Capítulo 5
Na manhã seguinte, acordei disposto a tentar conversar com Kiba. Vejam bem, tentar, eu não chegaria nele do nada e diria: Ei, sei que te apresentei Hinata, mas talvez eu também esteja interessado nela!
Qual é, teria que sondá-lo, descobrir se o encontro foi bom. Coisas do tipo, precisava saber quais eram minhas reais chances. E, principalmente, perguntar a mim mesmo se aquilo era real ou fogo de palha. Perder a amizade do Kiba por um sentimento efêmero e egoísta não estava nos meus planos. Contudo, logo notei que havia algo de errado. Todos me olhavam cochichando, eu era um pouco popular, mas não tanto a ponto de chamar essa atenção toda. Até que ouvi um sussurro que me fez ter um vislumbre do que podia supostamente ter acontecido:
— Soube que a Sakura deu um fora nele porque o Sasuke voltou. — ergui uma sobrancelha.
Como é?
— Tadinho, se ele quiser eu posso consolá-lo. — a outra revidou, baixei a cabeça e fingi que não ouvi.
Disparei para a sala onde sabia que Sakura estaria hoje — conhecia todos seus horários — pois queria tirar a história a limpo. Sasuke estava de volta? Como ela se sentia? Aliás, como todos sabiam que saímos juntos? Isso mudava tudo.
A encontrei debruçada sobre a mesa da Hinata e hesitei por um instante. Fechei os dedos das mãos, ensaiando o que dizer, buscando seu olhar. Eu queria testar se sentiria algum tipo de sentimento esclarecedor quando nossos olhares se cruzassem. E, como se ela sentisse minha presença, levantou a cabeça e me encarou. Seus cabelos caim como uma cortina em seu rosto e a franja escura destacava os olhos claríssimos. Senti até uma vertigem, Hinata era como uma fada encantada ou coisa do tipo. Jogando seu feitiço em mim. Fiquei ali, imóvel, observando-a, ela não quebrou o contato visual de imediato. Minha garganta secou, minhas pernas fraquejaram, ou foi o chão que ficou meio flutuante? Não sabia ao certo, no entanto, manter o equilíbrio passou a ser mais complicado do que eu pensava. Movimentei os dedos, que já doíam de tanto que os apertava, e segui em direção às duas.
Buscando parecer casual.
— Bom dia, meninas — minha voz soou mais rouca do que de costume. Tive que pigarrear para continuar falando: — Tudo bem, Hinata?
Sakura mantinha uma expressão neutra no rosto, não interrompeu.
— Bo-bom dia. Estou bem e você? — ela tentou não gaguejar a frase toda e eu sorri.
Aquele jeitinho tímido era tão encantador.
— Estou bem também. — ponderei se devia fazer a próxima pergunta e decidi que sim. Eu queria ouvir de sua boca para poder analisar sua expressão. Abaixei para ficar da mesma altura que ela na carteira e toquei com apenas a ponta do indicador o queixo de Hinata. Incentivando que ela olhasse para mim. — Desculpe se te deixei sem graça ontem ao apresentar meu amigo. — esperei, suas bochechas coraram, Hinata entreabriu os lábios rosados procurando pelas palavras e minha boca se encheu de água. Mordi meu lábio inferior, estudando o que aquela sensação significava.
— Tu-tudo bem. — percebi que Hinata tentava desviar os olhos. Só que eu queria continuar olhando para ela. Estávamos em um impasse.
— O encontro foi bacana? — eu quis saber, ciente de que estava sendo invasivo fazendo esse tipo de pergunta à ela. Nem nos conhecíamos direito.
Mas eu precisava saber.
— Fo-foi. — e com isso ela virou o rosto, assenti lentamente.
— Que bom. — me ouvi dizer e levantei, eu tinha que falar com Sakura. Que jazia de braços cruzados como se adivinhando tudo.
Uma sobrancelha delicada dela se elevou quando nossos olhares se encontraram, em seguida Sakura me pegou pelo braço.
— Precisamos conversar. — saiu me arrastando porta afora e todos da sala nos encaravam cochichando. Olhei para Hinata e seu olhar era um misto de dor e confusão.
Queria saber o que pensava, o que achava de mim. Mas não sabia como me aproximar, sem parecer que eu queria talaricar o Kiba.
— Me conta o que tá rolando. — ela foi dizendo quando chegamos longe o suficiente para ninguém nos ouvir.
— Me conta você o que tá pegando, Sakura. — revidei — Estão todos cochichando de mim, falando que o Sasuke voltou e que você me deu um fora por isso. É verdade?
Ela corou e baixou o olhar.
— Ah meu Deus, é verdade. — constatei, unindo as sobrancelhas. — Quando foi, ontem?
— Sim, quando cheguei ele estava na minha casa me esperando. — confessou e eu achei que sentiria uma pontada no peito, ciúmes, qualquer coisa. Só que nada aconteceu.
— Você descobriu que ainda gosta dele, não é? — adivinhei.
— Talvez, nos nós beijamos. — seu olhar evitava encontrar o meu.
Receber aquela informação à queima roupa teria acabado comigo há alguns dias. Contudo, hoje somente consegui sentir alívio. Alívio por ela não retribuir aos meus sentimentos, eu era só a segunda opção mesmo. Nunca fui considerado realmente, no momento que Sasuke apontasse de volta tudo estaria acabado entre nós. Ainda bem que não perdi meu tempo beijando Sakura ontem, quero que meu primeiro beijo seja com uma garota especial, que goste de mim com a mesma intensidade que eu gosto dela.
Ou seja, vou morrer boca virgem.
— Escuta, está tudo bem. — toquei seu ombro e ergui seu queixo para poder olhar em seus olhos. Eu queria dizer aquilo dessa forma, olhando no olho dela. — Acho que tudo foi um equivoco não é? Tipo, eu e você? Pensei que estivéssemos possivelmente na mesma página. Que finalmente me corresponderia sentimentalmente, porém nada mudou para você. — falei, ela balançou a cabeça em concordância.
— Mas pra você mudou. — franzi a testa tentando compreender o significado daquelas palavras, Sakura prosseguiu: — Eu vi a forma que olhou para Hinata hoje, observei ontem como ficou abalado quando notou que eles estavam de mãos dadas. Quando percebeu a burrada que havia feito, você se arrepende de ter apresentado o Kiba à ela, né Naruto?
Suspirei profundamente e fiz que sim com a cabeça.
— Culpado — confirmei —, estava confuso. Só que acabei reconhecendo que eu queria mais tempo para conhecê-la. — assumi, meus ombros caíram com a derrota. — Agora não dá mais, não sem virar um talarico de merda.
Ela riu.
— Que bagunça a gente fez. — sorri também, Sakura sempre foi minha amiga e acho que isso não mudaria entre nós. — Nunca ia rolar nada significativo entre eu e você, somos apenas bons amigos. Tá na cara que foi um equivoco, da mesma forma que foi um erro você apresentá-la ao Kiba. — fiz uma careta de desgosto. — Eu não deveria dizer, mas consegui informações preciosas com a Hinata. — meu coração se iluminou. — Kiba tentou sutilmente beijá-la, ela, porém, não quis, disse que prefere ir com calma. É um bom sinal, você só precisa se fazer presente e se tornar uma opção viável pra Hinata. — revirei os olhos.
— Qual a parte de que meu amigo é afim dela as pessoas não entendem? — perguntei retoricamente. — Se eu fizer isso, se entrar na disputa pela Hinata, posso perder a amizade do Kiba. E, cara, ele é meu melhor amigo.
— Pensando assim é mais complicado do que eu pensei. — crispou os lábios como se tentasse encontrar uma solução. — Você terá que descobrir se Hinata vale a pena o risco ou não. Se quiser sair de cena e deixar Kiba investir e conseguir o que quer. Terá que lidar com a consequência de sua escolha depois. — arregalei os olhos.
— Vai com calma, Sakura. — mostrei as mãos em sinal de pare. — Merda, eu estou muito confuso. Não posso agir impulsivamente e se for só fogo de palha o que eu acho que sinto por ela?
— Tipo o que você pensou que sentia por mim? — ela riu mais uma vez. — Eu via como me olhava e sabia que gostava de mim por isso. Mas a forma que olhou para Hinata hoje antes de se aproximar foi diferente. Você sequer percebeu que eu estava ali, te vendo. Foi intenso, Naruto. Tá na cara que seus sentimentos por ela são diferentes do que os que sentia por mim. Confia nos seus instintos, se perder essa garota pode se arrepender amargamente no futuro. — eu a encarei, absorvendo aquelas palavras, quando Sakura emendou: —, e me desculpe, contei para Ino que eu te dei um fora por causa do Sasuke. Porque fiquei com o ego ferido por você ter me dado um fora ontem. Mesmo que eu saiba que foi a coisa certa a se fazer. Não termos nos beijado e tals. Ela deve ter espalhado para toda a escola, fofoqueira do jeito que é. — Sakura se encolheu temendo minha reação.
Eu ri e me inclinei para deixar um beijo em sua bochecha.
— Eu te adoro, Sakura. Obrigado. — e sai correndo. — Boa sorte com o Sasuke dessa vez! — gritei de longe.
Só que quando tentei voltar para a sala da Hinata, o professor bateu a porta na minha cara. Sakura vinha numa carreira e entrou ofegante, se desculpando pelo atraso.
Droga, eu também estava atrasado. Fiz o caminho de volta para a minha própria sala e por sorte o professor Kakashi estava mais atrasado do que eu. Me joguei na cadeira, sorrindo feito um idiota, parte dos meus conflitos estavam resolvidos. Procurei pelo Kiba e não o encontrei, quando peguei meu celular percebi que tinha uma mensagem dele. Dizendo que o sushi não fez bem e que não iria para a aula hoje. Para concluir, pediu para que eu ficasse de olho na Hinata por ele.
Ah, eu ficaria, sem dúvidas. Não tiraria os olhos da Hinata.
Tive uma ideia meio malandra ao receber aquela informação. Que Deus me perdoasse, mas daria um jeito de chegar perto da Hinata hoje. Quando o aparelho vibrou, indicando outra mensagem.
"Eu acho que fiz merda. Analisei tudo errado e tentei beijá-la, devia ter ido mais devagar. Mas cara, ela é muito linda e não consegui resistir. Me dá um conselho aí, o que eu faço pra não deixá-la escapar? Péssimo momento pra eu ficar doente"
Me senti horrível lendo aquela mensagem, eu iria vê-lo e jogaria a real. Kiba parecia angustiado, eu o compreendia. Afinal, de ontem para hoje eu estava uma pilha de nervos e nem sabia como agir.
Digitei rapidamente que ficaria tudo bem e que eu passaria na casa dele à noite para conversamos melhor. Era mais sensato jogar limpo, como meu pai aconselhou ontem. Os riscos seriam menores, mas primeiro, eu teria que tentar me aproximar da Hinata de alguma forma. Demonstrar que eu existia na equação, que era uma possibilidade para ela. Com esses pensamentos, ignorei as outras mensagens do Kiba e me deixei viajar nas imagens que tinha formado de Hinata em minha mente. Repassei alguns momentos em que fiquei observando-a na sala quando tínhamos aulas juntos. Em como era delicada e linda, me arrependendo amargamente por não ter tomado uma atitude de no mínimo me apresentar a ela quando tive chance. As aulas se arrastaram até o intervalo e quando enfim o sinal tocou, disparei para fora da sala em direção a da Hinata. A encontrei saindo para o intervalo, Sakura estava atrás e fez um joia com os dedos magros. Indicando que me deixaria sozinho com Hinata. Tentei puxar assunto.
— Oi de novo. — modulei a voz para que soasse suave e acolhedora. Percebi que Hinata vestia apenas uma baby look fina e começava a esfriar. Tanto que ela estava toda arrepiada nos braços. — Está com frio? — me apressei em retirar minha jaqueta, colocando-a por cima dos seus ombros.
— Nã-não precisa, e-eu estou bem. — ela fez menção de me devolver, insisti que ficasse.
— Está esfriando, você pode gripar.
— Mas é sua. — revidou, seus olhos denotando confusão.
— Estou bem, tenho facilidade em me manter aquecido. — sorri para dar veracidade as minhas palavras. — Está com fome? Quer comer alguma coisa? — fui perguntando, tentando manter a conversa fluindo.
Ainda que em um assunto banal.
— Si-sim, estava indo à cantina. — colocou uma mexa grossa de seu cabelo escuro por trás da orelha e eu suspirei.
Seus movimentos eram tão delicados, Hinata era a garota mais doce do mundo. Como não notei isso antes?
— Eu vou contigo. — toquei de leve seu cotovelo, para guiá-la, porque alguns garotos passavam secando ela por trás e aquilo estava me incomodando.
Eu queria demonstrar que estava ali, presente.
— Tu-tudo bem. — respondeu com o olhar baixo e seguimos para o pátio do colégio.
Parte de mim se sentia incrivelmente confortável com aquela singela aproximação. Por outro lado, a outra parte sentia remorso por eu ser um safado que pretendia roubar a garota do meu melhor amigo.
Balancei a cabeça e concluí que mais tarde lidaria com esse detalhe, uma coisa de cada vez. Caminhamos em silêncio, pois havia muitos alunos se movimentando e esbarrando em nós. Por fim, fizemos os pedidos e sentamos em uma mesa afastada do refeitório. Entendi que era hora de puxar outro assunto para não ficarmos feito dois mudos de frente um para o outro. Foi quando uma ideia me surgiu, ou, mais precisamente em uma forma de passar algum tempo com Hinata sem dar na cara que estava afim dela.
— Hinata... — chamei, incerto, coçando a nuca. — Eu queria te pedir um favor.
Seus olhos encontraram os meus e havia expectativa neles.
— Si-sim?
— Estou com dificuldade em química avançada, você pode me dar uma força? — seus lábios se abriram em um ô perfeito e fiquei hipnotizado. — Lembro que você era boa nessa matéria, quando tínhamos aulas juntos.
— Vo-você lembra? — ela pareceu surpresa e confusa.
— Lembro — afirmei sério. — Eu reparava muito em você, mas nunca tive coragem de te falar. E depois não nos vimos mais, quer dizer, eu achei que não. — me corrigi, nervoso por tentar expressar de alguma forma que já tinha prestado atenção nela. — É que me lembro dos seus olhos serem castanhos. Por isso fiquei em dúvida quando te vi com a Sakura.
— Ah — suas bochechas coraram de um jeito muito fofo, eu podia ver diversos pontinhos rosa se espalhando lentamente por sua pele clara. Fazendo meu coração se agitar. — Eu usei lente de contato por um bom tempo. — sua voz soou incrivelmente baixa nesse ponto.
— Por quê? Seus olhos são naturalmente incríveis. — então me lembrei do que Shino me contou e acrescentei: — Não devia dar bola para meia dúzia de idiotas que pensam o contrário.
Ela sorriu timidamente e eu quis tocar em sua mão por cima da mesa. Mas me detive. Seria um gesto muito adiantado para o tipo de relação prematura que desenvolvemos em tão pouco tempo.
— O-obrigada. — agradeceu sem me olhar nos olhos e mudou de assunto: — Você sabe se Kiba está bem? Ele me mandou mensagem dizendo que passou mal.
— Hm, Kiba me falou que comeu algo que não caiu bem. Vou dar um pulo na casa dele mais tarde para ver como ele está. — contei, observando sua reação.
Foi aparentemente neutra, parecia uma simples preocupação de amigos. Ou eu podia estar enxergando exatamente o que queria, para tornar minhas atitudes menos incorretas. E toda aquela situação mais favorável para mim.
— Entendo. — foi o que respondeu. — Tomara que ele esteja bem.
— Quer ir comigo? — perguntei num rompante. Depois constatei que seria péssima ideia. Só que já era tarde demais para voltar atrás. — Ver se ele está bem?
— Pode ser. — ela se agitou e eu voltei ao tópico anterior, sem querer perdê-la.
— Se puder ficar um pouco mais, podíamos estudar na biblioteca... — mordi o lábio, ansioso por sua resposta.
— Claro. — sorriu de leve, no entanto, me pareceu ligeiramente forçado.
Me arrependi, podia estar forçando-a em algo que não queria fazer.
— Se não quiser tudo bem, não precisa. Eu dou meu jeito. — expliquei, mas queria a todo custo passar um tempo com ela. — Podemos fazer outra coisa, qualquer coisa que você queira. — merda, agora soei desesperado. — Aí droga, não estou ajudando. — falei comigo mesmo, só que constatei tardiamente que tinha sido em voz alta.
Hinata, contrariando a reação que imaginei que teria, gargalhou, fazendo meu coração se encher de alegria. O som melodioso e quase infantil de sua risada foi direto para o meu peito, envolvendo meu coração em uma espécie de luva.
A sensação foi indescritível.
— Você devia sorrir mais vezes, o som da sua risada é uma das coisas mais agradáveis e fofas que já tive o prazer de ouvir. — ela me encarou em silêncio.
Os lábios entreabertos de surpresa.
Meu corpo formigou, meus dedos queriam traçar o caminho até sua mão. Tive que fazer um puta esforço para manter a minha própria contida embaixo da mesa.
Nesse instante a imagem do Kiba surgiu na minha mente e me repreendi internamente por ser tão falso com ele.
— Ahn, vou me lembrar disso, Naruto. — a forma como meu nome soou em seus lábios cheios e rosados, foi quase como uma canção.
Nunca meu nome tinha soado tão atraente nos lábios de uma garota. Até aquele momento. Por fim, com um impulso de loucura e coragem, despejei:
— Hinata, preciso ser sincero contigo.
Ela me olhou nos olhos e eu estremeci.
— Sobre o que? — indagou curiosa.
— Eu realmente preciso de você. — soltei, fechando os olhos pela péssima escolha de palavras. — Quer dizer, com a matéria, preciso de você com a matéria. — reafirmei, percebendo o quão confuso eu deveria soar.
Para falar a verdade, eu não estava fazendo o mínimo sentido desde ontem.
— Ah, isso — respondeu, parecendo, decepcionada? — Po-posso sim, e-eu te ajudo.
— Obrigado, Hinata. — desisti de tentar não tocá-la e tomei sua mão, envolvendo-a na minha.
Apertei de leve seus dedos e acariciei o dorso com o polegar.
Ela corou e se remexeu sutilmente na cadeira. Percebi que estava sendo indelicado e a soltei, sentindo meu próprio rosto esquentar.
— Nã-não, não pre-precisa agradecer. — respondeu e percebi seus gaguejos voltando mais intensos. Talvez eu tenha mandado mal me adiantando daquela forma.
Eu precisava ser mais sutil.
— Te vejo ao fim das aulas na biblioteca, tudo bem? Agora acho melhor você comer um pouco ou vai esfriar. — eu sorri tentando descontrair.
Desfazer aquela atmosfera carregada que se formou era minha obrigação. Só que meus dedos ainda formigavam por ter tocado sua mão. Esfreguei-os na minha palma visando cessar o formigamento.
Infelizmente, não havia nada que eu pudesse fazer com àquelas borboletas que se agitavam sem controle no meu estômago.
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