Prólogo
New York, dia primeiro de Janeiro de 1997, eu era forçada pela minha mãe a arrumar minhas malas, iríamos viajar para uma cidade no sul do Texas, eu nem se quer ao menos sabia o nome.
Por eu ter apenas quatorze anos, não tinha muita opção de escolha, ou outro lugar para ficar se não quisesse ir, eu era obrigada a ir, já que minha mãe foi transferida para trabalhar em uma casa de uma velha amiga na cidade que iríamos morar, que por algum motivo aparente deveríamos urgentemente nos mudar para ela, que por algum motivo não poderíamos passar nem ao menos mais um dia naquele lugar.
Eu realmente não queria ir, eu iria perde todos os mínimos amigos que eu tinha, nunca mais iria ver Taylor, e nem se quer Jack, iria ser um completo caos de tédio e brigas.
Minha irmã estava ao meu lado, fazendo também as tuas malas, mas ela parecia estar feliz, aquela infeliz chamada Margareth ficaria feliz em qualquer coisa que pudesse retirar a minha felicidade.
No outro quarto, estava minha mãe, apenas de ouvir a forma que ela cantarolava de felicidade era perceptível notar que ela estava feliz em ir, acho que apenas eu mesma não estava feliz com aquilo.
E o meu pai... Bem, eu queria poder ver a reação dele se soubesse disto, obviamente iria surta, ele acharia um completo absurdo irmos embora da cidade que tanto amávamos apenas por desespero, mas como ele não estava presente, era difícil de saber sua opinião.
Eu o amava demais, ele era a única pessoa naquela família que realmente entendia um pouco do que se passava em minha cabeça, mas agora minha mãe apenas têm uma forma dele em sua cabeça, em sua cabeça ele era um homem rígido, mas todos nós sabemos que ele era um homem adorável.
–Louise! Pare de ficar viajando em sua mente e arrume logo suas coisas! –Ouvi a voz de Margareth era alta, como se quisesse mandar em mim, mas como já estávamos indo, decidi seguir suas regras e ir.
. . .
00:00
O trem balançava em um ritmo que me deixava extremamente enjoada, já fazia mais de dois dias que estamos viajando, e por ser no interior, precisávamos ir a trem.
Eu não tinha muito o que fazer, a não ser viajar em meus devaneios, pensar em formas que poderia fugir daquele lugar purgante, mas era impossível.
Alguns minutos após eu pensar naquilo, acabei a olhar através da janela que estava levemente embaçada pelo pequeno frio que fazia naquela noite, e mesmo sem enxergar muito bem, consegui notar algo, vi uma casa pegando fogo, e rapidamente veio-me a lembrança daquele dia, do pior dia que poderia ter.
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