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O4. power broker

tw: abuso sexual

capítulo quatro
'mercador do poder'

Berlim, Alemanha

A menina xingou mentalmente assim que percebeu a lanterna cair de sua mão após a falha tentativa de segura-lá, Bucky e Sam se viraram para ela, iluminando a garota que forçou um sorriso e se abaixou para pegar o objeto.

— às vezes a minha mão é furada – explicou e moveu a ponta do dedo até o botão de ligar, bateu a lanterna na palma da mão quando percebeu que continuou apagada — sério, por quê só a minha vem com defeito?

— para combinar com você. – Sam murmurou

— nossa, achei que o plano era implicar só com o meu pai. – respondeu, deixando a lanterna de lado depois de perceber que ela não ligaria — à propósito, o que fazemos aqui?

— você tem quantos anos? Quantas perguntas. – Wilson continuou e Liana parou de andar, cruzando os braços

— eu sou jornalista, é meu trabalho fazer perguntas. – murmurou e levou a mão até a cintura, depois de bater contra algo gelado

— mas está certa, você ta querendo tirar o Zemo da cadeia? – o homem negro perguntou, voltando sua atenção para Bucky

— não temos pistas, indicações, nada. – o outro respondeu, Liana esticou os braços e agora antes de dar um passo esticava sua perna e a mexia em um ângulo de noventa graus para se certificar de que não bateria em nada

Deu um pulo quando o barulho da luz ligando soou e olhou em volta, finalmente podendo andar tranquilamente.

— me ofendi. – ouviu a voz de Bucky e olhou confusa para ele, havia parado de escutar a conversa no momento que Zemo se tornou o assunto

— posso fazer uma pergunta? – encarou os dois homens

— não. – responderam juntos e ela arregalou os olhos

— tudo bem, não vou atrapalhar a dr do casal. – deu de ombros, se apoiando no carro que havia ali

— super soldados vão contra tudo que ele acredita. Ele é louco, mas ainda tem um código. – James voltou a falar

— é, ele tem estado do lado errado desse código e você também. Ele explodiu a ONU, matou o rei T'chaka e culpou você por isso. – Sam esbravejou — ja se esqueceu? Acha que os Wakandanos esqueceram? É uma pergunta retórica, é claro que não. Eu sei porquê isso importa pra você, mas ta fazendo você perder o juízo

— e desde quando ele tem? – perguntou em sussurro e sentiu o olhar de Bucky sobre si — brincadeirinha – soltou um riso baixo

— não sabemos como estão obtendo o soro, nem sabemos quantos deles existem. Olha, vamos conversar sobre uma hipótese, podemos conversar sobre uma hipótese? – o soldado perguntou, e Liana o encarou

— o que você fez? – Sam se virou para ele

— eu não fiz nada. – respondeu, a garota negou com a cabeça passando a língua entre os lábios

— fez sim, você não consegue olhar ninguém nos olhos quando mente e você adora encarar as pessoas. – retrucou e cruzou os braços — fala

Negou com a cabeça assim que seu pai começou a falar, ele já tinha lhe contado mil vezes sobre qual era o ponto mais fraco de um sistema, e com toda certeza, ela já sabia que era o elemento humano. Ouviu atentamente ele explicar sobre qual era a relação na prisão, quantos presos para quantos guardas.

Fechou os olhos com força assim que ele falou sobre prisioneiros brigando, já havia notado o que ele tinha feito, suspirou imaginando o escarcéu que havia ficado no local.

— não estou gostando desse seu tom casual, não é natural. – Sam murmurou — você... onde a gente ta, cara?

— eu to sentindo que vai vir uma bomba, por que eu to sentindo isso? – Liana falou, encarando o homem de olhos azuis a sua frente, virou o corpo quando um barulho atrás de si chamou a sua atenção — e a bomba está andando até nós, tic tac

Coçou os olhos quando percebeu quem era, pela primeira vez na vida odiava ter suas teorias confirmadas.

— por que soltou ele? – perguntou, andando até o lado de Bucky

— você vai voltar para a prisão. – Sam avisou

— se me permitem... – o Barão começou a falar

— não. – os três responderam e o homem assentiu

— Quando Steve se recusou a assinar o Tratado de Sokovia, você apoiou ele. Você violou a lei, e arriscou sua vida por mim. Estou pedindo para fazer isso denovo

— de fato acho que sou indispensável – Zemo murmurou

— cala a boca. – Wilson se virou para ele

— você se acostuma. – Liana avisou o homem do outro lado da garagem, pegou a lanterna que estava na mão de Sam e a colocou na cintura, enquanto os outros três ainda conversavam.

