Capítulo Vinte e Três
Olá gente, tudo bem? Espero que sim.
Bom, creio que não preciso explicar muito porque é muito comum por aqui, mas por conta de toda correria acabo não postando os capítulos regulamente e sei que isso chateia alguns leitores e eu entendo perfeitamente, só posso pedir desculpas rsrs e que não desistam de chegar ao final dessa historia feita com muito amor! Ah, estou ciente de que dos erros ortográficos na obra, logo ela estará toda revisada, assim espero. Desejo tudo de bom que há mundo para todos e bjs!
Capítulo Vinte e três
Atitudes Radicais
Os dias dentro da cadeia eram monótonos para Lorenzo, as pessoas violentas o faziam dormir com um olho aberto, tentava entender o porquê o queriam ali naquele lugar, se negava acreditar que aquela fosse á vingança de Gabriel. Passava a maioria de seus dias lendo os livros que esposa fez questão de levar, na outra parte de seu tempo fazendo sua própria investigação. Para ele, a irmandade dos homens já estava infiltrada naquele país e que tudo iria piorar, não estava errado em certa parte. Em uma das tardes estava lendo um livro no pátio enquanto os demais presos faziam as mais diversas atividades. Um homem se aproximou dele.
—Estranho, não deveria haver pessoas como você aqui! —Falou Lorenzo sem retirar os olhos do livro, se referia à natureza mágica do homem que sem convite se senta ao seu lado.
—Esses dias tem sido estranhos sem dúvidas! — Respondeu com um forte suspiro recostando na grade. —A maioria dos magos dessa cidade não existe para os registros da Sociedade humana natural, mas por algum motivo você e toda sua família pertencem... Mesmo assim, você poderia ter encantado os policiais para acharem que foi um engano apenas, havia vários caminhos para evitar chegar aqui.
Lorenzo não respondeu, continuou a ler.
—Um regente de um clã, um senador, um mestre! Esse não é o seu lugar, é ridículo que ninguém do Senado se comova com o seu estado e não o tire daqui.
—Quando eu quiser sair daqui, eu sairei. — Respondeu fechando o livro que por ter sua capa dura e ser grosso faz um barulho. —Agora por que um Lobo de face está aqui em uma cadeia humana? — Olhou para o homem que sabia que pertencia a ordem dos lobos.
—O que o faz pensar que sou da ordem?
—Sabemos que criminosos de verdade, existentes ou não para o mundo humano natural, não ficam em prisões normais. O crime no qual sou acusado não é crime para sociedade mágica...
—Aqui não é o seu lugar Lorde Lorenzo! — Afirmou confiante enquanto via o semblante tranquilo e observador do homem ao seu lado.
—Preciso descobrir algumas coisas antes de sair...
—A irmandade dos Homens não deveria ser sua preocupação no momento. Deixar sua família nesses tempos difíceis sozinha é uma atitude no mínimo questionável, senhor!
Lorenzo sempre se admirou com a capacidade investigativa da Ordem.
—E sim... Walter Volar tem laços com a Irmandade de maneira bem sutil... Trafico de armas, mas não sabemos se ele sabe sobre a magia em si. Também sabemos que foi ele que plantou a droga em seu apartamento, apenas alguém de natureza não mágica poderia quebrar o encantamento de proteção padrão do prédio, mas para as demais defesas ele teve alguma ajuda mágica.
—Eu ouvi boatos por aqui... Que um grupo estava recrutando pessoas para "caçar" monstros. E antes já sabia que eles escolhem os alvos deles.
—Infelizmente eles são muito bem organizados e bem informados.
—Acredito que quem tenha feito isso queria colocar um alvo nas minhas costas, tudo que eles precisavam era um nome, com a minha prisão conseguiram um rosto! —Explicou Lorenzo olhando ao redor.
—Se tem algo que ouvi falar do senhor é que era sábio, mas ter essa teoria e vir para um lugar repleto de humanos naturais não me parece algo sábio.
—Um homem faz muitas coisas para proteger sua família... Caso algo acontecesse aqui eu contraria uma ponta e seguiria essa ponta até o núcleo.
—Por que rejeitou o chamado da Ordem, se realizaria missões da mesma? Perguntou o homem com um sorriso.
—Essa é a sua missão então?
—De certo modo... —O homem se colocou de pé olhando para todos os lados se espreguiçando. —Sem dúvidas travaremos uma guerra com A Irmandade dos Homens, mas até lá lute a guerra que está aqui. — Lorenzo ouve as palavras do homem olhando para o horizonte e quando nota o mesmo já havia desaparecido.
