10. Risk and Reward
Água? Feito.
Lanchinho ou refeição? Feito.
Ler a fanfic só depois de ter feito os dois? Comentem "Feito".
Calçada da fama:
sophiasorria (⭐️), ACat1615 (⭐️), lgbtopaz, tommo_hazza_1, endxotheday (⭐️), printsputaria, Gabilitz_, Tomlinson28_jho (⭐️), larrysgocrazy, Tommo_67, ValmirBelissimo, hazzalostgirl (⭐️), kinghouis, Larrynteligente, SweetMilleh (⭐️), Rafaelly1210 (⭐️), Judithfranca (⭐️), larryylifeww (⭐️), hwithlv (⭐️), mocinhamends, AnaCampos376, LailaRegina, NathaliaUmer (⭐️), OhShitLarry (⭐️), paynosa (⭐️), Nath_1D4EVER, stylesangeIx, larrybrilhoso
Boa leitura, Interns!
~o~
Harry chega no trabalho e encontra Clare e Niall já no vestiário, uma pilha de livros didáticos abertos no banco entre eles.
- Hipertireoidismo. – Clare nomeia. – Vamos, eu disse uma difícil. Qual o tratamento?
- Metimazol e propranolol – ele bate as mãos uma vez com a resposta correta, focado. – Obrigado, próximo. Paciente tem esteatorréia, distensão e—
- Oi, pessoal! – Harry os cumprimenta, fazendo a presença ser notada.
- Ah! – Niall se volta para ele. – Oi, Harry.
-...Oi. – Clare fala em seguida.
- Vieram mais cedo para estudar sem mim? Espero que não se ponham ao limite. Sei que querem subir no rank, mas precisam de descanso também.
- O quê? Com medo da gente te alcançar? – Clare brinca.
- Não! Estou realmente preocupado com vocês. Ainda tem muito tempo até o final do ano. Vocês dois vão chegar no numero um também, podem crer. Vocês são médicos muito bons para não conseguir.
- Aw. Obrigado, Harry. – Niall fica feliz com o voto de confiança.
- Eu espero que esteja certo! – Clare fica esperançosa.
Clare e Niall dão tchau de um jeito agradável o bastante e se adiantam para começar o dia com os pacientes. Mas Harry não consegue deixar de pensar que as coisas ainda estão esquisitas com eles. O estagiário suspira.
- Eu acabei de escutar um suspiro de "queria que Louis estivesse aqui"? – Zayn entra no vestiário, uma bola de basquete debaixo do braço, o peitoral coberto de suor do jogo de aquecimento da manhã.
- Que engraçado, Zayn. – Harry responde sem humor.
O moreno se apoia no armário do lado de Harry enquanto o cacheado se troca.
- Eu entendo. – o amigo fala mais sério. – É estressante ser o numero um. Estou nesse barco também. Como você está lidando?
- É complicado. – ele escolhe essa palavra para descrever. – Eu acabei de atingir o número um, e ser o estagiário no topo já tem seus prós e contras.
- Sei que sim. Mas tenta se manter focado no positivo. – Zayn aconselha. – Um médico mundialmente renomado do melhor hospital acha que você é o melhor estagiário. Muitas pessoas matariam para ser você.
- O problema é que eu acho que eles realmente vão matar. Eu só queria que os outros estagiários parassem de me tratar como se eu fosse diferente, do nada. Ainda sou eu.
- Eles estão com inveja. – Zayn dá a explicação. – Estou surpreso de você não ter se acostumado.
- Mas como posso consertar isso? – Harry procura uma solução.
- Não conserta. – o moreno bufa em descaso. – Você não pode se preocupar com o que os outros pensam de você. Olha para mim! – ele abre os braços.
- O que tem? – Harry pisca sem se impressionar.
- O que tem é "quem liga"?
- Muito profundo, Zayn. Não sabia que você era um filosofo. – provoca.
- Tô falando sério! – ele insiste. – Tudo se resume a isso.
Zayn pega a parte de cima do uniforme limpo no armário e veste.
- Eu não tenho mais muitos amigos entre os outros cirurgiões estagiários. Eles dizem que é porque sou arrogante e intrometido. Mas eles não ligavam para nenhuma dessas coisas antes dos médicos da casa notarem quão bom eu sou. – ele exemplifica a própria situação.
- E isso não te incomoda? – Harry se preocupa.
- Não. – Zayn nega com tranquilidade. – Eu trabalhei duro, me arrisquei e aproveitei cada oportunidade que tive. Agora eu posso dar assistência em todas as melhores cirurgias. Você veio para Edenbrook para trabalhar bem ou para fazer amizade? – lança uma pergunta de volta para Harry. – Eu sei exatamente por que estou aqui.
Ele levanta as sobrancelhas significativamente para Harry e sai para o corredor movimentado.
...
Harry se reúne com o grupo dele para os rodízios e fica surpreso de ver Anna Shaffer na liderança da frente, com o Louis.
- Estagiários, vocês devem ter escutado que esse fim de semana é o Simpósio Nacional de Medicina anual em Miami. – ela começa falando.
- Imagina ir nisso! – Niall comenta com animação.
- Nós iremos algum dia. – Clare diz convicta.
