Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

1. The Doctor Is In

Nunca pensei que iria postar uma fanfic com esse tema. Serão 17 capítulos no total e já têm uns cinco escritos. Eu não sou médica e nunca fiz medicina, então obviamente pode ter muitos erros. Perdão para quem sabe e estiver lendo a fic.

A propósito, se achar isso igual a algo que tenha visto, não é mera coincidência. É outra adaptação que estou fazendo e essa historia em particular me encantou e me prendeu. Então, por que não transformar em Larry como tudo de bom no mundo? (A desculpa de quem tá com preguiça e desanimo para criar algo original e acaba só fazendo adaptações porque gosta de escrever mesmo assim para passar o tempo).

Boa leitura, Pills!

~o~

Edenbrook é o hospital de ensino mais prestigiado de Boston.

Uma mulher de cabelo longo platinado e olhos claros está na recepção recebendo os médicos que irão começar a profissão hoje. Harry olha para os lados ao entrar no lugar, sendo um desses médicos iniciantes. Um britânico de cabelo castanho cacheado que um dia atrás estava na altura dos ombros - mas ele resolveu cortar e agora está curto, querendo chegar no novo emprego com um look diferente - e olhos verdes graúdos e curiosos.

- Oi! Você parece perdido. - a mulher o cumprimenta com um sorriso acolhedor quando ele se aproxima. – Me deixa adivinhar, primeiro dia da sua residência médica?

- Sim, sou Harry Styles. – responde com a voz grave.

- Yennefer Chalotra.

A médica que aparenta ter entre 25 a 30 anos e que pelas sobrancelhas Harry constata que a cor natural do cabelo é preto, procura o nome dele entre os vários crachás com identificação de foto, encontrando e entregando.

- Aqui está, Dr. Styles. Eu queria que minha foto fosse tão bonita quanto essa.

- Meu primeiro dia como um médico de verdade... Estou sonhando? - Harry está descrente desde que acordou essa manhã.

 Ele coloca o cordão do crachá ao redor pescoço. Quando usar o uniforme vai tirar o cordão e pendurar no bolso. Prefere assim.

- Eu era você no ano passado. Pode crer, faculdade de medicina não é nada comparado a isso. Seus três anos de residente vão ser os anos mais difíceis e incríveis da sua vida! Mas esse primeiro ano como um estagiário vai ser o mais louco de todos.

- Estou pronto para isso. Eu sonho em trabalhar no Edenbrook faz anos - Harry mostra as covinhas. – Desde que soube que Louis Tomlinson estava aqui. Seu estudo científico basicamente me inspirou a escolher a faculdade de medicina. Então... - o sorriso diminui para uma expressão mais séria. - Algum conselho?

- Faça amizades. - ela responde quase que imediatamente antes de continuar. - Com seus colegas estagiários, residentes veteranos e até seus pacientes! Amigos vão te ajudar em tudo. E, hã, tenta não irritar os supervisores. Você não vai querer virar inimigo do seu chefe!

- Anotado! - ele acena para Yen e segue a direção que ela indica.

Harry está passando pela sala de espera no caminho para a orientação dos estagiários quando escuta arfadas atrás de si. É uma mulher afro descendente de cabelo curto e vestida com roupas sociais. Ela colapsa da cadeira que estava sentada. Outros pacientes que estavam esperando, correm para a rodear.

- Deem espaço! - Harry age no impulso. - Se afastem, sou um médico!

Ele se apressa até a mulher no mesmo segundo em que outro médico se aproxima. O homem se ajoelha ao lado dela e checa o pulso.

- Pulso fraco. Ela não responde. - ele tem voz aveludada com leve aspereza e um sotaque do norte britânico inconfundível.

Ele olha ao redor e nota Harry.

- Você. Novato. Vem aqui.

O homem tem um ar autoritário. A feição jovem e delicada, nariz de botão e lábios finos. Os traços masculinos da mandíbula definida, barba rala e olhar maturo. Íris azuis como o céu - ou seria mais a cor do oceano? - adornados por cílios longos. Um vinco sútil entre os olhos. Harry chutaria que ele é uns cinco anos mais velho.

- É para já, doutor. - Harry vai até ele enquanto o médico supervisor levanta a mulher nos braços e a coloca numa maca ali perto.

- Por que ela veio? Ela já preencheu o formulário?

