E se existissem outras vidas após essa? E se os céus ou alguma entidade maior movimentasse alguns pauzinhos para que nós, em um futuro distante, pudéssemos nos reencontrar? Você ainda me amaria? Ainda me chamaria de sua? Você seria finalmente minha? Ah, são perguntas demais.

Sobre o futuro nada sabemos, mas gosto de fantasiar sobre o passado. Sobre o que foi, ou o que poderia ter sido. Não somos almas gêmeas? Ele está mentindo! Maldito! Maldito! Plantou a semente da dúvida em meu coração, agora choro entre essas palavras, regando o cravo vermelho que está, pouco a pouco, morrendo. Há esperança? Não. Nunca. Onde está você? Onde estou? Tenho medo, venha e me salve. Não, não venha. Tenho medo de te ver.

Amor, o que nos tornamos? Desde quando viramos uma história triste? Perguntas, perguntas, perguntas... Estou ficando louca, sinto sua falta, tenho medo. Comecei lhe escrevendo uma carta de amor, e veja onde parei. Há sangue e lágrimas nas páginas, odeio minhas inseguranças. Podemos continuar falando do passado? Aquele fantasioso, que crio em devaneios, te transformando sempre na heroína, na mais linda. Ah, sim... O passado...

Em uma época onde existiam reis e rainhas, você era aquela que governava meu mundo. Mesmo com as mais altas ondas do mar, eu ainda preferia as do seu cabelo. E mesmo com as infinitas obras de arte, eu ainda preferia o pingo de marrom fora da tela do seu olhar. Mesmo com inúmeros pretendentes, eu só conseguia olhar para o seu rosto. Mesmo com a guerra, com uma espada cravada no peito, eu ainda sorria para você. Eu ainda sorrio. Estou sorrindo agora, em meio às lágrimas. Oh, foi uma década de ouro... E no fim, quando dei meu último suspiro em vida, pensei: "Oh... Em uma outra vida, serei a sua garota. Em um futuro, onde não existam leis e regras para o amor, onde a distância não seja capaz de nos separar, ah... E então, seremos felizes..."

Ainda espero pela realização disso. E agora, são exatamente meia noite e eu estou pensando em você. Eu nunca deixo de pensar em você. Finalizo isso com uma despedida singela, você sabe, nunca é uma despedida.

Vejo você na minha próxima vida, jagiya.