Capítulo Dezenove
Um segundo de paz
Gabriel não estava satisfeito com o resultado da audiência, queria que de algum modo os Viocuns fossem prejudicados principalmente agora que nutria um sentimento de ódio por eles depois de ouvi-los e por Davina ter se ajuntado a eles. Manteve-se em um esconderijo que apenas Tiago sabia da existência, lá se preparara para usar o encantamento que era bem mais difícil do que imaginou em uma língua morta a eras. Enquanto encarava o livro murmurando tais palavras, mesmo com um desconforto no peito que não sabia de onde vinha, recebeu uma ligação, rapidamente atendeu, era Adie.
—Seu atraso em aprender esse encantamento está se tornando um perigo menino, mas não é sobre isso que liguei. Lorenzo Viocum ainda pode ser um inimigo em potencial, não para mim no senado, para você e para os seus amigos, aproveite que supostamente está preso e de um jeito nele, sem falhas dessa vez. Ele desligou antes que Gabriel pudesse responder qualquer coisa como sempre fazia, mas diferente das outras vezes o rapaz abriu um largo sorriso por ser aquilo que ele mais desejava. Partiu ao entardecer.
À noite estava clara e as pessoas caminhavam nas ruas, e o menino entrou em um bar bem movimentado e freqüentado por pessoas perigosas de índole duvidosa, Gabriel não estava muito abaixo deles, mas lá fora para encontrar alguém que seria crucial em seu próximo plano.
Lá estava ele Walter Volar, pai de Davina em uma mesa com muitas mulheres e seus companheiros de serviço ele ficou grande parte da noite e Gabriel aguardou pacientemente o momento certo para abordá-lo, enfim à hora chegou quando ficou sozinho na mesa e o menino se sentou recebendo um olhar furioso do homem.
—Lembra-se de mim?
Ele demorou um pouco para reconhecer.
—Sim, amigo de Davina não é? O que quer? Esse lugar não é para crianças!
—Eu sei. Mas estou preocupado com Davina, sabe que somos amigos há muito tempo!
—O que ela está fazendo agora? Perguntou o homem que fumava um charuto.
—Ela não fez nada, mas está andando com pessoas que ruins. Ele estava sendo bem claro, não tinha tempo de enrolar, aquele lugar, os humanos lhe davam nojo.
—Como assim?
—Lembra do suposto assalto que Davina sofreu?
—Sim, lembro! Ele encheu um copo de bebida para Gabriel que para agradar segurou.
—Um assalto bem estanho, o ladrão não levou nada! Mas eu estou aqui para contar a verdade. Ele olhou para os lados e se aproximou mais de Walter. —Ela não quer que eu te conte, mas naquela noite ela queria terminar um relacionamento com um menino que não aceitou bem e tentou... Você sabe a força e quando não conseguiu espancou ela até deixá-la naquele estado. Ela é uma tola apaixonada, ele levou flores e ela voltou para ele. Não consigo dormir a noite sabendo disso, sem poder fazer algo! Contou ele em um discurso comovente.
—Esta dizendo que ela apanhou de um homem e voltou para ele? Perguntou com uma surpresa como se o enredo mencionado não fosse conhecido por ele em seu próprio exemplo.
—Sim!
—Quem é este menino? Eu vou dar um jeito nele! Ele falou com ódio no olhar que despertou um sorriso de canto em Gabriel que disfarçou tomando a bebida fingindo buscar forças para falar, mas não precisou, ele se recordou de quem levou flores a sua filha hospitalizada.
—Liam Viocum! Completou.
Manipulou a verdade em seu favor e estava gostando do efeito.
—Esse menino vai morrer! O homem se levantou.
—Não, isso é pouco para ele. Ele atacou alguém da sua família! Faça o mesmo para sentir a mesma dor.
Ambos tinham mais em comum do que achavam e de certa forma Gabriel gostou de ver o sol nascer tramando a destruição de seus inimigos, os narcóticos que ele usou naquela noite não o surpreendeu muito então ele compartilhou suas próprias ervas que levaram muitos a loucura. Saíram de lá com muito além de dores de cabeças e enjôos.
Tiago assumiu naqueles dias a liderança do grupo e tentava recrutar o maior numero de jovens para que quando o senado caísse uma nova ordem consistente assumisse. O governo já entrava em uma crise diplomática preocupante.
Ítalo ajudava Kaila nos preparativos para o encantamento a menina e seu belo sorriso era motivo do menino ficar, protegê-la, prometeu a si mesmo que jamais deixaria Gabriel encostá-la outra vez. Estavam juntos todos os dias após a audiência, já haviam escolhido o encantamento de defesa e agora estudavam um de disfarce. O encantamento seria realizado na orla da cidade em uma caverna na beira de uma montanha perto de um rio que vinha do mar.
—Precisamos de um encantamento que não possa ser sentido, caso isso ocorra nossos planos vão por água abaixo! Falou Kaila com grande livro sobre a mesa do escritório, o menino observava as gravuras do livro e o folheava.
—Seria bom algo que pudesse ser realizado na hora sem muito preparo. Algo que partisse de nós, assim apenas nossa própria força emanaria. Como se cada um fizesse um escudo e conectasse um no outro! Idealizou o menino ainda folhando.
—Exatamente. Gabriel disse que vai demorar o encantamento, então...
Ela sorrir para ele de uma maneira que única que enchia o peito do rapaz de alegria e fazia borboletas voarem em seu estomago que o levaram um impulso, então a beijou rapidamente e se afastou pasmo com o que fez.
Kaila sorriu de lado e apontou no livro o encantamento que precisavam.
—Precisamos dominar para ensinar aos outros. Ela lia os dizeres do encantamento como se nada tivesse ocorrido, o menino não entendeu e preferiu assim e começou a interpretar o encantamento de proteção. Tiago entra na sala, recém chegado e um pouco cansado caminha para uma mesa de bebidas se servindo.
—Quer trocar de gêmeo? Perguntou ele goleando a bebida forte sem gelo.
—Não. Ela riu olhando Tiago bem nervoso.
—Um Gabriel na minha vide eu agüento, dois não! Exclamou bem alto.
—O que ele fez de tão horrível? Perguntou ela se sentando.
—Ele é agressivo e quer conquistar as pessoas pelo medo, bateu, xingou e humilhou muito de nossos novos seguidores...
Ícaro entra na sala ainda a tempo de ouvir a queixa, se joga no sofá com um sorriso satisfatório.
—Fiz o que precisava ser feito. Não me arrependo!
—Não adianta fazer seguidores do medo, isso não gera lealdade! Vociferou ele.
—Está com medo de ser substituído por mim, já que mostrei que sou mais eficiente!
—Eficiente? Questionou se aproximando.
—Me dê uma bebida, e aprenda a me servir, isso acontecera cedo ou tarde! Falou também se colocando de pé e Tiago com o copo de bebida joga na cara dele fazendo Kaila gargalhar e depois se conter ao ver a expressão de Ítalo.
—Rapazes... Pediu ela.
As portas se abrem e Gabriel entra com bastante dor de cabeça, não surpreendendo tanto assim o grupo sabiam que era questão de tempo para sair da cadeia, mal sabiam que nem chegou lá.
—O que está acontecendo? Perguntou o menino jogando seu casado em cima de um dos sofás.
—Alguém aqui não está sabendo o seu lugar! Falou Tiago.
—Pessoas estão com medo de serem superadas, mas é isso que acontece com quem não tem potencial para o futuro. Respondeu Ícaro.
Gabriel olha para Kaila esperando uma explicação.
—Eles estão brigando para ver quem é o macho alfa.
Ele balança a cabeça olhando para o menino molhado.
—Por que está molhado?
—Ele me pediu uma bebida, eu dei! Falou Tiago.
—Quero falar a sós com Tigao e Kaila. Pediu Gabriel não dando muita importância.
Ítalo pega o livro e segue o caminho da saída, enquanto seu irmão fica parado.
—Não quero briga entre vocês dois. Adicionou Gabriel olhando para o menino. —Ele é praticamente meu irmão, eu não brigo com seu irmão então não brigue com o meu! O que ele disser é o que eu diria. Olhou para Tiago. —Na maioria das vezes. Sentou-se em um dos sofás.
Ele não responde apenas se retira canalizando seu ódio em passos largos.
—Tiago se der ao respeito. E me dê uma bebida!
—Não. Aposto que passou a noite toda bebendo!
—Estava colocando outro plano em ação! Ele sorriu e se levantou para pegar uma bebida e no meio do caminho sentiu uma dor e caiu ao chão, os amigos correm ao socorro. Ele começa a gritar de dor, e a tentar retirar sua camisa, eles não entendem e ajudam a retirar e um pouco abaixo de seu diafragma sua pele estava ficando cinza, Kaila arriscou tocar e era duro como pedra.
—Ítalo! Gritou ela desesperada e o menino rompeu os portais segundo depois correndo para o homem no chão.
—Ajude ele. Gritou ela e ele pediu para que o segurassem, pois se contorcia muito.
Ele assoprou nas mãos e as esfregou e uma fumaça verde começou a surgir e ele ministrou sobre o corpo de Gabriel que foi se acalmando até desmaiar, estava do tamanho de uma palma a petrificação.
—O que é isso? Perguntou Tiago para ele.
—Não sei. Parece um tipo de encantamento, maldição, não sei ao certo! Explicou nervoso. –Mas isso precisa de cuidados. Vou ligar para meu pai! Ele saiu correndo enquanto os dois carregavam Gabriel para cama.
Com o pai na linha, narrava a situação bem detalhadamente e o pai lhe confirmou ser de fato uma maldição se instalou no corpo do menino e a dúvida que paira no ar de como aquilo foi acontecer. Fez com que Kaila e Tiago desconfiassem de todos a sua volta, Ítalo mandou que seu irmão preparasse uma poção o menino saiu de imediato pegando o celular do irmão para seguir as recomendações de seu pai.
—Ele disse que essa poção pode retardar, mas que o dano é inevitável e somente um especialista pode ajudar com eficácia suficiente para salvar a vida dele, caso o contrario se transformar em pedra por completo.
—Quem é especialista em maldiçoes? Perguntou Kaila.
— Que eu saiba os Viocuns! Respondeu Ítalo.
A decepção foi notória em todos os rostos, Ícaro retorna com a poção e derrama sobre a parte petrificada que volta a se mexer como se fosse pele, mas ainda com aspecto de pedra. Segundos depois o menino desperta. Tiago então contou tudo que sabiam.
— Acho que sei quando isso aconteceu, na batalha com Lorenzo, ele transformou minha armadura em pedra, eu pensei que tinha me livrado, mas pelo que parece não. Ítalo enfaixava a região afetada.
