11.0 - Uma surpresa inesperada
Ninguém presente na sala de reuniões dizia uma única palavra ou movia um único músculo. Na verdade, o silêncio era tanto que Bucky suspeitava que nem mesmo respiravam.
Todos se encararam em silêncio e, então, viraram para Sam. O homem estava pálido e estupefato. Natasha pigarreou atraindo a atenção dele, prestes a falar alguma coisa, quando Sam exclamou:
-Você está de sacanagem com a minha cara, Romanoff?!
-Samuel! - Ruby e Sharon, que estavam próximas a Sam, enfiaram um tapa nele. - Olha a língua!
Natasha respirou fundo, trocando um olhar com Bucky, que apenas arregalou os olhos, sem acreditar no que tinha ouvido. Até ele poderia achar que era uma pegadinha, caso não soubesse que Natasha não era adepta a piadas de mal gosto como aquelas ou se não houvesse uma assistente social sentada ao lado da ruiva.
-Ela me diz que eu tenho uma filha e vocês querem que eu reaja como?!
-Com certeza, não é dessa forma! - Sharon reclamou.
-Bem, Senhor Wilson…
A assistente social, que era uma mulher alta, magra, negra e com uma presença intimidante, levantou o corpo da cadeira e ajeitou o terninho.
-Como eu estava dizendo, há uma carta-testamento, pedindo para que o senhor assuma a paternidade da sua filha e que a crie. Porém, ainda temos que fazer um teste de DNA, caso o senhor não reconheça a paternidade de livre e espontânea vontade.
Sam parecia prestes a desmaiar. O silêncio continuou reinando na sala enquanto todos encaravam o homem.
-Você… Bem, você conheceu ela? - Sam perguntou, encarando Natasha.
-Conheci, Sam. Ela é uma graça!
Sam franziu os lábios e respirou fundo.
-Preciso que o Senhor me informe se vamos precisar do teste de DNA ou…?
-Qual o nome da mãe e a idade da menina? - Sam ergueu os olhos, engolindo em seco.
Mais silêncio. Bucky se remexeu na cadeira, sentindo o peso do ar. Ele estava desconfortável por Sam.
-O nome da mãe era Jade Andrews. E ela tem cinco anos completos.
Sam se remexeu, soltando o ar. Bucky quase podia ver as engrenagens rodando na cabeça de Sam. Talvez, ele estivesse calculando a possibilidade de ser filha dele. O pé de Bucky batia no chão de uma forma ritmada, acompanhando a onda de adrenalina no corpo dele.
-Não preciso do exame. - Sam declarou, erguendo os olhos de novo. - É minha filha.
Mais silêncio.
-Sam, você tem certeza? - Ruby perguntou, hesitante. - Não seria melhor apenas….
-Jade foi uma mulher com eu tive um caso quando eu estava escondido. - Sam e Natasha trocaram um olhar. - Eu nunca pude me despedir dela porque sumi no estalo e quando eu voltei, ela tinha sumido. Não consegui achar ela… Mas se a criança tem cinco anos, significa que ela engravidou há, no mínimo, cinco anos e nove meses e… E o tempo bate.
Mais silêncio. Natasha suspirou.
-Não tem como não ser sua filha, Sam. - Natasha concordou. - Eu vi a Alice e ela é igualzinha a você! Além disso… Eu estava lá com você, ou seja… Eu sei reconhecer a Jade. De qualquer forma, ela me procurou antes de morrer. Queria que a Alice conhecesse você e que você cuidasse dela.
Bucky nunca poderia imaginar que a viagem urgente de Natasha seria para encontrar um antigo caso de Sam, que estava morrendo de câncer e queria que a filha conhecesse o pai. Parecia coisas que só aconteceriam em filme. No entanto, estava na sua frente.
-O Senhor tem certeza que quer assumir a paternidade?
-Eu fiz essa criança, Senhorita Bloom. Como não vou assumir?!
