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8.0 - Uma noite agitada.





O olhar de Bucky estava preso  na porta do restaurante enquanto sua perna subia e descia, movida pela adrenalina que corria em seu corpo naquele instante. O homem sentia sua nuca arrepiada e passava a mão constantemente pelos cabelos compridos, tentando se livrar da sensação incômoda de estar sendo observado. 

Sabia que, muito provavelmente, era paranóia. Que não havia ninguém o seguindo e que não precisava ter se atrasado dez minutos por voltar do ponto de ônibus para o prédio apenas para pegar umas armas. 

Mas mesmo assim, Bucky estava irrequieto e agitado, sentindo o coração bater contra o peito. Se ajeitando no assento, ele olhou ao redor e, para sua surpresa, Bucky percebeu um homem que ele jurava ter visto mais cedo, ao sair de casa. Ele usava um Boné dos Patriots, um óculos de grau com lentes grossas e uma jaqueta de estampa militar. 

Bucky virou o corpo para frente e pegou o telefone, desbloqueando a tela. Ele correu os dedos pelo aparelho e achou a letra "S", escrevendo uma mensagem pequena, mas direta. 

"NÃO vem. Estou sendo seguido. " 

Bucky fez sinal para o garçom e enfiou uma nota de vinte dólares debaixo do copo de cerveja. Sem esperar pelo rapaz, ele levantou o corpo da cadeira e, sem pressa alguma, se encaminhou para o lado de fora. Com a visão periférica, percebeu que não só um homem levantou e saiu atrás, como mais quatro pessoas também. 

Respirando fundo, Bucky fez uma análise do ambiente ao seu redor. Haviam muitos pedestres e civis e o primeiro beco ficava muito longe. Como ele não fazia ideia de qual era a intenção daquelas pessoas, Bucky preferiu não arriscar. 

Abruptamente, ele jogou o corpo entre o fluxo de carros, fazendo um deles bater contra sua perna. O motorista buzinou, com raiva, mas então, ele reconheceu Ruby. 

Agradecendo a qualquer força do universo que tenha posto ela no caminho dele, Bucky berrou:

-Sai do motorista! 

-O que?! 

-Anda, Ruby! Pula para o lado! 

Mancando, Bucky viu Ruby pular para a parte de trás do carro, já que a frente já era ocupada por Sam. Bucky fechou a porta no exato segundo em que o primeiro tiro atingiu o vidro blindado do veículo

-O que está acontecendo?! - Sam berrou quando Bucky enfiou o pé no acelerador e a mão na buzina, arrancando. - O que você fez?! 

-Eu não fiz nada, seu idiota! Eles estão atrás de mim! 

Sam pegou a mochila dentre suas pernas e a abriu, fazendo um barulho alto com o zíper. Mais tiros atingiram a lataria do automóvel, enquanto Bucky costurava entre os carros na rua, com pressa. 

Virando para frente, Ruby avisou: 

-São quatro motos e dois carros! E eles estão todos armados! 

Bucky xingou mentalmente, observando Sam soltar o Asa Vermelha pela janela do carro. O "Falcão" voou em direção às motos, tirando duas delas de cima deles, mas não foi o suficiente. 

-A gente vai morrer?! - Ruby perguntou, levemente preocupada. - Me avisa logo que quero que dê tempo de me arrepender dos meus pecados! 

-A gente não vai morrer! - Bucky retrucou. - Eu estou dirigindo! 

-Ótimo! - Sam reclamou. - Nós vamos mor...REEEEEEEEEEEEEER! 

O carro saiu rodando pela pista quando um tiro estourou o pneu traseiro. Bucky agiu por reflexo quando puxou o guidão, fazendo ele soltar do local correto com a força do braço. Então, ele pisou com força no freio, batendo na traseira de outro carro até invadir um pedaço da calçada que estava interditada por obras. 

-Todos bem?! - Bucky encarou os outros dois. 

-Meu carro! 

-Eu vou vomitar! 

-Se a gente não sair daqui agora, a gente vai morrer! 

Bucky berrou, usando a mão de vibranium para abrir a porta que tinha emperrado. O cheiro de gasolina começou a ficar forte. Ruby se jogou no banco da frente, pegando as próprias armas e jogando duas delas para Sam, que foi o último a sair do carro. 

O trio começou a correr pela calçada, entre as pessoas. O coração de Bucky batia acelerado contra seus ouvidos, impedindo que ele conseguisse raciocinar totalmente. Ele apenas registrou que Sam se protegia dos tiros disparados contra eles com o escudo, antes de ter uma ideia. 

Sem avisar, Bucky puxou os dois para dentro de um beco escondido entre duas lojas. O trio se escondeu atrás de uma lixeira e eles ficaram imóveis, trêmulos e ofegantes. Ruby e Sam esperaram por qualquer tipo de movimento de Bucky, que estava parado, tenso, sentindo todos os músculos de seu corpo doerem. 

Contando, Bucky percebeu que um dos perseguidores não correu em frente, no beco. Então, ele fez sinal para Sam e Ruby ficarem quietos e, pé por pé, ele caminhou, agachado e no escuro, até a entrada do beco. 

Ele conseguia ouvir, apesar do barulho da cidade, uma respiração tensa do outro lado da parede, o que comprovou a teoria dele de que alguém podia ter visto ou desconfiado daquele canto escuro. 

Bucky respirou muito fundo, prendendo o ar nos pulmões, enquanto encarava a sombra do que parecia um garoto, contra o chão. Ele esperou. E então, atacou. 

Sua mão foi direto até o peito do rapaz, que apesar de ser novo era bem forte, o puxando de uma forma que o desequilibrou e o fez cair no chão. Bucky perdeu o equilíbrio quando o menino o agarrou pela roupa também e os dois foram ao chão, rolando para tentar imobilizar e agredir um ao outro. 

Bucky sentiu o nariz sendo chutado e acabou largando o rapaz quando percebeu que Ruby tinha imobilizado ele com algemas e tudo. Cansado, ele não ergueu o corpo do chão, mas inclinou a cabeça para frente, vendo as gotas de sangue mancharem o chão e escorrerem pelo seu queixo. 

-Nossa, Sam… Quando eu disse para você chutar o imbecil, não era o Bucky! 

-Você não especificou, Ruby. - Sam abaixou na frente de Bucky, Franzindo a testa. - Acho que quebrei seu nariz… Foi mal, cara. 

Bucky estreitou os olhos para o homem, com raiva. Ele mesmo apalpou sua cartilagem, sentindo os olhos lacrimejarem. Com um puxão, Bucky sentiu um estalo e mais lágrimas escorrerem de seus olhos ao sentir o ar entrando. 

-Funca Fais… Fe oufiu, Fam?! Funca fais focê me futa! 

Sam mordeu os lábios, esticando a mão para ajudar Bucky a se levantar do chão. 

-O que você disse? 

-Fafa focê funca fais me futar! 

-Desculpa, você pode dizer de novo? É que está muito engraçado! 

Bucky enfiou um soco de punho fechado no queixo de Sam e os dois estavam prestes a se socarem mutuamente mais uma vez quando Ruby gritou com eles, ordenando que se separassem. Se segurando pelas blusas, com Bucky ainda sangrando, os dois homens encararam a mulher, que segurava o garoto misterioso desmaiado embaixo de seu pé. 

-Vocês dois vão ficar de birrinha ou vão me ajudar a levar esse idiota para a Shield para descobrirmos o que ele queria?! 

-Eu acho que não vai dar, Ruby. 

Bucky e Ruby encararam Sam, que verificando algo no aparelho eletrônico em seu pulso, fez uma careta para os dois. 

-O Asa Vermelha acabou de identificar que tem um grupo de mais de dez pessoas vindo para cá. 

-Melhor feixar ele aí! - Bucky trocou um olhar com Sam, que assentiu. 

-Antes seguros do que reféns! 

-Certo! Está bem! - Ruby concordou, passando pelos dois. - Vamos! 

Os três começaram a andar para o lado oposto do qual vinham o grupo que o Asa Vermelha havia identificado. Eles tentaram manter a naturalidade, mas ficou um pouco difícil tendo em vista, agora que se examinaram minuciosamente, que estavam descabelados, ensanguentados e mancando. 

Bucky sentia a costela doer com força a cada vez que respirava fundo. O gosto e cheiro do sangue em sua boca o fazia ficar enojado. Seu coração martelava em seu peito e sua mão verdadeira tremia. Ele tentou esconder ela no bolso, mas então percebeu que o celular também vibrava. 

Ele o puxou, notando que a tela havia trincado no canto. O nome de Belle brilhava na tela. Franzindo a testa, ele continuou seguindo Sam e Ruby, que foram mais à frente, juntos. 

-Isabelle? - Bucky perguntou, atendendo a ligação. - Algum problema? 

-Não é a Isabelle, Bucky. É a Allie! - O tom de voz de Allie estava assustado e desesperado. - Eu preciso de ajuda! 

-Sam! Ruby! 

Os dois se entreolharam, percebendo que Bucky havia parado, metros atrás deles. Voltando todo o caminho percorrido, Bucky pôs o celular no viva voz, perguntando o que aconteceu e onde Allie estava. 

-Escondida dentro da faculdade. Tem uma sala aqui… A Ruby sabe onde é! 

-Mas o que você está fazendo com o telefone da Belle, Allie? Cadê ela? - Ruby perguntou, arrancando o telefone da mão de Bucky. 

Sam continuou vidrado no Visor do Asa Vermelha, enquanto Bucky olhava ao redor. 

-Não dá para explicar agora! Por favor… Eu tô com medo! 

-A gente está indo para aí, gatinha! - Sam pegou o telefone, assumindo a dianteira. - Acha que consegue me esperar até eu chegar aí? Ótimo… Bucky, precisamos de um carro. 

Bucky arregalou os olhos, negando. 

-Eu não vou roubar um carro! 

-Não é roubar! É pegar emprestado para usufruto do Capitão América em prol de uma situação maior! 

-Bucky, vai logo! 

Bucky esfregou o rosto e respirou fundo, analisando os carros parados na calçada. Não queria roubar, mas sabia que ninguém daria um carro a ele, então, apenas se aproximou de uma moça que saía de dentro de um carro preto e, sem ela reparar, ao esbarrar no corpo dela, sorriu, puxando a chave de dentro do bolso da calça dela. 

-Minha nossa! Desculpa! 

-Meu Deus, Moço! Você está bem?! 

-Uma pequena briga de bar. Nada demais. Desculpa ter esbarrado na senhorita! Eu não te vi! - Bucky desviou o corpo do dela e começou a atravessar a rua. 

A mulher ficou na dúvida se ia atrás dele, claramente, mas quando o perdeu de vista, ela continuou seu caminho, apressada. Bucky voltou e se enfiou dentro do carro, fazendo sinal para que os outros dois entrassem também. 

O caminho até a faculdade de Nova York foi quase silencioso, a não ser por Ruby e Sam que decidiram ir teorizando e ligando para algumas pessoas. 

Bucky achou melhor esperar dentro do carro, no estacionamento. Como eles demoraram, ele começou a mexer nos documentos e descobriu que o nome da proprietária era Ashley Madison, uma engenheira civil de trinta e cinco anos, que a julgar pela foto do painel, tinha uma filha. 

Mexendo nos botões da rádio, Bucky percebeu que até gostava de algumas músicas que tocavam, embora nem todas. Entediado, ele observou o nariz no reflexo do retrovisor. Estava inchado e dolorido. Achando alguns lencinhos e uma garrafa de água no porta luvas, Bucky começou a esfregar o rosto, tirando o excesso de sangue.

Ele tirou a carta de Steve de dentro do bolso. Estava manchada de sangue na beirada superior direita. Bucky suspirou, fechando os olhos e tentando imaginar se isso teve algum tipo de influência dessa tal guerra que Steve falou. 

Uma batida no vidro fez com que ele despertasse de seus pensamentos, levando um pequeno susto. Ao perceber que eram apenas Sam, Ruby e Allie, Bucky relaxou, tirando os dedos da arma em sua cintura. 

-O que aconteceu? - Bucky questionou, olhando Allie pelo retrovisor. Ela estava com um hematoma no rosto, bem embaixo do olho. - Você foi atacada? 

-Por um cara que perguntou onde a Belle estava. - Allie explicou, deixando o corpo relaxar contra o estofado do banco. - De quem é esse carro? 

-Não faça perguntas que não podemos responder, Gatinha. - Sam entrou atrás dela, a abraçando pelos ombros e depositando um beijo na testa da mulher. 

Bucky sorriu, de leve, percebendo quando Allie retribuiu o abraço, fechando os olhos e apoiando a cabeça no peito do homem. Sam o encarou, ficando levemente vermelho quando Bucky murmurou um "Mandou bem, cara!", revirando os olhos e desviando o olhar. 

-Vamos para a Shield. - Ruby avisou, entrando no banco do passageiro. - Eu assumo a responsabilidade pelo roubo, não se preocupem. Além disso, preciso informar o que aconteceu hoje, você precisa nos dizer porque nos chamou com tanta pressa e a Allie tem que fazer um retrato falado. 

-Certo. - Bucky suspirou, cansado, percebendo que a noite seria longa. - Para a Shield. 

Realmente, Bucky tinha razão total e absoluta. Ele foi liberado para voltar para casa pelos Agentes da Shield, cerca de quatro da manhã. Vendo Sharon no canto do corredor da sala de interrogatórios, Bucky ajeitou o casaco, tampando a mancha de sangue na blusa, e caminhou em sua direção, esperando durante alguns minutos, que a mulher falasse com uma outra Agente. 

-Oi! - Sharon sorriu ao se virar para Bucky, o analisando. - Minha Nossa… Você está péssimo! 

-Obrigado por me falar o óbvio! - Bucky soltou um sorriso leve, encostando na parede ao seu lado. - Ainda por aqui, é? 

-Digamos que você e o Sam agitaram as coisas quando uma câmera gravou o Capitão América roubando um carro. - Sharon deu de ombros. - Como você está, Bucky? A última vez que te vi, você estava quase matando o Sam. 

Bucky assentiu, enfiando as mãos nos bolsos. 

-Não que algo tenha mudado daquele dia para cá. Mas eu preciso perguntar uma coisa a você. Tem algum lugar que podemos conversar com um pouco mais de privacidade? 

Sharon olhou ao redor, constatando que, realmente, eles eram o alvo de inúmeros olhares curiosos e intrometidos. A loira sorriu, puxando a mão de Bucky para fora do casaco dele, o puxando contra o corredor. 

-Minha sala. Vem! 

-Agora você tem uma sala só sua, é? 

-Algumas coisas mudaram por aqui, Barnes. - Sharon sorriu sobre os ombros, ainda de mãos dadas com o homem. - Você ficaria impressionado! 

Bucky concordou, afinal, ele já estava impressionado com os últimos meses. 

A sala de Sharon era relativamente pequena, mas organizada e metodicamente arrumada. Uma mesa com duas cadeiras ocupava o canto, perto de uma janela, onde Bucky percebia que o Sol começava a nascer novamente. Reprimindo um bocejo, ele se sentou. 

-Eu preciso te fazer umas perguntas. Tem problema? 

-Se eu puder responder… - Sharon sentou na cadeira em frente a ele. -Mas eu acho que já até sei qual é a primeira. E não, eu não fazia ideia que o marido da minha tia era o Steve quando eu o beijei. 

Bucky ergueu as sobrancelhas, rindo. Era exatamente essa a pergunta que faria. 

-E como se sente com isso? 

-É estranho quando eu lembro. - Sharon deu de ombros. - Mas não dá para me culpar. Meu tio era um gatinho! 

-É, era mesmo! - Bucky respirou fundo e puxou a carta do bolso, entregando a Sharon. - Você sabe algo sobre isso? 

Sharon franziu a testa, pegando a carta sobre a mesa, a desdobrando. Os olhos correram pelas letras, atentos e surpresos. Quando Sharon chegou às últimas palavras, ela o encarou. 

-Sua prima… Vocês são próximas? 

-Não tanto quanto eu e Ruby. - Sharon explicou, devolvendo a carta. - Uma outra guerra… A que ele estava se referindo dessa vez? Alienígenas de novo? 

-Ou algo terrestre, mas letal. - Bucky pegou o papel e dobrou, o guardando de novo. 

-Mas o que? 

-Eu não sei. Não está fazendo sentido para mim. O Steve nunca foi de meias palavras, a não ser, que tivesse um motivo muito grande. 

-Você acha que ele não queria que ninguém soubesse do que ele estava falando? 

-Tenho certeza. Ele não queria que essa informação caísse em mãos erradas. - Bucky coçou o queixo. - Porém, eu acredito que essa seja só a primeira peça do quebra cabeças. Ainda faltam todas as outras. 

Sharon concordou, pensando. Então, encarou Bucky de novo. 

-Se eu fosse você, começava pelo lado da família do Steve. E pelo tempo em que ficamos blipados. Enquanto isso, posso procurar se alguém do meu lado sabe de algo estranho ou se minha tia deixou algo escondido. 

-É, eu pretendo fazer isso, sim. E se você puder olhar, eu agradeço, Sharon. Eu tô sentindo que algo de errado vai acontecer e eu não queria estar com essa sensação. 

Sharon concordou, levantando da mesa e parando em frente a Bucky quando ele também levantou. Os dois se encararam por alguns segundos, enquanto os pensamentos de Bucky ficaram perdidos. 

-Por quê você não se junta a equipe? 

Bucky franziu a testa, negando. 

-Não quero. 

-Bucky, aquele escudo era para ser seu. 

-O Sam está fazendo um ótimo trabalho com ele. - Bucky retrucou, irritado. 

-Eu não disse que não. Eu disse que você e eu sabemos que o Steve ia dar aquele escudo para você! 

-Mas o Sam não sabe. - Bucky sussurrou de volta, olhando ao redor, como se Sam fosse se materializar naquele instante. - Eu tô bem, Sharon. É sério. Eu cansei de lutar. Cansei de brigar. Eu tô feliz levando a minha vida chata e previsível. 

Sharon estreitou os olhos, negando com a cabeça. 

-Você quer se enganar? Tudo bem. Mas você sabe que uma hora ou outra, a paz sempre acaba. Seria melhor você integrar a equipe novamente. 

Bucky abriu a boca, pronto para retrucar, mas leves batidas contra a madeira da porta da sala de Sharon fizeram os dois calarem a boca e ela gritar um "Pode abrir!". 

-Com licença, Chefe. - Uma menina que não devia ter mais que vinte anos entrou rapidamente. - Vim deixar isso aqui e já estou indo. Com licença. Tchau. 

Sharon observou a porta fechar e voltou a encarar Bucky. 

-Pensa no que o Steve queria… 

-O Steve não está aqui. E ainda me deixou um problemão! O engraçado é que todo mundo me diz "Pensa no que o Steve queria!" E eu pensei… Mas ninguém está pensando "Mas o que o Bucky quer?!". 

Sharon respirou fundo e assentiu, esfregando o braço de Bucky em um carinho, enquanto o olhava nos olhos. 

-Tá, certo. Você tem razão. Me desculpe. 

-Desculpa… - Bucky soltou o ar, fechando os olhos. - Eu não devia ter falado assim… 

-Você está sob estresse e eu não estou ajudando. - Sharon sorriu. - Sabe, por falar em estresse… Devíamos marcar alguma coisa qualquer dia. Que tal? 

Bucky soltou o ar, sorrindo e concordando. 

-Na semana que vem eu estou livre. 

-Ótimo. - Sharon o empurrou na direção da porta. - Não se esquece, viu? 

-Não vou esquecer, Carter. 

Bucky se inclinou sobre Sharon, beijando o canto da boca dela antes de sair da sala e dar de cara com Sam, parado na frente da porta de Sharon. 

-O que você quer, Samuel?! 

-Te dar carona. - Sam deu de ombros, seguindo Bucky pelo corredor. - A Allie preferiu ir para a casa da Ruby. 

Bucky sorriu de lado, descendo um lance de escada junto com Sam, enquanto o olhava de lado. 

-Você e ela…? 

-O que tem? 

-Como se conheceram? 

Sam mordeu o lábio inferior, evitando o olhar de Bucky. 

-Vai, Sam! Fala! 

-É meio estranho admitir, mas… Conheci ela no enterro, junto com a Belle. A Ruby eu conheci uns dias antes do Steve… Bem, dele ir com Deus! 

Bucky revirou os olhos para esconder a vontade de rir da ironia da frase. 

-Só que… Eu não me interessei de cara, na verdade. Só conversamos melhor na leitura do testamento e… Sabe a sensação de ser atropelado por um caminhão? 

-Sei… 

-É, foi mais ou menos isso. - Sam suspirou. - Se contar para alguém que eu disse isso, eu te mato. Me ouviu? 

Bucky concordou, chegando na porta da Shield e sentindo o vento gelado da noite açoitar seus cabelos. Os dois se encararam. 

-Ela parece ser legal. 

-Ela é. É divertida, inteligente… Sempre teve uma queda pelo Falcão…- Sam sorriu. - Droga, eu to parecendo um gay! 

Bucky revirou os olhos, negando. 

-Você não parece um gay. Você é um gay! E eu nem tô falando da sua sexualidade… 

Sam revirou os olhos, enfiando um soquinho no peito do homem. 

-E você? Eu soube que a Belle arranjou um encontro para você ontem… 

-Foi legal. - Bucky franziu a testa, se dando conta que só tinha vinte quatro horas que saiu correndo do quarto de Ayumi. - Fomos em um restaurante, conversamos, bebemos… 

-Tirou a teia de aranha do seu Soldadinho? 

Bucky o encarou, sério. 

-Você é desagradável, sabia? Mas sim, rolou sexo. 

-Vocês vão se ver de novo? 

Bucky negou, olhando para a rua, cujo movimento começava a aumentar gradativamente. 

-Sou um cara de uma noite só, Sam. Sempre fui. 

-Sério? - Sam ergueu as sobrancelhas, rindo. - Você tem mesmo cara de quem acaba com o coração das mulheres. 

Bucky se permitiu um sorriso, exclamando, indignado: 

-Hey! Eu nunca prometi nada para ninguém! Se elas se iludiram, o problema é delas, tá? 

-Sei… Aliás, mudando de assunto. 

Bucky indicou que ele poderia falar, sentando no murinho da Shield. Sam sentou ao seu lado e os dois começaram a encarar o céu, cuja cor ia ficando cada vez mais clara. 

-O que você acha que o Steve quis dizer com "Uma nova guerra se aproxima"? 

Bucky franziu a testa, encarando o chão sob seus pés. Ele estava nervoso, era claro. Mas mesmo assim, preferiu tranquilizar Sam, enfiando o cotovelo na costela dele. 

-Acho que ele estava gagá e entediado, Samuel! 

Os dois homens começaram a rir, então, Bucky esticou a mão e puxou Sam para um abraço. 

-Vê se descansa um pouco, cara. A gente se vê essa semana? 

-Pode ser. 

Sam ficou sentado no muro, até Bucky desaparecer entre as pessoas da rua. Por mais que ele quisesse acreditar que Bucky tinha razão e Steve estava velho, entediado e gagá, algo na nuca de Sam arrepiou ao pensar naquelas palavras da carta e na perseguição daquele dia. 


》☆《

Ooie, Gente! 💕

Cheguei com mais um capítulo! E como eu tinha dito anteriormente, eu amei muuuuito escrever esse por causa da cena de ação, o que é uma coisa rara KKKK

Aliás... Cês perceberam que tem uma coisa de diferente da série aqui?? O escudo ia para o Bucky e o Bucky deu para o Sam. Ou seja, quem seria o Capitão América é o Bucky 👀

(Ps: Antes que alguém venha militar, eu AMO o Sam como Capitão! De verdade! Mas é fato que o Bucky também foi um Capitão América nas HQ's e eu pensei, ja que tenho, no mínimo, três fanfics do Sam sendo o Capitão, que o Bucky poderia sentir o gostinho, sabem? 👀) 

Alguém já formou alguma teoria sobre qual guerra o Senhor Steve Rogers estava falando? Ou acham que ele estava gagá? 🤭

Bem, até sexta feira!

(Spoiler: O capítulo de sexta ficou com mais de 4k Palavras, quase 5k 👀🤭❤)

Beijos! 💋💋

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