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Ondas de Smoothie

— Eu odeio ela...

Karin pediu para que todos os segredos fossem revelados, no entanto não soube o quão difícil seria tê-los expostos todos de uma só vez. Tomou fôlego e buscou controlar suas expressões o máximo que pôde, entretanto soube bem que Jungwoo notou sua surpresa e a inquietude de seus olhos trêmulos assim que escutou aquelas palavras saírem de sua boca.

Por um minuto ele aguardou a namorada digerir aquela nova informação. Percebeu que ela queria questioná-lo, saber se ele tinha certeza do que dizia.

Mais certeza em seu coração do que aquilo ele julgava impossível.

— Meu pai. Lucas. Você... — retomou sua fala notando o silêncio da adolescente. — Todo mundo. Eu sei que pensam que não sou tão horrível a ponto de odiar minha própria mãe. Sinto muito, mas é verdade. Eu simplesmente a odeio.

Ela franziu o cenho sentindo finalmente a madeira daquele banco a incomodar as coxas.

— Você não é uma pessoa horrível Jungwoo.

— Minha mãe ficou doente por culpa minha, eu matei meu irmão.

Karin sabia que aquelas palavras doeram mais nele do que nela, contudo sentiu obrigação de expressar sua frustração com todo aquele pensamento do namorado.

— Então a culpa é minha — ela indagou.

Jungwoo a fitou um tanto incomodado.

— Claro que não...

— Fui eu quem caiu no rio antes de tudo. Eu fui o motivo para você ter pulado primeiro.

O universitário frisou os lábios expressando sua insatisfação com o rumo daquela conversa.

— Para de dizer isso, você sabe que não é verdade.

— Seguindo seu pensamento, sim, essa seria a verdade. A culpa é minha.

— Não, você escorregou, não teve culpa, foi um acidente!

Assim que comentou, Jungwoo desviou seu olhar rapidamente. Gentilmente Karin o tocou o ombro.

— Exatamente. — Ela sorriu levemente. — Foi um acidente.

Ele juntou as mãos sobre o colo ainda de cabeça baixa.

— Não foi culpa de ninguém. Coisas ruins acontecem... Não se culpe pelo que não pode controlar.

— Você precisa me dizer que a culpa é minha Karin... Você tem que me dizer que é.

— Mas por que eu deveria fazer isso?

— Assim terei um motivo, eu preciso de um motivo para conseguir fazer isso.

— Fazer o quê?

— Perdoá-la...! — ergueu novamente a cabeça. — Eu não aguento mais viver com isso, lembrando de tudo... Como ela pôde fazer isso comigo...?! Me culpei por muitos anos pelo o que aconteceu. Recriei aquele cenário tantas vezes...! Se não tivéssemos ido aquele festival, se eu não tivesse pulado... Minha vida seria diferente... — negou com a cabeça. — Mas eu não quero voltar atrás, não mais!

Karin não sabia bem como reagir ao que estava acontecendo ali. Seu coração pedia para que ela fosse forte por ele, porém seu corpo queria ceder as lágrimas que ligeiramente borravam sua visão. Alcançou as mãos dele e o escutou até o fim.

— Perdi meu irmão. Já é o suficiente. Não quero me prender em escolher entre você e ele...! Como eu poderia escolher?! Isso é cruel demais, estou cansado de ter que passar por isso! — inverteu a posição de suas mãos e agora segurava as de Karin. — Ter você ao meu lado, por algum motivo, me faz acreditar que não preciso de mais nada. Não sei como fez isso, mas eu realmente estou perdidamente apaixonado por você. — Afagou as mãos da garota sutilmente. — Sei que o passado não vai mudar. E eu não preciso que ele mude para eu ser feliz. Você me mostrou isso.

A adolescente não foi capaz de segurar as lágrimas após aquela declaração. Aquele dia estava repleto de novas emoções, algumas que a muito Karin não sentia; entre elas a dor do passado e a sensação ter de proteger aquele que preenchia seu coração. Ela sorriu levemente ainda buscando ser forte.

— Se tudo for minha culpa... Vou poder perdoar minha mãe e viver com a culpa pelo resto da minha vida. Sobreviveria com isso, eu sei que poderia. Mas... O que ela fez comigo... Preciso de uma desculpa para enterrar isso no meu coração, para poder vê-la sem meu corpo parecer oco e sem emoção. Ela faz eu me sentir morto.

— Jungwoo... — Karin respirou fundo antes de prosseguir para não soluçar em meio as palavras. — Você nunca vai perdoá-la se continuar buscando uma desculpa para o que ela fez.

Ele se atentou em ouvir o que ela gostaria de dizer.

— Culpa, acidente, motivos, desculpas... Nada disso vai mudar o que ela fez e não fez. Mesmo que se obrigue a acreditar em mentiras, nunca vai ficar em paz. Sabe que não.

Ele quis baixar a cabeça, todavia o olhar de Karin parecia repleto de estrelas. Seu coração aqueceu enquanto se completava com aquela luz após tanta escuridão.

— Por isso aceite. Aquela mulher é sua mãe. Ela fez coisas horríveis e isso é ela quem deve corrigir, não você. Sim, foi um acidente e isso abalou todos. Ela está doente e foi você quem cuidou dela por todo esse tempo. Me diz que a odeia, que faz isso apenas para viver bem consigo mesmo, afogar o ódio que sente por ela... Pode ter certeza de que a odeia, e acredito que isso possa ser verdade, mas... Você está com raiva, está amargurado. Todo o sentimento caloroso que criou e sentia por ela se frustrou. Ódio e amor... Ódio é amor... Quer perdoá-la porque ainda a ama Jungwoo.

Era incrível como ele conseguia se sentir totalmente completo estando ao lado daquela garota. As palavras dela, seu olhar, suas bochechas úmidas. Tudo fez com que ele tomasse o fôlego que há muito parecia impossível.

— Karin... — ele acabou sorrindo um tanto melancólico. — Desde o dia em que pulei naquele rio eu tento subir a superfície. Afundando, afundando. Não importava o quanto eu tentasse, era muito escuro, era muito fundo, eu não conseguia subir.

Ele se levantou libertando as mãos da adolescente.

— Você foi o motivo que me fez pular.

Permaneceu a fitando mesmo que de pé.

— E agora está me trazendo de volta à superfície.

Karin pôs-se a se erguer junto dele.

— Se arrepende de ter pulado?

Jungwoo sorriu e negou.

— O que deve ser, será.

Novamente caminhavam, neste momento de volta para a clínica.

— Acha que consegue perdoar sua mãe algum dia?

— Você vai estar ao me lado enquanto procuro uma resposta?

— Se me permitir.

— Então ficará tudo bem.

Mesmo que o trajeto fosse curto, os dois aproveitaram a brisa e os breves minutos que passaram ali caminhando.

Estava tarde, Karin precisava voltar para casa.

— Tem certeza de que ficará bem?

— Não se preocupe, assim que meu tio chegar vou para casa. Não ficarei sozinho e mais, o Lucas mora literalmente na casa ao lado. Vou ficar bem.

Jungwoo estava debruçado na janela aberta do táxi enquanto Karin se ajeitava no banco de carona.

— Promete me avisar quando chegar em casa?

— Tudo bem... — ele riu por ver toda àquela preocupação na menina. — Agora vá logo antes que seus pais se preocupem mais.

— Ok... — suspirou.

— Ei...

Pareceu um pouco envergonhado pelo taxista estar logo ali, por isso buscou ser rápido. Se inclinou e depositou um selar nos lábios da namorada.

— Te vejo amanhã.

Ela sorriu já mais animada e concordou logo acenando após se despedirem.

Aquele poderia ter sido um dia estrondoso, porém não haviam mais segredos entre os dois e para isso ambos ficaram gratos. Karin se sentiu mais próxima do que nunca de Jungwoo, e ele por outro lado nunca havia se sentindo mais leve como agora. Seu coração ainda doía e o passado não parou de atormentá-lo. Contudo se viu mais forte, mais disposto a encarar seus problemas de frente e imaginar um caminho em que poderia ser feliz. Não seria sua mãe, seu pai, Lucas nem Karin que fariam isso por ele. Agora compreendia bem. Conviveu por muitos anos preso a ondas turbulentas. Estava na hora de emergir, não importava se fosse apenas para flutuar ou boiar de início.

Jungwoo finalmente sentia dentro de si que poderia sair daquela situação. Havia um final feliz para ele também.

Capítulo 27 ➜

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GLOSSÁRIO

• Smoothie - é uma bebida espessa e cremosa feita com purê de frutas cruas, legumes e, às vezes, laticínios, normalmente usando um liquidificador.

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