Bucky soltou um leve sorriso quando Sam o encarou. A assistente murmurou algo como "Vou trazer a criança" e saiu da sala. Foi nesse exato momento, que Sam desabou na cadeira, as mãos na cabeça e os olhos vidrados na mesa à sua frente, onde uma carta estava aberta.
A carta que revelava que Jade procurou Sam depois do estalo e que soube que ele havia virado pó. A carta que revelava que ela lutava com um linfoma há anos e que não tinha muito mais tempo de vida, que sentia muito por atrapalhar mas que confiava na criação da filha com Sam.
Bucky não leu a carta, mas essas foram as palavras resumidas de Natasha, que chegou a encontrar Jade viva.
-Sam? - Bucky chamou o homem. Como não obteve respostas, ele esticou a mão por cima da mesa e segurou o braço dele. - Sam?
-Oi? - Sam ergueu os olhos para ele, suspirando.
-Você está bem, cara?
Sam negou, dando uma pequena e rápida olhada para a direção da porta. Entendendo, Bucky se levantou e acompanhou o homem até o corredor, percebendo o quão trêmulo o homem estava.
Eles esperaram, em silêncio, que um grupo de agentes novatas e risonhas parasse de encarar Bucky quando perceberam que não ia conseguir nem mesmo um sorriso.
-Cara… Que tipo de atração é essa que as mulheres têm por você?! - Sam exclamou, com um tom de voz levemente histérico. - Você nem é isso tudo!
Bucky deu de ombros e apontou com a cabeça para o final do corredor.
-Não são só mulheres.
Sam assentiu, percebendo que haviam dois caras que não tiravam o olho de cima de Bucky. Franzindo a testa, Sam o encarou.
-Você… Hm…?
-Curto caras. - Bucky comentou, baixo. - Mas prefiro mulheres. Homens são complicados demais para pegar. Mas não vim falar disso… - Bucky ajeitou o longo cabelo para trás e soltou o ar. - Uma filha?!
Sam assentiu, soltando todo o ar de seus pulmões, enquanto colocava os dedos nos ganchos da calça.
-Eu nunca imaginei… Quer dizer… Tudo bem, não sou idiota! Transamos sem camisinha, mas não achei que ela poderia engravidar…
-Achou que ia ganhar o que?! Um carro?!
Sam fuzilou o homem com o olhar, mas não falou nada. Afinal, ele estava certo. Não tinha como ter essa discussão. Sam passou a mão pelo rosto.
-Um filho é muita responsabilidade, Bucky.
-Por isso, que camisinha sai mais barato!
-Você pode dar um tempo, cara?!
Bucky assentiu, dando um soquinho no ombro do homem.
-Tô só tentando te animar. Desculpa…
-O que eu tô tentando dizer, é: Eu já tenho muita responsabilidade com a Shield, e ainda tem o Manto de Capitão América… Eu não sei como ainda vou cuidar de uma criança que eu nunca vi na vida… - Os dois homens se encararam. Sam franziu os lábios. - Se ao menos, você aceitasse…
-Nem completa essa frase!
-O Steve ia dar o escudo para você! - Sam insistiu. - Por quê você não pode…?!
-Eu não quero, Samuel! É tão difícil de entender isso?! Além disso, o Steve não ia dar para mim… Ele só sondou se eu queria e eu disse que não. - Pausa. - Quem te contou isso? A Natasha?! A Sharon?!
-A Carta que o Steve deixou para mim.
Silêncio. Os dois homens se encararam mutuamente, como se pudessem começar a pegar fogo a qualquer instante. Bucky soltou o ar.
-O que?!
-Eu não vou entrar em detalhes, porque é particular. Mas o Steve pediu para, se um dia, eu não quiser mais o manto, passar o escudo para você.
-Eu não quer…!