—Mas por que depois de tanto tempo? Será que eles ativaram ou coisa do tipo? Indagou a menina que aguardava a resposta de Ítalo que gaguejou um pouco:
—Não entendo de maldiçoes, mas suas grandes reversas de magia podem ter ajudado a retardar o efeito, a bebida também pode ter tido uma participação já que altera nossa magia. Não sei, precisamos de um especialista na área.
—Se não temos tempo, os Viocuns são os únicos que conhecemos. Tiago soca a parede com raiva.
—Não destrua a minha casa. Pediu Kaila. —Eles não irão nos ajudar, ele matou a filha deles e supostamente está preso.
—Diretamente não ajudaram, mas podemos usar Davina! Falou Ítalo.
—Olha bonito e inteligente! Ela sorriu.
—Foco Kaila. Pediu Tiago.
—Queria afastá-los, não aproximá-los! Gabriel faz força para se sentar.
—Aproximação deles é inevitável. Acrescentou Ítalo.
—Vou pensar em um jeito. Falou Gabriel.
Em parte ele sentia que aquilo marcaria seu fim, mas aquilo que ele libertaria do selo teria poder para salva-lo da morte iminente, mas a dor seria inevitável e seus planos estavam claramente ameaçados isso fazia um sentimento brotar em seu coração, um que há muito não sentia o medo.
Lorenzo ficava a cada dia mais preocupado com a estabilidade de sua família, de alguma maneira ele precisava contornar aquela situação para que não se perdesse aquilo que um dia floresceu por mais que o momento não fosse dos melhores.
—Ainda deitado? Perguntou a esposa que estava deitada sentindo o marido virou-se olhando para cima, com sua fala ela se levanta passando os dedos entre os cabelos. Um beijo na bochecha dizendo bom dia, ela parecia inerte, além dos pesadelos, esconder aquilo do marido a torturava também.
—Vai me dizer agora o que está acontecendo!
Ela o encarou.
—Sei que dói, mas é mais que isso, posso sentir. Afirmou confiante.
—Não consigo dormir deste a morte dela porque todas as vezes que durmo sonho com ela... Ela começa a chorar.
—Como são os sonhos?
—Eu a mato de maneiras diferente é horrível! Mesmo que eu não tenha visto a cena de sua morte como se visse algo pior todas as noites, estou tomando remédios para dormir é o único modo.
Ele então abraça perplexo por não ter notado, talvez o dano fosse mais sério do que ele pensava.
—Quando diz que sonha toda vez que dorme é literalmente?
—Sim, até mesmo em um cochilo. Com os remédios não, não sonho apenas...
—Se dopar... Isso é perigoso! Acho que você sofrendo uma maldição.
Ela se assusta.
—Como assim?
—Talvez Liam tenha feito isso, quando desejou que vivesse com isso.
—Então será assim para sempre? Desesperou-se em seu pranto.
—Não! Existem vários métodos de uma maldição se instalar, mas todas precisam de uma ancora para sustentar, no seu caso você precisa perdoar a si mesma e deixar isso passar!
—Me perdoar?
—Precisa aceitar o que aconteceu e prosseguir! Aconselhou ele a beijado. —Se arrume vamos ao médico. E vou fazer alguns encantamentos que vão te libertar disso!
Ela acena com a cabeça seguindo para o banheiro. Lorenzo sai do quarto caminhando direto para os aposentos de Liam ele abre a porta o jovem já estava acordado conversando com Davina pelo celular em uma ligação. O pai adentra no quarto rápido e o telefone de Liam vai parar em sua mão e ele desliga a ligação.
—Pai? Está louco? Ele se coloca de pé no impulso.
—Precisamos conversar. Afirmou ele.
—Não pode fazer isso, entrar assim no meu quarto!
—Posso e entrei. Você amaldiçoou a sua mãe, sabia disso? Ele pensava que talvez o filho tenha feito de propósito. Ele fica sem palavras diante da colocação de seu pai, mas a raiva ainda dominava seu coração.
—Não sabia, mas tenho certeza que ela mereceu!
Lorenzo o tapeia bem forte no rosto o fazendo cair ao chão, o barulho ecoa pela casa silenciosa.
—Jamais volte a pensar nisso. Como pode dizer que isso é pela sua Irma? Diz que sente tanta falta dela por que não cuida daqueles que ainda estão aqui? Perguntou Lorenzo muito intenso. Liam olhava para o chão, seu pai nunca havia lhe batido aquilo doeu mais em sua alma do que em seu corpo.
—Atacou um membro da sua família, esposa do seu Regente, sua mãe! Um uso inconseqüente de seus poderes. Eu prefiro acreditar que não sabia o que estava fazendo. O pai respira fundo um pouco, notava que Liam se perdia do bom caminho que indicou e o traria de volta. —Vá pedir desculpas a sua mãe.
—Sim senhor. Respondeu ainda no chão.
—Acredite em mim, se foi ruim ver sua irmã morrer, ver sua mãe que lhe deu a vida enlouquecer e morrer por sua culpa seria uma dor inimaginável. O menino permaneceu do mesmo modo. —E se não realizou de vontade própria isso pode significar que despertou algum dom em você, se for isso precisara aprender a controlar. Depois de falar um oceano de possibilidades surgiu em sua mente talvez o motivo do comportamento do menino ter mudado tão repentinamente.
—Pensei que não iríamos mais trabalhar com maldições. Falou como um murmúrio.
—Essa não é mais a questão. Dons se manifestam independentes, mas se acontecem devem ser controlados. Vai com Jane hoje, levarei sua mãe no médico.
Ele saiu do quarto deixando a porta aberta e antes de sair do corredor ouve a porta bater fortemente, ele se joga na parede de olhos fechados tentando entender como tudo de ruim podia acontecer tão rápido.
—Está tudo bem pai? Perguntou Levi olhando o pai depois de ouvir o choro e o tapa.
Ele abre os olhos assustado.
—Filho! Esqueci de fazer seu café, mas já vou fazer. Ele falou seguindo para cozinha e o filho o seguiu.
—Perguntei se estava tudo bem.
Ele para o que fazia e encara o filho.
—Tudo vai bem. E sorrir voltando a fazer o café do filho.
—Prefiro quando a mamãe faz o café. Diz o garoto se sentando à mesa.
—Sei disso, mas eu também sei fazer coisas gostosas não acha? Olhou para o filho colocando cereal em uma tigela com leite.
—Não! Ele começa a comer, afinal não tinha que ser bonito apenas alimentar pensava o garoto.
Liam ainda estava sendo guiado pela raiva, mas o medo agora também estava presente em seus pensamentos, suas palavras tornaram-se um perigo e precisava ter cuidado com o que pensava e falava a partir dali e isso o deixava desconfortável.
Davina ficou incrédula quando Liam retratou o ocorrido da manhã, a visão do pai do garoto era um homem calmo e paciente que jamais daria uma tapa tão forte no filho, embora estivesse se tornando um costume ás pessoas se relevarem.
—Então sua mãe foi no hospital? Perguntou Davina quando encontrou o menino no intervalo da escola, sempre se viam no mesmo lugar todas as manhas.
—Sim. Ela estava se alto medicando!
—Vai ficar tudo bem. Ela pega na mão do menino como sempre fazia.
—Eu errei com ela. Coloquei nela a culpa que estava em mim...
—Culpa? Ela entrelaçou os dedos com ele, isso o desconcentrava.
—Eu fui escolhido por ser um guerreiro bom, dentre tantos outros que existe nessa cidade, mas na hora H não fui capaz de proteger ninguém, tomei uma surra perdi a batalha mais importante da minha vida.
—Precisa seguir adiante Liam, lembre das coisas boas que ela deixou! Ela sorrir chegando para perto do garoto. Não queria dizer ao menino que se culpava pelo acontecimento afinal a suas limitações na magia a impediram de ser realmente útil ou simplesmente retirar Larissa. Não existia um nome exato para a relação que os dois estabeleciam, mas que algo forte nascia todos ao redor podia ver.
—Tenho que contar algo. Falou ele já com suas mãos na cintura dela.
—Estou ouvindo!
—Vamos nos mudar! Falou rápido e direto.
—Como? Ela arqueou sobrancelha.
—Meus pais querem se prevenir de uma possível crise financeira. Explicou ele, ela se afastou.
—Para longe?
—Ainda não sei para onde, mas não deve ser. Não vou sair da escola, posso te visitar e você me visitar.
—Claro. Ela sorrir e dá um beijo rápido no menino na metida que o sinal toca, ela sempre fazia isso nas despedidas desde a audiência.
O dia passa bem rápido e o menino já começava a organizar suas coisas para partir, mas aquilo parecia muito tedioso então chamou Davina para ir ao um Park que havia bem antigo e bem conhecido o cenário perfeito para um pedido formal de namoro, ela sem demora aceitou, pediu ao pai que não queria permitir já que não tinha falado com sua mãe, porém Lorenzo achou que o menino precisava de um dia normal sem os problemas que magia trazia e uma despedida. Com autorização dos pais tomou banho e se arrumou e saiu para buscar a menina que estava na casa de uma tia algumas quadras de distância, desfrutava da companhia de Tito responsável por levar e buscar o garoto em seu destino.
Uma surpresa fez tudo mudar, o que Liam queria fazer se desfez ao ver que Davina não estava sozinha. Saiu do carro com um sorriso largo por mais que não fossem 100% verdadeiro. Ela vestia um vestido preto de mangas longas e transparentes com boca de sino delicadas no punho e uma bolsa azul escura pendurada no ombro. A pessoa ao seu lado era sua amiga Rose que vestia uma blusa azul escura com um jeans rascado, uma bolsa semelhante à de Davina preta.
—Está Linda! Comentou Liam. —As duas estão. Corrigiu-se. Ele ficou um pouco constrangido por levar um buque de flores.
—Eu chamei Rose, tomara que não tenha problemas ela veio me visitar! Falou Davina que não tinha contato sobre o relacionamento com o garoto, mas as flores diziam muita coisa. —Espera, vamos nós três apenas? Indagou Rose perplexa. —Eu dispenso. Ela sorrir e ameaça voltar, mas Liam a chama:
—Não precisa disso, um amigo meu também vai. Falou ele sorrindo a fazendo mudar de idéia, na verdade ele não sabia quem chamaria talvez mais pessoas tornasse mais fácil e natural. Ele entrega o buque de lírios para ela que imediatamente cheira.
—Obrigado. Acho que vou guardar lá dentro! A garota ia se dirigir de volta para casa, Rose entrou no caminho e pediu para segurar o buque e a menina entregou, pegou o punho de Davina e como um passo de magia o buque se tornou uma pulseira de lírios vermelhas e simples. A menina sorrir.
—Quando chegarmos, eu as faço voltarem a serem flores. Rose sorrir.
As duas adentram no carro e entram na pista em pouco tempo.
—Que amigo chamou? Perguntou Davina vendo Liam mexer no celular.
—Renan! Diz ao ver o contato do menino e rapidamente mandando uma mensagem.
—Ah, Renan?! Que bom! Falou aliviada.
Ambos se surpreendem ao ouvi-la falar.
—Conhece Renan? Perguntou Liam.
—Sim! Nos esbarramos na cidade e no prédio de vocês também! Ela sorriu. — Mas então, há quanto tempo vocês estão juntos? Perguntou Rose sendo direta como sempre.
—Juntos? Perguntou Davina. —Na verdade Liam ainda não me pediu em namoro então meio que somos amigos.
—Pensei que hoje em dia fossem as mulheres que pediam. Comentou o menino rindo. —Eu não sou machista sabe disso!
Todos dão uma gargalhada controlada. A viagem é tranqüila chegando ao ponto de parecerem adolescentes normais fugindo de suas realidades, conseguem ver o park de longe a sua iluminação chamava atenção e Liam desejava com todas as suas forças que nada de explodisse e que tudo fluísse normalmente. Estava bem lotado e eles sabiam que ir aos brinquedos seria um grande desafio, ele procura na multidão Renan que já devia estar lá.
—Aqui é maravilhoso! Comentou Rose olhando tudo que tinha.
—Sim, faz muito tempo que não venho aqui! Davina em um tom saudoso encarava tudo aquilo.
Renan surgiu sorrateiro como uma serpente atrás de Liam que quase o golpeia.
—Babaca! Repreendeu assustado
—Calma! Esta devendo? Renan carregava um humor descontrolado que na maioria das vezes somente ele entendia.
As meninas rapidamente notam a chegado do menino. Ele cumprimenta com beijo as meninas.
—Não me contou que conhecia Rose. Comentou Liam.
—Liam sabia que eu conheço Rose? Falou sorrindo. —Cadê o menor de idade? Perguntou olhando para os lados.
—Quem? Perguntou Davina rindo.
—É o apelido que temos a John! Olhou para Renan. —Esqueci de chamá-lo! Mentiu para disfarçar o plano original que tinha.
—Mas sabe que ele é meu aprendiz, precisa está sempre junto senão como vai me substituir?! Falou incrédulo com a resposta de Liam.
—Substituir? Em quê? Indaga Rose descontraída.
—Na arte da pegação, sacou?! Beijar sem compromisso! Ele sorrir radiante.
A expressão de Davina não é tão alegre quanto à de Renan pensando que talvez Liam realmente não conhecia o relacionamento deles como um namoro e tivesse suas aventuras. Ela o encara pensando nisso e como se pudesse ouvir seus pensamentos se constrange e olha para Renan.
—Ele está brincando! Falou Liam olhando para ele. Ambos desfrutavam de uma ligação de um nível que entendiam um ao outro sem a necessidade de usar palavras, por mais que as meninas estivessem familiarizadas.
—Sim, estou brincando, treinamos o menor de idade para Lutar, bater, matar esses tipos de coisas que adolescentes normais fazem. Complementou-o ainda não sendo o suficiente para desfazer aquilo que falou. —Liam não é desses de ficar por ai com garotas e tal até achei que ele não gostava...
Liam o corta de maneira definitiva.
—Chega! Vamos ir para os brinquedos que é bem melhor.
As meninas concordam rapidamente tomando o caminho para bilheteria, Liam deixa elas se afastarem um pouco na multidão para falar mais abertamente com Renan.
—Para de ser babaca, merda! Eu to tentando pedir Davina em namoro e não vai ajudar se você ficar fazendo isso. Ele falou bem direto.
—Tá bom lenhador. Eu não sabia mentira, eu suspeitei, teria sido melhor penas vocês dois seria! Ele fez uma menção à blusa xadrez que Liam usava de mangas rascadas.
—Eu sei, era o plano, mas Rose veio visitar Davina e tal. Agora não atrapalha me ajudar. Merda! Ele andou na frente para que elas não percebessem o que já era tarde.
A fila da bilheteria era bem grande e lenta, mas ás meninas parecia estar determinadas a esperar registrando em fotos o momento.
—Vamos demorar um ano aqui. Comentou Renan que chegando a uma luz melhor pode revelar sua blusa do que parecia ser uma banda de rock que Davina elogiou.
—Não é uma banda de rock! Falou Rose.
—Como não? Indagou a menina confusa.
—É apenas uma alteração do brasão da Família Dark! Estou certa?
—Está! Confirmou-o. —Eu mesmo fiz, meu pai odeia!
Davina sempre ficava perdida nesses assuntos.
—É bem levado a sério esse negocio de Famílias antigas não é? Pergunta Davina para Liam.
—Eu acho que até de mais! Respondeu ele.
—Existem coisas que conseguem atravessar os séculos e alguém precisa manter a capacidade de lidar com determinadas situações. Ás famílias antigas tem mais responsabilidades que imaginamos! Falou Rose naturalmente mexendo em seu celular.
Parecia que ela sabia sobre Gabriel e tudo que ocorria, e Liam sentiu muita vontade de perguntar, a vontade foi reprimida pelo desejo de ser normal.
—Podemos nos dividir, enquanto dois esperam aqui nos outros vão comprar alguma coisa de comer, o que acham?
—Gostei, comer coisas e ir a brinquedos radicais para vomitar em cima de todo mundo! Falou Renan olhando nas suas futuras vitimas. —Eu vou com Rose. Falou e a menina sorriu colocando a mão em seu braço.
—Juízo em Davina! Pediu amiga antes de sair.
—O que eu poderia fazer de mais em uma fila? Perguntou a Liam.
—Num sei. Ele sorriu. —Eu não sei fazer isso e não sei se vamos ter outra oportunidade na noite! Então, aceita? Namorar comigo? Ele olhou para ela de maneira sublime a luz da Lua se destacava entre as outras luzes. A menina demorou um pouco para responder, seu sorriso e olhos já diziam o que seus lábios iriam proferir.
—Sim.
Ela ergue seus braços no pesco de Liam e o beija.
—Tomara que com "Tenha juízo" ela não estivesse falando disso! Ela rir caminhando junto à fila.
—Quem precisa de juízo é ela com Renan!
Agora estavam abraçados como se houvesse uma grande mudança de alguns segundos atrás.
—Ele é legal! Afirmou ela. —Quando Rose não gosta de alguém isso fica mais claro do que água cristalina.
—Achei estranho ele não ter dito nada sobre conhece - lá!
—Rose é muito reservada até comigo às vezes, então não estranhei muito!
A espera vale à pena, conseguem comprar seus ingressos para os brinquedos que estavam ali e até o memento tudo ia bem. A dura realidade estava de fato moldando Liam de maneira que ele observava quais eram as melhores rotas de fuga caso precisasse sair dali. Eles se reencontram no centro do park, Renan entrega para Liam um algodão doce e Rose para Davina.
—A fila era menor! Comentou Renan sorrindo.
—Para onde vamos? Entrega os ingressos para eles.
—Roda gigante! Falam os quatro juntos.
E caminham para o brinquedo, não tinha apenas uma roda gigante e sim três e as filas também estavam grandes.
—Bom, acho que vai demorar um pouco isso aqui! Comenta Rose olhando para imensidão.
Renan avistou algo no horizonte e saiu andando puxando Rose que lamentou, pois sair da fila significava perder seu lugar, de certa maneira todos ficaram desanimados diante daquela fila e acharam algo melhor através de Renan, um show de mágica sendo apresentado ao ar livre atraindo a atenção de muitos com truques impressionantes que para os estudiosos em magia era apenas um insulto a sua arte.
—Como podem chamar isso de magia? Perguntou Renan rindo.
—Tem diferença entre mágica e magia! Comentou olhando atenciosamente.
—Qual? Indagou a Rose que não respondeu.
—Rose fez um truque parecido antes de virmos para cá! Estendeu o punho de Davina.
—O quê? Deu uma pulseira?
—Quase isso! Diz Davina entrelaçando seus dedos com Liam.
—Eu gostaria de viver na era em que a magia estava ao alcance de todos. Comentou Renan.
—Os humanos fazem um monte de merda sem magia, imagina com. E os poucos que usam magia também fazem besteira. O jeito é ninguém usar! Falou Liam já desconfortável com o rumo da prosa.
—A magia é uma cultura que merece ser respeitada. Rose falava com muita tranqüilidade. —Ela deveria unir a humanidade, usar magia significa ser capaz de se conectar com algo. A humanidade que nunca entendeu isso!
—Será que podemos ficar um minuto se quer sem falar de magia? Perguntou Liam impaciente. —Esse não é o lugar para isso!
—Na verdade é sim, um show de Mágica, tem lugar melhor? Perguntou Renan um tanto insensível não entendeu o protesto do amigo.
Liam deixa o lugar junto a Davina no momento em que o apresentador chama um voluntario da platéia e acaba escolhendo Renan que Liam apostava que tinha usado magia para ser escolhido.
—O que ele ta fazendo? Indagou a si mesmo depois de Davina o puxar para mostrá-lo. —Ele vai fazer merda como sempre. Ele proferiu alguns palavrões baixos que Davina resolveu ignorar.
—O que acontece se ele... Sei lá... Manda raios ou coisa do tipo? Perguntou Preocupada.
—Ele é louco mais nem tanto. Liam tentava convencer a ele mesmo. —Se algo do tipo acontecesse, O Esquadrão de Disfarce e Reação a Acidentes e Catástrofes apareceria e levaria ele preso, sutilmente.
O rapaz estava sorridente no palco enquanto o apresentador lhe pedia para escolher uma carta em seu baralho e assim fez e como de costume o Mágico acertou a carta que havia escolhido e ele faz algo inesperado e pede uma oportunidade ao mágico para fazer um truque e antes que autorizasse o fez. Sacudiu a carta que estava em sua mão, que recebeu como brinde, fazendo a carta pegar fogo e depois apagou dobrou e fez sumir, a platéia aplaudiu intensamente como se o menino de fato os tivesse enganado.
—Pelo menos não foi raios. Comentou Liam ainda decidido a sair dali.
—Então o esquadrão... Ela não se lembrava do resto. —Vai aparecer?
—Acho que não! Ele poderia dizer que ele usou magia... Sorriu para ela.
Eles voltam para fila da roda gigante que estava ficando menor, o céu anunciava uma chuva e por medo alguns desistiam.
—Você está bem? Perguntou Davina abraçada nele.
—Estou e só quero ficar longe...
—Às vezes falar é melhor do que retrair.
—Antes para mim a magia era aquilo que Rose falou uma cultura antiga a ser respeitada pelas gerações, isso até o dia que recebi o convite para o Torneio. Percebi que as pessoas dominam a magia de um jeito surreal. A magia tirou minha Irmã de mim, mas também salvou meu irmão e nos protegeu é confuso. Ele se concentra para não deixar aquele sentimento tomá-lo.
—Eu sei como é. Sentir em mim, mas não consigo usá-la é sufocante! Ela também fica pensativa e lembra-se de algo. —Meu pai veio esses dias me perguntando sobre o "assalto". Fez aspas com os dedos. —Achei bem estranho.
—Não arquivaram isso?
—Acho que sim, não deve ser nada!
—Ainda me sinto mal por aquilo, se pudesse matava Felipe!
—Deixa, esquece isso! Ela riu virando o rosto dele para ela.
—Sabia que você é o único motivo que me faz ficar aqui?
Chega à vez deles e ela é obrigada a ficar com aquela pergunta na mente até o instrutor terminar a breve explicação sobre o brinquedo, e já quando ia subindo ela questionou:
—Quer ir embora?
—Não. Na verdade meu pai me perguntou se eu quero ir morar com meus avôs. Fugir desse lugar seria bom para mim, mas eu tenho você que...
—Te prende aqui! Ela virou para o lado para olhar paisagem.
—Não me prende, só facilita a minha escolha de ficar! Ele beija a mão dela em um ato singelo. —Uma guerra pode imergir sabe disso.
—E lutaremos juntos se preciso for, não é para isso que vai me treinar? Ela retorna atenção para ele.
—Espero que não chegue ao ponto de você precisa lutar, jamais me concentraria com você no campo de batalha. Ele da um toque no nariz dela. —Sim, vou te treinar para que fique mais forte e possa ter mais chance contras nossos possíveis inimigos!
Eles chegam enfim ao alto da Roda, uma vista conseguindo ver o oceano atlântico que banhava a majestosa da ilha, o reflexo da lua na água do outro lado as luzes das cidades o melhor momento naquele ano na opinião de Liam.
—Perfeito! Expressa Davina sorridente. —Sempre tive medo de vir aqui, mas com você me sinto segura. Ela encosta-se ao peito dele quanto ele a envolve em seus braços, e encosta no banco onde sentavam e a roda ficou mais lenta.
—E o papo de não usar magia? Ela riu.
—Por você faço tudo! Afirmou ele. —Com você me sinto forte.
Suas juras de amor penetravam o coração da menina apaixonada que vivia um sonho de estar com alguém que podia relevar o que tinha de melhor.
—Talvez um dia possamos fugir juntos! Idealizou ele, a menina pareceu concorda com o plano mesmo que ele tenha falado de brincadeira.
—Até onde iria comigo?
—Qualquer lugar; vou a qualquer lugar desde que esteja nele.
—Liam, não me deixa jamais! Pediu ela o de olhos fechados sentindo a brisa deixando aquele momento registrado em sua memória, e todas as vezes que fechasse os olhos lembraria aquele momento.
—Jamais!
A roda retorna ao seu ciclo indo para baixo e eles saem, reencontrando Renan e Rose que riam sem parecer notar que os amigos estavam ausentes.
—O mágico doido chamou Renan para trabalhar com ele! Contou Rose rindo para os amigos.
—Quase aceitei!
—Você louco! Falou Liam sem olhar para o garoto tentava achar um lugar para comerem.
—Eu vi uma pizzaria ali a atrás. Renan sabia o que ele estava procurando e a pizzaria se torna o novo rumo deles.
—Nos conseguimos ir à roda gigante também, embora tenha sido mais rápida que a de vocês! Comentou Rose enquanto seguiam.
A noite continua tranqüila para os magos que fingiam ser normal para todos á sua volta, uma grande e saborosa pizza sendo degustada enquanto podiam ver crianças brincando e correndo, alguns amigos da escola e tudo parecia ser tão natural. Liam sendo um bom cavalheiro pediu a conta para que pudesse pagar se viu em uma infeliz ocasião quando seu cartão fora rejeitado em um status de bloqueado.
—Vamos ter que lavar louça! Renan esfregava a mão enquanto Liam tentava entender.
—Eu tenho cartão aqui. Disponibilizou Rose pegando em sua bolsa.
—Não será preciso. Falou um tanto constrangido, mas em sua carteira tinha o valor em cédulas. —Obrigado. Desculpe o inconveniente! Falou ao garçom que saiu dizendo para voltarem sempre.
—Eu tenho certeza que tenho dinheiro nesse cartão. Expressou ainda confuso.
—Talvez tenha sido um erro no sistema! Renan percebeu que Liam tinha ficado de fato preocupado. —Isso não foi nada cara, relaxa.
Quando iam sair, a chuva caiu fazendo todos do Park procurar refúgio.
—Está ficando tarde, precisamos ir! Falou Davina para Liam que sabia que na verdade ela só queria correr naquela chuva.
—Então vamos! Ela correu puxando a menina pela mão a chuva parecia ser algo de outro mundo, como se fosse gotas de felicidade caindo sobre eles, Renan e Rose também rodavam e dançavam na chuva em um ritmo único. Tito, o motorista buzinou sinalizando que já havia chegado e todos molhado entram.
—Não veio de moto? Pergunto Liam a Renan que estava no banco da frente.
—Sim! Ele riu.
O carro passou pela moto do menino e ele abriu a janela e fez um gesto e a moto se diluiu na chuva.
—Esse é o motivo que não gosto de moto, não dá mesmo para se proteger da chuva! Falou Liam rindo e deu um espirro.
—Pegou um resfriado! Comentou Rose também dando risada.
—Parece minha mãe falando! Ao falar a palavra ele refletiu, lembrou que ainda tinha que pedir desculpa a sua mãe, mas naquele momento estava pronto para assumir seu erro.
A chuva acalmou no caminho enquanto se divertiam marcando aquele momento. Em uma das escuras esquinas Renan pediu para seguir o percurso com sua moto que já o esperava.
—Tem certeza que não quer que te levemos até sua casa? Perguntou Liam.
—Não precisa cara, não quero que Rose tenha que resistir dormir na minha casa! Vou poupá-la dessa tentação. Ele sorriu largo abrindo a porta do carro.
Rose desce a janela para que o menino pudesse se despedir.
—Eu apareço na sua casa para ajudar na mudança. Avisou o rapaz.
Liam acenou com a cabeça sorrindo, em um rápido impulso beija Rose e sai dando gargalhada. A menina não repreendeu apenas levantou a janela, e foi obrigada a ouvir brincadeiras sobre o inesperado beijo.
Poupando-se do constrangimento Rose foi a primeira a entrar na casa de Davina, enquanto a menina tinha seu momento com Liam.
—Hoje foi perfeito. Comentou Davina de frente para Liam segurando em suas mãos.
—Foi sim. Concordou ele fitando seus lábios.
—Queria que nunca acabasse!
—Teremos mais dias como esse minha flor.
Ela então o beija, uma voz vem de dentro da casa pela porta que havia ficando entre aberta.
—Davina, entra agora! Diz a voz grossa de seu pai que lhe provocava medo.
A menina no mesmo momento soltou a mão de Liam no susto, o momento se quebrou.
—Preciso ir.
Ela entrou em sua casa bem rápida, Liam sabia do medo absurdo que ela tinha pelo pai e compreendia que o melhor da noite devia ser eternizado em sua mente. Antes de ele entrar em sua casa ela abriu a porta o abraçou e beijou.
—Boa noite! Ela sorriu e novamente entrou fechando lentamente a porta.
Ao entrar ele viu uma cena que a muito não via, sua família via televisão junta na sala um programa de comedia.
—Cheguei! Comunicou o rapaz fechando a porta e colocando a chave em uma mesa próxima a porta.
Eles o olham. Sua mãe abraçava Levi enquanto Lorenzo a abraçava.
—Que bom. Como foi? Venha assistir televisão conosco! Chamou o pai.
—Foi muito bom. Peguei um pouco de chuva, vou tomar um banho primeiro! Já venho. Explicou ele esperando que Marina falasse algo, mas a mãe estava ferida de mais para tentar se aproximar dele. Apenas o olhava.
—Tome banho frio para não pegar resfriado, não é isso amor? Perguntou Lorenzo rindo para Marina.
Ela acenou com cabeça, o menino pegou o caminho para o quarto. Quando retornou seu irmão dormia nos braços de sua mãe e seu pai também dormia com cabeça virada para o teto. Marina era a única que assistia o que passava.
Ele senta do lado do pai sem puxar assunto, a mãe não parecia bem talvez fosse o momento certo ou simplesmente qualquer hora era seria.
—Como foi no médico? Puxou assunto.
—Fiz uma limpeza, ele receitou uma rotina para me ajudar a dormir. Comentou-a o olhando.
—Me perdoa. Pediu ele sendo direto.
—Quem tem que me perdoar e você!
—Não queria te amaldiçoar. Se pudesse remover isso eu o faria sem dúvidas! Sempre pensou em nós, eu te amo e nunca quis te fazer sofrer mais do que já estava.
—Temos difíceis, Liam. Mas o arrependimento é o melhor caminho a seguir meu filho! O mais importante é ficarmos juntos.
—Estamos bem então? Perguntou.
—Você é meu filho, até poderia estar mal comigo, mas eu sempre estarei bem com você! Também me perdoa? Ela estende a mão e ele segura.
—Sim. Tudo vai ficar bem! Liam beija a mão da mãe, não tinha certeza se seu pai estava de fato dormindo a questão é que arrumar sua vida era seu maior objetivo.
Liam também acaba pegando no sono e é acordado pelo despertado e quando notou estava em sua cama como quando acontecia quando era criança, o que o deixava mais feliz era saber que chegou ali sem usar magia, pois seu pai gostava de carregá-lo no colo. Não iria para escola então saiu para poder ajudar Levi a organizar suas coisas, na mesa estavam todos o aguardando café bem reforçado.
—Bom dia filho. Irei a casa hoje, eu mandei limparem está tudo ótimo! A empresa vem uma hora para embalar tudo. Mas nos só vamos amanhã! Ajude seu irmão com as coisas dele, por favor! Pediu o pai vendo que Liam abraçou e beijou sua mãe, depois seu irmão até ele enquanto falava.
—Certo! Renan disse que viria nos ajudar e John também. Ele se sentou à mesa notando que o quinto lugar havia sumido.
—Não precisaremos muito de ajuda, a empresa vai embalar os moveis... Mas quem sabe num precisaremos de alguma ajuda extra. Não queria que os artefatos mágicos fossem com desconhecidos! Ele sorriu.
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