— deixa a lanterna. – Bucky a olhou

— não, você é um super soldado, ele um militar a única coisa que eu tenho para me proteger desse doido é a lanterna. – falou como se fosse óbvio

Seguiu os três homens, indo até uma garagem dez vezes maior que a que estavam e dessa vez, cheia de carros colecionáveis.

A menina retirou o celular do bolso, abrindo no aplicativo da câmera e tirando fotos dos automóveis ali, eram realmente peças valiosas e talvez, ter uma matéria assim para o próximo trabalho da faculdade lhe traria uma ótima nota.

— toma, acho que isso é melhor do que a lanterna. – Zemo entregou uma arma para a menina que a pegou, verificando se estava carregada e a travou.

Voltou sua atenção para a conversa quando percebeu o ex-presidiário andar em direção ao portão.

— a primeira parada é uma mulher chamada Selby. Uma atravessadora que ainda tenho contato. A partir dela, vamos subir. – Barão continuou, Liana ajeitou a arma na cintura, colocando a jaqueta por cima

— tem algum lugar para tomar um banho antes? – perguntou mas não obteve resposta — nossa, tiraram o dia para não me responder nenhuma pergunta, que machismo é esse?

— se você ignorar ela fica quieta. – Bucky avisou

— você sabe que agora me instigou a falar mais, não sabe?

Se ajeitou no banco do jatinho, estalando os dedos da mão e encarando zemo a sua frente. Tirou o celular do bolso e bufou ao perceber que o aparelho tinha descarregado.

— vocês não sabem o que é ficar trancafiado numa cela, ah é mesmo. Vocês sabem. – o homem a sua frente disse

— por que não diz pra gente para onde estamos indo. – Sam o olhou

— me desculpem, eu estava fascinado por isso. Não sei como chamar, mas essa parte parece ser importante. Quem é Nakajima? – a menina se assustou com a velocidade que Bucky levantou de seu assento e o encarou, levando a mão até o braço de metal do homem

— se tocar nisso denovo eu te mato. – sussurrou e voltou ao seu lugar

— desculpe, eu entendi que é uma lista de nomes.

— você pede tantas desculpas, já experimentou pensar antes de fazer algo? – Liana falou, pegando a taça com champanhe do homem a sua frente e bebendo tudo de uma vez

— eu vi esse caderno, era do Steve quando foi descongelado. Eu falei para ele de Trouble Man. Ele escreveu isso. Você ouviu, o que achou? – Samuel perguntou

— gosto da música dos anos quarenta. – James o respondeu

— nem tenta, já tentei apresentar one direction pra ele e ele odiou, você tem noção que ele odiou one direction? – Liana falou, indignada

— isso realmente é um crime. – Zemo concordou com a menina.

— todo mundo adora Marvin Gaye, o Steve adorava Marvin Gaye. – Sam continuou, incrédulo

— você deve ter admirado muito o Steve, mas eu percebi uma coisa quando o conheci. O perigo de pessoas como ele, de super soldados americanos é que colocamos eles em pedestais. Eles se tornam símbolos. Ícones. E aí começamos a nos esquecer dos defeitos deles, a partir dai, as cidades voam, pessoas inocentes morrem, movimentos são formados, guerras são lutadas – Zemo desabafou

— deixa o defunto descansar, não para de falar dele. O coitado se revira no túmulo. – Liana soltou — para onde vamos mesmo?

— para Madripoor. – Barão a respondeu e a garota o olhou curiosa

— o que tem em Madripoor? Fala como se fosse a ilha da caveira. – Sam perguntou

— o que? É uma nação insular no arquipélago indonésio, era um santuário pirata no século dezenove. É basicamente para onde os bandidos de baixo e alto porte vão para se esconder. – a loira explicou

— como você sabe tudo isso? – Wilson encarou a menina — ta, você é jornalista, já entendi.

— mas, como entramos? – a menina encarou Zemo

— James, terá que se tornar alguém que considera no passado. – assim que ouviu isso, Bucky percebeu os ombros de Liana encolherem e o sorriso de animação ao falar da cidade se desmanchar. — Lia e Sam, vão ser o casal tigre.

— por que essa ideia não me parece nenhum pouco convidativa? – a menina murmurou

Madripoor.

Ajeitou o vestido vermelho em seu corpo, a cada passo que dava em direção a cidade a roupa subia dois centímetros. Os pés já pediam socorro pelo salto preto de dez centímetros apertado. Seu cabelo estava liso, e havia uma maquiagem simples em seu rosto.

— a gente tem que dar um jeito aqui, eu sou o único que parece um cafetão. – Sam indagou mexendo em suas roupas

— Apenas um americano acharia que um homem negro fashionista pareceria um cafetão. – Zemo respondeu

— não reclama, a roupa de vocês não sobe quando andam. – Lia reclamou, abaixando mais uma vez o vestido — sério, que tipo de roupa essa mulher usa?

— vocês parecem exatamente o casal que estão interpretando, Tigre sorridente, sofisticado e charmoso, mulherengo africano, Conrad Mack. Tigresa Raivosa, elegante e sedutora, a italiana Luna Vacchiano. – Barão explicou, mostrando em seguida a foto para eles

— que apelido horrível. — Samuel murmurou

— nenhuma gracinha com a minha filha, são casados de mentirinha. – Bucky avisou

— perai, se ele é mulherengo significa que sou uma corna mansa? Conrad se situa, se der em cima de alguma mulher do meu lado eu meto bala em você. – Liana brincou olhando para Sam que soltou um riso abafado

— Sentem o cheiro? – Zemo perguntou

— não, meu nariz é entupido. – a loira respondeu, passando a mão em seu cabelo

— não foi no médico ver isso? – Bucky a olhou

— não precisa, ele funciona quando quer e se da pra respirar ta tudo bem. – deu de ombros

— não importa o que aconteça, permaneçam no personagem. Nossas vidas dependem disso, sem erros. – Zemo avisou e olhou para a garota, que o encarou de volta — a cidade alta fica para lá, não é um lugar ruim para visitar. Mas a cidade baixa é do outro lado.

Parou ao lado do carro e entrou no veículo logo após seu pai abrir a porta, se ajeitou no banco e assim que percebeu as motos ao redor, apertou a mão de metal com força.

— não vão te machucar. – Bucky sussurrou e a menina assentiu com a cabeça.

Assim que o carro parou e todos desceram ela teve que arrumar o vestido pela milésima vez em menos de vinte minutos, andou entre Sam que seguia Zemo e logo atrás dela estava Bucky.

Encarava todo o local curiosa, formulando possíveis rotas de fuga se algo desse errado. As pessoas nas ruas e becos faziam o mesmo, encarando as quatro novas pessoas que chegavam.

Sua expressão já estava seria, conseguia ser extremamente medrosa em momentos, mas em outros desconhecia sua própria coragem, o problema era, ela não sabia nem quando ou onde sua coragem iria resolver aparecer. Assim que entraram no bar, seguiram direto para o balcão.

— Olá, cavalheiros e senhorita. Não esperava o melhor casal desse bar hoje, tigres. – Liana apenas concordou com a cabeça, se apoiando ao lado de Sam

— os planos deles mudaram, temos negócios a tratar com a Selby. – a garota se virou, notando uma pessoa ajeitar a touca e se afastar

— o de sempre? – o balconista perguntou para Sam que assentiu

— que nojo. – Lia sussurrou, observando o homem retirar um dos órgãos da cobra e colocar no copo de shot com tequila

— o seu também? – a garota exitou em responder, temendo o que viria, mas após sentir olhares sobre si assentiu. Levou a mão até a boca ao ver o homem retirar um sapo dos potes e corta-lo ao meio, retirando os dois pulmões e colocando no copo de shot

Sua concentração no que o homem fazia era tanto, que nem prestou atenção no show que Sam fazia ao seu lado. Assim que pegou o copo, o virou de uma vez, balançou a cabeça sentindo o quente descer e segurou a vontade de vomitar com o gosto dos órgãos do anfíbio em sua língua.

— recebi o recado lá de cima, você não é bem vindo. – colocou o copo sobre o balcão e se virou para prestar atenção na conversa

— não tenho negócios com o mercador do poder, mas se ele insiste, pode vir aqui falar comigo. – o Barão respondeu o homem a sua frente e apontou para Bucky — ou traga Selby para conversar.

— nossa que troço horrível. – murmurou assim que o homem careca se afastou — o karma veio tão rápido dessa vez, deu nem tempo de rir de você. – olhou para Sam e segurou o braço do homem quando ouviu o barulho alto

Se virou, soltando Wilson e negando com a cabeça, ao ver seu pai ali se passando por soldado invernal mesmo após estar livre, as memórias de anos atrás voltaram a sua mente.

— não faz isso. – sussurrou observando ele e pela primeira vez na noite, sentiu realmente o medo em seu corpo, se virou, se negando a ver cena.

— não demorou muito para ele recuperar a forma. – Zemo murmurou

— cala a merda dessa boca ou vai ter a garganta cortada agora. – a menina respondeu, ainda sem se virar

— a Selby vai vê-los agora. – o balconista avisou, Lia levantou a cabeça e seguiu Zemo

— Lia. – ouviu o sussurrou de Bucky, mas o ignorou.

— tudo bem? – Sam perguntou para o homem

Assim que entraram na sala de Selby, a garota parou ao lado de Sam olhando tudo em volta, novamente sua mente formulava uma saída rápida e prática do local.

— é mais gorda do que me falaram, tigresa. – a mulher sentada no sofá falou

— tem a língua maior do que me falaram, Selby. – Lia devolveu no mesmo tom e logo as duas riram

— qual é a oferta? – Selby se virou para Zemo

Enquanto o homem explicava que queria o soro e em troca lhe daria o soldado invernal, as lembranças do dia mais turbulento em Bucareste, onde em um só dia foi jogada da janela e em poucas horas mais tarde viu seu pai atacar qualquer pessoa que atravessasse o seu caminho, ela se recordou o porquê o soldado invernal era o seu maior pesadelo.

James, era uma pessoa totalmente diferente e Liana gostava desse, enquanto o soldado invernal a fazia tremer de medo

Saiu de seu transe apenas quando um barulho de tiro ecoou pelo local, se abaixou, puxando a arma do cara que estava atrás de si e o chutando. Se levantou novamente, e deu um soco no cara que finalmente caiu no chão.

— larguem as armas e façam o que eu disser. – Zemo avisou e a menina soltou a arma que estava em sua mão

Saíram da sala em que estavam, ao mesmo tempo que tentava acompanhar os três, observava os outros ao redor e olhava para as telas dos celulares

Começou a correr quando começaram a atirar contra eles, mas parou, se abaixando e tirando o salto de seus pés. Segurou os calçados e voltou a correr ultrapassando Sam e Bucky.

— como você ta... ? Ata – Sam murmurou e olhou para os pés da garota

— você vai pisar no vidro. – Bucky gritou

— tão atirando contra mim, um vidro no meu pé não é nada. – respondeu e respirou fundo, parando de correr quando entraram em um beco sem saída

— vocês tem um anjo da guarda. – ouviu a voz de Zemo

— isso é perfeito. Solta a arma, Zemo. – Lia encarou a mulher confusa, sabia que a conhecia de algum lugar, só não tinha certeza de onde

— olha, se for pra matar alguém, não me escolhe. Sou a mais nova aqui, nem terminei a faculdade eu preciso viver minha vida. – a garota começou a falar observando a loira com uma arma apontada para os quatro, em sua cabeça isso faria algum efeito no coração da quase desconhecida

— Sharon? – Bucky perguntou

— você me custou tudo. – a mulher murmurou se aproximando com a arma, James puxou a filha deixando a garota atrás de si

— Sharon, espera. Alguem recriou o soro do super soldado e Zemo tem uma pista. – Sam explicou

— Isso explica por que estão aqui. E Selby está morta. – respondeu

— e você, o que faz aqui? – Bucky perguntou, com o braço esticado na tentativa de proteger Liana que por sua vez, prestava atenção na conversa

— eu roubei o escudo do Steve, lembra?

— ela ta bem brava, se eu fosse vocês ja me daria como morto. Pois é uma mulher brava. – a menina sussurrou

— também roubei as asas pra você, para que pudesse salvar esse cara, desse cara. – falou, apontando para Sam, Bucky e Zemo simultaneamente — diferente de você eu não tenho os vingadores para me apoiar. Então, estou escondida em Madripoor.

— nem vem chorar as mágoas, eu tive que fugir também.

— Teve. Tenho. Grande diferença, não falo mais com a minhas família, não posso. Meu proprio pai não sabe onde estou.

— moça com todo respeito, mas se você for matar a gente pode agilizar o processo? De história triste já basta a minha. – Liana falou, segurando no braço de Bucky

— é a sua filha? – o homem de olhos azuis assentiu

— claro que sou, somos iguais. Fucinho de um, cara de outro. – a mulher soltou um riso abafado — ta, agora que eu te fiz rir você pode nos ajudar? Por favor

— isso não acabou. Eu tenho um lugar na cidade alta, vão estar seguros lá. – Sharon respondeu

— eita, não é que funcionou? – Liana murmurou assustada e deu de ombros, passou por baixo do braço de Bucky e seguiu a mais velha

Lia respirou aliviada ao finalmente colocar um sapato confortável em seu pes, ajeitou a jaqueta de couro verde musgo em seu corpo e saiu do quarto em que estava, seguindo para a sala ao lado.

— obrigada, aliás eu sou Liana. – esticou a mão para a mulher que apertou

— Sharon. – sorriu para ela

Liana andou até o puff que havia ali e se sentou, olhou para seu celular em cima da cômoda que havia ali, bateu os pés no chão na tentativa de que isso fizesse com que ele carregasse mais rápido.

— você tem a feição perfeita para o crime. – Sharon murmurou e Liana a encarou. — o seu rosto é doce, tem harmonia de uma pessoa que não machuca nem uma mosca, mas eu vi la na Selby. É observadora e rápida, mesmo visualmente desatenta, conseguiu desarmar o cara rápido.

— pai posso virar traficante? – olhou para Bucky que bufou — deve dar mais dinheiro que jornalismo.

A hora da festa se aproximou, antes de descerem para o salão onde as obras estavam Liana se olhou no espelho que havia no corredor e ajeitou a calça. Assim que chegou ao salão foi até o mini bar que havia ali, se apoiando no balcão e observando todos que já haviam chegado.

Ficou por no máximo dez minutos, a música alta com os seus pensamentos não estavam lhe fazendo bem, respirou fundo e se virou, saindo do local e indo até o quarto que estava mais cedo. Retirou o coturno de seu pé e se jogou na cama, enfiando o rosto entre os travesseiros

— posso entrar? – ouviu a voz de Bucky e levantou a mão, formando um sinal de positivo com o dedão, sentiu a cama abaixar ao seu lado e se levantou, sentando e deitando a cabeça no ombro do homem que passou a mão ao redor do corpo da garota. — o que aconteceu?

— nada – mentiu, se aconchegando mais nos braços do homem

— Lia, você ficou com medo de mim? – perguntou novamente e a menina ficou em silêncio — filha...

— eu não tenho medo de você, eu tenho medo dele. – murmurou — não gostei da ideia de ser o soldado invernal, mesmo que fingindo.

— eu também não gostei, mas às vezes precisamos fazer coisas contra nossa vontade para ter o que queremos. – James respondeu

— é, talvez... – concluiu, voltando a ficar em silêncio

— o que aconteceu nesses cincos anos que você não me contou? – o homem perguntou novamente

— eu não sei se to pronta para contar. – sussurrou, sentindo os olhos encherem de lágrimas e se encolheu mais

— querida, me deixa te ajudar. – Bucky falou, passando a mão no braço da garota

— eu pedi para ele parar, eu juro. – as lágrimas que estavam em seus olhos já molhavam seu rosto, assim que James percebeu do que se tratava abraçou a garota — as minhas roupas se quer estavam extravagantes

— não foi sua culpa, minha princesa. – tentou confortar a filha

— então porquê eu me sinto tão culpada, não tem um dia se  quer que eu não lembre das coisas horríveis que ele me falou, das mãos no meu corpo. Talvez... talvez se eu não tivesse saído naquela noite. – desabafou, se embolando nas próprias palavras pelo choro

Bucky sentiu seu coração doer. Não estar presente no momento em que sua filha mais precisava dele e vê-la sofrer sem poder fazer nada para amenizar a tristeza e culpa que ela sentia, era com certeza mil vezes pior do que ser torturado durante anos.

Passaram o resto da madrugada assim, Liana acabou pegando no sono e os soluços que dava de vez em quando mostravam o estado que ela havia ficado ao se lembrar da noite mais terrível de sua vida.

James se quer havia pegado no sono, imaginar tudo o que ela tinha passado seria mais uma coisa que o assombraria pelo resto de sua vida.

— ei, ta na hora. – Sam apareceu, se apoiando no batente da porta

— já vou. – Wilson assentiu e saiu — Lia, acorda. – sussurrou, balançando a menina devagar

— já acordei, já acordei. – murmurou e se afastou do homem, passando a mão no rosto e dando um sorriso de lado — bom dia

— bom dia. – James respondeu, dando um sorriso igual ao da menina

Se levantou da cama e foi até o lado da porta, se abaixando ali e colocando o coturno novamente em seu pé. Entrou no banheiro que havia no cômodo e lavou o rosto, saindo em seguida.

Andou até a garagem, e entrou no carro que Sam estava encostado. Assim que chegaram no cais, a menina seguiu Sharon, ficaria do lado de fora com ela enquanto os outros três iriam atrás do Nagel.

— Container 4261. – Sharon avisou — ficamos de olho enquanto vocês falam com o Nagel, mas vão rápido estamos sem tempo. – ela entregou um ponto para cada um, Lia ajeitou o seu em sua orelha

— toma cuidado. – Bucky se virou para ela que assentiu, seguindo Sharon.

Observava tudo em volta, barulhos estranhos começaram a soar e a garota encarou Sharon que logo avisou aos outros que tinham companhia.

— três metros – sussurrou para a loira mais velha e se abaixou, pegando um pedaço de cano de metal que havia no chão

— são três, eu vou por trás e você derruba eles. – Sharon falou e ela assentiu, andando com cuidado

Assim que ouviu o barulho dela batendo neles, se aproximou dando um chute no primeiro que viu no e bateu com o metal na cabeça do que estava bem ao lado. Se abaixou, e Sharon chutou o outro que passou por cima de seu corpo, deu um chute no rosto dele e se levantou.

tem como apressarem o passo? – Liana murmurou no ponto

Quando olhou para o lado, Carter já estava lutando contra outro homem, Liana andou até eles e puxou a faca da mão do cara passando na sua perna. Sharon deu um cotovelada nele que caiu no chão.

Sentiu braços ao redor da sua cintura e seu pé sair do chão, olhou para o lado levou os braços até o pescoço do homem e forçou o corpo para frente. Ele a jogou para o chão e a menina gemeu de dor, rolando antes que levasse uma pesada no corpo.

Se levantou rápido puxando a barra que Sharon soltou e bateu no pescoço do homem três vezes que caiu no chão, virou o rosto, jogando o cabelo para o lado e passou a mão no canto da boca retirando o sangue que havia ali.

— ta inteira? – Lia perguntou para a mulher que levantava do chão

— estou, vamos. – chamou e deram alguns passos até Sharon levantar a mão, pedindo para que a menina parasse de andar e assim ela fez.

Observou a mulher bater em outro homem, assim que a arma dele foi para o chão Liana pegou, atirando no primeiro cara que apareceu em sua frente enquanto Sharon esfaqueava o outro.

Assim que todos estavam no chão, as duas correram até o container que os outros estavam. O braço de Liana latejava de dor pelo medo que havia sido jogada no chão, respirou fundo assim que chegou onde Sam e Bucky estavam.

— a gente ta totalmente sem tempo. – Sharon falou, e a garota apareceu logo em seguida se assustando com o barulho do tiro que Zemo deu em Nagel

Antes que pudesse processar o que havia acontecido, sentiu seu corpo ser jogado no chão novamente e pedaços de vidro caírem em cima da menina.

— Liana! – Bucky gritou

— to bem – respondeu, levantando devagar e olhando em volta, sentiu braços na sua cintura e olhou para trás vendo seu pai a empurrando

Seguiu Sam que saiu na frente e assim que saíram do container olhou para as mãos dos três.

— por que só eu não tenho arma? – perguntou

— jornalista, sem tempo pra suas perguntas agora. – Wilson respondeu

— ta legal, esperem o meu sinal. – Bucky avisou, Sharon foi atrás de Sam e Lia de James, que foram para lados opostos mas no final acabaram em baixo do mesmo container

A menina se abaixou, não tinha como se defender e não queria ficar na mira deles, ficou atrás de Bucky que havia iniciado uma discussão com Sam.

— minhas perguntas não podem, mas a briga infantil de vocês sim? – a menina gritou

Ouviu outro barulho de explosão e se abaixou mais, James colocou o corpo sobre o da menina na intenção de protegê-la mais.

— fica atrás de mim. – pediu e ela assentiu, começaram a correr.

Entrou no container que Sharon abriu e se encostou na parede de metal, com a respiração descompassada levou a mão até o peito.

— você ta bem? – Bucky perguntou

— to, fica tranquilo. – olhou para o homem, andaram até a outra extremidade do contêiner e ele socou a porta, a abrindo

Ouviu o barulho de carro e olhou para o lado, vendo Zemo se aproximar. Entrou no veículo logo após de Bucky, que sentou no banco do carona.

— não vai chegar seu banco pra frente, não é? – Sam perguntou para o homem

— não. – James respondeu

— troca de lugar comigo, Lia. – pediu

— a não, aqui eu tenho espaço. – explicou

— é, mas pra você ele puxa o banco pra frente. – a garota revirou os olhos, indo para o lado e Samuel se levantou, passando por cima dela

— pai – murmurou e Bucky puxou o banco para frente, a menina se ajeitou — obrigada

A viagem até onde havia ficado o jatinho foi silenciosa, assim que chegaram na aeronave ela se ajeitou no banco retirando a jaqueta de couro.

— a pancada foi forte. – Sam murmurou, observando a marca esverdeada no braço da menina

— eu cai de mau jeito – explicou fechando os olhos — não pai, não ta doendo. – respondeu, sabendo que logo ele perguntaria algo

Ficou mais alguns minutos de olhos fechados, até sentir alguém a cutucar, abriu um dos olhos.

— Torres quer falar com você. – Sam avisou e a menina franziu a sobrancelha, confusa e pegou o celular

ahn, oi – disse assim que levou o aparelho até o ouvido

to sendo desconfortável? – sorriu ao ouvir a pergunta

não, fica tranquilo. – sentiu o olhar dos três homens ali sobre si e se levantou, andando até o banheiro

eu não tive coragem de pedir seu número, então pensei se eu pedir agora o fora vai ser menos doloroso. – Liana riu e negou com a cabeça

vou te mandar pelo celular do Sam, tudo bem?

— sem problemas, aproveitando o embalo... – ouviu a respiração do homem do outro lado da chamada

quer fazer alguma coisa quando tudo isso acabar? – Lia perguntou, batendo o pé no chão

obrigada por perguntar o que eu não teria coragem. – ouviu a risada do Joaquín  e sorriu — respondendo a pergunta, seria uma honra fazer algo com você.

— me manda mensagem quando decidir o lugar, tchau Joaquín. – murmurou

Tchau Lia, boa sorte aí. – a menina agradeceu e desligou a chamada, saindo do banheiro e enviando seu número para o garoto

— vamos para onde agora? – perguntou, entregando o celular para Samuel

— Letonia. – Zemo respondeu e a menina sentou no banco, colocando os pés sobre o assento da frente e fechou os olhos, dormindo em poucos minutos

— cobre ela, por mais que ela diga que não está com frio ela sempre fica tremendo enquanto dorme. – Bucky pediu, entregando a jaqueta que ele estava, para Sam

— por que? – o homem perguntou

— quando eu achei ela, era inverno em Bucareste. Estava enrolada em três cobertores, até no verão ela precisa de algo que aqueca o corpo, porque mesmo sem querer fica tremendo de frio. São sequelas do que ela viveu. – explicou enquanto Samuel colocava a blusa sobre os braços da garota

notas da autora.

— oi meus amores, ces tão bem? Espero que sim

— esse capítulo ficou bem maior do que eu costumo escrever, mas essa parte da vida da Lia era necessário para explicar o motivo dela se sentir desconfortável ao lado de qualquer homem que ela não conheça

— ela é uma personagem que eu gosto muito, e to me esforçando para mostrar a vida dela e traumas de uma forma agradável.

— pls eu amo a rainha sharon socando todo mundo, vivo por ela###

— espero que tenham gostado. ❤️

— erros provavelmente serão encontrados, pois eu só vou revisar a história assim que ela for finalizada.

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