-Você já se perguntou se eu quis?! - Sam devolveu. - Ele só jogou essa responsabilidade em cima de mim, mas eu vou te falar uma coisa: Não é só você que quer viver uma vida calma e normal! Não é só você que está cansado de lutar! No entanto, eu tô aqui, né?!
Bucky chegou a abrir a boca para retrucar, mas Sam percebeu a assistente social voltando e trazendo consigo uma criança. Bucky se virou para o olhar espantado de Sam.
-Isso ainda não acabou, Cabeludo! - Sam deu meia volta, entrando na sala de volta.
-Pode apostar que não, Pintinho Amarelinho!
Bucky seguiu Sam para dentro da sala novamente. A assistente social apareceu assim que Bucky sentou na cadeira em frente a Sam e o encarou, sério, recebendo uma língua como resposta. Os dois homens ouviram Sharon suspirar e murmurar um "Muito maduro!", o que fez Natasha murmurar de volta um "Típico de um velho de cem anos e de um pai de família".
Os dois homens reviraram os olhos ao mesmo tempo.
-Senhor Wilson, essa é a Alice. Alice, esse homem é o Senhor Sam Wilson. E lembra da Natasha, amiga da sua mãe?
A menina era pequena e levemente magra. Os cabelos caiam em ondas rebeldes, quase cachos, compridos e escuros pelas costas dela. Alice alternou o olhar entre a assistente social e Sam, abraçando mais ainda o ursinho de pelúcia em seus braços, vestido de Capitão América.
O olhar da menina foi triste o bastante para fazer Sam querer chorar por ela, quando assentiu.
-Lembro, Tia…
-Você vai morar com ele, agora.
A assistente começou a informar todos os procedimentos padrões quando Alice foi direto até o colo de Natasha. Mais de perto, Sam pôde perceber que ela tinha a pele em um tom caramelo muito bonito e que tinha leves sardas sobre o nariz.
Quando todos os documentos foram assinados e, finalmente, Bloom foi embora, Sam ignorou o nervoso e tentou sorrir para a criança, ajoelhando na frente dela. Talvez, o silêncio na sala piorasse a situação, deixando o ambiente mais tenso.
-Hmm… Você é a Alice, é?
-Uhum…
-Eu sou o Sam. É um prazer te conhecer, Mocinha!
Sam esticou a mão para ela. Alice hesitou, encarando Natasha, que incentivou ela a apertar a mão de Sam. Mas ela não apertou. Alice abraçou mais o ursinho e suspirou.
-Você é o meu pai?
-Sou. - Sam suspirou. - E você é minha filha!
Mais silêncio. Alice torceu a boca.
-Você é alto!
-E você é baixinha!
-Não sou baixinha! Sou criança!
Risadas puderam ser ouvidas, o que fez Alice olhar ao redor e perceber outras pessoas na sala.
-Oi!
-Oi, Alice! - Ruby, que estava mais perto, chegou para frente na cadeira e sorriu, pondo o longo cabelo preto para trás da orelha. - Sou a Ruby. É um prazer conhecer você! Seu pai aqui estava louco para te conhecer, sabia? Há meses que ele só fala de você…
Sam franziu a testa, confuso, mas como levou um chute de Sharon por debaixo da mesa, se calou. Bucky enfiou a mão de metal na própria testa, entediado. Afinal, não era muito difícil perceber o que Ruby e Natasha estavam fazendo.
Aos poucos, Alice começou a se soltar um pouquinho, rindo de uma piada ou duas que Sam fez, ou perguntando qualquer coisa para Natasha, como por exemplo, porque ela tinha o cabelo de duas cores, ou porque Bucky tinha um braço de metal.
Uma mensagem de texto fez o telefone de Bucky vibrar em seu bolso e, discretamente, ele o pegou, acendendo a tela. Era uma mensagem de Sharon.
"Sábado está de pé?".
Bucky encarou Sharon e assentiu, apenas para não ter que explicar que tinha compromisso. Podia muito bem cancelar e sair com Sharon, como podia também ir encontrar Isabelle e cancelar com Sharon.