Naquela noite Lorenzo resolveu se barbear em determinado momento o espelho rachou, ele deu o passo para trás assustado enquanto seus colegas de cela tiravam sarro do momento. Disfarçando ele riu juntamente com os homens, mas sabia no fundo que aquilo era um mal pressagio e pouco depois sentiu uma forte sensação e soube que algo muito poderoso havia chegado ao país. No dia seguinte passou o dia coletando informação dos verdadeiros criminosos do local, em sua dos grupos que passou encontrou um homem que o abraçou a sorrindo alegremente.
—Quando vê o teu filho dê a ele os parabéns por mim, fazia tempo te eu queria sentar o dedo naquele monstro! — Partiu sem permitir que Lorenzo entendesse e antes de poder ir atrás dele ouviu o sinal para voltar a sua cela e logo as luzes seriam desligadas. E chegando à cela seus companheiros assistiam o noticiário e pode ver o rosto do filho estampado, como um soco no estomago Lorenzo dá um passos para trás, notou então que foi um erro deixar sua família sozinha. Na calada da noite abriu um portal para sair de dentro da cela indo ao pátio deixando as roupas do corpo dobradas em cima da cama. Lorenzo então vai para casa de uma maneira que jamais seria reconhecido ou impedido. Naquela noite Marina ouve um barulho em sua varanda, não teria como alguém passar por todas as defesas e ainda escalar a casa e não ser notado. Ela se reveste de sua armadura de tom azul escuro, puxa sua espada e espera que o invasor abra a porta o que não demora, porém o invasor era seu marido nu. No mundo da magia nem sempre podia se confiar naquilo que se estava vendo.
—Um dia partimos daqui, desse lugar, por quê? —Perguntou algo que somente seu marido pudesse responder.
—Por que este lugar te lembra os erros do passado! Falou o homem nu fechando as portas da varanda.
Ela correr para abraçá-lo e a armadura se desfez no ar, ela o beija como há muito tempo não fazia. Depois correu para o armário e lhe entregou roupas para vestir. Ela não demorou a contar o que ocorreu depois do seu encontro, como Liam levou um tiro e que Levi estava à beira de ser levado pela ordem dos Lobos.
—Eu falhei, fui tomado por uma sede de conhecimento e acabei negligenciando minha família se eu estivesse aqui talvez isso não tivesse acontecido. — Falou entristecido sentado na cama.
—Você sempre dá o melhor de si, o que importa é que está aqui agora!
—Se um remanescente retornou uma guerra sangrenta vira! O senado está apodrecido por dentro e já não sei mais se há algum homem ou mulher honestos naquele lugar. Chame nossos filhos aqui! —Pediu ele suspirando forte estava cansado da viagem que fez até ali.
Os meninos não entenderam o porquê do chamado naquela hora, Liam não queria sair do quarto para nada, mas atendeu vendo no olhar de sua mãe a importância. Chegando lá levaram um susto e partiram para um abraço apertado com o pai, o alivio que Liam sentiu ao ver o pai fora inarrável como se o simples fato dele está ali já resolvia todos os problemas do menino.
—Mas como? —Perguntou Liam confuso.
—Não importa. —Falou Levi. —O pai está aqui. Ele está aqui! Apertou o pai o mais forte que pode.
—Os tempos estão perigosos. Vocês precisam de mim! —Ele falou sorrindo. —Agora vamos conversar! — Os meninos puxam cadeiras e fazem e colocam de frente para o pai e a mãe sentados na cama.
—Acredito que fizeram isso para sujar seu nosso nome diante da comunidade mágica. E para nos dividir. Se um Remanescente do Fogo tão poderoso está entre nós não podemos brincar com ele, e agora você mexeu com ele. Se Rose pode impedi-lo temos que ajudar ao máximo ela a chegar ao objetivo e preciso que sua mente esteja nisso. Sei que é difícil para você ser acusado injustamente, mas a verdade se revela, cedo ou tarde! Nossa família infelizmente foi exposta então vamos desaparecer para o mundo humano, a partir de agora apenas o nosso carro e transportes mágicos, teleporte, portais, também não voltara para o C.E.M.
—Eu não sei teleportar. — Argumentou Liam ao saber que com a decisão não aprenderia na escola.
—Eu ensinarei... E não, não vamos precisar da autorização do Senado!
Liam acena começa com a cabeça, estava curioso de como o pai havia chegado ali.
—Como chegou até aqui?
—Voando! —Respondeu com um largo sorriso e virou se para Levi. —Passaremos por momentos bem difíceis no futuro, assim como já passamos no passado. Não podemos deixar isso afetar sua educação e nem suas oportunidades. Você sabe que foi convocado pela Ordem dos lobos, por possuir um dom. Os membros da Ordem são os magos mais poderosos, não há dúvidas que também será um grande guerreiro, por isso precisa irá!
Marina olha para o marido no mesmo instante, antes não tinha opção senão enviar o garoto, mas agora com a chegada dele imaginou que um 'não' não seria mais do que possível.
—Liam também tem um dom e é um ótimo guerreiro, por que ele não vai também? O Senhor que me enviar para que eu não seja um peso nas batalhas futuras?
—Ninguém sabe mais do que eu que você é um guerreiro promissor e tem um potencial gigantesco. Lá você vai alcançar níveis extraordinários! Conte-me o que consegue fazer...
—Posso ver pelas corujas, eu sinto, começou com o Sincon. Via comer, era como se eu estivesse comendo. A mãe disse que era apenas um sonho, mas não era. Sinto isso.
—Está certo filho. Tem um dom bem especial para nossa família chamado de Elo d' Noctua. É uma suprema conexão com as corujas, esse fato que determinou ela como nosso símbolo em eras passadas. Um dom poderoso e deve se sentir honrado e por isso precisa ir! Alguém que desenvolve o Elo d' Noctua pode alcançar níveis extraordinários como enxergar por múltiplas corujas e até mesmo controlá-las. Deve estabelecer cada vez mais um elo com Sincon, ele como seu familiar pode te ajudar muito a aumentar o alcance.
—Nossa família nunca mais ficara junta outra vez? — Ele não se importava com o poder proposto.
—Às vezes os tempos bons não retornam, então cabe a nós transformar os futuros em bons, por mais que os presentes não sejam! — Lorenzo olha no fundo dos olhos dele. —Não faça o bem apenas para si...
—Nem somente para os outros! — Respondeu os três juntos, colocaram-se de pé e se abraçaram, talvez não houvesse outra oportunidade e jamais sofreriam do que assolar a maioria das pessoas o arrependimento.
—Faça sua mala!
—Sim meu pai!
Todos entendiam a necessidade e a importância, mas isso não tornava nada mais fácil, ás lágrimas surgiam ao olhar e caiam como o orvalho nas folhas na calada da noite.
Para o casal a noite fora muito boa, fazia tempo que a marina dormir só apenas com seus pensamentos de lamentação, agora com Lorenzo recebia uma força que nem sabia de onde vinha e uma certeza incontestável de que tudo no final daria certo.
Levi era organizado e pela manhã sua mala já estava pronta com tudo que imaginou precisar antes mesmo do café. Marina se controlava para não chorar pela pesada decisão e Lorenzo se via em pesadelos que tentava fugir, a família se sacrificando pela paz da comunidade mágica seus medos se tornavam realidade e seus filhos se tornariam guerreiros de guerras como tantos outros do passado. O café foi um tanto silencioso, Renan pensava muito em voltar em casa, mas o fato de Liam ter tomado um tiro lhe roubava a coragem afinal seus pais não estavam lá e John já estava satisfeito com a estadia e com treinamento que fazia com Liam. Levi desceu arrumado, já havia se despedido de seu pai e estranham que ele estava arrumado. Marina Pigarreia para anunciar:
—Bom, meninos, Levi foi solicitado a Ordem dos Lobos como sabem! E achamos que é melhor ele ir. Assim pode se tornar um grande guerreiro e vai nos proteger.
—Olha a Ordem num sido mais lá essas coisas não hein. —Comenta Renan tomando um gole de café que se engasga com um cutucão que John lhe dá.
—Ele vai hoje? — Perguntou John.
—Sim, John. Tem outra coisa que precisam saber. Lorenzo está lá em cima fugiu da cadeia depois de ver Liam nos jornais. Ele esta falando com Rose.
No quarto do terceiro andar, no banheiro estavam Lorenzo e Rose diante do cetro dentro da banheira congelada. O gelo tinha rachaduras, como se o cajado quisesse sair, já que responde ao chamado de seu dono.
—Tem certeza que isso vai agüentar? — Perguntou Lorenzo analisando de perto.
—Um encantamento antigo, meu Lorde. Feito para diminuir a quase zero o poder do fogo, por mais que ele esteja mais poderoso. Os encantamentos que sua esposa fez para proteger a casa serviram para mascara o sinal mágico.
