Caramelo ou Chocolate?
Não conseguir dormir fora o maior desafio de Karin aquele dia. As palavras de Yerim pairavam sobre sua mente a todo momento e um sentimento imenso de culpa pesava em seus ombros. Ela nunca teve a intenção de sair com dois ao mesmo tempo, no entanto concluiu que suas ações estavam sendo imaturas e mal pensadas. O que deveria fazer para resolver a situação a deixava de cabeça quente e não saber como se sentia a irritava mais do que tudo.
Ela passou muito tempo degustando tanto caramelo quanto chocolate, como escolheria o seu preferido agora?
Não teria ninguém mais a quem culpar por deixar tal situação chegar a esse ponto, fora ela quem os puxou para perto desde o início. E nisso ela firmemente concordava.
As olheiras marcariam uma má impressão em Jaemin durante seu encontro aquela noite e por isso Karin se incomodava mais e mais. Caminhava como um zumbi pela casa, com suspiros irritadiços que mais pareciam o sussurrar de uma bruxa. Ao abrir a porta de seu quarto, Taeil se deparou com a imagem da irmã daquela forma.
ㅡ Meu Deus, uma assombração! ㅡ após um breve pulo, levou a destra ao peito.
Duas colheres eram pressionadas embaixo dos olhos da garota enquanto ela mantinha um semblante deprimido e cansado.
ㅡ Aish, está ensaiando pra uma peça de terror, é? ㅡ a mão agora estava na cintura ㅡ O que é isso? ㅡ apontou para as colheres ㅡ Tá fazendo o quê?
ㅡ Olheiras, olheiras malditas e horrorosas... ㅡ encenou um choro ㅡ Como se impressiona alguém com a cara desse jeito?
ㅡ Que história é essa? ㅡ apertou a vista ㅡ Não disse que ia sair com os seus amigos?
Karin se calou na busca de disfarçar sua frustração.
ㅡ Você vai ter um encontro hoje?
ㅡ Não é da sua conta.
Taeil a encarou levemente concordando com a cabeça.
ㅡ PAI, A KARIN VAI SAIR COM UM...!
Antes dele poder terminar, a adolescente agilmente enfiou as colheres na boca dele e o arrastou para dentro do quarto fechando a porta rapidamente. Se cuspindo, Taeil retirou as colheres da boca as jogando em cima da escrivaninha e expressou uma careta enojado.
ㅡ Ainda estava quente! Mas que horror!
Alcançou sua xícara de água ao lado da cama bebendo um bom gole.
ㅡ Nosso pai ainda me acha nova demais pra isso, mas eu juro que não estou fazendo nada demais...! ㅡ ela sussurrou ainda em frente a porta do quarto do irmão.
ㅡ Há quem diga que quem jura mente. ㅡ a encarou de canto.
ㅡ Não fiz nada...! Nem beijar eu beijei, por que eu mentiria sobre isso...?!
Assim que o irmão começou a rir pela vergonha repentina que atingia a irmã, Karin lhe beliscou o braço.
ㅡ AI! ㅡ ele recuou horrorizado ㅡ Não seja bruta assim com o menino senão ele vai fugir de você, viu...?!
ㅡ Pare com isso...! Me prometa que não vai contar pra eles que eu menti...!
ㅡ É rude comigo, acabou de enfiar duas colheres com óleo da sua cara na minha boca, me beliscou e ainda quer meu silêncio? ㅡ soprou um riso ㅡ Ah, você está fazendo isso errado.
ㅡ Por favor oppa*...! Eu realmente preciso ter certeza de uma coisa, é importante...!
ㅡ Ah pronto, agora ficou muito mais suspeito.
ㅡ Te garanto que não vai acontecer nada...! Só vamos ver um filme, o que mais pode acontecer?
ㅡ Gracinhas, muitas gracinhas.
ㅡ Sabe que eu não faria isso...! Olha só, é o filme acabar, virei direto pra casa, que tal?
ㅡ Karin, você mente mal.
A adolescente juntou as mãos em prece e o encarou com um olhar entristecido.
ㅡ Não, nem vem, isso não funciona comigo. ㅡ ele cruzou os braços ㅡ Eu não conheço esse menino, não confio nele e você ainda é ingênua demais. Ele vai se aproveitar da primeira brecha que você der.
ㅡ Defesas ativadas a todo instante, antes das nove já estarei em casa...!
ㅡ Hm, não sei... ㅡ frisou os lábios.
ㅡ Por favor... ㅡ ela permaneceu o fitando com um olhar pidão.
Junto a um suspiro de pura desistência, Taeil coçou a cabeça.
ㅡ Ah, devo estar ficando louco... ㅡ coçou o nariz e empurrou sem força a irmã para que lhe desse passagem ㅡ Tá Karin, faça o que quiser.
ㅡ Obrigada oppa! ㅡ abriu um sorriso vitorioso.
ㅡ Mas preste atenção, está me ouvindo? ㅡ apertou a bochecha dela antes de abrir a porta ㅡ Se eu ver um borrado no seu batom eu vou castrar o moleque. Estou falando sério.
ㅡ E agora só posso beijar no dia do casamento, é?
Ele apertou mais forte.
ㅡ Já avisei.
ㅡ Ah isso dói! ㅡ estapeou o irmão para ter sua bochecha livre.
Mostrando a língua um para o outro, ambos se separaram no corredor. Taeil acabou rindo por ver o quanto sua irmãzinha já havia crescido. Ele detestaria que alguém magoasse seu coração, no entanto sabia bem que a escolha para tais questões não era dele para ser feita.
Enquanto jogava mais e mais roupas em cima de sua cama após o banho, seu celular vibrou. Karin estava detestando ignorar as mensagens de Jungwoo daquela forma, porém após muito pensar no que Yerim havia lhe dito, acreditou que deveria seguir como normalmente faria se não tivesse conhecido o gentil universitário. Jaemin sempre fora sua paixonite secreta nos anos colegiais que se estendiam, o que não garantia que o seu sentimento por Jungwoo não passasse de uma atração passageira? Fixando isso em sua cabeça, ela ignorou o celular e se focou no que deveria vestir.
Ainda lhe restava uma boa hora antes de Jaemin chegar, entretanto Karin já terminava de se maquiar com a roupa e cabelos prontos. Não queria ter preocupação alguma aquela noite e por isso, além do irmão ciumento a rondando, optou por roupas mais confortáveis.
Encarando a janela da sala, Karin fazia companhia aos pais que assistiam ao noticiário na televisão enquanto aguardava uma mensagem de Jaemin. E não demorou muito para já estar correndo à porta principal da casa.
ㅡ Não chegue tarde, e se for passar a noite na casa das meninas, nos avise. ㅡ a mãe comentou calmamente.
ㅡ Eu não deixaria ela passar a noite fora se fosse vocês. ㅡ Taeil comentou levando uma uva a boca.
ㅡ O quê? ㅡ o pai não desconectou os olhos da televisão.
ㅡ AH! ㅡ apertando o abdômen, Taeil se apoiou no balcão da cozinha.
Com uma cotovelada rápida, Karin acertou o estômago do irmão que por pouco conseguiu pegar a uva que escapou por entre seus lábios devido ao golpe que recebera. Com passos rápidos e um sorriso contagiante, a adolescente alcançou sua jaqueta jeans.
ㅡ Até mais tarde! ㅡ sorriu aos pais em conjunto de um aceno ㅡ Até depois, idiota. ㅡ mais uma vez mostrara a língua ao irmão.
ㅡ Mas ela está perdendo o juízo! ㅡ Taeil ameaçou tacar seu chinelo na garota.
Fugindo com risos alegres, Karin desceu os degraus com certa firmeza não querendo parecer nervosa ou desesperada. Se bem que seu coração acelerado não podia mentir.
ㅡ Oi!
Jaemin sorriu largamente retomando sua postura ao ver a menina. Os dois acabaram ficando silenciosos analisando um ao outro calmamente.
ㅡ Então... ㅡ ela iniciou ㅡ Você disse que tinha acabado de chegar quando mandou a mensagem.
ㅡ Sim, isso mesmo.
Karin o encarou desconfiada.
ㅡ Com cinco minutos de antecedência. ㅡ ele comentou ㅡ Ok, talvez foram dez. ㅡ levou as mãos aos bolsos.
Os dois estavam rindo quando decidiram logo ir ao shopping para não gastarem tempo à toa. Por algum motivo Jaemin não pediu para segurar a mão dela o que deixou Karin ainda mais nervosa com aquela ideia toda de encontro no cinema. Por que estavam estranhamente envergonhados com a presença um do outro?
Já na fila da bomboniere*, Karin aguardava Jaemin com os ingressos e logo que ele se aproximou decidiram dividir um balde médio de pipoca e pediram dois refrigerantes. Mesmo sendo uma romântica assumida, Karin teve medo de entediar Jaemin com sua escolha, para isso pediu a opinião dele para selecionarem o filme. No fim ação e aventura a agradou e Jaemin também pareceu bastante entretido. Acabaram tendo um momento bastante relaxante enquanto o filme prosseguia. Não se sentiam mais tão nervosos com a presença um do outro e aproveitaram cada segundo ali. Riram, vibraram, estremeceram e agradeceram a escolha do filme que fizeram.
ㅡ Woa, você viu aquela cena em que ele foi atropelado? ㅡ cobriu brevemente os lábios ㅡ Eu pensei que ele tivesse morrido de verdade! ㅡ Karin gesticulava enquanto sua voz esbanjava adrenalina.
ㅡ Eu também, eu também! ㅡ Jaemin seguiu o embalo ㅡ E quando ele foi esfaqueado?
ㅡ Eu entrei em desespero!
ㅡ Bem isso! Ah, viu como eles lutavam? Estavam tão incríveis, queria saber fazer aquelas coisas.
ㅡ Você ia ficar muito descolado Jaemin. ㅡ os dois riram ㅡ Mas pra mim você está muito bem do jeito que é.
ㅡ Obrigado pelo consolo.
Jaemin e Karin poderiam facilmente ser confundidos com um casal apaixonado em tal cena. Estavam tão entretidos um com o outro que nem ao menos notavam como as pessoas os observavam. Não queriam partir daquela forma, por isso visitaram algumas lojas, se divertiram como bem entenderam.
ㅡ Vamos comer alguma coisa? ㅡ Jaemin se pronunciou primeiro.
ㅡ O que quer comer?
Caminhavam com poucas sacolas de compras preenchidas por mangás, jogos, livros, porém não em grande quantidade.
ㅡ Quando estava indo te buscar vi um restaurante que pareceu muito bom.
ㅡ Não quer comer aqui?
ㅡ Pensei nisso, mas você me avisou que deveria voltar antes das nove.
ㅡ É, podemos agradecer meu irmão por isso... Mas é uma boa ideia, melhor não arriscarmos.
ㅡ Então vamos, daqui a pouco o ônibus vai passar.
Jaemin se voluntariou para levar as sacolas de Karin. Mesmo que ela tenha recusado, não estavam nem um pouco pesadas, ele insistiu. A breve viagem de ônibus confortou o coração de Karin, as palavras de Yerim não a perturbavam mais e estando com Jaemin, não se via pensando em Jungwoo como vinha fazendo os dias passados. Seria esse um avanço?
Jantaram um bibimbap* bastante apetitoso, um que Karin nunca teria provado se não fosse por Jaemin recomendar o local para gastarem os minutos restantes de seu encontro juntos.
ㅡ Gostou?
ㅡ Esse é o melhor bibimbap que já comi na minha vida...! ㅡ comentou antes de levar outra colherada a boca ㅡ Não diga que falei isso pra minha mãe. ㅡ cochichou.
ㅡ Seu segredo está seguro comigo.
Decidiram se focar mais no prato antes de voltarem a conversar para que não esfriasse. Antes de finalizar sua tigela, Karin prosseguiu.
ㅡ Eu nunca passo por essa rua já que moro um pouco mais pra frente. Nós sempre descemos no ponto perto da minha casa. Que sorte você ter visto esse lugar, é realmente muito gostosa a comida daqui. Com certeza virei mais vezes. ㅡ por fim murmurou: ㅡ Hyesoo vai enlouquecer aqui dentro... ㅡ um risinho.
ㅡ Ah, não dá. Estou me sentindo mal agora. ㅡ Jaemin confessou.
ㅡ O quê? ㅡ Karin questionou após terminar de engolir e logo bebeu um gole d'água ㅡ Por quê...?
ㅡ Não foi por acaso... Tem outro motivo para eu te trazer até aqui.
ㅡ Qual?
Ela não demonstrou, e se mataria se tivesse, no entanto o nervosismo novamente a pegou sem aviso com o coração voltando a querer acelerar.
ㅡ Esse é o restaurante dos meus pais. ㅡ sorriu embaraçado.
Karin fitou o prato levemente e logo se ajeitou na cadeira de uma maneira mais formal por impulso.
ㅡ Ah, ha ha ha... ㅡ sorriu de forma graciosa ㅡ Por que não me disse nada?
ㅡ Eu não queria te pressionar ou te obrigar a nada. ㅡ balançou a destra em negação rapidamente ㅡ Eles também não estão aqui hoje, foram jantar com amigos.
ㅡ Oh... ㅡ então relaxou.
ㅡ Desculpe fazer isso. ㅡ ainda estava nervoso ㅡ Eu só queria te mostrar que somos parecidos.
ㅡ Parecidos?
ㅡ Você e eu. A doceria e o restaurante. ㅡ sorriu orgulhoso ㅡ Nossos mundos são semelhantes.
Karin se comoveu com aquelas palavras por algum motivo. Seu coração se aqueceu e ela não pode evitar de sorrir ao garoto de olhos caramelizados que poderiam derretê-la em segundos.
Após o jantar, se viram prontos para voltarem para casa. Jaemin, como o bom cavalheiro que se mostrava aquela noite, acompanhou a menina até em casa carregando suas sacolas por todo o trajeto. Quando finalmente se viram exatamente onde o encontro havia se iniciado, ele estendeu as compras dela.
ㅡ Muito obrigada por hoje. ㅡ fora sincera ㅡ Meu dia não começou muito bom, mas agora vai terminar bem melhor.
ㅡ Saber disso me deixa feliz. Eu também me diverti.
Já estavam prontos para se despedirem.
ㅡ Podemos fazer isso mais vezes, se quiser. ㅡ ele completou.
ㅡ Claro... Então, é agora que dizemos até mais?
ㅡ Acho que sim.
O silêncio fora a deixa para cada um seguir seu caminho e Karin entendeu o recado acenando timidamente e se virando para subir as escadas. No entanto fora impedida por um toque sútil, porém repentino. Jaemin finalmente pegou sua mão num aperto gentil. Ela voltou a encara-lo e toda aquela quietude era bastante convidativa.
ㅡ Espera.
ㅡ Sim? ㅡ o coração dela acelerou.
Novamente ambos se calaram perdidos naquele momento. Dois passos foram o suficiente para que Jaemin conseguisse se aproximar o quanto queria. As palavras do irmão repentinamente surgiram na mente de Karin, entretanto ela afastou o medo do perigo e deixou aquilo acontecer. Logo que o toque fora feito, um arrepio tomou sua pele, todavia algo diferente havia acontecido. Um beijo leve, delicado e calmo. Era para ter sido um momento mágico. Ambos abriram os olhos e Karin se pegou fitando Jaemin que expressava muito bem sua confusão.
ㅡ Calma... Eu acho que... Tem alguma coisa errada... ㅡ ele pareceu perdido ㅡ Vamos tentar de novo?
Karin também não entendia o que acontecia ali. Estavam trocando beijos, então por que nenhum dos dois sentia nada? Todo o encontro eles se viram cheios de sensações, emoções afloradas, um simples esbarrar de dedos os deixava bobos. Por que agora desmoronou?
Após as tentativas de entender o que de fato ocorria ali, Jaemin e Karin se afastaram envergonhados e bastante confusos. Se não era amor, o que foi tudo aquilo que sentiram um pelo outro?
De repente Jaemin começou a rir. Karin o fitou e logo se deixou levar rindo da mesma maneira.
ㅡ Isso foi estranho...? ㅡ ele coçou a cabeça.
ㅡ Era pra ser assim?
ㅡ Não... Quer dizer, isso nunca aconteceu comigo antes. ㅡ logo a emcarou surpreso ㅡ Mas espera esse foi o seu...?
ㅡ Não se preocupe, estou feliz que você tenha sido o meu primeiro beijo.
Eles estavam bastante envergonhados, e isso fez Jaemin rir mesmo que quisesse sair correndo.
ㅡ Vamos continuar amigos, não é? ㅡ ele perguntou.
ㅡ E por que não? ㅡ sorriu outra vez.
Aquela fora uma despedida bastante embaraçosa dado o que acabara de acontecer. Karin com certeza nunca se esqueceria de seu primeiro beijo agora. Jaemin ainda não compreendia o que houve e mesmo assim teve certeza de que os dois confundiram as coisas desde o início.
Já em seu pijama, Karin leu as mensagens que Jungwoo lhe enviara outra vez. Estava confusa sobre tudo mais do que nunca agora. Sem permissão e sem saber se Taeil estava acordado ou não, a garota invadiu o quarto do irmão mais velho.
ㅡ Se a porta está fechada, significa que deve bater antes de entrar. ㅡ estava aconchegado em sua cama enquanto teclava algo em seu notebook.
ㅡ Oppa, preciso de um conselho.
ㅡ Não sei, nem quero saber. ㅡ continuou digitando sem desconectar seus olhos da tela.
Karin se aproximou e sentou ao pé da cama.
ㅡ Oppa, como você faz para saber se está apaixonado ou não?
Taeil parou de dançar seus dedos sobre o teclado e encarou a irmã com a sobrancelha arqueada.
ㅡ Não tem nada a ver com meu encontro de hoje, só estou curiosa...! ㅡ balançou as mãos rapidamente ㅡ Você já namorou várias vezes, como tinha certeza de que gostava mesmo delas?
Ele abaixou o olhar e voltou a teclar.
ㅡ Era a pessoa de quem eu mais sentia falta.
ㅡ E o que mais?
ㅡ Queria estar com ela o tempo todo, pensava nela o tempo todo. ㅡ suspirou ㅡ Olha as coisas que está me fazendo dizer...
ㅡ E se você estivesse confuso entre mais de uma pessoa. O que você faria pra saber?
Taeil parou para pensar um instante.
ㅡ Tudo bem Karin, eu já entendi o que está acontecendo aqui. ㅡ pareceu desacreditado ㅡ Quem é que preciso matar?
ㅡ Quê?
ㅡ Você está apaixonada, se eu matar o infeliz o problema se resolve.
ㅡ Eu não estou apaixonada, não fale besteiras...! ㅡ estava indignada.
ㅡ Claro e eu acredito em Papai Noel... ㅡ outro suspiro ㅡ Tudo bem, feche os olhos.
ㅡ Por que eu preciso...
ㅡ Feche logo...!
Ela o obedeceu.
ㅡ Imagine uma praia. ㅡ ainda mantinha seu olhar preso ao notebook ㅡ Ela está vazia. Há somente você e as ondas... Encarando o horizonte enquanto a água cristalina banha a areia, você almeja a presença dele.
Karin apertou os lábios, ainda não estava certa de quem ele estava se referindo, muito menos quem seu coração indicava, no entanto o sentimento definitivamente estava lá.
ㅡ Respire com calma, deixe fluir... Ele vai aparecer.
Karin abriu os olhos rapidamente e quase que desesperada.
ㅡ Em quem pensou?
Tentando disfarçar, ela se levantou pronta para ir embora.
ㅡ Isso não funciona...!
ㅡ Ah é, então por que sua cara está toda vermelha? ㅡ o irmão riu.
ㅡ É calor...! ㅡ e ela fugiu.
Com o coração a mil, Karin se escondeu debaixo de suas cobertas cobrindo o rosto com as mãos na tentativa de se acalmar. As imagens que seu subconsciente criou ainda se achavam vívidas em sua memória o que a amedrontava ainda mais. Seu irmão lhe disse para se imaginar sozinha numa praia, mas quando buscou o nome de quem seu coração ansiava, por que Jungwoo se viu sentado ao seu lado?
Capítulo 13 ➜
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GLOSSÁRIO
• Oppa - significa irmão mais velho, amigo muito próximo que é mais velho, interesse romântico, namorado ou às vezes até marido, se forem mais velhos.
• Bomboniere - é um pequeno estabelecimento comercial onde se vendem lanches rápidos e artigos de consumo imediato. São usualmente instaladas dentro de espaços maiores, tais como shoppings, teatros, cinemas, etc.
• Bibimbap - é um prato que mistura arroz e vegetais, muitas vezes pode levar ovos, fritos ou crus, e carne também. Possui várias variações. A forma correta de saborear este prato é misturando tudo antes de comer.
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