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twenty.

𝓛𝓸𝓻𝓮𝓷





Meus braços se mantinham cruzados enquanto eu mantinha minha postura, encarava meu pai com raiva, agindo que nem um adolescente transando em cima do balcão onde eu preparo meu café da manhã.

Eu não estava com raiva por ele estar se envolvendo com alguém, eu já imaginava algo assim, porém fazem anos que eu não o vejo com alguém, mas não deixa tudo menos estranho.

— Filha, nós..

— Nós somos amigos, nós... — Leslie continuou, ajeitando seu cabelo cacheado.

— Que porra, pai! em cima do balcão? — ralhei, o olhando com raiva.

— Eu acho melhor eu ir..— Leslie continuou, meu pai a olhou, acenando com a cabeça. — Loren...

— Esta tudo bem, Sra. Bennet. — a tranquilizei.

Ela parecia extremamente sem graça, com medo e arrependida.

— Por favor, não..

— Eu não irei contar a ela, Sra. Bennet, fica tranquila. — eu disse, sorrindo fraco para a acalmar, meu pai ainda estava em estado de choque, parado no mesmo lugar. Ele a acompanhou até a porta depois de vestir sua camiseta, e voltou para a cozinha com cara de cachorro sem dono, como se não soubesse por onde começar. — Pai eu juro que não quero saber, você já é muito grandinho e sabe o que faz.


Ele suspirou, passando a mão pelos cabelos, nitidamente nervoso.

— Loren, estamos nos conhecendo...— não aguentei e dei risada.

— Se conhecendo? pai, vocês estavam se comendo bem ali. — eu apontei para o balcão e ele ficou quieto, me encarando aflito. —Pelo menos ela é gente boa.

— Ela é incrível. — ele disse, com suas mãos paradas na frente de seu corpo.

— Pai, toma cuidado ta bom? Ela não merece sofrer, você vê as coisas que ela passa com a Rue. — eu disse e seu sorriso fraco escorregou do seu rosto. — Não estou querendo dizer que...

— Que eu vou voltar a usar drogas? Loren eu já estou limpo a 6 meses, isso não vai acontecer. — ele disse, sua feição de chateado transparecia.

— Eu sei, e eu estou muito orgulhosa de você. — eu disse, me aproximando. — Só não esquece disso, de como é bom se sentir assim. Eu não quero que você se machuque e não quero que você magoe ela.

Meu pai assentiu, me puxando para um abraço enquanto sussurrava que me amava.

Eu subi para o meu quarto, pedindo pro meu pai tomar vergonha e fazer essas coisas no quarto, ele ficou vermelho e pediu desculpas.

Eu fiquei muito surpresa, não vou fingir costume dizendo que achei normal, tranquilo porque seria mentira, ele ainda é meu pai. Mas eu fiquei na dúvida de como eles querem fazer isso, ou como contar para Gia e Rue.

Mas agora esta explicado porque ele deu tanto suporte para ela quando Rue foi internada, e as noites fora, a risada na ligação...

Eu prometi que não ia contar para Rue, mas não evitei quando mandei mensagem para Lexi avisando que tinha algo extraordinário para contar.





...


Eu sentia meus olhos arderem, meu pai tentava me acalmar de acordo com a intensidade do meu choro, eu me agarrava em seu pescoço, buscando conforto. Eu estava assustada, eram sirenes e mais sirenes, os vizinhos estavam todos em frente as suas casas, eles pareciam curiosos.

— Vai ficar tudo bem, querida. — A voz do meu papai estava fraca, ele parecia mais triste do que qualquer outra vez, mais triste do que o dia que eu quebrei a janela da sala com a bola.

Um senhor se aproximou de mim, ele estava com roupas grandes e coloridas.

— Senhor, precisamos checar se ela não esta machucada. — ele disse e meus braços se prenderam mais ao pescoço do meu pai. Que depois de tanto relutar me entregou para o rapaz, que tentava me distrair perguntando sobre meus desenhos favoritos.

— Minha mãe. Onde ela está? ela estava dormindo também, vocês esqueceram de acordar ela.. — chorava e me debatia, sentindo uma forte dor no peito.

Acordei em um pulo, levemente suada e confusa. Foi somente um pesadelo, esta tudo bem. O despertador berrava e com minha respiração ofegante, desliguei o alarme, passando as mãos pelo meu rosto suado e me levantei, pronta para tomar um banho gelado.

As vezes essas lembranças surgem como pequenos flashes, assim como o dia do  enterro de minha mãe, em alguns momentos eu podia viver o dia como se estivesse lá, acompanhando tudo e amarra em uma cadeira.

Quando eu consegui compreender que minha mãe havia sido morta e deixada agonizando em uma morte lenta até o momento que meu pai chegou e a encontrou eu fui completamente destruída, eu pesquisava por algumas manchetes da época, tentando procurar respostas que eu nunca tive, buscando culpar alguém sem ser a minha versão mais nova, a pura e inocente Loren, que se tivesse descido as escadas e visto sua mãe ali, ela poderia ter tido uma chance.

Eu não consegui segurar as lágrimas quentes e que desciam queimando pelo meu rosto no banho, não consegui evitar que minhas mãos se apertassem nos meus braços até que a dor do meu peito fosse diminuída a quase nula. Então quando eu respirava com mais facilidade, sai do meu banho, enrolando uma toalha em minha cabeça e outra em meu corpo.

Depois de ter me vestido com qualquer roupa esportiva que encontrei pela frente, amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo longo, passei protetor solar e desci para a cozinha com minha mochila.

Separei em um pequeno pote com tampa pedaços de fruta e em uma caneca térmica coloquei um pouco do café, enchendo minha garrafa de água e guardando tudo na mochila. Quando alcancei a chave do carro, respirei fundo, notando que meu coração palpitava muito rápido, e que eu precisava me acalmar.

Dirigi até a academia com pressa, querendo cumprir meu horário certo, sem deixar nada me atrapalhar, nem a merda da minha ansiedade.

Minha cara se contorcia em dor depois da terceira repetição do legpress, e eu me esforcei até o último momento, até sentir que meus ossos poderiam sair do lugar, e então eu soltei tudo, jogando minha cabeça para trás e respirando fundo com força.

— Ei, ei. Vamos com calma? — escutei a voz de Camilo e abri meus olhos, o encarando cansada.

— Sem calma por aqui.— falei, me levantando devagar, sentindo minhas pernas tremerem.

Eu e Camilo começamos nosso treino juntos, dando breves pausas para respirar e beber água, ele pedia para que eu fosse mais devagar e tirasse descansos maiores, mas eu ignorava. Hoje eu não estava muito afim de papo e surpreendentemente ele havia entendido isso, apenas falando quando necessário enquanto revezávamos em algumas máquinas.

A academia estava vazia agora de manhã, e eu estranhei encontrar Camilo nesse turno, já que ele só treina durante a noite, mas ele explicou que é porque devido ao seu novo emprego, o melhor horário para continuar a treinar seria esse.

Nos despedimos próximo as 09:30 da manhã, quando eu juntei minhas coisas e caminhei até meu carro.

Ai entrar eu bebi mais água e dirigi direto até uma farmácia, onde comprei algumas coisas para higiene e um remédio para dor no corpo.

Ao entrar no carro novamente eu pensei duas vezes no que faria a seguir, sem ter certeza se eu realmente devia, dirigi até a mercearia de Fezco, e lembrei de suas palavras "eu queria ver você." Estacionei um pouco para trás, para não atrapalhar a circulação de carros.

Eu tentei ajeitar relativamente meu cabelo, atravessando a rua e antes de passar pela entrada, respirei fundo algumas vezes.

O sininho soou atrás de mim, indicando que eu havia passado pela porta, então eu adentrei a loja com mais timidez do que eu achava que havia em mim, procurando Fez com os olhos mas a loja estava vazia, eu encarava as barrinhas de cereais que ele sempre me entrega e escolhi uma, olhando a questão calórica atrás da embalagem.

— Ele não esta aqui hoje.

Me virei para a porta dos fundos do estabelecimento, encontrando Ashtray com suas roupas típicas encostado na porta, ele nunca tem uma cara boa, mas hoje parece um pouco pior.

— E você toma conta da loja sozinho? — perguntei, segurando bem minha barrinha enquanto o encarava divertida, mas sua feição não cedeu.

— Não é óbvio? — ele disse, caminhando até o caixa. — Precisa de ajuda para encontrar alguma coisa, ratinha? — sua voz era ácida até mesmo para uma criança com um histórico duvidoso que nem ele.

— Eu só vou pegar um suco. — disse baixo, caminhando sem pressa até a geladeira de bebidas no fundo.

Me inclinei, analisando as poucas opções, em sua grande maioria de laranja, mas eu não estava afim, então peguei uma garrafinha de vitamina de sabor banana e ameixa, fechando a geladeira e caminhando até o caixa onde Ashtray estava distraído, olhando para o lado de fora, com atenção, como um leão olha para sua presa antes de voar em cima dela e a devorar.

Senti minha testa franzir enquanto eu o encarava, analisando suas ações, e então eu deixei as coisas em cima do caixa, e eu tive a impressão de viver uma dejavu, como no dia que eu estava aqui e Fezco estava na minha frente, e quando o sininho soou atrás de mim e eu vi Ashtray mexer lentamente seus braços para a parte de baixo do balcão eu entendi o quão parecidos ele e Fezco são, e em como estão sempre atentos a qualquer coisa.

Ashtray me olhou, ele parecia com raiva e seu maxilar estava sendo apertado, já que dava para notar, ele me olhava nos olhos como se pedisse para eu ficar quieta e na minha e eu entendi.

— 4,75.— ele disse e eu abri a capa do celular, tirando de lá uma nota de 5 dólares e o entreguei, o mesmo me deu o troco de 0,25 e eu peguei minhas coisas, mas antes de me virar eu senti a presença de alguém atrás de mim, me virei para encontrar um dos caras que estavam aqui no outro dia, junto com o cara tatuado.

— Preciso falar com você. — sua voz era grossa e eu tenho certeza que esse homem fumou desde que saiu da barriga da sua mãe. — Por que essa vadia esta sempre aqui? — o homem perguntou, pegando meu braço e me girando. — Vou cortar sua fila, gatinha.

Eu segurei minha respiração, enquanto ele me encarava com curiosidade e um sorriso debochado no rosto.

— me solta seu...— ele apertou mais meus braços, me empurrando para trás dele, apoiou suas mãos nojentas no balcão e encarou Ashtray que não mexeu nem um cílios da cara, o encarando com tranquilidade.

Eu passei a minha mão pelos meus braços, vermelhos por conta da força que ele usou para me segurar e empurrar e um pouco roxo por conta da força que eu usei ara aperta-los enquanto estava no banho.

— Essas vadias de hoje em dia, acham que podem falar de qualquer jeito conosco. — Ele me olhou por cima dos ombros, sorrindo com deboche.

Minha cara estava fechada, e eu queria voar em cima da sua cara.

— vadia é a sua mãe. — coloquei as mãos na boca no momento que as palavras correram pelos meus lábios.

Não precisei pensar em correr porque no mesmo momento ele se aproximou, me grudando pelo pescoço, e me fazendo o encarar com meus pés no chão, ele usava muita força, mas não acho que deus vai deixar ele me levar agora.

— O que é sua vagabunda? NÃO FALA DA PORRA DA MINHA MÃE SUA PUTA IMUNDA. — Sentia vestígios da sua saliva voando na minha cara e não escondi minha cara de nojo.

Ele me soltou no chão no momento que ouvi um barulho como um "tick". Como se uma arma tivesse sido engatilhada, e no mesmo momento ele me soltou no chão, sua feição tranquila como se tivesse feito aquilo tudo brincando, ele se virou.

— Olha, mano, ela provocou, vamos abaixando nossa amiguinha aí porquê eu só vim até aqui passar um recado. — ele disse.

Minhas mãos estavam no meu pescoço, tremendo e tentando fazer parar de arder e eu respirava fundo, puta com a situação que eu me meti sem precisar, puta porque um homem me enforcou e me xingou de coisas que eu não merecia ouvir, com raiva que vim aqui atrás do Fezco e vou voltar com trauma.

— Mano, não encosta nela, as coisas ficam mais complicadas se você fizer isso de novo. — Era a voz dele, bem ali. — Ela pode gritar e te denunciar e um monte de merdas, e então a gente vira alvo de algo por conta dessa besteira que você fez, cara. — Fezco estava tranquilo, sua arma tinha abaixado e ele a cruzou junto com seus braços em frente ao corpo.

— Eu sei, cara. O vacilo foi meu. — sua voz era a mais debochada do mundo. Ashtray estava logo do lado de Fezco, com um martelo na mão e o rodando como se fosse um ioiô. — Mas garotinhas como ela gostam de ser enforcadas, não é docinho? — ele se virou para mim, e eu estava espantada, com medo e queria ir embora, queria correr para os braços do meu pai.

O maxilar de Fezco se apertou, e antes que ele pudesse falar qualquer coisa o homem se virou para ele de novo.

Eu não sei em que momento Fezco chegou, porque eu não ouvi nada. Deve ser porque o rapaz simpático em sua frente estava te enforcando? Minha consciência atirou, me fazendo recuar um passo e querer ir embora o mais rápido possível, mas eu não conseguia me mexer.

— Mouse vai estar lá naquele mesmo horário. Ele esta indo para buscar, sem falta, o combinado. — o homem disse sério dessa vez, suas mãos alcançaram um salgadinho e ele saiu do estabelecimento, não sem antes me olhar de cima a baixo com um sorriso que tirava sarro de toda a minha existência.


Depois que ele se retirou eu passei alguns segundos ali, agarrada a mim mesma enquanto tentava voltar a me mexer, mas eu precisava de mais alguns segundos.

— Ela não fica quieta. — A voz de Ashtray soou, e eu tirei minhas mãos dos meus braços.

— Cara, acho melhor você calar a sua boca. — Fez o avisou, e Ashtray levantou as mãos em rendição, voltando para o balcão.

Eu tenho certeza que meus braços e meus pescoços estão nitidamente de outra cor, minhas mãos tremiam e eu evitei olhar para eles, ainda mais depois da frase de Ashtray.

Quando minhas pernas voltaram a funcionar eu caminhei direto para a porta, com tanta força que se eu não tivesse tentado abri-la, tenho certeza que eu levaria a parede junto. Mas Fezco me segurou, me fazendo parar em seus braços, de novo, mas não da forma como foi da última vez, ele me segurou e me pôs a sua frente, enquanto me encarava.

— Linda. — sua voz estava baixa e ele passava os olhos por todo o meu rosto. — Esta tudo bem?

Assenti com a cabeça, o encarando.

— Eu quero ir embora. — disse, tentando sair novamente de seus braços e ele me soltou. Caminhei apressadamente até meu carro, ficando nervosa o suficiente pra quase não conseguir abrir a porta, e Fez atravessou a rua correndo, com os itens que eu comprei, me impedindo de fechar a porta.

Sua feição era de preocupação, ele parecia se sentir culpado de certa forma.

— Desculpe. — eu pedi baixinho, enquanto me sentava no banco do motorista e ele se inclinou. — eu vim até aqui ver você.

Ele fechou os olhos com força.

— Ele é capanga de um cara muito pior que ele, eu juro que se não desse uma merda muito pior eu tinha... — ele disse, seu maxilar trincado.

Eu me ajeitei no banco, acho que a sensação de cansaço pós treino e ter passado por isso não ajudou, porque eu sentia meu corpo extremamente cansado a essa hora da manhã.

— Linda, me desculpa por isso. — ele pediu. — Ashtray me avisou assim que viu ele, e era pra ele ter pedido pra você ficar lá atrás e ele..

— Não é culpa dele, eu disse que a mãe do cara era uma vadia. — eu dei de ombros dando risada.

Fezco não riu.

— Qual é, linda? não aja como se essa merda fosse engraçada. — ele disse, sua mão se aproximou do meu rosto, o alisando enquanto eu o encarava como uma cadelinha. — Ele te enforcou, Loren.

— Eu sei, Fezco. Eu tô sentindo a dor bem aqui. — apontei pro meu pescoço. — Você queria que eu ficasse chorando? eu estava no lugar errado na hora errada. — dei de ombros.

— Eu pedi pra você vir me ver, mas acabei esquecendo que eu tinha que... — ele engoliu em seco. — passei a noite resolvendo uma coisa de merda, então ficou uma correria. — ele explicou e eu assenti.

— Agora já foi. — dei de ombros. — vou embora, eu preciso passar na escola mais tarde.

Ele assentiu, me olhando profundamente, sem mexer um fio do seu cabelo pra se afastar do carro.

— Sabe, eu nunca dirigi com a porta aberta, mas posso tentar. — tirei um sarro e ele ainda estava com a cara fechada.

Ele me encarou por mais alguns momentos.

— Você quer ir pra casa comigo? — ele perguntou com sua voz lenta. — Você está com uma carinha triste e tenho certeza que não foi só por causa disso.

Pensei por um momento mas não acho que seria bom, eu estava meio mal e não queria incluir ele em nada disso. Não queria incluir ninguém em nada, eu queria ficar na minha e aguentar firme sempre.

— Vou pra casa, Fez. — eu disse baixinho e ele demorou a assentir, colocando no outro banco as coisas que eu comprei.

Fezco se afastou, ele mesmo fechando a porta do meu carro, ele parecia querer falar outras coisas, mas manteve sua postura da maneira que pode, se afastando do carro enquanto eu o ligava e partia com o mesmo.

Aquilo não era bom, nada daquilo é bom.

Esse era o mundo dele, um mundo de violência onde você tenta sobreviver todo dia, mesmo que tenha que aturar caras como esse, mesmo que muita coisa vá contra seu princípio, você tem que respirar fundo e aguentar.

Mas esse não era pra mim. Fezco não era pra mim.

...

Dois dias sem capítulo, um porque eu estava mal e ontem o wattpad resolveu me boicotar, queria que eu confirmasse um e-mail de 7 anos atrás e não me deixa mexer em nada no aplicativo e ainda apagou um capítulo de 2 mil palavras. Esse capítulo tem 3 mil.

Mas agora voltamos a ativa.

Lembrem que a Loren é alguém comum, que erra e aprende com os erros

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