Ele não fazia ideia ainda do que queria fazer naquele sábado, tendo em vista que ainda era um domingo. Mas o mais importante naquele momento era deixar Alice enfeitar o braço dele com adesivos de borboletas que ela tirou de dentro de uma das bolsas dela.
Bucky nunca levou jeito com criança . Na verdade, não se lembrava de ter contato com nenhuma que não fossem suas irmãs mais novas ou as do bairro que pediam para ele pegar algo no alto ou chutar a bola de volta. Mas aparentemente, o braço era uma ótima distração, enquanto Sam tentava não ter um ataque do coração quando Natasha foi chamada junto com Sharon para uma emergência.
-Hmmm… Sam?!
Sam, que estava falando com Ruby, encarou Bucky.
-Que foi?
-Acho que tem alguém com fome!
Como se para confirmar, o estômago de Alice soou alto uma segunda vez e ela ficou extremamente vermelha, guardando os adesivos de volta na caixa.
-Você está com fome, Alice? - Sam perguntou.
A menina demorou a responder, olhando para Bucky, que a incentivou a falar que sim. Ela assentiu, abraçando o ursinho de volta.
-Um pouquinho. Bem pequeninho!
-Do seu tamanhinho?! - Sam ergueu as sombrancelhas. - Bem, se é assim… Você nem está com fome!
Alice riu, negando.
-Eu sou grande!
-É, enorme… - Sam suspirou e encarou Bucky. - Vamos comigo levar ela para lanchar?
Bucky hesitou. Ele sabia que podia ter dito "Não". Podia ter dito que tinha compromisso. Mas pela forma que Ruby estava ajeitando a bolsa, Bucky sabia que ela estava indo embora. Também sabia que Sam estava apavorado de ficar sozinho com a menina.
-É claro! Mas você vai pagar o meu!
-Eu pago dois lanches para você! - Sam suspirou, grato.
-E para mim? - Alice perguntou, tímida. - Posso comer no Macdonalds?
-Onde você quiser! - Sam exclamou. - E também, quantos lanches você quiser!
-Com o brinquedinho?
Sam assentiu, engolindo em seco. Alice assentiu, ficando vermelha.
-Obrigada!
-Vamos? - Sam perguntou, encarando Bucky, que levantou da cadeira, assentindo. - Ótimo!
Sam e Bucky se dividiram para pegar as seis mochilas coloridas, cheias de purpurinas e lantejoulas, ficando com três cada um. Então, Sam esticou a mão na direção de Alice, que hesitou de novo em pegar. No fim, ela correu na direção de Bucky e deu a mão a ele.
Sam suspirou. Devia ser assim mesmo, né? Alice estava claramente assustada e só tinha duas horas que se conheciam. Nenhum dos dois sabiam agir decentemente.
Tentando ignorar o desconforto de ter sido rejeitado pela segunda vez, Sam caminhou pelos corredores, acompanhando os dois até o carro, na garagem.
-Bem… McDonalds, certo, Mocinha? - Sam perguntou, antes de ligar o carro. Alice assentiu. - McDonalds, lá vamos nós!
Cerca de uma hora depois, Sam e Bucky observavam Alice brincar com um grupo de outras meninas que chamaram ela. Sam tinha as mãos na cabeça, enquanto ouvia Bucky falar.
-No seu apartamento tem aquele quartinho da bagunça, não tem? E se a gente arrumasse…?
-É muito pequeno! - Sam analisou. - Já sei! E se eu tirasse a sala de jantar e deixasse apena a de jantar?
-Fica ao lado da cozinha. Eu não entendo de criança, mas acho que não é uma boa combinação!
Sam assentiu, esfregando o rosto.
-É, acho que o melhor vai ser o quartinho da bagunça…
-Cabe uma cama e um armário?
-Cabe!
-Então, pronto! - Bucky pontuou, pegando o telefone no bolso. - Vamos começar a procurar!
Sam deixou que Bucky pesquisasse preços em várias lojas virtuais, enquanto comentava que chegaram umas luminárias maneiras na loja dele e umas prateleiras cor de rosa.
Mas a cabeça do homem estava completamente longe. Em um outro tempo, quando ele estava escondido e sua distração era Jade. Gostava dela, de verdade, mesmo sabendo que não ficariam juntos. Mas nunca sequer imaginou que formaria uma família com a mulher. Teria feito diferença se ele não tivesse sumido no estalo?! Teria, claro…
Teria descoberto a gravidez. Mas teria acompanhado? Talvez de longe pela situação que se encontrava na época… Mas em sua cabeça, apesar disso, teria visto Alice nascer. Ajudado a escolher o nome. Trocado fraldas. Teria criado laços com a menina.
Será que conseguiria criar laços com ela ou após o período de experiência, a assistência social acharia melhor que ela fosse criada em um abrigo? E por qual motivo se importava tanto com isso? Mal conhecia a criança…
Mas era inegável que Alice era sua filha. Os mesmos olhos, o mesmo queixo, as maçãs do rosto saltadas. Ela não era só parecida: Era sua cópia.
-Cara… Você não está prestando a menor atenção, né?
Sam foi tirado de seus devaneios e percebeu que tinha lágrimas nos olhos. Piscando para afastar elas, Sam respirou fundo.
-Pode comprar o armário, Bucky. Eu não tenho o número do cartão agora, mas se quiser comprar no seu, eu te dou o dinheiro…
-Sam, você está chorando?
Um momento de silêncio incômodo foi ouvido. Sam negou.
-E se ela não gostar de mim? Ou se eu fizer algo errado? Bucky, se eu precisar sair correndo, como vou deixar uma criança de cinco anos sozinha?
Bucky franziu a testa e encarou Alice. Ela estava ajoelhada entre as meninas, fazendo a boneca que ganhou no McLanche interagir com as das garotas.
-Não é o ideal, mas… Se você precisar, Sam, pode deixar ela comigo até você voltar.
Sam franziu a testa, surpreso.
-Tá falando sério? Não tá planejando matar minha filha com esse braço de metal, não, né?
Bucky revirou os olhos, batendo o pé debaixo da mesa.
-Você quer ajuda com ela ou não, Samuel?! Eu sei que não sou a pessoa que você mais confia no mundo…
-Não é mesmo!
-... Mas… - Bucky respirou fundo. - Eu sou o mais desocupado de nós. Então…
Sam hesitou, Sério. Bucky achou que ele diria algo como "Não é uma boa idéia", "Não confio em você!", "Prefiro me virar de outra forma!". Mas o que saiu da boca de Sam foi:
-Então, somos um casal separado que vai dividir a guarda da filha pequena? Maneiro! Devemos nos beijar para assinar o contrato?
Bucky apenas fechou os olhos, soltando o ar pelo nariz, enquanto esfregava a ponte sobre ele.
-Se você quer me beijar, Samuel, é só falar. Não precisa ficar de indiretinha!
Sam torceu o nariz, revirando os olhos.
-Não, valeu! Eu dispenso o beijinho… Você é muito galinha para mim! Por falar nisso… - Sama amassou um guardanapo e jogou na testa do homem. - Você realmente curte caras?
Bucky pegou a bolinha e jogou de volta, acertando o queixo do homem.
-Curto.
-Não estou surpreso, na verdade. - Sam deu de ombros. - Eu sempre achei que você tinha cara de quem joga nos dois lados.
-Antigamente, era mais fácil. - Bucky deu de ombros, bebendo o refrigerante. - Ninguém queria um relacionamento sério… Eu tentei sair com um cara na semana passada, sabe? Marquei pela internet, mas… Vinte minutos depois ele estava falando de casamento e conexão de almas… - Bucky bufou. - Pelo menos, é mais fácil achar garotas que não querem nada hoje em dia.