—É possível destruir?
—Acredito que não. Podemos tentar, mas se não conseguirmos, inutilizá-lo é o ideal.
—O estudarei bem sua estrutura. Posso colocar um encantamento anti toque na banheira por proteção e esconder o banheiro. Desse modo somente nós o encontraremos! —Ele se afasta olhando para todo banheiro. —Posso fazer muitas defesas aqui.
—Sim. Eu sei como é formado esse cetro e posso ajudá-lo se quiser, sei seus poderes e sua composição.
—Diga...
Ela se aproximou da banheira o chamando para perto.
—Sua estrutura é feito de um metal mágico que sua propriedade é de transformação e quando unido com O espírito do fogo, um encantamento, ele se torna maleável a vontade de seu dono podendo se transformar em qualquer arma, lança, espada... Nele também está o sangue de criaturas imperiais que lhe da imunidade contra qualquer tipo de veneno, ele pode através de apenas um arranhão matar alguém dentro de certo limite de tempo. Essa pedra na ponta é um ovo... O único ovo de criatura imperial conhecido no mundo e isso da ela uma fonte inesgotável de magia. O cetro é legal ao seu dono até sua morte e sempre retorna para ele...
—Como sabe tanto sobre?
Ela hesitou por um segundo e ele notou.
—Nos os dragonistas pesquisamos sobre cada remanescente, é crucial!
—Seus companheiros se juntaram a você?
—Creio que não. Eles têm suas próprias lutas. Os Remanescentes conseguiram criar muitos seguidores que acabam nos confundindo e sabemos que outro também foi liberto na mesma noite.
—Já pensou em aumentar essa ordem?
—Não fazemos isso por total escolha, meu Lorde. Era responsabilidade de nossos pais e agora é nossa! Temos a ajuda de muitos clãs, que enxergam o problema real, como vocês!
—Faremos tudo que estiver em nossas forças!
No andar abaixo a campainha tocou e ecoou por toda casa, e sabiam que os únicos que sabiam chegar para tocar seria a ordem dos Lobos. Marina abriu e viu os mesmo homens.
—Senhora Viocum! Espero que tenha uma boa notícia para nós. —Ele retirou seu chapéu e aceito o convite insinuado por Marina para entrar. — Viu o menino e a mala. Os garotos que estavam na mesa estavam caminharam para sala.
—Seu filho será muito bem tratado senhora. Acredite em mim! — Falou Marcos encarando a todos.
—Tempos ruins se aproximam e sabem disso! Preciso saber que meu filho de fato poderá se proteger e ninguém melhor que vocês para ensinar isso.
Ele sinalizou para um dos homens que lhe acompanhavam pegar a mala do garoto e assim o fez, Renan reconheceu ser Inácio pai de Julia, ele pega e volta para trás de marcos. Lorenzo surge na escadaria rapidamente descendo ganhando um forte abraço de Levi.
—Lorde Lorenzo, não sabia que já estava em casa. Fico feliz pelo retorno!
—Obrigado! Estamos confiando em você Marcos, não se atreva a falhar.
O homem arqueou no mesmo momento a sobrancelha.
—Imagino que o senhor esteja envolvido na atual situação...
—Sim... Lamentável que tudo que lutamos para construir esteja caindo bem diante de nossos pés. Perguntou-me onde vocês estavam...
—Infelizmente não temos mais poder jurídico que tínhamos alguns anos, Lorde Viocum!
—Levi é uma das joias mais valiosas da minha família, quero que seja treinado por um Viocum, meu tio avô!
—Levarei em consideração seu pedido! Vamos meu jovem?
Levi abraça e beija sua mãe e se despede do irmão.
—Fique firme, nos veremos em breve! —Liam sorrir seria uma tortura não ver o irmão mais novo também.— O menino seguiu abraçando a Renan e por último a John.
—Parece que vai ficar mais forte do que eu!—Falou o menino sorrindo.
—Ah, John eu já sou mais forte que você! —Deu uma risada se despedindo do amigo, fez um sinal e Sincon que estava no corrimão da escada voa para seu ombro, ele retinha as lágrimas dos olhos com toda força que tinha.
Marcos colocou seu chapéu e partiu dali. Marina rapidamente fechou a porta e se escorou nela em um choro sofrido e silencioso respeitado por todos. Sempre correu atrás de conquistas em sua vida e já estava bem de vida financeira aos vinte, mas a maior riqueza que acumulou fora seus filhos e sofria amargamente com o distanciamento.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro