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Capítulo Trinta e Dois


Capítulo Trinta e Dois

Um erro desnecessário

As notícias corriam por todo lugar, a batalha da chuva de corpos da cidade Carlum se tornava conhecida. A cidade fora queimada pelo dragão de Gabriel, onde um dia houve prédios, casas e famílias agora residem cinzas.

Renan acordou cedo, três dias após da batalha e ainda continuava a ver ao fechar os olhos todo o sangrento conflito. De certo modo venceram conseguindo executar o senador Adie. Ele deixou de ser um guardião de um castelo e tornou-se um assassino, isso o perturbava às vezes. O grupo estava em constante crescimento e Lorenzo achou por melhor enviar Yago por sua experiência militar e de liderança, a princípio iria sozinho.

O sol ainda não havia raiado quando Renan ouviu sussurros e risadas, aproximou-se da sala dos portais de onde vinha o som. Júlia estava nos braços de Yago e ambos se divertiam um com outro como se não houvesse guerra. A menina se culpava pelas complicações que aconteceram e seu namorado a consolava.

Renan ficou paralisado os observando e quando começaram um beijo apaixonado foi como se uma espada penetrasse seu coração, como se andasse no escuro e caísse em um abismo. Sua respiração ficou ofegante, aquela cena roupava as poucas esperanças que tinha. O rapaz nunca foi de se apaixonar, mas desde que encarou aqueles olhos que viu aqueles longos cabelos caídos nas costas tudo havia mudado. Ele não ouviu a voz que perguntava algo, também não ouviu as outras três vezes. Para atrair atenção a pessoa puxou seu rosto. Os olhos verdes e o sorriso alegre eram de Davina.

O que está fazendo aqui? — repetiu.

Ele não soube responder.

Você está bem? — insisti.

Estou! — falou um tempo depois. — E você?

—Na medida do possível! — respondeu olhando para sala vendo o casal. —Estava indo treinar, quer ir comigo? — perguntou Davina na esperança de lhe salvar daquela situação.

Ele não chegou a concordar, mas ela agarrou sua mão e puxou para os níveis inferiores onde ficavam as salas de treinamento. O esconderijo estava silencioso, Marina já estava na cozinha preparando o café da manhã e Rose permanecia em sua vigília nos feridos resgatados da fortaleza Ropave.

No primeiro nível passaram por uma sala já ocupada, Liam e Levi treinavam. Eles tinham um estilo muito parecido, Levi por ser menor não levava desvantagem. Eles pararam ofegantes quando viram Renan e Davina parados à porta.

—Renan! — cumprimentou Liam com sua respiração descontrolada por vários motivos, estava sem camisa e seu corpo transpirava e ganhava o olhar da menina. —Davina! — cumprimentou.

Ela acenou com a cabeça.

Acabei que não agradeci... Você me salvou...

—Não precisa me agradecer! Faria por qualquer um. — falou indiferente.

Você não tinha que ajudar Rose na enfermaria? — perguntou Renan tentando amenizar o clima que se formou.

Nem todos acordam tarde como você meu amigo, eu já ajudei ela e fiz mais de cinco tarefas! — respondeu sorrindo de lado.

—E o resto do tempo aqui, batendo em bonecos de madeira. É a síndrome do guerreiro, só pensa em lutar. — falou Levi sorrindo. Davina notou como o menino também havia crescido.

—Toma! Teu irmão tá mais inteligente que você Liam. — Renan riu esquecendo o que vira á pouco.

Tudo que ele sabe aprendeu comigo.

Levi tentou lhe dar uma tapa, mas seu irmão pegou sua mão e o rodou o lançando na parede.

Mas ele ainda tem muito que aprender.

O menino pegou um bastão de madeira, Liam não se defendia muito bem de bastões e Levi sabia disso.

Vamos deixar vocês treinarem em paz. — falou Davina tornando a puxar Renan pelo corredor que tinha certa semelhança com um hospital.

Eu já estou ficando louco de ver esses corredores. —falou Renan rindo enquanto abria uma sala de treinamento.