Sam assentiu, rindo.
-É, tem uns caras emocionados mesmo… Mas acredite, tem mulher igual! Antes de sair com a Allie… Para de sorrir assim!... Antes de sair com a Allie, eu saí com uma doida que nos primeiros vinte minutos, já estava falando sobre termos filhos e ela sempre soube que a alma gêmea dela era eu!
Bucky começou a rir, mas a risada morreu no segundo seguinte, quando Sam perguntou;
-Aliás, como foi o encontro com a Belle?
Engasgando com o ar, Bucky bebeu um longo gole da bebida, acabando com o conteúdo do copo em segundos. Sam ergueu as sobrancelhas.
-Que encont…?!
-A Allie é melhor amiga da Belle. Achou mesmo que ela não ia falar nada, ainda mais com vocês dois dormindo juntinhos no chão da sala?
Bucky sentiu o pescoço esquentar violentamente, dando de ombros.
-Não dormimos juntinhos.
-Ah, não?
-Não! E eu não vou entrar em detalhes com você! Mas… Vamos sair de novo no sábado.
Sam mordiscou uma batatinha, tentando não sorrir para Bucky.
-Hm… Você está afim dela?
Bucky negou no mesmo segundo, fazendo uma careta.
-Não mesmo. Ela é só minha amiga, Sam. Além disso, ficar afim dela seria completamente errado! Ela é bisneta do Steve.
-E daí?
-Como assim "E daí?"? O Steve me esfolaria vivo se eu ousasse olhar para ela ou para a Ruby!
Sam concordou, sabendo que muito provavelmente, era verdade. Mas ele não insistiu mais no assunto, tendo em vista que Alice voltou correndo na direção de Sam.
-Sam! Desamarrou!
Ela ergueu o pé com um tênis rosa brilhante. O cadarço estava desamarrado. Pondo o pé dela em cima de sua perna, Sam amarrou o tênis, devagar.
-Assim tá bom?
-Tá largo!
-E agora?
-Tá bom! Obrigada!
Sam ganhou um abraço apertado e rápido, vendo ela voltar a correr na direção das meninas. Bucky sorriu, amplamente.
-Ela é pequena, Sam. Está assustada e triste sem a mãe. Mas se você continuar sendo esse cara legal… Ela vai gostar de você.
-É. Tenho que ter paciência, né?
-Muita!
Sam hesitou. Então, esticou a mão para Bucky, que a apertou.
-Tudo bem. Eu deixo ela com você, se eu precisar. Mas vou contratar uma babá para o dia, tá legal? E eu tenho que ver colégio… Meu Deus… Por onde a gente começa?
-Pelo quarto, Samuel. Pelo quarto!
》》☆《《
Sim, Senhoras e Senhores...
Sam Wilson tem uma filhota e eu sou apaixonada pela Alice! 🥺💖👉🏻👈🏻🤧
Aliás...
Oie, Gente! 💕
Cheguei! 🦋
Ai, sério... Precisamos falar sobre a amizade do Sam e do Bucky e do fato de que eles vão ser um "casal separado, compartilhando a guarda da filha" KKKKKK Brincadeiras à parte, vamos ter muitas cenas fofas envolvendo esses três! Até porque... Fanfic sem criança para soltar umas pérolas de vez em quando não é nem minha fic, né? KKKKKKK
Espero que tenham gostado da surpresa e se não gostaram, espero que aturem (BRINCADEIRA GENTE, PELO AMOR DE DEUS, NÃO ME CANCELEM!) KKKKKK
Aaaah, e como atingimos 5k, trouxe uma surpresinha para vocês: Vamos ter capítulo duplo! 🥳💖🤭
Ou seja, mais tarde, lá pela parte da tarde ou da noite, teremos mais um capítulo ❤
Até lá!
Beijos! 💋💋
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro