-Bem vinda de volta! - Sorri vendo que Haibara acenava vigorosamente na minha direção

Ele e Nanami estavam na mesma mesa do pequeno café que costumávamos sentar após trabalhos.

-Como foi a missão de vocês? – perguntei e fiz um sinal para o dono do estabelecimento sinalizando querer o mesmo pedido de sempre.

-Exorcizamos a maldição, você precisava ver, era nojenta – respondeu animado, e começou a contar como foi. Não foi muito longe e também nem tão complicada, mas era uma maldição um tanto quando atentada.

-Toda vez que Nanami tentava acertar, voltava a se esconder – Yu comentou e deu risada –, ele ficou realmente nervoso, você precisava ver.

-Tem certas coisas que você não precisa falar Haibara – o loiro comentou e em seguida ele mudou de assunto –, e então você e o Akio-san o que fizeram?

-Pesquisa, nos enfiamos o dia inteiro num monte de arquivos velhos – respondi evitando falar boa parte das informações – Coisa chata, preferia ir com vocês.

-Bom vamos ter uma missão grande em breve - ele comentou – não sei o que é ainda, provavelmente a escola vai precisar de alguns feiticeiros a postos.

-Da onde você tirou essa informação? – perguntei e agradeci pelo pedido que foi colocado na minha frente pelo atendente.

-Ouvi os assistentes comentando – ele respondeu despretensiosamente. Não pude deixar de rir.

-Nunca achei que você fosse alguém fofoqueiro Yu – comentei e ele riu.

-Não sou fofoqueiro apenas ouvi eles comentando, não posso fazer nada se eles não mantêm a discrição.

Balancei a mão, mas antes que eu continuasse uma notícia na televisão do café me fez parar mudando o meu foco.

"A seguir um acidente em Hamatsu na região de Shizuoka resultou em uma explosão. Seria culpa do desgaste nas tubulações velhas?! Vamos com Fushi, o repórter na cena."

Nanami fez um careta e Yu se virou para ele – Não é para onde os segundo anistas foram? Mei Mei e Utahime ficaram sem dar notícia por dois dias, então Yaga-san mandou eles para lá para averiguar.

-Parece que alguém esqueceu de colocar a cortina – comentei, com certeza eles levariam uma bronca por isso.

-Você disse estar fazendo uma pesquisa com Akio-san – Nanami mudou o assunto – Sobre o que exatamente?

Como esperado o loiro tinha sentidos afiados, eu não podia falar sobre muitas coisas, mas tinham algumas que poderia comentar. Recebi a confiança deles mesmo eu sendo o "elemento estranho" o mínimo que eu podia fazer era não mentir. Só omitir.

-Meu antigo vice-diretor me encontrou durante uma de suas viagens – comecei a falar o assunto do início - Não tenho memórias antes disso acontecer então nunca soube de onde vim ou quem eram meus pais.

-Eu recebi uma carta da minha antiga professora – falei e apoiei o rosto na mão antes de continuar falando – Falando sobre um registro de adoção passado da família Zenin para uma família norueguesa, estamos investigando se existe uma possível conexão.

-E vale a pena? – Nanami questionou – Descobrir a verdade vai mudar algo para você? Espera que eles te adotem?

Olhei para as minhas mãos – Não, realmente não. Já sei que tipo de família são o que eu menos gostaria de ter seriam laços. Mas acho que eu tenho de direito de pelo menos chamar a minha mãe pelo nome, não é?

Levantei meus olhos e bati as minhas unhas na mesa de leve – Aprecio a sua preocupação Nanami, mas sei onde estou me metendo. Akio-san tem bons instintos, por assim dizer. Quando ele achar que devemos parar, paramos.

-É raro ver Nanami se preocupando com alguém assim – Haibara comentou – Está apaixonado ou alguma coisa?

Engasguei com a minha própria bebida.

-Não diga bobagens – o garoto respondeu um tanto quanto nervoso – Como que eu me sentiria atraído por alguém que me deixa pendurado na primeira oportunidade que tem? Jamais.

-Eu me senti levemente ofendida agora – me recuperei e não pude deixar de comentar – Pensando como o senhor realista aqui. Provavelmente o meu bem-estar afetaria o time, assim como eu me preocupo com vocês ele está devolvendo isso. É uma preocupação amigável.

-Você tem maneiras peculiares de demonstrar isso então – Yu continuou – Porque você realmente nos deixa pendurados na primeira oportunidade que tem.

Olhei para o garoto incrédula - Você realmente não sabe como medir palavras Yu – comentei - Vou me lembrar disso e deixar que vocês caiam no chão na próxima vez. Ou melhor, deixar que sejam devorados por qual quer que seja a maldição.

-Mas eu não estou mentindo – ah essa sinceridade.

Joguei a minha cabeça pra trás – Certo, eu admito que eu posso exagerar às vezes, MAS não é culpa minha que vocês não reagem rápido o suficiente.

-Isso também é verdade.

-Haibara você está do lado de quem? – Nanami perguntou.

Yu deu risada – Estou só falando o que vejo, talvez devêssemos treinar algumas combinações para melhor nosso time não acham?

-[Nome] sempre é impecável no suporte eu e Nanami geralmente partimos pro ataque, talvez possamos pensar em alguns movimentos que não termine com nós dois balançando a uns 15 metros do chão e nem mortos.

-Você é um diplomata Yu – respondi – Eu não me oponho a isso, Nanami?

-Que outra escolha eu tenho, somos o único time do primeiro ano. Nem se eu não quisesse vocês iriam me forçar a isso.

-Quer dizer que você, quer? – Haibara perguntou – Devia ser mais sinceros com seus sentimentos Nanami.

O garoto então se levantou depois de deixar algumas notas na mesa e eu segui atrás dele também deixando o necessário para pagar pelo meu pedido – Você ouviu o garoto, seja mais sincero com seus sentimentos Nanami.

Sorri pra ele e deixei o café atrás do Haibara, tinha certeza que o nosso colega estava proferindo palavras bem "criativas" na mente dele. Por mais que eu tivesse sentido falta das minhas missões solo, ter esse pequeno grupo era bem mais divertido.

N/A: Capitulo de Transição, mais levinho antes de voltar para a história.

Agora sim se inicia o arco do receptáculo de plasma do Mangá. (Início cap 65, se não me engano). Porem vou correr com ela um pouco pararelo a história original.

Obrigada por acompanhar até aqui.

Até, Xx!