Equipada com sacos de areia flutuantes, armas diversificadas de madeira, bonecos de madeira que eram encantados para simulação de luta. Um tatame vermelho cobrindo a maior parte do chão e outras coisas que nem sabiam para que servia.

Eu também me sinto sufocada aqui, mas te digo, lá fora é muito pior! — falou retirando os sapatos. Usava uma legging e um top pretos, o cabelo bem preso em um rabo de cavalo.

Ele a ouvia enquanto também retirava o sapato.

Imagino se está perto de Gabriel já é ruim, imagina está na liderança dele. Nem sei como você conseguiu namorar com ele. — falou rindo se jogando no chão.

Ela riu também se fez essa pergunta várias vezes nos últimos meses.

Também acha que trai vocês?

—Mas você traiu! — ele gargalhou. —Isso já não importa mais, aquele cetro só nos traria mais problemas. Rose disse que você estava encantada, então...

—Pode até ser, mas eu contei por que quis. Ezra parecia ser tão honesto... Eu sempre fui muito ingênua. Por isso namorei com Gabriel.

—Temos oportunidades de aprender na teoria, mas quando não aprendemos a vida faz questão de nos proporcionar a prática.

Renan era bem diferente do que ela pensava, nunca teve uma oportunidade conversar com ele daquela maneira. Começaram a treinar de maneira bem leve e após duas horas decidiram parar.

Do que mais sente falta da vida antiga? — perguntou ela enquanto ele bebia água.

Andar de moto pela noite, pichar os muros dos humanos naturais. Às vezes achava minha vida bem chata sabe, então conheci Júlia e as coisas mudaram um pouco, ia muito a casa dela e um belo dia ela me convidou para o Torneio vermelho, se seu soubesse que ia dar nisso. — ambos riram. —Quando estava chegando do dia dos sinais e fui para o quartel e o grupo ainda não estava completo, e em uma noite enquanto andava de moto fui avisado por Yago que um dos membros precisava de ajuda e que eu precisava ir urgentemente, eu nem conhecia Liam e já estava ali pronto para lutar com ele. — falou saudoso, Davina o encarava com olhar fixo.

Eu me lembro desse dia, a primeira vez que atirava em algo que não queria acertar.

—Achei naquele dia que ganharíamos, mas perdemos, e se perdermos de novo? — indagou pensativo.

Faça o seu melhor, apenas isso! — aconselhou Davina sorrindo.

Ele se colocou de pé.

—Eu preciso tomar um banho urgente! — falou rápido.

Pode ir! Eu arrumo aqui. — ela achou um pouco estranho a saída dele, parecia nervoso.

Diferente dos demais níveis de treinamento, naquele só havia um vestiário no final do corredor, e Davina prosseguiu para tomar banho. Renan pode ouvir o chuveiro ao seu lado ligar, pensou ser Liam ou Levi.

Finalmente tomando banho hein! — brincou com a pessoa ao seu lado.

Nada melhor que um banho, não é? — a voz era de Davina.

Ele se assustou um pouco, as meninas não costumavam tomar banho ali, mas nunca havia treinado com Davina talvez não se importasse. Renan não falou mais nada, saiu do boxe para se vestir, não tinha como fazer isso lá dentro. Segundos depois Davina também saiu, muito assustado ele se cobriu com a toalha, nem ele reconheceu sua atitude.

Podia ter avisado! — advertiu.

Davina riu.

Calma eu não vi nada! — ela se virou e começou a se vestir.

—É claro. Vamos ficar de costas, assim ninguém ver ninguém! — falou com voz tremula e assim começou a colocar a roupa e antes de por a blusa percebeu que ela havia se virado e fez o mesmo.

Estava de sutiã rosa e um olhar indecifrável, um silêncio recai no vestiário, ambos encontraram no outro alivio de seus dramas. Aproximaram-se em passos involuntários, como peças que se encaixavam e preenchiam o vazio.