- Não, ela tinha acabado de chegar. - um enfermeiro identificado como tal pelo uniforme verde que usava, de olhos castanhos escuros, cabelo curto e barba rala, informa.

- Se não descobrirmos qual o problema com ela e rápido, ela vai morrer nessa maca. Novato, checa o P.A. dela. - o médico supervisor comanda.

Harry põe o manguito de pressão ao redor do braço da mulher desacordada e bombeia o bulbo, olhando os números.

- Está despencando. - diz com uma expressão desanimada. - Ela está hipotensa. Precisa de fluídos.

Enquanto o enfermeiro faz a Terapia Intravenosa, Harry ajuda o supervisor a examinar a mulher. Tem um hematoma se formando rapidamente no cotovelo dela. A paciente aperta fracamente a mão de Harry. O cacheado abaixa a visão e olha que a ponta dos dedos dela estão ficando azuis. Ele sabe o significado do último e traz a atenção para o primeiro:

- Doutor, olhe para esse hematoma. Não estava aqui um segundo atrás.

- Certeza?

- Sim, tenho certeza.

- É o cotovelo que ela se apoiou quando caiu. Um hematoma aparecendo nessa rapidez sugere que essa mulher é hemofílica. Ótima observação. E também, vê os dedos? Baixa saturação de oxigênio no sangue. Escute os pulmões dela - dá outro comando. - Rápido.

Harry põe o estetoscópio nas orelhas, ele o trouxe com alguns outros materiais na mochila. Ele passa o ressonador por cima das costelas da mulher.

- Não consigo escutar nada do lado esquerdo! - conclui o mais ligeiro que consegue. - E o pulmão da direita está com dificuldades! Doutor, ela vai sufocar!

Harry sente o pânico aumentar dentro de si, mas o médico mais velho parece calmo e impassível.

- Enfermeiro, temos um código azul.

O médico supervisor pega uma máscara de bolsa do enfermeiro e começa a bombear ar gentilmente para os pulmões da mulher.

- O que faremos, doutor? O que está acontecendo com ela?

- Considere todas as pistas. Está tudo aí. Você sabe essa, Novato.

- É... É, hã... - Harry respira fundo, relembrando de tudo que aprendeu na faculdade de medicina.

Hemofilia, baixo oxigênio no sangue, sem enchimento do pulmão de um lado... Subitamente, a resposta atinge Harry:

- É um Hemotórax!

- Precisamente. - o mais velho confirma. - Um vaso do sangue rompeu e está enchendo sua cavidade pleural.

- Impedindo os pulmões de encherem! Por isso não pode respirar! Mas não podemos restaurar o vaso aqui.

- Ao invés disso, teremos que fazer uma toracotomia de emergência para esvaziar a cavidade. - ele olha para o enfermeiro. - Enfermeiro!

O enfermeiro corre para pegar e trazer um tubo torácico e um bisturi. Harry segura o bisturi, engolindo em seco enquanto o médico experiente levanta a camisa da mulher, expondo a lateral da costela.

- Precisamos de uma anestesia local—

- Estamos sem tempo! - seu supervisor interrompe. - Faça agora, ou a vida desta mulher estará em suas mãos!

Harry move a ponta do bisturi para a pele da mulher sussurrando para si mesmo "incisão no quinto espaço intercostal... Anterior à linha axilar média". O bisturi se agita na sua mão com o nervosismo. A mão bronzeada do médico mais velho segura na mão pálida de Harry.

- Ei... Você consegue.

Harry assente com a cabeça e foca na mão tremendo. Ele se concentra, empurrando tudo para fora da cabeça, a não ser a voz e o toque do outro médico. A mão para de tremer.

- Prontinho. Devagar e com calma. – o homem incentiva.

O cacheado se sente pronto, fazendo uma incisão perfeita no espaço entre as costelas da mulher.

- Agora o tubo. - o mais velho instrui.

Juntos, os dois penetram o tubo torácico. Com uma irrupção, o sangue começa a esvaziar do peito e ela volta a respirar.

- Nós... Nós conseguimos!

O médico experiente gesticula para os enfermeiros.

- Ela está estável. Levem-na para a cirurgia... Ela vai sobreviver.

Os enfermeiros empurram a maca com a paciente para longe e os espectadores aplaudem. Harry fica zonzo depois do momento intenso. Uou. Isso foi tudo que sonhava que um médico seria.

- Doutor, Isso foi absolutamente fantástico!

- Tem razão. É bem fantástico que você não a matou.

- Espera, o quê? - Harry desfaz o sorriso, despreparado com o comentário.

- Seu diagnóstico foi lento e superficial. Sua técnica de bisturi, amadora no mínimo.

- Amadora? Desculpe, doutor. - ele diz, reconhecendo que seja um amador, mas por dentro incomodado. - É o meu primeiro dia.

- Perdão, não percebi. - o homem ironiza. - Tenho certeza que essa desculpa teria confortado a família daquela mulher, doutor... - ele pega o crachá do cordão do Harry e lê. - Styles.

O médico larga o crachá e vai embora. Harry o observa ir.

- Que babaca. - sente uma leve irritação.

Do lado dele, alguns enfermeiros estão com olhares sonhadores para as costas do médico se afastando.

- Sim... E estou completamente apaixonada por ele. – uma delas diz ao escutar Harry.

- Não se preocupe com isso, Dr. Tomlinson é desse jeito com todo mundo. – o primeiro enfermeiro que os deu assistência, diz.

O coração de Harry salta pela boca.

- Você... Você acabou de dizer Dr. Tomlinson? Tipo, o Dr. Louis Tomlinson?

- Sim. Eu diria que você é um fã?

- Ele é só meu herói médico e minha grande inspiração. Eu li todos os trabalhos dele! – admite, boquiaberto com tudo que aconteceu e essa revelação.

- Pelo lado bom, você ainda terá mais chances de o impressionar.

Abaixando o olhar, Harry percebe que as roupas estão manchadas da toracotomia.

- Aw, cara, estou aqui por cinco minutos e já estou uma sujeira. Não posso aparecer na orientação desse jeito!

- Não se preocupa. Você pode se trocar no seu armário. Vou te mostrar o caminho.

...

Harry entra no vestiário procurando o número do armário que lhe foi designado e acaba dando de cara com uma mulher bonita em suas roupas intimas. Ela tem o cabelo loiro e olhos castanhos de descendência asiática.

- Eu sinto muito! – Harry desvia o olhar, encarando o chão desajeitado.

- Como você se formou na faculdade de medicina sem nunca ter visto um sutiã? – provocou, sorrindo.

- Me desculpa! Eu só não estava esperando... – ele se vira, esbarrando num homem musculoso, esbelto e sem camisa.

- Pega leve com ele, Clare. – o moreno parece um modelo e tem olhos cor de mel. – É o primeiro dia para todos nós.

- Ei, eu posso ser amigável... Se ficar fora do meu caminho. - ela murmura.

O rapaz vira a atenção de volta para Harry.

- Você está muito quieto. Espero que Clare não esteja te assustando.

- Se estiver assustado comigo, uma carreira na medicina provavelmente não foi a melhor escolha.

- Nem conte com isso – Harry diz por fim. – Não sou de me assustar fácil.

- Ótimo, nem eu – o homem estende a mão para ele, dando uma piscadela brincalhona. – Zayn Malik, mais conhecido como seu novo estagiário cirurgião favorito. O prazer é todo meu.

- Ignora o bobalhão – Clare revira os olhos, mas está sorrindo. – Ele é um lacaio do bisturi.

Harry dá risada, simpatizando com os dois.

- Harry Styles. – se apresenta. – Médico estagiário.

- Acho que você está comigo, então. – Clare se vira para se arrumar, vestindo o uniforme básico de médico estagiário de cor roxa. – Vamos nos atrasar.

Ela nota que a roupa do cacheado está manchada.

- Vai se trocar antes da orientação, ou o quê?

Harry pede licença, dizendo que será rápido e se troca longe dos olhares curiosos. Ele estava vestido com uma calça escura, camisa social azul e gravata preta, mas agora colocou o uniforme roxo. O símbolo do hospital bordado em cima do bolso onde põe a caneta. Pendura o crachá na frente do bolso e põe o estetoscópio ao redor do pescoço.

Louis estava usando uma camisa social quase igual, a diferença era o azul escuro da gravata e o jaleco branco por cima de tudo. O mesmo traje que todos os médicos da casa e residentes veteranos usam.

- Continuo com a sensação de que estou me fantasiando de médico, ao invés de finalmente ser um.

