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two.

𝓛𝓸𝓻𝓮𝓷


Lexi não reagiu bem com a situação toda da Rue, foi difícil colocar ela dentro da minha picape velha e levá-la pra casa.

— Até amanhã, Lex. Se você precisar de mim já sabe.. é só me mandar uma mensagem ou... — ela não esperou que eu terminasse e abriu a porta, saindo do carro e batendo a porta com força. — Caralho, Lexi! você não tem a porra de uma geladeira em casa não? — gritei e taquei a mão na buzina enquanto assistia ela caminhar apressadamente para dentro de sua residência. Anotando que, novamente, ela esqueceu seu carregador e fone em cima do banco, garota cabeçuda!

Ela está chateada, eu não a culpo. Ela achou que eu poderia estar defendendo o Julius dessa cidade mas a realidade é que é só a forma que eu penso, eu não o conheço pra defender, porém sou madura o suficiente pra entender que por mais que as pessoas que amam a Rue se preocupem com ela, a garota é grandinha, precisa de ajuda porém Lexi não pode simplesmente obriga-lá a fazer o que ela quer e da maneira que ela quer, sendo que nem a própria mãe dela consegue.

Já perdi as contas de quantas vezes a mãe dela nos ligou de madrugada, buscando ajuda pra encontrar Rue, e sua irmã batendo em nossas portas a tarde buscando carona pra encontrá-la antes que sua mãe note que depois de uma noite inteira, ela ainda não havia voltado pra casa. Era um desespero só, e ela sempre acabava aparecendo, e todo mundo voltava a respirar aliviado novamente.

Eu entendo isso, o desespero e a dor de não saber se a pessoa vai conseguir sobreviver a mais uma overdose ou não. Durante toda a minha vida eu tenho lidado com situações parecidas, porém nunca conseguia correr para os vizinhos e pedir ajuda, acho que eles nunca de fato se importaram em oferecer de qualquer forma.

Quando estacionei na frente da minha casa, meus ombros pesaram e bastou que eu fechasse a porta para que ouvisse os pingos de chuva tocarem o capô da velha picape preta.

A casa cheirava a desinfetante, um dos mais baratos da loja de 3 dólares, e eu sabia que Emma estava fazendo limpeza em casa hoje, temos um combinado de dias da semana pra organizar as tarefas em casa hoje, e era o dia dela.

Emma é minha prima de 20 anos, ela mora comigo e com meu pai desde os seus 12 anos e é basicamente a minha irmã mais velha. Emma é uma garota simples, toda colorida da cabeça e ama fazer uma bagunça, porém é toda sequelada assim como todos nós.

Pois é, ninguém escapa.

Seus pais faleceram quando ela ainda era nova e o restante da nossa família, bem... estão soltos pelos países da vida, nunca foi uma família muito próxima, então como éramos os únicos no estado, ela foi permitida a morar conosco, na época meu pai estava bem em relação a sua saúde e sobriedade, então não foi um problema.

Emma e eu enfrentamos muitas coisas juntas, noites sem dormir, com medo, diversas vezes com fome, e sem saber como seria o dia seguinte. Ela é uma garota forte e sempre iremos cuidar uma da outra.

Ah!!! — ela surgiu na batente da cozinha. — nada de pisar aí, Loren! eu acabei de limpar e seus pés estão sujos.

revirei os olhos e me sentei no primeiro degrau da escada que era de frente com a porta para conseguir tirar meu par de tênis.
— Você tá ligada que quando o papai chegar ele vai sair pisando tudo né? ele tá meio surdo ultimamente, não adianta nada você gritar. — confessei e apontei o dedo pra ela como se fosse a última vez que eu avisava algo super sério.

Ela riu e colocou as suas delicadas mãos no cabo do rodo.

— Seu Sebastian não tem jeito mesmo, ele adora sujar tudo depois que eu limpo, até parece que faz de propósito.

e então sumiu pela cozinha novamente, terminei de tirar meu par de tênis e subi correndo para meu quarto, jogando a mochila em qualquer lugar e correndo pro banheiro com minha toalha. Tomei aquele banho necessário, lavei meu cabelo que só dificultava minha vida, pois era grande e ondulado.

— Caralho! que ódio! — reclamei quando notei que, ao depilar minha perna, acabei exagerando na força e um corte se fez na minha canela, formando uma linha de sangue reta que escorria com a água. — essa porra vai arder a tarde toda.

Bufei e terminei minhas higienes, correndo pra organizar meu quarto e quando me sentei na escrivaninha eu respirei fundo, indecisa sobre por onde começar, já que eu tinha muitas coisas pra finalizar dessa porra de ensino médio e dessa merda de faculdade, são formulários pra preencher e muita ladainha pra falar.

...

Eram 21h quando eu e Emma terminamos de jantar, colocamos a cozinha em ordem e como meu pai costumava chegar tarde do trabalho, eu separei um prato pra ele e deixei no forno, junto com um copo de suco na geladeira.

Suspirei por pensar em como ele deve estar se sentindo hoje, sua cabeça, seus pensamentos. Me preocupo com isso constantemente, meu pai está sóbrio a 5 meses e todos os dias eu acordo com medo de que de algum modo, algum gatilho tire ele desse momento de paz que estamos tendo, quer dizer, não é sempre de paz, pois estamos sempre atentas a qualquer comportamento estranho que ele possa apresentar, e eu enfrento meu maior medo todos os dias.

Loren
"espero que você esteja um pouco menos raivosa agora. Só pra te lembrar, você esqueceu suas coisas no meu carro, não vou te devolver enquanto você não se desculpar com a picape velha por ter batido a porta tão forte. Um beijo, boa noite, bobona."

Depois de ter mandando uma mensagem para Lexi, fiz minhas higienes e me aprontei pra dormir, tentando ao máximo ignorar qualquer toque na porta que minha ansiedade dava, e que por motivo algum, me atrapalhou na hora de tentar dormir, e então pra me distrair eu lembrei dos olhos do ruivo quando eu estava tentando afastar Lexi e ao mesmo tempo, tentei lembrar de tudo que eu já ouvi sobre ele, e não consigo entender nada.

Fezco deve ter no máximo 21 anos, eu sequer havia escutado a voz dele, quer dizer, fui em sua mercearia algumas vezes mas sempre quem estava no balcão era o Cinzeiro, eu morria de medo daquele garoto, ele parecia tão marrento quanto seu irmão, que sempre ficava na parte de trás, encarando a clientela com cautela.
Ele tem namorada? namorado? algum parente? ele deve cozinhar? ou brincar de bola com seu irmão? pois sempre que eu os vi, foi trabalhando, aparentemente é algo de sangue, porque eles estão sempre na ativa, até no... no outro setor.

Ignorarei minha curiosidade e me esforcei pra aquietar meu cérebro de bisbilhoteira e não demorou até que eu pegasse no sono.

...

Acordei assustada com um barulho enorme e que parecia que estava tendo um show dentro do meu quarto.

Demorei pra perceber que era exagero meu e que meu celular tocava adoidado em cima da escrivaninha.

O número era desconhecido e eu hesitei em atender, acabei optando por deixar que tocasse até desligar, convencida de quê, quem quer que seja, só pode estar louco para ligar para alguém uma hora dessa.

Bem, não foi isso que aconteceu, pois segundos depois, voltou a tocar.

Depois de bufar e xingar todos os palavrões que eu conhecia, eu resolvi atender.

— Seja quem for, isso não é hora de ligar pra alguém, sabia? — tentei ser o mais educada possível, mesmo que a pessoa não merecesse. Ouvi um suspiro na linha e já me estressei. — Quem é? eu acho bom você ter um ótimo motivo pra ligar a essa hora! — Reclamei já irritada com a demora em responder.

— Hm, boa noite. — uma voz arrastada e estranhamente deliciosa soou do outro lado da linha. — Eu não queria estar atrapalhando seu sono, é que eu preciso de ajuda....

— Olha moço, realmente, eu não sabia que o expediente na cadeia começava tão cedo pra começar a atormentar os outros a essa hora, eu juro, você poderia ter ligado pra qualquer um te ajudar, mas eu te garanto que eu não sou a mais indicada. — Como pode? ajuda uma hora dessa? e de quem é essa voz?

— É sobre a Rue. Sou amigo dela e eu não consegui contato com a Lexi.

Gelei. Suei frio. Rue? meu deus só falta essa garota ter...

— Rue? ela está bem? eu...

— Sim, quer dizer... ela está bem mas... — Outro suspiro, e parece que a voz ficava mais arrastada a cada frase. — Loren não é? Loren, aqui é o Fez.

Fezco. Que porra é essa? eu não estou entendendo nada. Tanta gente pra ligar... como ele conseguiu o meu número e o que houve com a Rue?

— Certo... isso é estranho. Pode falar o que houve com ela por favor? estou começando a ficar preocupada. — tenho noção que minha voz saiu extremamente baixa, pela vergonha de ter sido ignorante com um traficante e pela audácia desse garoto me ligar uma hora dessa.

Eu ouço pela milésima vez ele suspirar baixinho antes de montar uma frase inteira.

— A Rue usou drogas novamente, escondida. Sei que não vai acreditar se eu disser que não foi eu quem deu.. que seja, ela está chorando a mais de uma hora e quer ir pra casa, eu até posso levar ela mas ela se recusa a entrar na porra do carro e..— eu não deixo que ele termine.

Eu realmente estou irritada. Ela estar drogada não é novidade para ninguém. Estou curiosa, esse é a porra problema. Sou uma vagabunda curiosa.

— Escuta Fezco, eu preciso mesmo dormir. Se ela está bem por que está me ligando? você conseguiu falar com a Jules? eu realmente me preocupo porém ela sempre está assim, e não é por mal não, mas isso é fruto do seu lindo trabalho sim! — esbravejo no telefone e ele fica em silêncio, provavelmente pensando se vale a pena tentar.

— Olha, Loren, eu realmente não queria estar te ligando, sempre cuido dela, mas ela realmente quer voltar pra casa e..

— Eu me lembro muito bem de você ter ido buscar ela hoje, por que não leva de volta? roubaram as rodas do seu carro? — não consegui segurar uma risada sarcástica, ele só pode estar de brincadeira.

— Ela está drogada e não quer entrar no carro de jeito nenhum porque diz que ele está derretido. Eu tentei e ela gritou tanto que tenho certeza que acharam que eu estava matando alguém. — Ele tentou explicar, e como se não fosse possível, sua voz ficou ainda mais rouca e lenta. — Tentei ligar para a Lexi e também pra Jules, mas aparentemente elas tem um sono muito pesado.

— Carro derretido? você está de brincadeira com a porra da minha cara, Fezco? — quase gritei e não aguentei de ódio quando tive que levantar, logo após pedir o endereço, com receio de onde estou me metendo, pra buscar a Rue e torcer pra que ela não diga que meu carro está pegando fogo ou algo do tipo.

...

oi oi!! por favor, me digam se estão gostando, o que acham que está faltando nesse começo? eu quero apresentar eles aos poucos, nada muito demorado pois como vocês viram, eles já se conheciam..

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