🩸Capítulo 2🩸
𝖫𝗂𝖺 𝖩𝗂𝗆𝖾𝗇𝗈
𝖠 primeira aula era de literatura inglesa. Eu ainda estava na porta da sala pensando em um ótimo plano para entrar de fininho e não levar outra suspensão na aula chata do professor Franklin Evans, de Nova York, e torcer para que nenhum colegas me dedurassem. A minha amiga Clarice estava demorando demais para dar um simples recado, e por isso, esperei o momento exato em que o professor Franklin se virou para escrever algo na louça me dando uma oportunidade de entrar ou esperava que fosse.
― Deu certo! ― respirei fundo, aliviada, me sentando delicadamente na minha cadeira.
― A aula de hoje é sobre poemas, senhorita Jimeno. ― ele disse se virando, e com um sorriso no rosto que me deu medo. ― Gostaria de mencionar algum poema favorito?
"Ele me viu entrando de fininho?"
― Melhor não. ― respondi.
― Não? ― ele veio até a minha carteira, e abriu o meu livro na página certa e apontou. ― Gostaria de ler para que toda a classe escutasse sua linda voz? Vamos lá, alto e claro, te digo quando parar.
― Hã? ― olhei assustada para ele como se torcesse que fosse uma simples brincadeira, quando ficou bem claro que não era.
― Professor, eu posso ler? ― Jéssica perguntou, com toda elegância irritante, que ela tinha.
Eu me deparei com a ruiva falsificada,Jéssica Walker. A garota que tirava notas boas, ficou em pé, segurando o livro de poemas como se fosse uma medalha de ouro, daquelas olímpicas.
― Está bem. ― ele respondeu olhando para ela, me ignorando totalmente. ― Você pode ler.
Jéssica recitou o poema como se estivesse dando um discurso diplomático na frente de todos os alunos do colégio.
― Perfeito, senhorita Walker! ― exclamou ele, fazendo com que todos batessem palmas para ela, assim que acabou o poema. ― Muito bem. ― o professor Franklin olhou para mim, antes de voltar para frente da classe. ― Agora, da próxima vez que eu escolher você para ler o poema, senhorita Jimeno, será você que vai ler.
― Droga! ― resmunguei baixinho demais.
Minutos depois Clarice conseguiu entrar na sala sem ser percebida pelo professor Franklin, e o mesmo não conseguia parar de olhar para mim com aquele olhar ameaçador. Quem queria saber sobre os poemas? Esse alguém não era eu.
Uma vez ouvi uma antiga amiga dizer que as músicas são como poemas; e eu concordei totalmente com ela. Eu prefiro ouvi-las do que recitar na frente da classe, mas o professor estava me cobrando demais, e por isso resolvi ignorar colocando os meus fones de ouvido e aumentando o volume até o máximo.
― Lia, não faz isso. ― Clarice disse, sentada ao meu lado. ― Isso só vai piorar as coisas!
Cheguei à conclusão que todos deveriam ter medo das palavras da Clarice Mikaelson, pois não demorou muito para que o professor pedisse que todos decorassem um poema, qualquer um que quisesse, um bom, que escolhessem para recitar na frente da classe.
― Eu sei que vocês vão esquecer tudo o que eu ensinar, então é melhor vocês decorarem. ― ele comentou andando no meio da fileira, ele amava aquele tipo de coisa, interação do público. ― Quero ouvir poemas tristes e românticos.
― Pode ser um poema pequeno? ― Joaquim perguntou esperando por uma resposta.
― Não importa se é grande ou pequeno. O importante é que vocês aprendam com ele sobre diversos temas, e espero que vocês sejam criativos! ― todos murmuraram eufóricos. ― Senhorita Jimeno? ― a voz chata dele fez com que eu abrisse os meus olhos. ― O que acha de ser a primeira a recitar o poema na próxima aula?
Eu ainda estava com os fones de ouvido quando ele se aproximou da minha carteira com aquele olhar debochado. Eu poderia jurar que ele iria me levar para sala de suspensão outra vez, mas ele fez diferente.
― A senhorita não está prestando atenção na minha aula? Primeiro chegou atrasada e agora isso? ― ele tirou os meus fones de ouvido e eu não pude fazer nada, pois sabia que estava errada. ― Preciso conversar com seus pais.
― Ok. ― a minha voz foi tão baixa que ele continuou me encarando. ― Vou decorar sim.
― Lia, você tinha tudo para ser melhor que o seu irmão... ― ele acrescentou, em um tom que parecia ser provocativo, me deixando com raiva. ― Alguém de vocês conhece o Ethan Jimeno? ― ele deixou a minha carteira e seguiu para frente da classe. ― Eu lhe fiz uma pergunta.
― É o irmão gratíssimo da Lia? ― Ester levantou a mão bastante animada. ― Ele é muito inteligente em todas as matérias... É muito popular também entre todos os alunos.
― Ele está em primeiro lugar no ranking de melhor aluno do colégio. ― Jéssica acrescentou. ― Diferente da irmã que tem. ― ela riu.
― Ele é um babaca! ― Clarice respondeu fazendo gestos com o punho. ― Igual a você.
― Já chega, meninas! ― o professor se manifestou antes que começasse mais uma discussão. ― Senhorita Jimeno nos encontraremos amanhã na biblioteca, vou te recomendar alguns livros. ― em seguida ele se virou para o quadro. ― Voltando com os poemas... Sabiam que os filósofos eram...
🩸
𝖧ouve a troca de professores e para nossa felicidade seria aula de educação física. Os meus colegas saíram rápidos para quadra, principalmente os garotos para disputar a bola de basquete que estava com a sala anterior que para minha infelicidade, era a sala do Ethan.
Fiquei parada na arquibancada observando os meus dois amigos que pareciam estar se exibindo para as outras garotas, mas assim que nos avistaram vieram para onde eu estava com a minha ruiva favorita. Clarice se levantou do banco para cumprimentá-los com um abraço, coisa que fez as outras garotas da sala vizinha olharem com desprezo para nós.
― É a aula do professor Franklin? ― Ravi perguntou no puro deboche, pois esse era o jeito dele de provocar. ― Como foi com as poesias?
― Deixa de ser chato! ― Clarice disse dando um murro devagar nas costas dele. ― Isso... Olhem para aquilo.
O meu irmãozinho roubou toda a cena como de costume. Ethan fez com que Clarice se atrapalhasse olhando para seu belo arremesso na sexta que fez praticamente todas as garotas, exceto eu, comemorarem o ponto.
― O seu irmão manda muito bem no basquete. ― Dylan se manifestou com um gesto de cabeça.
― Uau, ele é um babaca gatíssimo. ― Clarice disse de um jeito estranho, fazendo com que olhassem para ela imediatamente. ― O quê?
― Você disse o quê? ― indaguei.
― Eu não disse nada.
― Eu aposto que você disse. ― Ravi sorriu. ― Fala aí Lia, desde quando ele está frequentando a academia? Clarice estava olhando para isso.
― O que você disse? ― Em um salto de tempo, Clarice deu uma chave de braço nele. ― Retire que você disse, agora!
― Tá bom, tá bom! ― ele foi esperto, e recuou. ― Eu, Ravi Ribeiro, retiro tudo que eu disse.
― Bom garoto. ― ela sorriu aliando os ombros.
― As duas princesinhas vão ficar aí? ― Guilherme gritou fazendo expressão de deboche. ― Vocês sabem muito bem que se não participarem do jogo de queimado vocês não vão ganhar pontos. O professor Thalisson me colocou como observador do treino de hoje, e acham que eu não vou relatar isso para ele?
― Falando de garotos babacas, temos que incluir o Guilherme como o primeiro. ― Clarice disse, indo em direção ao campo de basquete. ― Lia, você não vem? Não esqueça que precisamos...
― Eu não vou. ― digo tirando os fones de ouvido que estavam em volta do meu pescoço e balancei para ela ver. ― Eu prefiro escutar uma música. ― sorrio observando que já estavam começando uma partida de queimado.
― Se você não quer eu quero. ― Ravi piscou de um jeito divertido. ― Vamos lá Clarice, vamos dançar no campo e atrapalhar o treino do Ethan!
Os dois faziam o que podiam para atrapalhar o trabalho de supervisor do Guilherme, principalmente quando o assunto era queimado. Já o meu irmãozinho, Ethan, se exibia ainda mais com várias garotas observando o treino, enquanto ao meu lado alguém parecia inquieto.
― Quando você vai falar para ela? ― perguntei esperando por uma resposta, mas apenas recebi o silêncio dele. ― Se você não falar primeiro, outra pessoa vai fazer isso... O que você prefere?
― Você poderia me ajudar? ― Dylan deu um sorriso, coisa que me aliviou. ― Você sabe...
― Se eu fosse boa com essas coisas, eu estaria ao lado do Sebastian. ― sorrio envergonhada. ― Mas, como você é meu melhor amigo, eu posso ativar meu lado cupido agora mesmo!
Dylan parecia expressar uma emoção.
― Ei, se você fizer a mesma coisa que fez quando a gente se conheceu, tenho certeza que ela vai dizer "sim" para o seu pedido. ― respondi, fazendo aspas com os dedos. ― Eu conheço ela.
― Sério? ― ele arqueou as sobrancelhas. ― Tenho certeza que você se desfez daquela flor depois de se virar e sair correndo. ― ele riu.
― Quem já viu dar uma flor para uma garota chorando? ― bati de leve no ombro dele. ― Isso é urgente, você precisa aprender a ser romântico!
Dylan Cooper era alto e de boa aparência. Ele sempre usava um corte de cabelo militar e às vezes surfista, seus cabelos eram castanhos claros, e tinha uma boa forma física, fazendo muitas garotas olharem para ele sempre. Como a gente se conheceu? Eu tinha nove anos de idade e pela terceira vez em dois meses, eu e a minha família haviamos nos mudado. Havia uma casa ao lado da minha e era ele que morava com a família.
Certo dia, um garoto alto e muito bonito resolveu conversar com a vizinha problemática, que nesse caso era eu.
Dylan apareceu do nada me surpreendendo. Eu estava sentada em um banco que ficava quase em frente da minha casa, e naquele momento eu estava brincando com meu gatinho... Olaf.
Eu ficava sentada no banco todas as vezes quando chegava do colégio na esperança de ver o meu pai retornando para casa, mas isso não acontecia. Ele havia desaparecido, deixando a responsabilidade de criar duas crianças para minha mãe que fez o melhor que podia.
Naquele dia, enquanto eu chorava e o meu gatinho Olaf me consolava. Foi aí que o Dylan apareceu como um príncipe encantado dos livros, ele me entregou uma flor branca, que supostamente havia arrancado de alguma casa vizinha, pois vi as marcas nas mãos dele.
"Não precisa chorar" Ele disse me olhando. "Aqui, isso é para você. É linda não é?"
"É" Eu respondi, ainda chorando. "O que vai acontecer agora... O meu pai nunca mais vai voltar?"
"Se você pensar desse jeito vai ser pior" Ele passou a mão no meu cabelo tentando me confortar de algum modo. "Ele vai voltar!"
O meu pai nunca voltou para casa.
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𝖠 noite de inverno foi agradável. Eu estava sozinha em casa outra vez, e lá fora no quintal estava fazendo muito frio, e por isso coloquei o meu casaco favorito de cor de abóbora para aproveitar um cineminha.
A minha mãe ainda não havia chegado do trabalho, e aposto que vai fazer hora extra. Já o meu irmãozinho tinha saído com os amigos como de costume, enquanto eu, a responsabilidade era tomar conta da casa.
― Que fome! ― digo me levantando do sofá, e fui na direção da cozinha. ― Um sanduíche não sairia nada mal, e preciso colocar muito ketchup!
De repente, algo havia chamado a minha atenção, fazendo com que eu parasse em frente à porta do quarto do Ethan, há alguns metros da cozinha.
O Ethan não era uma pessoa normal, e disso eu tinha certeza. Sempre suspeitei que ele guardava um segredo, algo que ele havia feito no passado e eu sempre tive as minhas dúvidas.
Ele sempre sorri para as pessoas, enquanto dentro de casa é calado. Ninguém nunca viu essa versão dele, a versão que o vejo dele é assustadora. Talvez, eu esteja exagerando?
Certo dia eu vi ele escondendo algo dentro do seu guarda-roupa, algo muito suspeito. E depois desse dia, Ethan passou a deixar a porta do quarto sempre fechada com chave.
― Foi você, não foi? Eu nunca vou te perdoar!
A porta do quarto estava fechada com uma plaquinha que dizia: "BEM-VINDO AO MEU QUARTO, POR FAVOR BATA ANTES DE ENTRAR" Debaixo dela, e quase apagado por rabiscos, estava escrito: "porque eu posso estar matando um..." Eu me lembrava de quando tinha escrito aquilo, e o quanto doía, e por isso, sempre tentava entrar no quarto dele.
🩸
𝖤stou de mau humor, eu acordei de mau humor.
― Se eu soubesse que o ônibus escolar demorava tanto para passar, eu não teria acordado cedo! ― resmunguei colocando os meus fones de ouvido. ― Que horas são?
Não sei porque mas eu acordei cedo demais hoje. Esse não é o meu feitio de ir para escola cedo, mas aconteceu. Espero que os meus amigos tenham acordado cedo também, pois odiaria entrar no ônibus escolar sem eles.
― Está cedo demais... ― olhei para o meu lado esquerdo e vi vários alunos se aproximando do ponto de ônibus. ― Cadê o Ravi? Clarice? Dylan?
― Bom dia, minha filha. ― uma senhorinha disse ao sentar ao meu lado do banco. ― Mocinha, com licença, você está bem?
― Claro que sim, senhora Lilith. ― sorrio.
― A propósito, poderia pedir para a sua mãe mandar as minhas compras para minha casa hoje? ― ela abriu a sua bolsinha, mostrando o seu dinheiro. ― Ontem eu não pude pegar.
― Tudo bem.
― Ah! ― ela sorriu me entregando o dinheiro. ― Poderia pedir para o Ethan levar na minha casa?
― Ethan? ― arregalei os meus olhos.
― Sim, o seu irmão. ― ela continuava sorrindo. ― Ele é um bom garoto que sempre me ajuda.
― Ah, claro! ― me levantei rapidamente. ― Espera, cadê o Ethan? Porque ele não está esperando o ônibus escolar aqui? Isso quer dizer...
Eu lembro que hoje de manhã eu acordei bem cedo, parecia ter acordado antes que ele, e não me lembro de ter visto ele no café da manhã.
"Está explicado porque a tempestade está se formando, Lia, minha filha, você acordou cedo porque?" A minha mãe me perguntou hoje cedo.
"Nada demais" Eu respondi friamente.
"Não me diga que você vai se juntar com seu irmão para ir para o colégio?" Ela ficou esperando por uma resposta, e eu fiquei em silêncio. "Tá bom então... Vocês eram mais unidos quando eram crianças" Ela tomou um pouco de café. "O que foi que aconteceu..."
O ônibus escolar parou em frente ao ponto de ônibus e eu me despedi da senhora Lilith, ignorando o meu celular vibrando no meu bolso. Alguns dos alunos me olharam estranho, como se fosse um milagre estar ali, e na verdade era. Me sentei ao lado de um rapaz insuportável, mas ele teve bom senso e não me atormentou como fazia com os outros, principalmente com as garotas.
― Você tem o número do Ethan? ― alguém atrás do meu banco sussurrou. ― Poderia me passar?
― Eu não tenho.
― Você não tem o número do seu próprio irmão?
― Não, perdão. ― tentei me ajeitar no banco de uma forma não desconfortável. ― Que tédio...
― Você não tem o número do Ethan mesmo? ― perguntou o rapaz ao meu lado, arqueando as sobrancelhas. ― Que tipo de irmã você é?
Que tipo de irmã eu sou? Aquela que desconfia do próprio irmão. Talvez, seja coisa da minha cabeça, mas não consigo parar de pensar porque eu vi com os meus próprios olhos.
― Legal. ― respondi, fechando os meus olhos.
O ambiente do ônibus estava barulhento, mesmo assim eu consegui tirar um cochilo escutando a minha música favorita. Acordar cedo sempre foi a minha última opção, mas hoje foi diferente.
― Ai meu Deus! ― Um grito horripilante me acordou, fazendo com que eu levantasse a minha cabeça, percebendo que o ônibus estava parado e que apenas eu estava dentro dele. ― Eu não estou acreditando! Como isso aconteceu aqui? Ai meu Deus... Que tragédia!
― O que está acontecendo? ― me estiquei para olhar através da janela, me deparando com um grande tumulto em frente ao meu colégio. ― Hã?
Me levantei do banco e fui em direção à saída. Logo que desci dos pequenos degraus do ônibus, percebi que havia acontecido algo muito sério, pois os alunos estavam assustados e que tinha uma ambulância e dois carros de polícia quase em frente ao portão principal do colégio.
"Será que aconteceu um acidente grave? O que esses carros de polícia estão fazendo aqui?"
― Lia! ― uma voz chamou pelo meu nome, que a princípio eu não havia reconhecido. ― Porque você ignorou as minhas ligações?
― Desculpa, foi sem querer. ― digo me aproximando dela. ― Clarice, você sabe o que foi que aconteceu? Tem até polícia...
― Você saberia se olhasse as minhas mensagens. ― ela respondeu me encarando. ― Você nem imagina o que aconteceu...
― Lia! ― Ravi gritou aparecendo do nada, com uma expressão de assustado. ― Lia, o Hernandez está morto! Mataram o zelador!
― Ele não se matou? ― Dylan veio logo atrás. ― Vocês ainda não viram as fotos?
― Que fotos? ― olhei para ele sem entender nada. ― Como assim o zelador está morto?
― Estão dizendo que ele se matou na sala de vídeos. ― Ravi levantou o celular para que eu visse a foto, mas eu recusei rapidamente.
― Isso é impossível. ― Clarice respondeu com um tom de voz triste. ― Ele não faria uma coisa...
― Espera! ― gritei escutando as fofocas que os outros alunos estavam falando abertamente. ― Eu não estou me sentindo muito bem... Não era ele que estava nos observando ontem na quadra? Ele até riu quando o Guilherme caiu.
― Ele se matou. ― Ravi afirmou outra vez.
― Isso é impossível. ― Clarice cruzou os braços, e eu conhecia muito bem aquele gesto. ― Tudo indica que foi alguém que matou ele.
― Ninguém iria fazer mal para um senhorzinho igual ao Hernandez. ― Ravi disse arqueando uma das sobrancelhas. ― E também, ele não iria fazer isso... O que vocês acham que aconteceu?
Não demorou muito para tirarem o corpo do zelador da sala de vídeos onde o corpo foi encontrado por uma funcionária. A maca passou pela gente sendo empurrada por dois médicos, e pude notar o lençol manchado de sangue, em seguida os policiais passaram também.
― Não acredito que ele cometeu suicídio. ― Brenda disse parando ao meu lado. ― Eu ainda estou chocada com tudo isso... Que tragédia.
― Isso é muito estranho... ― digo olhando para a pessoa que acabei de ver entrando pelo portão principal do colégio. ― Só chegou agora?
Não sei o que é mais estranho, se é o fato de eu e dos meus amigos terem chegado cedo hoje no colégio, ou, do meu irmão ter chegado apenas agora.
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