- Não deixa mais ninguém te escutar dizer isso, vão te comer vivo. – Zayn aconselha.

- Vamos lá, não quero perder nada bom. Zayn, você não veste as roupas não? – Clare questiona o moreno sem camisa.

- Se você tem o que é preciso, tem que mostrar. – ele retruca com um sorrisinho de lado e um dar de ombros.

...

Os três chegam vestidos devidamente no átrio principal. O restante dos estagiários estão reunidos na frente de uma mulher impressionante e escultural. Ela é alta, cabelos longos cacheados e castanhos e olhos escuros. Também parece ser uma modelo como o Zayn, como se tivessem se enganado ao entrarem no hospital, ao invés de uma agência de modelos e agora estão só indo com a onda.

- Porque a partir de hoje, não são mais estudantes. Vocês são médicos. – pegaram o discurso dela pela metade.

- Psst. Quem é essa? – Harry sussurra para Clare.

- Sério mesmo? Você aprendeu medicina no mato ou algo assim?

Okay, rude. Harry apenas não dava tanta atenção para as fotos dos médicos renomados e focava nos textos. Milhões e milhões de textos. Incluindo Louis Tomlinson, seu médico de inspiração que também não reconheceu, se o que aconteceu mais cedo na sala de espera foi alguma indicação disso.

- Essa é Anna Shaffer! A nova dirigente do hospital. – Zayn responde no lugar de Clare. – Ela é fodona! Profissional de neurocirurgia mundialmente famosa antes de ser promovida. Acho que ela é só uma lacaia do bisturi também, não é, Clare?

- Ela é a exceção que comprova a regra.

- Vocês serão mais exigidos do que já foram. Alguns irão ceder sob a pressão. Alguns irão desistir... Mas outros, outros de vocês irão prosperar. – Anna desfez a carranca num sorriso confiante.

Harry a acha inspiradora.

- Eu sinto que sou capaz de qualquer coisa.

- Então pode falar menos? Estou tentando escutar. – Clare o silencia.

- Vocês foram dados a confiança de um dever sagrado: o cuidado e bem-estar de todo homem, mulher e criança que entrar nesse hospital. Estão prontos?

Harry bate palmas com o restante dos estagiários e ele olha em volta, compartilhando sorrisos animados com os novos colegas de trabalho. Ele encontra o olhar de uma mulher jovem, dando um sorriso para ela. Ela não devolve. É a única estagiária que não está batendo palmas.

- Vocês serão apresentados para os residentes veteranos amanhã... Mas por enquanto, serão colocados em dupla para seus primeiros pacientes. Suas tarefas estão colocadas no mural. Boa sorte, doutores! – Anna finaliza.

- Até depois, bobalhão – Clare se despede de Zayn. – Se divirta.

- Tentem não sentir muito a minha falta! – o moreno sorri para eles e vai para perto dos outros estagiários cirurgiões.

Enquanto os médicos estagiários se unem ao redor do mural para saberem suas tarefas, Harry supressa um bocejo.

- Como que já está cansado? – Clare arregala os olhos. – Você está nos 60 segundos de uma carga horária de 14 horas.

- Eu não dormi muito noite passada. – Harry suspira. – O "quarto" que eu aluguei quando me mudei para Boston acabou sendo só uma despensa debaixo de uma escadaria bem movimentada.

Ele procura o nome na lista.

- Parece que farei par com a... Dra. Shaffer? Quê?

- Tipo, a diretora do hospital, Anna Shaffer? – um rapaz de cabelo castanho, olhos azuis e sotaque irlandês diz, surpreso.

- Não, a médica estagiária, Katie Shaffer. – uma voz feminina interfere.

Todos se viram para olhar para a estagiária nada impressionada que Harry tinha notado mais cedo durante o discurso da Anna Shaffer. A mesma que não bateu palmas ou devolveu o sorriso. Agora que presta atenção, ela parece com Anna.

- Espera... Você é parente da Anna Shaffer? – o irlandês pede confirmação.

- Ela é minha tia.

- Ótimo, agora teremos que competir com linhagem. – Clare comenta.

Os outros estagiários murmuram em surpresa e admiração.

- Vamos esclarecer uma coisa: sim, eu poderia arranjar uma reunião com ela, mas não farei isso. E também não falarei para ela como vocês acham que ela é "a melhor cirurgiã de sua geração".

- Ela é, fazer o quê. – um ruivo de rosto redondo, olhos azuis com óculos de armação preta e sentado numa cadeira de rodas, afirma.

- Uou, Katie. A doutora Anna é realmente sua tia? Isso deve ser tão difícil. – Harry dá voz para sua opinião.

- É... – um relance de surpresa atravessa os olhos de Katie, antes de os semicerrar. – Alguém te pediu sua opinião? O que acha de irmos checar nossos pacientes? Se já acabou com as amabilidades.

- Essas foram as amabilidades?

...

Harry e Katie andam pelo corredor, tentando se orientar na enorme ala.

- Okay, então nossa primeira paciente é Dua Lipa e ela está no quarto 532. Deveríamos falar sobre como vamos abordar esse caso?

- Não tem necessidade. – ela dispensa.

- Olha, Katie... Tudo que me interessa é o paciente. Então, se você não quer ser legal, tudo bem por mim. Mas vamos colocar todo o resto de lado pelas pessoas em nossos cuidados. – Harry deixa claro.

- Parece bom para mim. – ela acelera, ficando uns passos na frente dele.

Harry entra no quarto 532, hesitando ao ver que a paciente não é muito mais velha do que ele.

- Ah, vocês são meus médicos? – a garota de cabelo castanho escuro na altura dos ombros, olhos de mesma cor e sobrancelhas grossas, indaga com um sorriso convidativo.

Katie passa de Harry para ficar ao lado da cama de Dua. A carranca se desfaz num sorriso surpreendentemente gentil, como a tia tinha feito na orientação.

- Somos. Você deve ser a Dua. Eu sou a Dra. Shaffer e esse é o Dr. Styles. Estamos aqui para cuidar de você.

Aparentemente ela é capaz de ser legal, Harry tinha dúvidas.

- Dua, vou conferir seus sinais vitais enquanto Dr. Styles te faz algumas perguntas.

- Antes de começarmos, tem alguém que a gente possa ligar para você? Ficar num hospital pode ser menos assustador com alguém do seu lado.

- Eu acabei de me mudar para cá para a faculdade de graduação – informa com um olhar desanimado. – Minha família está do outro lado do país e não conheço ninguém ainda.

- Eu acabei de me mudar para cá também. Talvez possamos cuidar um do outro enquanto você estiver aqui. – Harry sugere, dando um sorriso.

- Claro... Tudo bem. – ela sorri de volta.

- Pode me mostrar seu braço, Dua? – Katie pede.

Enquanto ela conta as batidas do coração de Dua, Harry nota que o braço da paciente tem umas manchas marmorizadas. Dua as coça nervosamente.

- Você costuma sofrer de comichão na pele?

- Na verdade não. Só nesses últimos dias.

- Sua ficha diz que você veio por estar sofrendo de dores de cabeça severas, náusea e vertigem.

- E minhas palmas ficam adormecendo.

- Quando os sintomas começaram? – Harry vai coletando mais informações para investigar.

- Uma semana atrás. Eu tive que abreviar minha viagem para a Indonésia por causa deles.

- Você fez a coisa certa – Katie assegura. – Vertigens num local desconhecido pode ser muito perigoso.

- Sem mencionar quão assustador deve ter sido. – Harry acrescenta.

- Ainda é. – Dua confessa. – Por quanto tempo terei que ficar aqui?

- Faremos nosso melhor para que seja rápido, mas por enquanto apenas relaxe. – ele garante.

Dua relaxa, confortada pela confiança de Harry.

- Okay, eu vou tentar. Eu entro em pânico muito fácil quando me estresso.

- Não há nada com o que se estressar, Dua. – Katie diz.

- A não ser pela montanha de trabalho da faculdade.

Pobre garota. Presa num hospital gigantesco, numa gigantesca cidade nova, sozinha. Harry sabe como é.

- Você realmente não tem com o que se preocupar, Dua – Harry reforça as palavras de Katie. – Sua saúde e bem-estar é nossa maior prioridade. E se isso significa te ajudar com sua pilha de trabalho, então... Conte comigo e a Dra. Shaffer!

- Contar com a gente? – Katie repete e recompõe a postura com os olhos de Dua nela. – Quero dizer... Sim, eu acho.

- Sério? Obrigada! – Dua se anima, afastando o cabelo do pescoço, revelando uma erupção cutânea.

Harry rapidamente analisa o resto do corpo da paciente, percebendo também um corte no tornozelo dela.

- Dua, como você conseguiu esse corte no tornozelo?

- Isso? Eu cortei num coral quando estava mergulhando em Pulau Menjangan.

- Você é uma mergulhadora?

- Ainda estou aprendendo. – ela diz timidamente. – Eu fui tirar licença de mergulho quando estava na minha viagem.

- Okay, Dua, uma última pergunta. Você tem alguma alergia a medicamentos?

- Nenhuma que eu saiba.

Katie termina de conferir a pressão da paciente.

- Acabamos por enquanto. Vamos deixá-la descansar. – Katie se afasta.

- Você foi ótima, Dua. – Harry elogiou.

- Obrigada! Vocês são super legais. Eu estava esperando algum velho rabugento.

Harry rir, aliviado de ter concluído a primeira consulta com um paciente e continuar de pedaço inteiro.

- Para falar a verdade, eu também!

Os dois médicos vão para o corredor, fechando a porta atrás deles.

- "Dr. Styles". Acho que nunca vou me cansar de escutar isso.

- Que engraçado, eu já estou cansada de escutar. – todos os traços da Katie legal se foram.

Harry suspira, se focando no trabalho.

- Como estavam os sinais vitais?

- Bons, mas deveríamos fazer um check-up completo.

- E pedir um exame para qualquer bactéria ou vírus. Ela pode ter adquirido algo na viagem.

- Não é uma ideia ruim... – Katie concorda.

Ela recebe um bip do pager: Dra. Katie Shaffer na sala da Dra. Anna Shaffer.

- E acho que isso quer dizer que você que fará isso.

- Sério? – Harry se irrita, mas disfarça como pode.

- Vou te falar uma coisa. Quando a chefe solicitar por você, eu vou no laboratório. Mas até lá... – ela dá de ombros e se afasta, o deixando com o trabalho pesado.

- Nossa, valeu. – diz sarcástico, não podendo mais ser escutado pela outra.

...

Os demais pacientes o mantém ocupado a manhã inteira. Finalmente, Harry consegue um minuto para descansar. Ele se encosta contra a parede, recuperando o fôlego. Não se senta faz horas.

- Dr. Styles? – uma enfermeira se aproxima dele. – Seus resultados para a paciente no 532.

Ele agradece e lê o conteúdo.

- Huh. Dua pegou um estirpe incomum de bactérias. Poderia ser a fonte dos seus sintomas. Vamos dar 200mg de antibióticos cefpodoxima a cada 12 horas.

...

Mais tarde, Harry está tentando encontrar o caminho para o quarto de Dua, mas está totalmente perdido. Desnorteado, ele dá a volta, procurando por algo familiar e se esbarrando em alguém. É outro estagiário que derruba um livro que estava lendo. O irlandês.

- Foi mal!

- Não, não, eu que peço desculpas, foi provavelmente culpa minha. Eu estava ocupado demais lendo meu livro. – ele dá uma risada bem-humorada. – Ei, eu te vi na orientação. Harry Styles, não é? Eu sou Niall. Niall Horan.

Harry se agacha para pegar o livro do Niall. É um exemplar de Princípios Diagnósticos, um livro azul de capa dura bem conhecido por Harry.

- Você está lendo o livro do Louis Tomlinson?

- Sim, eu venero o cara. Santuário no meu porão e tudo. Brincadeira! Brincadeira – gargalha. – Nunca sei quando fica claro que estou brincando.

- Bom, nunca conheça seus heróis...

- Espera! É você, não é? – Niall parece juntar as peças. – Você é o estagiário que fez a toracotomia com ele essa manhã?

- Sim. E sinto como se ele tivesse feito um novo em mim na frente de todo mundo. Foi tão inacreditavelmente—

- Sortudo! – Niall completa com uma ideia diferente do Harry. - Louis Tomlinson falou com você! Ugh, isso que eu ganho por trabalhar uma hora mais cedo. Se eu visse ele em pessoa, eu provavelmente iria—

Niall se interrompe, boquiaberto e congelado, encarando algo com olhos arregalados em pânico.

- Sim, foi bem intimidante, mas... Niall? – Harry notou que não era só encenação. – Você está bem?

