. Você deveria ir para casa.

- Não sei se quero fazer isso...

- Eu vou ficar com o Liam. Preciso estar no hospital para ajudar com complicações, são muitos pacientes pós-cirurgia. Você pode ir descansar e confiar em mim.

- É, hoje foi bem estressante... – Harry acaba concordando. – Obrigado, Zayn. Vou desmaiar em casa.

- Você mais que merece uma longa noite de sono. Te vejo amanhã, parceiro.

Harry pega o ônibus por causa do metrô fechado e se senta do lado da janela, as pálpebras fechando ao remoer tudo que aconteceu nesse dia. A confissão do Niall, o conselho da Clare, a triagem, o relacionamento da Sarah e a cirurgia do Liam... Ele tem que escolher as lutas e acha que finalmente sabe qual é a dele.

...

Na manhã seguinte, antes do expediente começar, Harry vai até a porta do escritório respirando fundo e devagar. Está tudo bem, ele se assegura mentalmente. Você consegue fazer isso.

Harry levanta a mão para bater na porta da Anna quando escuta vozes do lado de dentro.

- Dr. Aoki entrou em contato comigo pessoalmente para falar quão desapontado ele ficou com seu trabalho na triagem. Você não pode se permitir ser vista como fraca e insegura, Katie. Você tem um nome e tanto talento para representar. Só... Volte ao trabalho. Estuda mais. Seja melhor amanhã. – a voz de Anna saiu abafada pela porta.

Antes que possa se afastar, a porta se abre. O rosto de Katie fica vermelho de vergonha quando vê Harry ali. Sem dar uma palavra, ela vai embora pelo corredor.

- Tem alguém aí? – Anna indaga por a sobrinha ter deixado a porta aberta.

Harry hesita, e entra. Anna olha para ele com curiosidade enquanto o rapaz fecha a porta.

- Me desculpa, Dr. Styles, mas se você acha que implorar pessoalmente vai fazer eu mudar de ideia sobre a investigação—

- Não estou aqui para pedir que mude de ideia.

- Oh?

- As pessoas ficam me falando para "escolher minhas batalhas", porque querem que eu mantenha a cabeça baixa... Que eu me mantenha seguro. Mas preciso lutar pelo o que acho correto. Essa é a luta que vou escolher. Então, sim. Eu que coloquei o V-2706 na sra. Martinez.

Anna está intrigada, mas esconde bem. Ela cruza as mãos em cima da mesa.

- Você... Está confessando? Você entende o que está dizendo para mim, não é, Dr. Styles?

- Sim. Mas eu quero a chance de defender minha escolha... E meu futuro... Numa audiência com o comitê de ética.

Anna para por um momento, pensando.

- Eu admiro a coragem que você teve em vir para meu escritório e falar a verdade. Eu vou marcar a audiência. Mas, se você perder... E você provavelmente vai... Você nunca vai poder exercer medicina de novo.

- Esse é um risco que estou disposto a tomar.

~o~

No próximo episódio: Harry admitiu o que fez com a sra. Martinez. Com uma audiência com o comitê de ética se aproximando, Simon Cowell tem o hospital nos bolsos. Ainda tem tempo do Harry convencer algumas cabeças, mas ele vai ter pessoas o bastante para o defender?

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