- Eu estarei presente. – Louis informa. – Mas isso não quer dizer que não saberei de cada coisa que acontecer aqui. Dr. Richard vai gerenciar a competição para a vaga na minha ausência... E fará anotações meticulosas. – dá ênfase.
- Ah não. Ele é o médico da casa que o pelo no nariz é tão longo que é quase um mini bigode. Ele fica zangado se você encarar... Mas eu não consigo não encarar! – Ed fica temeroso.
- Dr. Aoki, Dra. Chalotra, eu vou precisar que vocês redistribuam os pacientes do Dr. Styles. – Louis dá a ordem para os residentes veteranos.
- Hã? – Harry é pego despreparado. – Por quê?
- Porque você vai vir comigo.
Harry fica mais chocado ainda, boquiaberto.
- Deve ter ocorrido algum engano.
- Eu não cometo erros. – Louis mantém a expressão e a voz neutra. – Esteja no aeroporto às 7 da manhã, em ponto.
Todos os estagiários se viram para o encarar maravilhados ou invejosos, sussurrando entre si. Até Anna parece atordoada:
- Você... Vai levar Dr. Styles?
- Eu preciso de um assistente. Você pode gastar dinheiro contratando um para mim por dois dias, ou eu posso levar o estagiário número um no rank para ele aprender algumas informações valiosas na industria. – Louis dá as opções e vai embora, deixando os estagiários abismados.
- Caramba, cara! – Ed é o primeiro dos amigos a reagir. – Harry, estou com tanta inveja! Você vai ter tanta moral!
- Moral? Quem liga para isso? Ele vai poder ver palestras por tipo, 48 horas direto! – Niall rebate com o que ele consideraria legal.
- Parabéns, Harry. – Clare se afasta cabisbaixa.
- Não se preocupa com ela. – Ed dá apoio para o amigo. – Mantém seus olhos no prêmio. Traz vários broches, canetas, camisetas e flash drives para mim.
- Combinado.
Sarah cruza os braços com o melhor amigo quando vão para o elevador.
- Então, sem querer sair do foco da oportunidade incrível de carreira, mas como você se sente sobre passar dois dias inteiros em Miami com o Louis Tomlinson? Acha que algo vai acontecer? – ela insinua, mesmo que os dois nunca tenham conversado sobre o assunto, ficou implícito que Harry se interessa pelo mais velho.
- Um cara pode sonhar... – Harry dá um sorrisinho de lado.
- Se acontecer, você precisa me mandar uma mensagem imediatamente com os detalhes.
- Quão detalhista você está querendo?
- Quanto menos apropriado para menores de 18 anos, melhor. – ela pede, rindo. – Minha vida amorosa é basicamente estagnada, então preciso viver vicariamente com a sua. Não se preocupa com seus pacientes enquanto estiver fora... Eu e Ed vamos tomar conta deles.
- Você é a melhor, Sarah. – Harry se sente sortudo por a ter como amiga.
- Só lembra de mim quando você for Chefe da Medicina algum dia. – os dois entram no elevador e apertam o botão para subir.
Enquanto as portas se fecham, Harry vê Anna puxar Katie para um canto e sussurrar severamente com ela. Os olhos de Katie encaram o chão ao escutar, o rosto frio.
...
Na manhã seguinte, Harry anda pelo aeroporto, procurando pelo número do portão dele.
- E-10, E-11... E-12! Ah não! Eles já embarcaram!
A maior parte da área de espera está vazia, mas Harry vê Louis sentado com as pernas cruzadas casualmente, um livro de romance na mão. Ele tira os óculos do rosto e checa o relógio.
- Mais cinco segundos e eu teria embarcado sem você.
- Não vai acontecer de novo!
- Você acha que vou te convidar frequentemente para conferencias médicas? – Louis suspende uma sobrancelha, imperturbável.
- Dedos cruzados? – Harry mostra a covinha, usando da fofura e inocência.
- Ah pelo amor de Deus, vamos embarcar logo. – Louis deixa escapar um mínimo sorriso.
...
Harry passa pela primeira classe no caminho para se sentar, mas percebe que Louis parou muito mais atrás dele.
- Espera... Você comprou passagem de primeira classe para a gente?
- Eu? – Louis faz careta. – Cristo, não. Eu não gastaria uma moeda para ir nesse evento. Essas passagens são cortesia das sanguessuga da Big Pharma.
Harry se faz confortável na poltrona de couro macia do lado de Louis.
- Uou... – ele se impressiona, mas prestou atenção no termo que o mais velho usou para descrever a Big Pharma. – O que eles querem em troca?
- Excelente pergunta. Você é esperto por fica atento com troca de favores. As empresas farmacêuticas me banham de luxos na esperança de eu vender remédios muito caros para pacientes desesperados. – Louis revira os olhos e sorri de lado. – Espero mostrar ser mais encrenca do que eu realmente sou.
A aeromoça se aproxima para pegar o pedido deles antes do voo decolar. Harry olha para Louis, incerto.
- Vai em frente, pede o que quiser. – o incentiva. – Esses parasitas merecem perder cada centavo que conseguirmos tirar deles.
- Nesse caso, eu vou querer o café da manhã mais farto que vocês tem! – Harry pede com a permissão de Louis.
- Faça dois desse.
Enquanto a aeromoça se afasta, Louis assente apreciativo.