Uma entrada repentina desfaz o momento os devolvendo a razão, Júlia entra no vestiário e ver a cena. Arqueia a sobrancelha. Davina se apressa em por a blusa.

—Depois conversam! Eu preciso ajudar na café. — falou ela forçando um sorriso e saindo praticamente correndo.

Renan coloca sua blusa devagar, como se a cena tivesse mexido com Júlia tanto quanto a última que viu mexeu come ele. Ele passou por ela, mas foi puxado de volta.

—O que foi isso?

—Isso o quê?

—Você e Davina, aqui.

—Nada. Tomamos banho, e só!

—Vocês tomaram banho? — gritou ela surpresa, não era do feitio dela perder o controle da voz. —Pensei que fosse amigo de Liam.

Por um momento ele havia se esquecido e um balde de água fria cai em sua cabeça, queria que ela pensasse que eles tomaram banho juntos, mas se isso chegasse a Liam, ele sofreria. Ele não teve tempo de pensar, Liam chegou vendo Júlia com uma expressão que nunca tinha visto.

—O que houve? Reunião no banheiro? — brincou ele vendo que as expressões não mudaram.

—Conta para ele, merece saber por você! Seja homem para isso. — falou Júlia a Renan que se encheu de fúria, não era verdade, mas não sairia por baixo. Deixou o silêncio responder.

Ela se achou no direito de dizer a verdade insinuada.

—Renan e Davina estão tendo um lance! — ela olhou para Liam que perdeu o sorriso em uma lentidão melancólica.

Renan não teve forças de desmentir, ele sabia que Júlia tinha conhecimento de seus sentimentos por ela, e não entendia por que fazia aquilo.

—Um lance? — foram as palavras que escaparam de sua boca.

—Bem avançado por sinal.

—Pensei que... — olhou para Renan que não sabia o que fazer. —Preciso... Ir. — falou um tanto confuso e começou a caminhar para fora, Renan segurou seu braço para lhe pedir uma chance de explicar. Liam respondeu com um soco que jogou Renan dentro dos boxes quebrando três das divisas. O menino se levantou, mas não quis retribuir, estava errado em não desmentir.

Liam correu dali sem olhar para trás, esbarrou em algumas pessoas que nem viu o rosto.

—Disse que ele precisava saber por mim. Por que se meteu? — indagou Renan furioso, ela transmitia em seu olhar arrependimento.

—Eu...

—Da próxima vez fique quieta, não se meta onde não te chamaram, onde sua opinião não foi requerida. Acho melhor você ir é babar o ovo do seu rei e deixar a vida de nós plebeus em paz.

—Não precisa falar...

—VAI EMBORA! — berrou ele.

Queria machucar ela como se feriu, sua alma gritava por vingança, mesmo sabendo que o amor com isso não se agrada. Ela saiu rápido deixando Renan ali parado, sem saber o que fazer. Ás guerras travadas dentro de si mesmo, são as mais violentas.

O dia se arrastou para os envolvidos, corredores e refeições evitadas por alguns, notando isso Lorenzo reuniu todos ao anoitecer na sala de reuniões.

—Hoje eu fui ao vestiário das salas de treinamentos três boxes estavam restaurados com magia, um encantamento bem pobre porque se desfez e tudo caiu. O problema não é o boxe eu concertei, mas fiquei curioso com o que aconteceu, é notório que alguém foi lançado lá. Temos três níveis reservados para treino, cada um com dez salas. Por que lutar no vestiário? Então se houve uma briga quero saber o por quê.

Um grande silêncio habitava sem pretensão de sair, olhares curiosos procuravam a manifestação dos culpados.

—Sério isso? — Indagou Lorenzo.

—Fui eu! — assumiu Liam abaixando a cabeça, aquilo levaria a assuntos que não queria falar.

—Foi jogado ou jogou alguém? — perguntou o pai.

—Joguei alguém! — respondeu indiferente.

—Por quê? Liam, você não é de ficar brigando com as pessoas, então se for algo que precisamos nos preocupar...

—Não. — interrompeu Renan. —O lançado da historia fui eu. Assumo que o estressei a ponto! Nunca tentei concerta nada por isso o encantamento se desfez.

Os demais estão liberados! — falou Lorenzo e o grupo saiu o mais ligeiro possível deixando apenas Renan, Liam e Marina. —Bom sei que são amigos e amigos brigam...

—Sem rodeios pai. Pergunte o que quer saber e diremos, não temos tempo para isso! — interrompeu Liam o discurso do pai.

—Ótimo. Por que brigaram?

—Não foi uma briga, foi um soco! Eu o soquei. O motivo é pessoal, não vai atrapalhar o desenvolvimento do que vamos fazer. — Liam estava sendo o mais direto possível.

Lorenzo olhou para Renan.

Não se preocupe não se repetira. — tranqüilizou Renan.

Marina olhou para o marido que a encarava.

Nós só não queremos que vocês se machuquem. Podem ir, descansem amanhã será um dia longo. — falou Marina sorrindo, mas Liam nem a olhou partiu sem hesitar e Renan não ficou muito tempo parado.

Bem longe dali Ezra destilava seu ódio em seus subalternos pela falha constante de capturar o presidente. Pela queda da fortaleza Ropave e a perda de diversos arquivos e prisioneiros, Ezra se sentia ferido, não costumava ter pessoas por tanto tempo lhe importunando.

Estava em uma mesa longa de café da manhã, Ezra na ponta, Gabriel na outra Kaila e Ítalo de um lado e Ícaro e Heitor do outro. Ninguém havia tocado na comida, que por sinal havia mais do que conseguiriam comer, todos esperavam pelo príncipe mal humorado. A barriga de Ícaro chegou a roncar durante os minutos de espera.

Eu lhe dei um dragão e você me volta com uma cidade incendiada e um pequeno grupo fugitivo e com a cabeça de Adie. O que fazer com você?

—Tentei...

—EU NÃO LHE DEIXEI FALAR! — berrou assustando Kaila que soltou um gritinho. —Nicolas, aquele pobre coitado conseguiu nos avisar a tempo de pegar Lorenzo e ainda fazer novos prisioneiros. — olhou para o menino de pé na porta atrás da Gabriel. —E por recomendação sua o coloquei ao lado de Adie. "Ele não é um bom lutador, não precisaremos dele aqui." você disse. Aproxime-se pobre Nicolas!

O menino saiu de sua posição e caminhou para perto da mesa, usava sua armadura e o elmo que o retirou quando se aproximou.

—Nossa jovem raposa, você deve ser recompensado. Sente-se.

Não havia lugar extra e Nicolas não soube o que fazer.

—Gabriel, dê seu lugar para Nicolas. — ordenou sorrindo.

Gabriel tentou não transparecer todo ódio que sentia naquele momento, mas ergueu-se dando lugar para Nicolas.

Sirva-o! — prosseguiu com as ordens. —Servos, estão liberados, Gabriel nos servira hoje! — os empregados que recheavam a sala saíram pelas portas.

Gabriel serviu um por um e ao chegar à vez de Ezra o homem lhe obrigou a servir uvas em sua boca.

Está gostando dessa função? — indagou Ezra enquanto Gabriel enxugava sua boca após o vinho.

É uma honra servi-lo, meu príncipe!

Ezra se levantou tão rápido que nem notaram, pegou a cabeça de Gabriel e bateu e pressionou contra a mesa.

Não há honra em fracassar. Você volta vivo e vitorioso ou morre no campo de batalha, a próxima vez que falhar comigo, seus amigos se certificaram que você não retorne. Seu nome desaparecera e eu pessoalmente farei com que seus ossos sejam amaldiçoados e você nunca reveja os deploráveis dos seus pais. — vociferou. —Seu último parente está morto, você é o que resta da pobre casa Gallá!

Lágrimas saiam dos olhos de Gabriel de puro ódio, seus amigos tentavam não olhar para ele ou para Ezra que finalmente o soltou. E ele continuou a servir e foi destinado a comer e trabalhar o resto do dia na cozinha da fortaleza.

Davina só soube no outro dia o que aconteceu no banheiro após sua saída, ela se irritou tanto com Júlia quanto com Liam, para ela ninguém tinha direito de interferir com quem devia se relacionar, afinal seus pais estavam mortos.

Mas ele te machucou? — perguntou ela preocupada.

Renan negou com a cabeça, os dois haviam fugido e estavam na beira da praia caminhando na orla do mar. Ele estava com as pernas da calças dobradas e a menina usava uma saia azul que segurava porque esvoaçava, retirava os cabelos insistentes da face.

Talvez eu tenha machucado ele... — comentou pensativo parando para ver o pôr-do-sol.

Mas você não fez nada, nós não fizemos nada... Ainda! — ela soltou em uma risada usando um tom de brincadeira.

Eu precisaria ser cego para não ver que você gosta dele. — rebateu rindo também.

Ela não riu dessa vez, às vezes a verdade não tinha graça.

Ele se apaixonou por uma menina inocente, ingênua e sonhadora, aquela menina não existe mais, mesmo que eu desse outra chance a nós não sei se daria certo. Ele já tem uma vida construída, será regente de uma família importante e pode ser o que quiser no senado porque foi educado em todas as meterias que existem. Eu quero lutar pelas minhas conquistas e não seria assim com ele.

—Você não quer ficar com ele por que ele é rico e vai ser mais rico quando for adulto? Você é a menina mais estranha que eu conheço. — falou em gargalhadas.

Ela se abaixou e jogou água nele, ele não deixou barato, revidou. Logo ambos estavam nas águas gélidas do mar nadando mesmo sem roupa apropriada e sorrindo como se não houvesse guerra. Outra vez se aproximaram, podiam sentir um a respiração do outro.

Se pensar fosse pecado ambos estariam condenados ao mais profundo abismo, talvez já estivessem. Foram atraído um pelos lábios do outro e o sol testemunhou o beijo. Logo pareceu tão errado, uma vergonha os envolveu. Deixaram as águas e retornaram ao esconderijo despedindo-se com um sorriso.

Liam e Felipe haviam sido enviado para o C.E.M para ajudar Yago no treinamento de posições de batalha com os novos recrutados, aos mais novos eram passado apenas o básico, Lorenzo não permitiu que menores de quatorze anos lutasse a menos que fosse necessário e que não tivessem escolha.

Os alunos já traumatizados pelo regimento implantado pela F.B.D.M obedeciam a risca cada palavra deles o que gerava bons resultados. Helen cuidava daquele lugar com todo amor que havia em seu coração e entregaria sua própria vida pelos alunos.

Os três rapazes estavam em uma sala que haviam separado para montar estratégias de treinamento, mas aquela que formavam era oficial. Helen entrou na sala sem bater e Liam se apressou em bagunçar todos os bonecos representativos da mesa.

Não se preocupe meu filho! — ela riu com sua boca murcha.

Ele retribuiu o sorriso com um aceno de cabeça.

A comida que há aqui só dará para no máximo duas semanas. — alertou.

Faremos o possível para providenciar mais, mas peço que deixe claro o tempo em que estamos vivendo e economizar não é uma opção. Cancele o lanche da tarde até que possamos trazer mais suprimentos! — falou Yago dando a volta na mesa e envolvendo seu braço na mulher e a indicando para o caminho da saída. —Faça uma lista de tudo que precisa e nos entregue ainda hoje.

Ela sorriu e seguiu pelo caminho indicado. Liam com um gesto fez todas as peças retornarem aos seus lugares. Continuaram a formar as estratégias e ao fim Yago deixou a sala. Liam organizava as coisas quando passou uma pergunta em sua mente.

Você lê a mente de tudo mundo que conhece? — indagou organizando papeis.

Não! — Felipe riu.

Sério? Nunca leu a minha? — indagou curioso, precisava se distrair.

Bom, já estive em sua mente naquela vez durante o torneio, mas fora aquilo não. É mais complicado do que parece, como se cada mente falasse seu próprio idioma e eu precisasse aprender para poder "ler", o que é muito desgastante e requer muito de mim. Logo ler a mente de todo mundo iria me deixar maluco. — virou-se para Liam e sentou-se em cima de um móvel.

Interessante, seria legal saber o que as pessoas estão pensando.

—Ou não, as pessoas são misteriosas e nem sempre são o que aparentam ser. Claro que se desconfio dou uma investigada. Aprendemos que isso é uma falta de educação, violação e tal. — falou pegando um livro qualquer e folheado.

Você e Diego...?

—Eu o amava. Depois que sai do orfanato fui levado pela ordem dos lobos para uma academia, nela o conheci. Foram anos de amizade, até que um dia em meu aniversario me deu um presente inestimável, fez com que seus pais adotassem a mim e assim ganhei um sobrenome. — contou fechando o livro e se levantando.

Eu não sabia. — falou Liam, agora fazia mais sentido toda devoção e brilho no olhar quando mencionava o rapaz. —É muito triste perdermos alguém que amamos.

—Mas não foi certo o que fiz com você. Estava cego de ódio!

—Não o culpo.

Continuaram a conversar e Liam viu que Felipe era bem mais interessante do que parecia, um rapaz divertido e engraçado. Não pode deixar de lembrar-se de Renan e como o socou sem dar oportunidade de explicar. Dividiu o problema com Felipe enquanto iam embora.

Ele sempre atirou para todos os lados, não me espanta essa atitude. E talvez o soco tenha sido de mais sim. Renan teria me socado naquele dia se você não tivesse interferido.

Liam riu lembrando-se da cena. Ao chegar ao esconderijo o primeiro que encontrou foi Renan, estava na sala dos portais se preparando para sair. Olhou para Liam e depois para Felipe, os três ficaram parados como se esperassem algo.

Eu queria te agradecer Felipe, sei que já se passaram dias, mas eu não disse então, obrigado! Salvou-me de uma morte horrível.

—Não há de que, somos aliados e acho que você faria o mesmo por mim. — sorriu amistoso.

Não naquele dia, eu agi muito mal com você. — assumiu.

Liam não sabia naquela parte da historia.

Estou acostumado a reações daquela maneira. Fique tranqüilo. Mas não faça de novo! — sorriu e seguiu seu caminho.

Renan apontou para parede e Liam olhou uma fissura que havia.

Seu irmão atirou uma flecha em mim, ele tem uma mira muito boa! — falou sorrindo.

Liam voltou a olhar para ele.

Eu não deveria ter dado aquele soco em você. Não tinha direito, então se quiser revidar essa é hora! — falou Liam oferecendo a face.

Renan riu. Antes poderia dizer que não tinham nada, mas agora realmente havia.

Eu deveria ter falado que não havia acontecido nada naquele no banheiro. Mas sim, nos beijamos! Acho que você deveria saber.

Houve um nó na barriga de Liam, poderia jurar que toda a sala girou. Passou pela cabeça lhe dar outro soco, mas por quê? Ela já havia colocado um ponto final entre eles.

Por que ela? — falou em uma voz fraca.

Renan não soube responder, embora as opções ali fossem bem poucas.

Eu não tive a...

—Seja feliz Renan, que ela seja feliz. — interrompeu, ela havia sido sua primeira namorada, sempre achou que relacionamentos românticos tiravam o foco e agora tinha absoluta certeza. —Mas para o bem de todos, evite falar comigo, não quero amaldiçoá-lo sem querer. — falou e seguiu seu caminho.

Liam! — chamou ele. —Cara somos amigos, sempre fomos bons amigos!

—É, fomos!

Permaneceu no seu caminho em passos firmes e Renan não tinha alternativa a não ser atravessar o portal e continuar sua tarefa. Liam estava destruído por dentro aquela sensação era horrível. Culpava-se por gostar tanto dela. 

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