5.0 - Carte Rogers
-Como assim você estava sendo seguida há dias e não disse nada? - Allie perguntou, esticando uma xícara de chá de camomila para Belle, com um tom de voz extremamente irritado.
A mulher aceitou a bebida, ingerindo um longo gole antes de alternar o olhar entre a melhor amiga e Bucky, que se encontrava olhando o apartamento super colorido e bagunçado que Allie dividia com uma outra amiga.
-Eu não sei dizer há quanto tempo, mas… Já tem alguns dias que eu saio do Museu e esbarro com esse cara na rua. - Isabelle explicou, soltando o ar dos pulmões lentamente. - Primeiro, achei que ele pudesse ser algum funcionário que saía na mesma hora que eu. Mas depois, eu vi ele perto da minha casa e de dia. Só que ele tinha sumido, sabe? Há dias… Então achei que era paranóia e hoje… Bem, eu entrei em pânico. Aliás, me desculpe por ter agarrado você!
Bucky, que estava mexendo em uma miniatura de cachorro que balançava a cabeça, levou algum tempo para perceber que era com ele que Isabelle estava falando. Então, parou de mexer no bichinho e deu de ombros, enfiando as mãos nos bolsos.
-Não foi nada.
Allie levantou de um pulo do sofá e avisou que ia ligar para um contato. Isabelle até tentou argumentar, mas a mulher já tinha ido na direção do quarto e se trancado dentro dele.
-Ai, mas que garota teimosa!
Isabelle reclamou, passando as mãos pelos cabelos, o prendendo em um coque mal feito no alto da cabeça. Levantando do sofá, ela caminhou até a frente de Bucky, mas ao invés de parar, continuou andando e só parou na janela, apoiando o rosto nas mãos.
Desse ângulo, ele tinha o perfil inteiro de Isabelle para admirar. Ela tinha os lábios carnudos e um nariz avantajado. As bochechas tinham um tom bonito de rosa e Bucky, de novo, achou as ruguinhas ao redor dos olhos de Isabelle, uma gracinha, assim como a curvinha que o queixo empinado dela fazia.
-Por quê está me encarando?
Bucky voltou à realidade com um pequeno susto. Ele deu de ombros.
-É que você lembra alguém que eu conheço. Ou conhecia, no caso.
Isabelle ergueu as sombrancelhas, cruzando os braços e o encarando. Sua cabeça pendeu de lado, enquanto ela tentava avaliar se ele estava brincando ou não.
-Como assim?
-Ah… Não sei. Devem ser os olhos. Ou a boca. Não sei. Parece loucura, mas é que eu acho você parecida com…
Os dois falaram juntos.
-Steve Rogers!
Bucky deixou o queixo cair, sentindo o corpo gelar. Isabelle, enfim, sorriu para ele, se aproximando de Bucky e esticando a mão.
-Prazer, Isabelle Carter Rogers.
Bucky alternou o olhar entre ela e sua mão, parada no ar. Ele ergueu a dele e a apertou, sentindo que ela tinha a mão firme e forte.
-Bem… James Buchanan Barnes!
-Ah, eu sei! - Isabelle sorriu, soltando a mão de Bucky e escondendo no bolso de sua calça. - Eu ouvi falar muito de você!
Bucky riu, sem graça, voltando a sentar no sofá. Isabelle o acompanhou, sentando ao seu lado, de frente para ele.
-Vá em frente! Faça suas perguntas, Sargento Barnes!
Bucky nem mesmo hesitou antes de começar a perguntar.
-Por quê você se chama Carter Rogers?
-Porque esse é o meu nome.
-Ah, jura?! - Bucky revirou os olhos, apoiando o cotovelo no encosto do sofá. - Eu quis dizer… Por qual motivo continuou Carter Rogers se você é bisneta, não filha do Steve e da Peggy?
Isabelle deu de ombros, encarando as unhas pintadas de vermelho intenso. Bucky reparou que suas mãos ainda tremiam levemente.
-O filho do Steve é o meu avô. Jonathan. Enfim… Ele continuou Carter Rogers, obviamente. Então, minha mãe não se casou. Por consequência, eu também sou. E minha irmã. Acho que você conheceu ela… A Ruby.
-Sua irmã é a Ruby?! - Bucky arregalou os olhos, surpreso novamente. - Vocês são tão diferentes!
As bochechas de Isabelle mudaram de cor enquanto ela desviava o olhar pela sala, assentindo.
-É, pois é… Ela herdou a genética boa da família. Acredita que ela já foi modelo? - Bucky concordou, o que fez Isabelle continuar falando. - Eu herdei a paixão por coisas antigas… Enfim…
-Você sempre soube que o Steve era o Capitão América?
Belle negou, ajeitando o coque que estava soltando do cabelo.
-Não mesmo! Eu soube quando fiz uns dezesseis anos… Foi quando o Capitão América reapareceu descongelado. Até aí, eu achava que ele era o só o Vovô Daniel, um primo do Capitão América.
Bucky assentiu. Queria perguntar mais coisas, mas achou que talvez, não fosse o momento certo. Porém, ao perceber que Isabelle levou um susto, pulando no sofá, quando uma porta distante bateu, ele emendou:
-E o Steve… Ele já falou de mim para você?
Isabelle tirou os olhos da janela e concordou, com um sorriso discreto no rosto.
-Meu bisavô falou tudo sobre você! Sério! Desde como se conheceram quando você salvou ele de ser espancado por valentões aos sete anos, até a sua fase de galanteador…
-Ah, ele não contou isso! - Bucky sentiu o pescoço esquentar, enquanto esfregava o rosto, tentando disfarçar a vergonha.
-Ah, contou, sim! - Isabelle riu, apoiando a cabeça na mão e encarando Bucky. - Ele contou tudo sobre você, na verdade. Então… Meio que…
Bucky franziu a testa, pendendo a cabeça para o lado.
-Meio que…?
-Que apesar de você ser um idiota, aparentemente, eu meio que já conheço você! Quer dizer, é besteira, eu sei… Mas você é como… Como vou explicar? Como uma lenda, sabe? E no entanto…
-Eu estou na sua frente.
-Pois é…- Isabelle soltou um sorriso empolgado. - Incrível! Quer dizer, quando eu te vi naquele Museu, eu não reconheci você até vir falar comigo e você dizer que conheceu meu biso. E eu juro que queria te dizer "Hey, olha… Eu sou a bisneta do seu melhor amigo!" Mas ia soar estranho e maluco até para mim…
Bucky assentiu. Então, ele se lembrou de como ela passou as páginas do livro e perguntou:
-Vocês eram próximos?
Isabelle sorriu, claramente triste, enquanto assentiu. O olhar dela baixou para o cordão em seu pescoço. Era um pingente de ouro em formato de coração. Ela o segurou ao mesmo tempo que falou:
-Minha bisa não era muito maternal, sabe? A Peggy sempre foi durona e, embora fosse uma mãe, avó e bisa excelente… Um exemplo de força para todas nós… Era com o meu biso que eu me dava melhor, sabe? Eu era a única dos 17 bisnetos que, mesmo depois de crescer, continuava gostando de ouvir as histórias do passado e, posteriormente, as do Capitão América. - Fazendo uma pausa, Isabelle suspirou e encarou o teto, lutando com as lágrimas. - Quando o estalo aconteceu, o Vovô não desapareceu, sabia? Minha mãe e minha irmã, sim. Mas ele esteve lá comigo o tempo todo, me acalmando e dizendo que tudo ia ficar bem… Eu nunca imaginei que semanas depois, eu ia perder ele…
Isabelle começou a chorar, o que fez Bucky se sentir um verdadeiro imbecil por ter tocado no assunto. Olhando ao redor, ele ergueu o corpo do sofá, indo até o banheiro e voltando com um rolo de papel higiênico. Isabelle aceitou, assoando o nariz, fazendo um barulho que daria inveja a um elefante.
-Eu também não imaginava que ia perder meu melhor amigo, Isabelle. Eu sinto muito, mesmo!
-Por quê você não foi no enterro? - Ela ergueu a cabeça e perguntou, esfregando um pedaço de papel higiênico no nariz. - Tudo bem que teve um outro enterro simbólico, mas não vi você em nenhum dos dois…
Bucky apoiou os cotovelos nos joelhos, cruzando as mãos na frente do corpo, enquanto tentava explicar para ela e para si mesmo o motivo pelo qual não quis ir.
-Achei que era um momento mais… Família, sabe? Eu… Bem, eu preferi me despedir depois, com mais calma.
Isabelle assentiu, assoando o nariz mais uma vez no exato instante que a campainha tocou. Allie apareceu do corredor como em um passe de mágica, pulando a mesinha no centro da sala.
-Já vai! Eu já vou abrir! - Ela rodou a chave na fechadura e cedeu passagem para três pessoas. - Oi. Obrigado por virem.
-É claro que eu ia vir! É minha irmã! - Ruby foi a primeira a aparecer e, praticamente, correr até a irmã. - Oi, Bucky! Oi, Belle! O que aconteceu?
Bucky cumprimentou Ruby com a cabeça e levantou do sofá, indo até Natasha e Sam. Ele abraçou a ruiva, sorrindo para ela, enquanto cumprimentava Sam.
-O que foi que aconteceu? - Natasha indagou, se soltando de Bucky.
-Acho melhor a gente ir ver com a Isabelle. - Bucky comentou, apontando por cima do ombro. - Assim, ela explica de uma vez só.
Todos se acomodaram na pequena sala apertada, enquanto Isabelle ficava levemente vermelha de ter vários rostos a encarando fixamente, com exceção de Allie, que mexia em um laptop, freneticamente.
Ela explicou de novo, coisinha por coisinha, dando os dias e horários em que encontrou com o homem pela rua. Se Bucky não soubesse que ela estava tremendo nas mãos escondidas dentro do casaco, ele acharia, até mesmo, que nem ligando para isso ela estava.
-Você tem como fazer um retrato falado desse homem? - Ruby perguntou assim que a irmã terminou de explicar tudo. - Posso mandar alguns agentes vigiarem você e…
-Não precisa disso! - Belle cortou, sacudindo as mãos. - Mas… Sim, eu consigo fazer o retrato falado!
-Não vai precisar!
A sala inteira olhou para Allie, que sorriu sobre os ombros, convencida.
-Eu já achei a gravação da rua. Foi há horas atrás. É esse cara aqui, não é?
Belle levantou do sofá e caminhou até o lado da amiga, encarando a tela. Ela trocou um olhar com Bucky.
-É ele. Quer confirmar?
Bucky deu de ombros, levantando do sofá, fazendo Sam cair em cima de Natasha, já que o homem estava apoiado nele. Olhando para o computador, Bucky não teve dúvida alguma.
-É, foi ele que fugiu quando me viu.
-Vou contatar o pessoal da equipe tática. - Natasha levantou do sofá, depois de empurrar Sam e ele cair no chão, reclamando. - Seria melhor você não voltar para o seu apartamento hoje, Belle.
Saindo da sala, a ruiva se encaminhou para o corredor, onde teria mais privacidade para conversar com a equipe e explicar a situação.
-Ah, mas…
-Nana nina não! - Allie exclamou, metendo um tapa na cabeça da amiga. - Você vai dormir aqui, sã e salva! Retardada!
-Claro. Vou dormir aqui. - Ela concordou, encarando a irmã. - Não se preocupe, eu sei me defender! Eu só fiquei assustada… Não estava esperando ver ele de novo.
-Ainda bem que ficou, né? - Ruby revirou os olhos, pondo as mãos na cintura. O gesto lembrou muito o de Peggy. - Se não, você ia estar sendo seguida sem falar nada até agora! Aliás, muito obrigada por ajudar ela, Bucky!
-Ele não me ajudou!
-Ah, não?! - Bucky estreitou os olhos na direção da mulher, bufando.
-Claro que não!
-Eu vou fazer um café! - Allie anunciou, de repente. - Alguém quer? Belle? Me ajuda aqui?
A mulher continuou fuzilando Bucky com o olhar até sumir no corredor. Ele não desviou um segundo os olhos dela, sustentando o olhar, até Ruby enfiar o cotovelo nele.
-Como conheceu minha irmã?
-Ele derrubou ela no chão. - Sam explicou, pelo amigo.
-Foi sem querer! Mas eu a conheci no Museu.
-Ah, a Exposição…
Bucky concordou. Um silêncio se instaurou na sala. Era levemente incômodo. Cada um mais perdido em pensamentos que os outros. A cabeça de Bucky estava a todo o vapor, pensando se já tinha visto aquele homem em algum lugar. Sua memória não associou aquele rosto à lembrança alguma e Bucky passou a se concentrar em pensar o que ele poderia querer com Isabelle.
O cara poderia ser um maníaco. Ou um tarado. Quem sabe, só um maluco que cismou com ela?
Poderia não ter ligação alguma com o fato de que ela era bisneta de um Vingador. Na verdade, aparentemente, ela não divulgava muito isso. Mas como isso não era problema seu, ele logo esticou o corpo, se espreguiçando e aliviando o cansaço da noite mal dormida, anteriormente.
Natasha chegou de novo, avisando que já tinha falado com a Shield e que iam começar a investigar essa história. Enquanto Sam e Ruby discutiam sobre quem poderia ser o homem, Natasha fez um sinal com a cabeça para Bucky a acompanhar até o lado de fora do apartamento, mas ele a guiou para o próprio, onde se sentaram no sofá.
-Você parece tensa… - Bucky observou, tirando o casaco e o boné. - Muito trabalho?
-Nossa… Você nem imagina! - Natasha esfregou o rosto cansado, suspirando e deixando o corpo cair no sofá macio. - A Carol e o T'challa estão me ajudando a organizar tudo, mas eu estou na linha de frente da remontagem da Shield, então, obviamente, eu trabalho mais que qualquer um.
-Mas eu tenho certeza que a Shield vai ficar incrível, Nat.
Ela sorriu, de lado, encarando o homem.
-Você e a Belle se conheceram recentemente, né?
-Oficialmente, há algumas semanas. - Bucky esclareceu, também deixando o corpo deslizar pelo sofá. - E você?
-Antes do enterro do Steve. - Natasha admitiu. - Ele me apresentou para alguns netos e bisnetos. E sinceramente, ele me pediu para tomar conta delas.
Bucky franziu a testa e ergueu o corpo do sofá, vendo Natasha fazer o mesmo movimento e se inclinar para frente, falando tão baixo que Bucky teve que virar a orelha na direção dela.
-Ele não me explicou por qual motivo, mas ele pediu para eu manter contato com a Ruby e a Belle e me fez jurar que, se um dia elas precisassem de ajuda, que eu ajudaria. Eu achei que poderia ser porque a Ruby é a única da família dele que entrou para a Shield… Mas agora, eu não tenho certeza, entende?
Bucky e Natasha se encararam, sérios. Um quase podia ver as engrenagens de suas cabeças funcionando.
-Você acha que ele sabia de algo?
-Ou ao menos, suspeitava. - Natasha respondeu, estalando os dedos. - Bucky, precisamos conversar e não é sobre você voltar para a Shield.
Bucky assentiu, indo até a porta e trancando para não serem atrapalhados por Sam.
-Eu sou todo ouvidos. - Bucky falou, soltando um longo suspiro e prendendo o cabelo no alto da cabeça em um coque.
Natasha virou totalmente de Frente para Bucky, cruzando os braços e sentando sobre uma perna.
-Eu sei que o Steve pediu uma coisa para cada um de nós. A você, não faço ideia do que ele pediu. Ao Sam, eu sei que foi para cuidar do manto dele e honrar o legado, sem deixar ninguém roubar isso.
-Certo…
-A mim, ele pediu para cuidar das bisnetas e restaurar a Shield. Eu não posso cuidar das duas juntas, Bucky. A Ruby é bem mais fácil, mas a Isabelle… Ela não é da Shield. Não tenho como fazer vigilância constante.
-Você quer que eu fique de babá?!
Natasha estreitou os olhos, bufando.
-Não de babá! Mas não custa nada de vez em quando, dar uma olhada nela, para poupar meu trabalho. Por algum motivo, ela parece confiar em você e hoje foi a prova disso! Deixa de ser um idiota e pensa que se fosse sua bisneta, o Steve não hesitaria em te ajudar, apenas, a verificar se ela está bem.
Bucky cruzou os braços e levantou do sofá, caminhando até a janela. Abrindo, ele sentiu o vento gelado noturno batendo contra sua pele suada, o refrescando. Uma mão pequena posou entre suas omoplatas, acariciando levemente.
-Você está bem?
-Eu não consigo, Nat. - Bucky deixou as barreiras caírem por água abaixo e encarou a mulher.
Sabia que ela não o julgaria e, mesmo não concordando, ela o entenderia, com certeza. O passado dos dois e o tempo que passaram juntos após o estalo de Tony confirmavam isso.
Ela esperou, sabendo que ele precisava soltar aquele peso todo que Bucky fazia questão de carregar sozinho.
-Seja mais específico, Soldado. Eu não sei a que "Eu não consigo!" Se refere…
-Isso! - Bucky apontou para o apartamento. Em seguida, para a parede ao lado. - Aquelas duas… Elas não são só as bisnetas do meu melhor amigo. Elas são a parte da vida dele que eu não participei! O Steve, ele…
-Ele não perguntou se você queria ir?
Bucky negou. Depois, passou a mão pelos cabelos que estavam soltando e olhou pela janela de novo.
-Ele só avisou que ia. Quer dizer, tudo bem… Acho que mesmo se ele me chamasse, eu não iria. Mas ele não chamou. Ele não ficou… Ele não ficou nem mesmo duas horas seguidas comigo antes de decidir que ia viver um conto de fadas! Esse apartamento, elas, a Shield… Tudo isso me lembra a parte que eu quero ocultar, entende? Essa raiva, essa sensação de abandono, essa mágoa… Por mais que eu diga para mim mesmo que ele foi feliz e que ele merecia ser feliz… Eu não consigo aceitar que ele achou que ia resolver tudo, aparecendo do nada, velho, deixando presentes com cartas para a gente. Quem ele pensou que era? O Papai Noel?!
Natasha, que até então, estava séria e concentrada, não aguentou a risada e em segundos, ela estava rindo. Bucky também não aguentou a risada e começou a rir junto da mulher, sentindo um pouco do peso aliviar até que as risadas tivessem cessado.
Natasha levou alguns segundos para formular uma resposta ao desabafo de Bucky. Então, suspirou e abraçou ele, antes de falar. Realmente, ele precisava de um abraço e nem mesmo sabia disso.
Ela só falou quando ele cortou o contato, limpando os olhos marejados.
-Quer saber? Eu também não concordei com o que o Steve fez. Eu preferia ele aqui, do nosso lado, nos ajudando com essa bagunça toda… Quer dizer, eu perdi as pessoas mais importantes do mundo para mim: O Clint, o Tony, o Steve… Eu não sei onde o Bruce e o Thor estão… Só sobrou isso aqui, Bucky. Vocês. Mas eu tenho a oportunidade de conhecer e gostar da extensão do meu melhor amigo. Além disso… A Isabelle é meio apaixonadinha por você! Vai ser fácil…
Bucky soltou uma risada, negando com a cabeça.
-A gente só se viu três vezes! Não tem como ela ser apaixonadinha por mim.
-Ela tem uma paixão pelo Sargento Barnes, Bucky. Não se emociona, não!
Ele suspirou, encarando os olhos de Natasha. Esticando a mão, ele pegou uma mecha de cabelo, meio ruiva, meio loira, e se aproximou da mulher.
-Eu vou fazer isso, mas eu não vou virar amigo dela, está bem? E eu não vou fazer pelo Steve Papai Noel. Eu vou fazer pelo Steve que eu fui amigo e que arriscou a vida por mim várias vezes. Está bem?
Natasha sorriu de lado, subindo as mãos pelos braços do homem, sabendo que, inevitavelmente, ele e Isabelle iam acabar sendo amigos. A garota era legal e lembrava muito o bisavô. Seria inevitável.
-Por mim, tudo bem.
Bucky subiu o olhar da boca vermelha de Natasha e a encarou nos olhos, inclinando a cabeça para frente.
O beijo foi calmo e delicado. Não era apaixonado ou com segundas intenções. Era só um beijo carinhoso de dois amigos que já tiveram um envolvimento e que nutriam sentimentos bons um pelo outro até aquele momento. Dois amigos que passaram pela mesma situação e que se entendiam mutuamente.
-Foi seu primeiro beijo desde o século passado? - Natasha sussurrou, soltando a boca de Bucky e se afastando dele como se o beijo nunca tivesse existido.
-Foi tão ruim assim, é? - Bucky riu, seguindo ela para a porta da sala.
-Eu só fiquei curiosa, ué.
-Não, não foi!
-Talvez, você precise de um pouco de prática. - Natasha deu de ombros, esperando ele abrir a porta. - Talvez, você devesse…
-Nem completa! - Bucky riu, saindo do apartamento. - Eu não vou beijar a Isabelle!
-Eu ia sugerir o Sam. Mas tudo bem! Não vou mais insistir no assunto.
Bucky rolou os olhos, seguindo a ruiva para o apartamento da vizinha. Ele sabia que era mentira e, sim, tanto ela quanto Sam, insistiriam no assunto.
》☆《
Ooie, Gente! 🦋💫
Vocês pedem e eu faço, né? 🤷🏻♀️ Portanto, chegamos com o segundo capítulo de hoje em homenagem aos 2k de visualizações! 💕
E agora, temos muito mais coisas explicadas acerca da Isabelle e da Ruby!
Além disso, deixei um arco em aberto: "Por que é tão importante que o Bucky tome conta da Isabelle e a Nat da Ruby, hm?" 👀
Enfim...
Tivemos também um pouco de BuckyNat e eu confesso que isso não ia acontecer, mas quando eu vi, eles já tinham se beijado e eu gostei tanto dessa cena, que resolvi deixar ela quietinha aí! 🥺👉🏻👈🏻❤
Ah, e aproveitando o final da série... Gostaria de lembrar para todo mundo que terça feira começo a postar os capítulos de Meraki, minha fanfic pós TFATWS, cujo protagonista da vez, é o nosso bolinho de amor, Sam Wilson! 🥰
Se puderem dar uma forcinha... 🥺
Bem, é isso! Segunda eu volto com mais um capítulo!
Até lá!
Bjs 💋💋
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