- Excelente escolha. A comida na primeira classe é mais ou menos aceitável.
- Eu estou surpreso de você aceitar qualquer coisa que a empresa te ofereça.
- Não é aceitar que é o meu problema. E sim comprometer os princípios para mais chances como essa.
A aeromoça retorna com pratos fartos de café da manhã que acabaram de ser preparados. Louis levanta o copo de suco de laranja para Harry em um brinde.
- À Big Pharma.
Rindo, Harry brinda o copo com ele e se ajeita para o longo voo.
...
Eles chegam em Miami dez da manhã. O hotel é cercado pela areia branca imaculada da praia. Harry inspira o ar fresco do oceano com um suspiro de felicidade:
- Nossa, o paraíso é assim?
Louis fecha os olhos, deixando a brisa do mar afagar o cabelo dele. Ele inala o cheiro do oceano, sereno.
- Um momento de tranquilidade antes da nossa descida para o inferno.
- Espera, o quê? – Harry se intimida com o comentário.
- Normalmente nessas coisas, todo mundo me odeia ou quer algo de mim.
- Eu... Meio que sei o que quer dizer. – Harry pensa na situação no hospital como o estagiário número um.
- Louis! Louis Tomlinson! Eu estava esperando você por aqui! – uma mulher participante da conferencia chama de não muito longe. – Ótimo te ver de novo! Venha, Stanley e Oliver querem dizer oi!
- E começou. – os ombros de Louis caem. – Novato, faz o nosso check-in. Dois quartos no nome Tomlinson.
Rindo com a pequena "desgraça" do orientador, Harry vai para a recepção.
- Bem-vindo ao Celestial Miami. – o atendente o recebe com um sorriso largo. - Check-in?
- Yup. – Harry sorrir de volta, amando ser recebido por pessoas gentis e alto astral. - Reserva para Tomlinson. Dois quartos.
- Tomlinson... – o atendente procura nos dados do computador. – Er, minhas desculpas. Ocorreu um erro com sua reserva, e só reservamos um quarto.
Harry engole em seco. Tudo bem dividir um quarto com Louis?
- Um está bom. – aceita sem muito o que fazer.
- Maravilhoso. Aqui está seus cartões de acesso, vocês tem uma linda suite com vista para o oceano. Muito romântico.
Harry guarda os cartões no bolso e vai para o lado de fora esperar pelo Louis.
- Ah não. Ele nos encontrou.
- Dr. Aoki? – Harry arregala os olhos com a presença inesperada do homem. – Você está aqui para a conferencia também?
- Sim, e é a única folga que recebo do hospital no ano todo. Por favor, podemos só fingir que não nos conhecemos?
Yennefer vem na direção deles carregando dois daiquiris coloridos. Ela entrega um para o Steve, que aceita timidamente com a presença de Harry ali.
- Harry? – a mulher o vê e sorrir. – Oi! Estamos tão felizes que Dr. Tomlinson escolheu você para vir com ele! Você tem ido tão bem nessas últimas semanas.
- Muito legal se ver e tal, mas eu preciso pelo menos de uma hora inteira de Vitamina D antes de eu poder pensar em colocar o pé no palco do show. – Aoki diz e ambos se afastam.
Louis finalmente se livra dos colegas de trabalho e vai até Harry.
- Pai do céu, isso foi entediante. Por favor, me fala que a gente está pronto para os quartos?
- Sim, mas teve um problema... A reserva foi só para um quarto.
Louis esfrega o espaço entre as sobrancelhas.
- Eu liguei e especificamente falei para eles que minha reserva precisava mudar para acomodar uma pessoa extra.
- Parece que entenderam isso como mudar para uma suite de casal. – Harry percebe agora o que o recepcionista quis dizer.
- Idiotas.
- Você quer tentar mudar? – Harry não se incomodaria, mas se Louis não gostar, eles podem dar um jeito.
- Desnecessário. – Louis nega com a cabeça. – O hotel já está lotado no momento. A gente vai se virar. Vamos entrar, temos trabalho a fazer.
- Temos?
...
O centro de convenção está cheio de pessoas e inundado com estandes coloridos e banners. Harry fica maravilhado com os médicos e pesquisadores apresentando pesquisas inovadoras.
- Isso aí, nós vimos diminuição total do câncer de mama nos nossos voluntários. – uma mulher dizia ao lado dele.
- Não acredito que estou aqui e posso ver tudo isso em primeira mão! – Harry se emociona com a sorte que tem.
- Aproveite essa parte. – Louis aconselha. – A evolução da medicina é o melhor aspecto dessas conferencias... Mas não são a razão da maioria das pessoas virem.
- Oh? – Harry franze o cenho. – Por que elas vem então?
Louis aponta para um dos estandes mais largos, tripulado por jovens vendedores atraentes. Os banners deles estão cobertos por marcas farmacêuticas.
- Tecnologia médica, remédios, suprimentos. Os que fazem dinheiro.
- O que você tem contra nova tecnologia? – Harry indaga porque para ele essa parte é importante na evolução da medicina também. – Precisamos de avanços como esses para ajudarmos mais ainda nossos pacientes.
- É claro. – Louis concorda e procura se explicar. – Mas essa não é a razão de serem feitos. É uma função da máquina com fins lucrativos. Até num hospital sem fins lucrativos como Edenbrook, tudo que usamos deve ser comprado por uma empresa com fins lucrativos. E esses custos são passados adiante.
