twenty-six.
𝓛𝓸𝓻𝓮𝓷
MINHAS MÃOS APERTARAM AS DELE COM FORÇA, e ele basicamente assumiu outra postura ao notar Mouse e seus dois amiguinhos bem ali, e um deles eu reconheci por conta da duas vezes que o vi na mercearia, e a última vez não foi muito agradável.
Mouse estava com seus braços apoiados em seu joelho enquanto estava muito confortável na pequena poltrona de frente com o grande sofá, e no sofá se encontrava Faye, ela parecia mole e sua boca estava entreaberta, como se estivesse completamente fora de si para ao menos perceber isso.
Eu não conseguia ter visão de mais ninguém, minhas pernas tremiam por ver Faye naquela situação e eu sei que estava fodida pois Fezco segurava minha mão de maneira firme, e ele logo a soltou, mantendo suas mãos retas ao lado do seu corpo.
— E aí, cara! — sua voz sempre no mesmo tom, sua expressão era neutra, e eu intercalava meu olhar entre Faye e Fezco, evitando olhar para qualquer um deles.
Mouse pigarreou, e antes mesmo que eu pudesse pensar em alguma coisa seus dois brutamontes caminharam em minha direção, cada um de um lado do meu corpo, eles seguraram meus braços e eu automaticamente comecei a me debater que nem uma galinha.
— Tira suas mãos de mim. — grunhi, tentando o chutar.
— Ei, cara. Relaxa mano, ela é de boa. — Fezco disse com sua voz calma. Ele se mantinha em pé e reto no mesmo local quando os rapazes me jogaram sentada no sofá, ao lado da Faye e de frente com o tal do Mouse, assustador e feio.
— Essa é a vadia dele, chefe. — Fechei minha cara, encarando com raiva o mesmo homem que me enforcou na mercearia outro dia, eu queria voar em seu pescoço e arrancar cada centímetro de sua pele. — Ela é nervosinha.
Todos eles riram, exceto Fezco. Faye tentava falar quando movia sua boca em uma falha tentativa de comunicação mas logo parava. Me encolhi no sofá, torcendo para que eles apenas seguissem com sua conversa sem noção sem me meter no meio.
— Então essa é sua vadiazinha? — O homem medonho perguntou, sua cabeça pendurada de lado enquanto olhava para Faye, um olhar era nojento.
— Nah, mano. Elas é como minha irmã mais nova. — Fezco disse, sua explicação ainda vaga.
— E essa daqui? — Mouse me olhou, me encarando de cima a baixo, apontando para mim.
Fezco fez uma pequena pausa, mas logo respondeu.
— Não, cara.
Meu estomago revirava e eu tentava respirar calmamente.
— Então olá, lindinhas. Eu sou o mouse, é um prazer conhece-las. — Seu sorriso carregado de escárnio. Fechei meus olhos por um segundo, procurando o olhar de Fezco quando voltei a os abrir, ele também me encarava. Tenso.
Eu queria levantar dali e correr em sua direção, mas eu sabia que isso só pioraria as coisas.
Mouse logo tomou o assunto sobre as drogas, em geral a linguagem deles era muito "profissional" para isso, eu não entendo completamente o que eles tão querendo dizer.
— Tem certeza que não vai querer Fentanyl? — Mouse perguntou, encarando Fezco.
— Não, mano. 'Tô de boa dessa merda. — Fezco disse, parecendo ainda mais nervoso.
— E vocês, lindinhas? Já experimentaram Fentanyl? — Mouse se virou para nós novamente, com seu olhar debochado e nojento. Eu não respondi, mas Faye se esforçou para murmurar um curto "não"
Ele se virou para mim, se aproximando e seus dedos tatuados tocaram a ponta do meu cabelo longo, que estava próximo ao meu quadril. Tentei ao máximo não me desesperar.
— E você, amor? — ele perguntou, seu sorriso ainda mais nojento.
— Não, ela 'tá de boa, irmão. — Fez disse olhando para mim.
— Vai deixar o gostosão falar por você, amor? — sua voz ácida me questionou, seus olhos não deixavam o meu, deixando tudo um pouco pior. — Ele não disse que você era a irmãzinha dele, então alguma coisa ele sente por você. — ele ri. — Vai deixar ele falar por você?
Sua mão que mexia com meu cabelo então desceu para o meu quadril, eu estava completamente tensa quando procurei o olhar do Fezco.
— Não olha para ele. — sua mão subiu para o meu rosto, o forçando a encara-lo. — Olha para mim. — ele disse e eu assenti, tremendo e tentando me manter calma. — Já tentou Fentanyl?
— Sério cara.. — Fezco tenta mais uma vez intervir, sua voz mais séria. — Não quero ela usando essas merdas.
Mouse o ignorou.
— Sabe aquela sensação de quando você goza tão gostoso que você chega até a ouvir coisa? — ele continua a segurar meu rosto quando involuntariamente eu olho para Fezco, Mouse puxa meu rosto novamente. — Você gosta dessa sensação?
Eu sentia seu hálito fresco no meu rosto. Queria que ele se afastasse, que tirasse suas mãos sujas de cima de mim.
— Eu perguntei se você.. — sua voz mais grossa ia perguntar mais uma vez.
— sim. — eu e Faye respondemos ao mesmo tempo, ela com sua voz mole e a minha tremendo em medo.
— Então você vai amar isso. — ele disse sorrindo, seu rosto se afastando e suas mãos fora do meu corpo. Suas mãos seguravam um pequeno saquinho transparente e na outra ele puxou algo como um canivete e raspou a ponta do mesmo no pó branco contido dentro do saco, e voltou a se aproximar, segurando aquilo próximo da minha boca.
— Eu 'tô de boa, na verdade. — sussurrei.
— O que? não confia em mim? — perguntou, e eu tentava levar meu rosto o mais afastado possível de sua mão.
Não, não confio seu filho da puta.
— É sério mano, ela está de boa. — Fez se aproximou, olhando para mim. Seu maxilar apertado em raiva.
— Diga para o seu gostosão calar a boca que eu não estou falando com ele. — Mouse diz, sem tirar os olhos de mim. — Não fica com medo, apenas tente, amor. — ele pediu, sua voz em um falso tom de simpatia e empurrou em minha boca, leve, para que nada acontecesse com a faca, tenho certeza.
Fezco me olhou suavemente, eu sei que ele não poderia fazer nada que não colocasse nossas vidas em risco, então apenas abri minha boca, rezando para não morrer ali mesmo. No mesmo momento fechei meus olhos, sentindo Mouse se afastar e logo em seguida, sentar ao meu lado do sofá, colocando minha perna por cima da sua, enquanto eu facilmente deslizaria pelo sofá e o chão, sentindo meu corpo mole.
— A sensação é boa, amor? — ele perguntou no pé do meu ouvido, mas eu sentia que não poderia me mover.
— Sim. — eu disse suspirando.
— Que ótimo, este saquinho que abri para você experimentar ficará em 300. — ele disse sorrindo, tentei me levantar.
— Não tenho... eu não tenho dinheiro aqui. — tentei dizer, minha voz fraca. — Eu posso devolver?
— Hmmm, acho que não querida. — ele disse, seus lábios torcidos em um bico nojento. — tenho uma política estrita de não devolução.
— Eu tenho o dinheiro, vou pegar pra você, irmão.— Fez se moveu.
— Hm, achei que você era bom demais pra Fentanyl, cara. — Mouse disse, seu tom ácido e debochado. — Se a gatinha não tiver dinheiro para pagar, ela vai ter que pagar de outro jeito. — Ele disse, sua mão passeando pela minha coxa.
Os dois capangas idiotas deram risadinhas.
— Ei, cara, eu acerto isso com você, irmão. — Fezco insistiu, colocando sua mão no bolso.
— Caramba, ele deve gostar de você mesmo, hm? — ele deu dois tapinhas na minha coxa. — Vai te custar 600 então, mano.— Mouse finalizou, sua cara fechada.
— Se você quer assim, irmão... — Escutei a voz de Fezco longe, sentindo que estava perdendo meus sentidos.
Sentindo mãos quentes em meus braços, abri meus olhos devagar, sentindo minha visão doer. Fezco estava parado ali, agachado em minha frente e eu estava deitada no sofá.
— Fez..— murmurei, eu não conseguia senti minha língua.
— Me desculpe, linda. — ele pediu baixinho, seus olhos preocupados e sua mão passava em meu cabelo.— isso foi culpa minha, eu não devia...
— Ta...— engoli em seco. — ta tudo bem...
— Eu realmente curto você, linda. Eu devia ser mais cuidadoso em relação a você. — ele disse, sua voz calma e preocupada.
— Você é um excelente amigo..— eu murmurei, segurando meu riso. — amigo... eu curto você mais do que como amigo, fez.
E ele apenas me encarou.
...
desculpem os três dias sem postar, vcs são tudo p mim e eu me sinto super culpada, mas minhas aulas na facul voltaram. Obrigada por todo carinho até aqui, são 60 mil!
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