O irlandês aponta para trás do cacheado. Harry se vira. Lá no fundo do corredor, falando com uma enfermeira, está Louis Tomlinson. O homem com seu cabelo caramelizado que chega um pouquinho abaixo das orelhas e faz uma descida maior até a base da nuca.

- Meu Deus! Ele está vindo para cá! Me esconde!

- Te esconder? Me esconde! – Niall retruca.

- Ugh! O que estou fazendo? – Harry se repreende. – Não posso deixar meu primeiro dia ser desse jeito! Eu... Eu vou falar com ele. – hesita na última parte.

- Esse homem uma vez rasgou ao meio a pesquisa do presidente do AMA... Durante o discurso principal do presidente! Tem certeza disso?

- Não! – Harry sorri e transforma o nervosismo em determinação. – Vou fazer isso. Ei, me empresta seu livro?

Pegando o exemplar do livro de Louis, o cacheado anda pelo corredor até o Dr. Tomlinson, que parou no quarto de uma paciente idosa. Mesmo daqui, Harry consegue escutar a paciente gritando.

- Não vou te pedir de novo, Barb.

- Pode esquecer, Dr. Tomlinson! Vou dar o fora desse lugar. Vou amarrar as colchas da cama e descer escalando pela janela!

- Não me deixe te impedir. Eu talvez até fuja com você. – Louis dá o primeiro sorriso que Harry vê, e acha lindo igual todo o resto do corpo dele.

- Estou falando sério! Não tenho minha poltrona favorita e estou entediada sem meus quebra-cabeças!

- E eu estou entediado com suas desculpas, Barb. Reclame o quanto quiser, não irei a lugar nenhum até que tome seus remédios.

Louis sai murmurando para si mesmo e indo para a máquina de vendas no corredor. Ele põe um dólar na máquina, mas só fica lá com os braços cruzados, sem apertar nada. Harry escolhe esse momento para se aproximar e o cumprimentar. Ele é uns 10 centímetros mais alto que o médico experiente.

- Hm. Oi, Dr. Tomlinson.

Louis o olha por uma fração de segundo.

- ...Novato.

- Eu estava esperando que você assinasse o meu livro.

- Autógrafos? Não tem trabalho a fazer? Ou pelo menos outros supervisores para falar?

- Não, só você. – Harry se sente mais confiante, mostrando as covinhas.

- Eu deveria ter imaginado. Bom, se tiver mais algo a dizer, então diga.

- Eu só queria te falar que sou seu maior fã. – o cacheado revela.

Louis continua sem desviar os olhos da máquina de vendas, escutando pela metade.

- Meu maior fã? É mesmo? – tem um ar desafiador e duvidoso em sua voz.

- Eu li todos os seus trabalhos: amiloidose sistêmica, síndrome de lesch-nyhan, ataxia espinocerebelar...

Nessa última, Louis se vira para o olhar diretamente.

- Você me inspirou a ir para a faculdade de medicina.

- Esse trabalho de ataxia foi minha tese de graduação. Esse Jornal Médico nem está mais publicado. Você encontrou isso?

- Sim. Eu posso te dar minha cópia. Se você quiser...? – oferece com um levantar de sobrancelhas e sorriso "inocente".

Louis inclina a cabeça, intrigado por um momento, depois volta a atenção para a máquina.

- Isso não será necessário.

Harry nota que os olhos dele continuam indo para a barra de chocolate no canto superior da máquina.

- Sempre gostei das balas que explodem na boca.

- Isso é muito fascinante, porém não estou—

- Eu sei que não está escolhendo algo para você. Está tentando escolher algo para animar a Barbara lá no quarto, não é? – o mais novo adivinhou.

- Como sabe disso?

- Só prestando atenção. Sabe, aposto que eu escolheria a coisa certa.

- Eu duvido. Barbara é mais teimosa do que você. Ela recusou tomar os remédios por dois dias. Mas vá em frente, é um esforço em vão.

Harry analisa o conteúdo da máquina que interessaria para Barbara em sua cabeça. Ele sempre foi bom com velhinhos e crianças. Tem chocolate quente, um conforto clássico e Chiclete Chuckles, o que vem com uma piadinha escrita em toda embalagem. O garoto escolhe a segunda opção. A máquina faz barulho e uma caixa espalhafatosa de chicletes multicoloridos cai na bandeja.

- O que diabos é isso? – Louis faz careta.