- Você não acha que nossa prioridade está no lugar certo? – Harry se entristece com a possibilidade.
- Como um hospital? Talvez. Como uma industria? Claro que não. – Louis dá a opinião sincera. – Se estivesse, você acha que as pessoas precisariam criar campanhas de doação para conseguir bancar insulina?
- Okay – Harry compreende. – Mas então por que se dar ao trabalho de vir?
- Porque... Tem uma pessoa que preciso conversar sobre o James.
- E você acha que essa pessoa pode ajudar com a condição dele? – Harry fica surpreso.
- Eu estou contando que sim.
Louis guia o mais novo pelo centro de convenção, parando a alguns passos de um enorme estande chamativo de vendas. Um homem num conjunto formal caro está na frente de uma multidão extasiada, revelando amostras numa maleta de couro italiana.
- Quatro horas? O que somos, homens das cavernas? Nossa nova formula faz efeito por cinco!
Os médicos na multidão o fazem perguntas.
- É ele. – Louis indica. – Simon Cowell. Assistente do Vice-Presidente na Panacea Labs.
- Panacea Labs? Eu escutei falar deles. Eles são uma das maiores empresas farmacêuticas no mundo!
- Ele tem se coçado para assinar um contrato com a equipe de diagnósticos do James por bastante tempo. É lucrativo, mas até agora eu consegui convencer a Anna a recusar. Eu não quero eles nos pendurando pelo anzol. – Louis não esconde o desgosto.
- Como ele pode ajudar com Dr. Corden?
- Foi mantido em segredo até agora, mas eu escutei que Panacea está gastando bastante em pesquisas e desenvolvimentos de tratamentos experimentais da sepse. Eu quero que você o pergunte sobre isso. – Louis dá a missão.
- Eu? – Harry se aponta sem nenhuma confiança. – Por que você não pode perguntar? Você é Louis Tomlinson! Ele daria mais respostas a você do que um estagiário qualquer.
- Nós... Temos um histórico. – Louis não elabora.
- Que tipo de histórico? – Harry precisa de mais que isso para se convencer.
- Vamos só dizer que a última vez que nos encontramos, eu o soquei na cara.
- Você socou ele? – o cacheado fica mais impressionado, não conseguindo imaginar Louis tão puto a ponto de ficar violento. – Ele tem mesmo um rosto que dá vontade de socar. – adiciona de último pensamento quando analisa o homem outra vez.
- Ele tem. – Louis sorrir.
- Mas não estou dizendo que você deveria ter feito isso. – Harry ainda desaprova.
- Olha, ele merecia. Ele não é um homem que cumpre as palavras. – Louis se defende. – Ele é uma cobra e ele só fica satisfeito quando está vangloriando. Meu erro, no entanto, foi ter feito isso em publico. Ele foi humilhado na frente dos amigos e ainda tem um remorso. Ele nunca responderia qualquer pergunta minha até empatar o jogo, nem de ninguém associado a mim.
- Mas ele não me conhece. – Harry vê onde ele quer chegar agora.
- Precisamente.
Harry sente algo se afundar no estômago ao somar dois mais dois.
- É por isso que me convidou? – percebe, a decepção e insegurança o atingindo mais forte do que admitiria. – Eu ao menos estou realmente em primeiro lugar no rank?
- Claro que está. – Louis se apressa em desfazer o mal entendido. – Você trabalhou duro para ganhar essa posição. Foi uma desculpa conveniente, mas se você não estivesse no topo do rank, eu teria encontrando outra desculpa. Por favor, Harry. A condição do James está piorando, e estamos ficando sem opções. Acredite em mim, eu nunca iria pedir ajuda para um tipo como Simon Cowell, do contrário.
Os olhos azuis estão desamparados, suplicantes. Harry suspira.
- Okay. Vou fazer isso pelo Dr. Corden. – ele não fala que está fazendo pelo Louis também. – Eu não vou deixar uma das mentes mais brilhantes da medicina da geração dele morrer porque você não consegue manter os punhos quietos.
- Obrigado. – Louis é genuíno com o agradecimento. - Só lembra: ele não pode saber que você está perguntando para mim.
Escondendo o crachá dele, Harry respira fundo e vai até o estande da Pancea Labs. Simon o ignora quando ele se aproxima, focando mais nos médicos e tomadores de decisões. Harry pensa num jeito de atrair uma pessoa como Simon, segundo a descrição do Louis. Amaciar o ego parece um bom começo.
- Ai meu Deus! Você é o Simon Cowell, não é? – se faz de admirador.
- Para sua informação, sim. – Simon o dá a atenção e Harry comemora internamente. – Em qual capa de revista você me reconheceu? A edição de 2015 da SkyFall?
- Eu sou um grande fã! – Harry continua com a narrativa, nem negando ou afirmando.
- Sempre legal ser celebrado por minhas realizações. Qual sua favorita?
Fodeu.
- A... Hm... Aquisição hostil do—
- Minha aquisição hostil do Lavinium! O meu também! – Simon completa para ele. – Você é muito jovem para ser um comprador.
- Eu sou um técnico de laboratório e amaria trabalhar com vocês na Panacea! – Harry finge.
- Estamos sempre procurando por sangue novo... Figuradamente e literalmente.
Harry conseguiu começar uma conversa com o cara, agora precisa dar um jeito de o fazer revelar sobre a pesquisa e desenvolvimento do tratamento que Louis mencionou. Pode sempre ser direto ou sútil. A intuição inclina para sútil na ocasião.
- Meu laboratório está se planejando para o próximo ano fiscal. Tem algum avanço no horizonte que a gente deveria tentar investir?
- Nosso departamento de pesquisa e desenvolvimento está trabalhando contra o tempo para ultrapassar os limites da compreensão humana. Temos equipes de diabetes, doença de obstrução pulmonar crônica, colesterol, respostas imunes, Alzheimer...
- Resposta imunes? – Harry repete, achando o objetivo. – Pode me falar mais sobre isso?
- Na verdade, tem tido muito interesse na nossa pesquisa nessa área. Um dos meus assistentes recebeu recentemente uns e-mails de um certo médico renomado. – Simon averigua as pessoas atrás de Harry com um sorriso malicioso.
- Eu... Hã...
- Por que você não dá um aceno para nosso amigo Louis e pede para ele vir dizer oi? – Simon os descobre.
Fazendo careta, Harry se vira e olha Louis mantendo a distancia, misturado com as pessoas.
- Desculpa... – Harry dá um aceno de desculpas para o médico.
O rosto dele endurece em decepção ao se aproximar.
- Tomlinson. – Simon cumprimenta curtamente. – Eu não acho que esteja aqui para finalmente aceitar nossa proposta.
- Nem aqui nem no inferno, Cowell.
- Estou chocado com você mandando um estagiário fazer seu trabalho sujo. Normalmente você é tão... Seguro de si. Acho que está orgulhoso demais para implorar. Eu sabia que era audacioso, mas vindo até mim por ajuda? Você deve estar desesperado. – Simon não retira o sorriso debochado do rosto.
- Não estou aqui para brigar. – Louis é frio. – Só quero te fazer umas perguntas.
- Eu não tô nem aí para o que você quer, Tomlinson. – Simon despreza. – Você não vai conseguir de mim.
- Você poderia cirurgicamente tirar a cabeça da bunda por um segundo e considerar que isso é para um paciente? – Louis retruca, se irritando.
- Olha o temperamento, Tomlinson. Você não quer que eu chame a segurança. – Simon gesticula e dois enormes seguranças se adiantam, ameaçadores.
- Vem, Novato. Vamos embora.
Harry segue Louis para fora e Simon os provoca:
- Sinto muito pelo seu paciente!
...
Naquela noite, Harry se senta na cama do quarto do hotel com decorações em branco e roxo, um lustre enorme no centro. Ele remexe na mala de viagem em procura de algo para vestir. Louis está tomando banho, a porta do banheiro com uma fresta aberta para que possam conversar.
- Por que você não me falou que tinha um evento de recepção? – Harry enche as bochechas novamente em reclamação.
- Porque era a menor das minhas prioridades na cabeça.
- Mas o tema é Cassino! Eu tenho que ficar bonito!
Harry olha de relance para o espelho do banheiro na direção da fresta, preparado para continuar discutindo e o repreender, até ver o reflexo de Louis saindo do banho com uma toalha enrolada na cintura. Ele engole em seco. Antes que possa desviar o olhar, Louis olha para o espelho e o pega encarando.
- Só veste qualquer coisa que trouxe.
Aproveitando que o mais velho estava no banheiro, Harry veste o único conjunto formal que tem na mala graças a sua mentalidade de ser preparado para tudo não importa a viagem que faça. É um conjunto preto e simples, a não ser pela gravata borboleta, lenço no bolso e colete por baixo do blazer e acima da camisa social branca. Porque são cor dourada.
Harry se admira no espelho do quarto. Louis sai do banheiro, o cabelo despenteado pelo banho. Os olhos azuis percorrem o corpo do estagiário de baixo a cima.
- Oh. – ele fica tão admirado quanto Harry se sentiu. – Você, hã, encontrou algo.
- Sim, eu sempre venho preparado. – Harry dá um dos sorrisos pequenos e charmosos para ele.
- Sorte a minha. – Louis limpa a garganta, envergonhado. – Quero dizer, sorte sua. Você está... Bem apropriado. Me dá um momento para me vestir.
Harry observa Louis colocando o smoking com mãos ágeis. A roupa combina com a de Harry, mas é apenas preto e branco. Sem dourado. E é feito sob medida pelo visto, se moldando perfeitamente nas curvas do mais velho.
Eles se olham no largo espelho da parede, um tanto quanto orgulhosos da imagem unida.
- Eu diria que estamos prontos, não acha? – Louis sorrir para Harry no reflexo.
- Absolutamente. – devolve o sorriso.
...
Harry e Louis descem para a área da piscina no resort com vista para o mar. Médicos do mundo inteiro vestidos com roupas elegantes estão bebendo e socializando.
- Estou começando a entender por que tantos médicos amam essa conferencia. – Harry comenta ao olhar ao redor.
Louis pega duas taças de champanhe de uma bandeja que passa por eles, entregando uma para Harry.
- Brinde à uma completa perda de tempo. – o mais velho diz isso bem humorado.
- Sinto muito por não ter feito o Simon falar.
- Não é sua culpa. – Louis balança a cabeça, o tom compreensivo. – Ele estava certo. Eu fui muito orgulhoso em pedir desculpas e ele é muito orgulhoso para ajudar.
Eles brindam e bebem o champanhe.
- Triste. – Louis desaprova a qualidade. – Vou conseguir um drink de verdade para a gente. Volto já.
Enquanto o médico vai para o open-bar, o estagiário anda pelo deck, explorando as várias mesas de cassino montadas do lado de fora. Ele é atraído por um jogo próximo e particularmente bruto de poker.
- Ah, é ele. – Harry bufa ao reconhecer Simon no meio.
- Ha! É como se vocês curtissem me ver levando a grana de vocês. Estou feliz em os entreter.
- Para mim já deu. – diz um dos médicos desconhecidos que perdeu a aposta para Simon. – Não vou fazer uma segunda hipoteca por essa merda.
Ele se levanta e vai embora, deixando a cadeira na mesa livre.
- Por que estamos deixando residentes jogarem nessa mesa? – Simon menospreza. – Aqui vai um conselho: Não sentem com os grandes se só aguentam perder três mil!
Harry aperta os dedos com raiva e antes que possa processar, está sentando na cadeira que acabou de ficar vaga.
- Aposta comigo. – desafia.
- Ah olha, o mais novo ajudante do Louis Tomlinson quer brincar. O que você leva para casa depois de um ano pagando seus empréstimos de estudante, pequeno lacaio? 10 mil? – Simon o olha em desdém.
- Eu estou para levar para casa essa pilha inteira de fichas na sua frente. – Harry não se intimida, pegando dinheiro e trocando por algumas fichas para começar.
- O jogo é um sorteio de cinco cartas. O objetivo é fazer a melhor mão de cinco cartas que puder. – o distribuidor das cartas explica e as embaralha, jogando cinco para Harry.
O cacheado as pega e analisa. Ele tem um 4, um 5, dois 7 e um 8. Não é um straight, mas ele tem um par. Depois de uma rodada de aposta, Harry nota Simon sorrindo para as cartas. O cacheado vai nos dois pares. Se ele fosse no straight, só tem uma carta que o daria o que ele precisa. Mas ele terá duas chances de conseguir um segundo par.
Harry descarta o 4. O distribuidor compra uma carta para ele, que consegue um 5. Satisfeito, chega a hora do estagiário mostrar as cartas.
- Um par de Ás. – Simon revela as dele.
- Par de cinco, par de sete. Acho que isso significa que eu ganhei. – Harry se estica e pega as fichas de Simon para ele.
- Sorte de principiante! – Simon se recusa a perder. – Vamos de novo.
- Okay... Mas vamos tornar isso interessante. Se eu ganhar, você dá para o Dr. Tomlinson o que ele quer. – propõe.
- E se eu ganhar? Você não tem nada que eu poderia me interessar!
- Mas eu tenho.
As sobrancelhas de Simon se arqueiam quando Louis aparece atrás de Harry.
- Me deixa ficar no lugar do Harry. A mesma aposta.
- Tá. Se você me vencer, você vai ver todos nossos resultados preliminares do tratamento experimental da sepse. Mas se eu te derrotar... Eu consigo o contrato com sua equipe.
-...Combinado. – Louis aceita.
- Dr. Tomlinson! – Harry morde o lábio nervosamente enquanto Louis senta no lugar dele de frente para Simon.
Um intenso jogo de vai-e-vem acontece.
- Dr. Tomlinson, você ainda pode voltar atrás nisso. – Harry se preocupa e tenta o convencer.
- Está tudo bem. Eu consigo o superar.
- E daí se você conseguir? Você mesmo falou que ele não é homem de cumprir palavras!
- Hm... Talvez esteja certo.
Na hora de revelar, Louis põe todas as fichas no centro da mesa. Simon sorrir e faz o mesmo, depois mostrando as cartas.
- Royal high flush.
O coração de Harry acelera com a ansiedade, essa é a mais alta mão de poker. Louis olha para as cartas dele, as mantendo escondidas.
- Eu não tenho nada. Você ganha, Simon. Eu achei que você cairia no blefe.
- Ninguém pode superar Simon Cowell! – ele se vangloria.
Harry estranha a forma que Louis agiu se for o caso. Ele perdeu?
- Você e James negavam minha proposta faz anos. Deve ser um paciente e tanto para te deixar desesperado assim. Eu vou mandar minha equipe te enviar o contrato na segunda. – Simon pega as fichas e começa a sair, mas pausa e põe uma mão no ombro de Louis.
- Um cocktail de vitamina C, hidrocortisona e tiamina. Por via intravenosa.
- Para sepsia?
- Nós vimos um avanço positivo. – Simon confirma. – Considere isso um agrado por nosso novo acordo.
Ele vai embora.
- Ele te falou o que você precisava saber mesmo tendo ganhado? – Harry o acha louco e confirma as suspeitas. – Dr. Tomlinson, essa foi uma boa jogada. Você ganhou dele, não foi?
Louis sorrir, astutamente virando as cartas para mostrar quatro belezuras: todos reis.
- Como você sabia?
- O Simon nunca te falaria nada se você o envergonhasse em publico de novo. Ele ainda te odeia por causa da primeira vez. Mas se você deixasse ele pensar que finalmente te superou...
Louis assente, impressionado com o quanto Harry foi observador.
- Diagnostico de expert, Dr. Styles. – elogia.
...
Ainda naquela noite, Louis e Harry se sentam na sacada do quarto de hotel, uma garrafa de vinho bebida pela metade no meio deles. O atlântico se espalha adiante, brilhando debaixo do luar.
- James sempre quis que a gente encontrasse um jeito de fazer a equipe de diagnósticos publicamente financiada. Para que ninguém tivesse que pagar, não importa o plano ou salário. – Louis estava contando.
- O que ele vai achar de ter a Panacea Labs envolvida?
- Ele vai me dar a pior bronca da vida. E eu vou merecer. – Louis fala isso com um sorriso. – Eu comprometi a visão dele, minha ética... Mas se ele sobreviver a isso, vai valer a pena.
- Você acredita mesmo nisso?
- Não sei. – suspira. – Dez anos atrás, eu estava bem onde você está. Um estagiário impressionado, sonhando com o que faria quando eu me tornasse um médico da casa. Eu certamente não sonhei com isso. Mas as coisas mudam. As pessoas mudam. - Louis olha para as ondas se quebrando, perdido em pensamentos. – Mas e você? Que tipo de médico você vê se tornando daqui dez anos?
Harry o escutava atentamente e responde mantendo o clima confortável e agradável que criaram.
- O tipo de médico que faz a diferença no atendimento ao paciente.
- Mais do que já faz agora? – Louis diz incrédulo, um sorriso nos lábios.
- Eu sou só um estagiário! – Harry rebate com um sorriso também. – Eu mal faço algo agora!
- Não é verdade. – Louis nega com a cabeça e põe a taça em cima da sacada. – Eu tenho visto o quanto você se esforça por seus pacientes. Mesmo quando eles nem sempre valorizam, você faz sim a diferença.
- Mas não o bastante. – a insegurança toma conta de Harry, sumindo com o sorriso. – Eu ajudei um paciente sem plano de saúde a receber tratamento, mas não posso encontrar uma brecha para todo mundo. O sistema inteiro precisa mudar, e eu quero ser parte disso.
- E eu não tenho duvidas de que você vai encontrar uma forma de fazer isso.
- É que parece que quanto mais eu sonho alto, mais eu tenho a perder.
- Eu... Com certeza entendo isso. – Louis simpatiza, se levantando e se inclinando contra a sacada, a taça de vinho nas duas mãos.
Ele olha para o mar escuro.
- O que você viu essa noite, não era eu. Eu não aposto... Em nada. Eu não corro riscos. Medicina é uma reunião de fatos que levam a uma conclusão. Quando você sabe as regras e entende as doenças com que está lidando, o risco se torna mínimo. Suas decisões são informadas e você escolhe o caminho mais seguro. Mas esse jogo de cartas... Eu nunca tinha feito algo assim antes.
Harry se levanta para ficar na sacada do lado dele.
- Eu não sei não. Pareceu uma decisão muito bem informada para mim. – argumenta.
- Riscar o tratamento do James num jogo? Ter que torcer para eu ter julgado certo o caráter do Simon para arriscar perder, ao invés de usar a mão vencedora? – Louis se critica só em pensar no que fez de novo. – Tinha muitas variáveis! Eu poderia ter perdido tudo!
- Mas você estava certo. Seu risco valeu a pena. – o cacheado o conforta.
- Valeu... – Louis acaba admitindo. – E eu estou começando a perceber... – ele se vira para olhar Harry de frente. – Que tem algumas coisas que valem a pena qualquer risco.
Os olhos verdes encontram os azuis no luar. Sem desviar do olhar, Harry levanta a mão hesitantemente e toca na bochecha do Louis.
- Harry, eu...
- Eu sei.
Louis fecha os olhos e se inclina no toque de Harry, a barba por fazer curta e áspera debaixo dos dígitos. Os olhos se abrem de novo, e é como se uma barragem se quebrasse dentro dele. Num movimento forte, Louis põe o braço ao redor da cintura de Harry, o puxando para si. Ele captura os lábios do mais novo esfomeadamente, o beijando árduo e longo.
- Dr. Tomlinson, você—
- Louis.
O coração de Harry bate como um tambor, o beijo, os toques, a permissão de chamar pelo primeiro nome, tudo é demais. E não o bastante.
- Louis... Eu quis tanto isso. – murmura vulneravelmente.
Louis se afasta para o olhar, os olhos acesos e intensos.
- Eu também. – ele confessa, sorrindo.
Louis o pressiona de volta no corpo, os sentimentos por Harry evidentes na ternura recém descoberta de seus beijos. Harry abre os lábios, o convidando a ir mais longe enquanto desfaz os botões da camisa do mais velho lentamente.
- Mmm... – Harry se deleita na sensação das mãos menores e experientes explorando o corpo dele, enquanto atravessa os próprios dedos no cabelo macio e espesso do Louis.
O cacheado leva uma mão para o peitoral bronzeado, tracejando os músculos tensos por baixo da camisa dele.
- E se alguém nos ver?
- Eu não me importo. – Harry realmente não podia se importar com nada mais além do homem em sua frente.
Ele empurra Louis contra a sacada, o prendendo entre o corpo. Harry olha para ele, meia silhueta no campo de estrelas.
- Deixa que olhem. – Harry o beija novamente.
Louis envolve Harry com os braços mais uma vez, segurando firme como se segurasse na própria vida.
- Harry...
Os beijos são vorazes, desesperados. Tanto desejo e tensão finalmente liberados. Louis parte o beijo para respirar. Ele encara os olhos verdes no luar, acariciando a bochecha pálida levemente corada, a expressão marcada com encantamento, luxuria e... Dor.
- O que você está fazendo comigo?
- Espero que algo bom. – Harry mostra as covinhas.
- Harry, eu nunca fiz nada do tipo. Nunca. Isso é—
Harry infiltra a mão por baixo da camisa dele e põe a mão no peito. Através do calor da pele, ele sente o coração de Louis batendo forte. Harry pega a mão de Louis e põe no peito, deixando sentir o coração no mesmo ritmo que o dele.
- Te sentir é... Incrível. – Louis lubrifica os lábios, as pupilas dilatadas.
- Espera até você sentir o resto de mim. – Harry provoca.
Uma brisa fria do mar da noite assobia pela torre do hotel, fazendo Harry se estremecer involuntariamente.
- Vamos te levar para dentro. – Louis esfrega os ombros do cacheado para o aquecer, mas Harry pega a mão dele, cruzando os dedos e indo com ele de volta para o quarto.
Harry senta na cama, olhando para Louis convidativamente. Mas percebe que Louis está hesitando em frente da porta deslizante.
- Louis?
- Não... Podemos. Não podemos ir mais longe que isso. Já ultrapassamos a linha.
- Eu fiz algo errado? – Harry entristece.
- Claro que não. Nem um pouco. – Louis assegura, afeição e dor nos olhos. – Eu que fiz. Eu não devia ter deixado isso acontecer. E não pode acontecer de novo.
- O quê? – Harry sente o coração se espremer. – Por que não?
- Eu sou um médico da casa, e você é um estagiário. Você está na competição para se juntar na minha equipe. Eu seria seu chefe—
- E?
- Não é ético. E é complicado.
- Louis... – Harry quer dizer "ninguém precisa saber", mas no fundo ele sabe que o mais velho tem razão. – Você está certo. Isso... Arruinaria tudo. – dói de admitir.
Louis assente tristemente, aliviado de ele não discutir ou insistir.
- Eu preciso ser capaz de te levar ao seu limite. De te ajudar a ser o médico que você quer. O que eu sei que você pode se tornar. Não poderei fazer isso se eu...
- Se você... O quê?
Louis balança a cabeça, com raiva de si mesmo.
- Me desculpa. Eu deveria ter me parado naquela hora... É melhor a gente dormir. Você pode ficar com a cama, eu vou dormir no sofá.
- Louis!
Ele anda para a outra parte da suite e fecha a porta.
...
Depois do voo de volta para Boston na segunda de manhã, Harry vai direto do aeroporto para o hospital. Ele boceja ao jogar a mala perto do armário dele, se apressando para se trocar. Ed aparece e fica feliz de ver o amigo.
- Harry! – sorrir. – Como foi a conferencia?
- Inesquecível. – ele ignora o punho que está apertando o coração.
- Inesquecível como?
- Vamos só dizer que eu aprendi muito. – resume, conseguindo sorrir.
- Você conseguiu uma caneta para mim?
- Consegui algo melhor, caro amigo. – Harry pega uma sacola de dentro da mala cheia de brindes e entrega para o ruivo.
- Que maravilha! Dá para fazer um unboxing disso tudo. Você é demais, Harry!
...
Apesar do último momento tenso com Louis, as palavras encorajadoras sobre a carreira do estagiário aumentam a confiança dele.
- Caramba, Harry! – Sarah comenta ao longo do dia. – Você está com tudo hoje!
Harry anda pelos corredores, sentindo que merece o primeiro lugar. Como se fosse mais capaz que nunca.
- Ei, Styles! – uma médica da casa o chama um tanto repreensiva. – Você acha que responder seu pager é opcional?
- Hã?
Harry pega o pager e não encontra nenhuma mensagem nova.
- Mas eu não recebi nada...
- Se eu mandei, você recebeu. Chalotra me falou que eu podia contar com você. Ela vai escutar quão errada estava. – a médica sai irritada.
Alguns outros estagiários soltam risadinhas ao passarem. Harry checa o pager outra vez, confuso.
- Isso não faz sentido!
- Vamos checar o sistema... Talvez tenha ocorrido algum erro. – Sarah sugere.
Harry segue Sarah para a enfermagem.
- Ei, Mitch, podemos usar o computador por um momento? – ela pede.
- Claro. – ele cede facilmente. – Só não façam nada que me traria problemas.
- Vejamos... Styles, Styles, ah! – Sarah encontra algo. – Harry? Seu pager estava marcado como desligado, então nenhuma mensagem chegou.
- Mas eu não fiz isso!
- Se não foi você... Quem foi? – Sarah se preocupa.
~o~
No próximo episódio: Harry está no topo do jogo, mas algo suspeito está acontecendo. Alguém está querendo sabotar ele? Um rosto familiar volta para o Edenbrook com um triste diagnostico.
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