one.
𝓛𝓸𝓻𝓮𝓷
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O sentimento de estar terminando essa merda é incrível.
Sabe o que é poder contar e sair gritando que você terminou a porra do ensino médio? essa é literalmente a pior fase da sua vida. Só falta mais um pouco pra isso acontecer. Continuar a nadar.
Juro que tudo que que eu mais queria e precisava hoje era a porra de uma cerveja, e lógico, uma transa bem aproveitada, mas era óbvio que isso não iria acontecer. Alguém desta cidade realmente vale uma sentada? não é por nada não, eu cresci nesta merda, mas não quer dizer que seja meu lugar favorito no mundo, de fato, não chega nem perto.
— Loren, sai da frente caralho, eu não consigo ver nada! — Lexi quase grita na porra do meu ouvido.
— Você ainda vai acabar morrendo por causa de fofoca, escuta o que eu estou te dizendo..— reclamo, fechando meu armário e olhando na mesma direção que a fofoqueira, quero dizer.. Lexi, está olhando.
E lá estava o casal mais lindo da escola, Maddy e Nate, brigando como sempre, a diferença é que tinham mais pessoas metidas no meio.
Não me entenda mal, de lindos eles não tem nada, Maddy é sequelada e cheia de problemas e o Nate? um completo retardado sequelado e psicopata. Digo, todos nós somos meio traumatizados, se você sentar para ouvir as histórias é só lágrimas, mas as vezes, se tentarmos, da pra dar uma disfarçada, porém sem diploma algum em psicologia ou algo do tipo eu afirmo que esses dois precisam de terapia.
Ouço Lexi suspirar e a encaro para encontra-la revirando os olhos.
— Eles realmente não dão certo.. — não consegui segurar minha risada, com um pouco de maldade antes de dizer:
— E você está percebendo isso agora? olha para essa mulher, ela merece algo muito melhor do que esse garoto que provavelmente é tão fodido que nem a porra do pau dele deve subir mais, que nem meu vô augusto de 89 anos. — ajeitei minha bolsa e Lexi gargalhou com as mãos na boca.
— Você é uma idiota.
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Estávamos caminhando para nossa última aula do dia e eu não estava muito animada para ser bem sincera, queria muito assassinar esta aula para ler alguma coisa na biblioteca, porém, nada disso resultaria em coisa boa, eu precisava assistir a essas aulas para ir minimamente bem nas provas finais, eu precisava deixar tudo certo para minhas aplicações das faculdades e torcer muito para que desse tudo certo.
Lexi disse que iria encontrar Rue, pois precisava verificar como ela estava, essas últimas semanas não estavam sendo fáceis para ela e Lexi sempre se dispôs a ajudar sua amiga. Eu não era muito próxima de Rue, porém sabia que ela enfrentava coisas pesadas e de seus problemas com vício, então eu não me intrometia, pois todo mundo aqui é muito ferrado, então eu acho que posso estar fazendo a minha parte ficando na minha.
Ao final do período de aula, recebi uma mensagem de Lexi pedindo para que eu pegasse seu carregador e seu fone no seu armário, sem antes revirar os olhos e mandar emojis de cara feia como resposta, caminhei pisando duro até o corredor onde se encontrava seu armário e coloquei a senha que ela me informou, peguei o que era necessário e roubei um livro que estava lá dando sopa, que inclusive, eu sempre quis ler, e caminhei para a saída, andando apressada para encontra-la na parte externa dessa merda de colégio.
O dia hoje estava feio e eu sabia que não tinha chance alguma de eu ir até a academia nesse tempo livre que vou ter a tarde, bufei e apertei meus passos para adiantar logo esse processo doloroso que é fazer favor para a amiga que eu tenho.
Não demorei nada para visualizar a jaqueta colorida de Lexi do outro lado da rua, ela conversava com Rue, e ambas pareciam muito chateadas, diminui a velocidade, sabendo que eu não devia me intrometer no meio dessas duas, Rue anda meio estourada ultimamente e Lexi é meio boba em relação a diversas coisas, então a decisão mais sábia seria esperar paradinha aqui.
Lexi tentava se aproximar de sua amiga e Rue pedia em um tom nada simpático que ela ficasse na dela, e eu parei de prestar atenção na conversa delas quando um carro encostou próximo a elas e Rue caminhou até o carro, e enquanto abria a porta do mesmo, ainda soltava palavrões para a Lexi e eu me aproximei por ver que seus ombros tremiam levemente.
— Lex, vamos embora...— eu disse me aproximando e puxando seu braço enquanto ela me empurrava levemente.
— Eu espero que você não esteja pensando em entregar mais droga pra ela, não é o suficiente pra você a maneira que ela se encontra? — Ela esbravejou para alguém dentro do carro e caminhou em passos duros para a janela do mesmo. — Estou falando com você, Fez! Olha para ela, ela mal consegue se manter em pé, eu a encontrei no banheiro, parecendo um zombie!
— Cuida da porra da sua vida, Lexi. Eu não quero mais que você se intrometa na porra da minha vida...— Rue respondeu e enquanto elas discutiam eu encarei o rapaz de barba ruiva, que segurava uma mão no volante e a outra estava apoiada na janela da porta do carro e sua mão estava em sua cabeça, como se aquela situação toda não pesasse em nada em sua maldita vida. Esse era Fezco, sempre com a mesma expressão despreocupada.
Não consegui ignorar o sentimento de raiva que se apossou de mim enquanto observa Lexi implorar para Rue não continuar com isso, pelo menos hoje, pelo menos por agora, sofrendo pela alma de sua velha amiga enquanto ele, despreocupado, me encarava.
— Vamos Lex, isso já foi longe demais. — Encarando ele, puxei Lexi para trás, e ela, relutantemente parou de discutir, e quando eles deram partida com o carro, eu vi ela quebrar em pedacinhos novamente, pelo mesmo motivo de sempre, o sentimento de sempre acabar perdendo alguém que ama.
— Eu sei, eu sei. — Eu segurei seu rosto com minhas mãos e ela acenava com a cabeça como se entendesse o que eu pedia. — Eu te levo pra casa e isso tudo vai melhorar. — Eu disse, dando um beijinho em sua testa e torcendo para que ela não comece a chorar ali mesmo.
— Aquele bastardo, Loren! — Ela esbravejou, e eu pude sentir sua raiva. — Ele sabe que ela não devia, por que ele ainda a vem buscar ela aqui e não se afasta dela? Ele é tudo que a Rue não precisa, Loren! Tudo. — Suspirou, colocando a mão em seu próprio rosto e se afastando do meu corpo.
— Lex, sabemos que ele tem um imenso carinho por ela, Rue sempre falou dele com amor, vamos torcer para que... — eu gesticulava, tentando passar uma visão positiva da situação que nem eu sabia muito bem
— Torcer para o quê? todo mundo sabe e conhece Fezco, ele é a porra de um traficante imbecil. Eu conheço ele, se ele amasse ela como ela diz que ele ama, ele manteria ela longe!
— Você não conhece ele, Lexi. Não do jeito que você acha que conhece, Rue faz as escolhas dela. Não conhecemos a história dele, não vamos julgar como as outras pessoas fazem. — Eu suspirei.
Por mais que eu também odeie essa ideia, não julgo as pessoas tão facilmente, quer dizer, não em situações sérias como essa.
Fezco é tipo o Julius de todo mundo odeia o Chris, tem dois empregos e apenas um deles não é ilegal, ele tem uma mercearia próximo de casa e bem, ele também vende drogas, porém não é algo que todos saem falando por aí e também nunca ouvi muitos rumores perigosos sobre ele, sei que ele é muito reservado e está sempre com o Cinzeiro por aí. Rue disse que ele é bom em matemática e que várias vezes fez o dever dela, que ele cuida do seu irmão e que aparentemente eles são sozinhos.
E óbvio, como todo bom traficante injustiçado pela vida, ele é um gostoso.
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oi oi! eu sou a gi e juro, eu não ia conseguir dormir sem escrever uma fanfic sobre o gostoso do fezco. Ele é meu personagem fav da série e aproveitei o embalo e a criatividade pra colocar em prática as ideias loucas que tenho na cabeça.
os acontecimentos não se baseiam em uma temporada especifica, vou escrevendo de acordo com alguns acontecimentos interessantes que possam mudar a perspectiva sobre o personagem dele, porém vai ser algo independente, então não esperem que as coisas aconteçam na ordem da série.
bjo, bjo.
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