- Nunca mastigou Chiclete Chuckles? Tem piadas na embalagem. – Harry mostra um deles. – Viu? Esse aqui é até sobre médicos. "Por que a plantinha não foi atendida no hospital? Porque só tinha médico de plantão"! – ele ri.

Louis o encara em silencio.

- Tipo, planta grande?

- Eu entendi, só não é engraçado.

- Plateia difícil. – Harry dá um sorrisinho de "fazer o quê". – Olha, só entrega esses para ela, okay? Confia em mim.

Louis vai para o quarto de Barbara e logo retorna com uma expressão perplexa.

- Aquilo fez ela tomar os remédios. Não posso acreditar. Vai me falar como chegou nessa conclusão?

- Um mágico nunca revela os seus segredos. – Harry brinca, dando uma piscadela na esportiva.

- Você vai mesmo esconder?

- Estou tentando ser misterioso. Está funcionando?

- Minimamente. – Louis acaba sorrindo.

Harry percebe duas coisas: eles estão flertando, intencionalmente ou não. E tem metade da quantia de dinheiro que Louis colocou sobrando na máquina. O que mais ele poderia comprar? Entre as balas que explodem e a barra de chocolate, mais uma vez escolhe a segunda opção.

- Para quem é esse?

- Você. – Harry joga a barra para Louis. – Vi que você ficou encarando esse. Sabe, tá tudo bem em se agradar às vezes.

Louis olha para o chocolate nas mãos.

-...Vou manter isso em mente.

Harry se vira para ir embora.

- Espera. – a voz de Louis o faz parar.

Harry fica de frente para ele outra vez. O homem mais velho gesticula para o livro.

- Me dá aqui.

Louis pega o exemplar do Niall e escreve uma mensagem do lado de dentro antes de o jogar de volta.

- Agora volte ao trabalho, Styles.

- Você lembrou do meu nome?

-...Só prestando atenção. – devolve a frase que foi usada com ele mais cedo.

Louis se afasta e Harry abre o livro para ler o que ele escreveu.

Para meu maior fã – Dr. Louis Tomlinson.

Com um sorriso nos lábios, Harry vai até Niall e o devolve o livro.

- Você ainda está vivo! E... Não posso acreditar nisso! Você me conseguiu um autografo! Uou, a mensagem... Você falou que eu era o maior fã dele?

- Mais ou menos. – Harry dá outro sorrisinho, mantendo essa parte para si.

Niall o aperta num abraço estranho.

- Vamos lá, estou sendo convocado no meu pager. – Harry larga do abraço primeiro. - E não sei sobre você, mas estou perdido.

...

Harry consegue encontrar o quarto da Dua e checa como ela está. A garota joga no celular distraidamente. Ela se anima um pouco quando vê o médico, forçando um sorriso.

- Oi, Dr. Styles.

- Eu só vim para saber como está se sentindo, Dua.

- Mesma coisa. A enfermeira veio aqui e me deu uma medicação um tempinho atrás.

- Antibióticos. Está muito cedo para ver alguma melhoria, mas vamos esperar ver algum resultado logo. – ele toca o braço dela para a confortar e se vira para sair.

- Ei... Poderia ficar um pouco? É meio solitário ficar aqui sozinha.

- Claro que posso. – Harry sorri gentilmente, puxando uma cadeira e sentando do lado dela.

- Obrigada, Dr. Styles.

- Não, obrigado você. Não parei de ficar em pé desde que saí da minha cama essa manhã. Então, Dua... O que está cursando? – puxou assunto.

Dua pisca como se estivesse confusa com a pergunta. Quando tenta responder, as palavras saem arrastadas.

- Meu mestrado é em... Inglês... Mas minha... Minha...

Ela oscila, a voz demonstrando a tontura de tentar terminar a frase.

- Dua? Está se sentindo bem? – Harry fica em alerta, preocupado.

Dua colapsa na cama, inconsciente. O monitor das batidas cardíacas faz um longo som monótono quando o coração para.

- Meu Deus! Dua? Dua! Código azul! Código azul! – Harry chama a emergência pelo telefone que tem dentro de cada quarto e apertando o botão do lado da cama. – Preciso de ajuda aqui!

~o~

No próximo episódio: A vida de uma paciente paira na balança. Harry conseguirá salvá-la e manter a vaga no Edenbrook?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro