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1O. peace restaured (or almost)

capítulo dez
'paz restaurada (ou quase)'

Ela olhou para baixo, o homem ainda respirava mas com dificuldade o tiro havia acertado a sua barriga e o sangue escorria por baixo de seu corpo. Lia olhou para as mãos ainda em choque, elas estavam cobertas de sangue e a arma havia caido.

Sentiu mãos no seu rosto e se virou, James a olhou dos pés a cabeça.

— sangue – sussurrou e passou as mãos sobre a blusa em seu corpo numa falha tentativa de limpa-lá, olhou para a roupa em seu corpo e a primeira coisa que fez foi retirá-la e joga-lá longe

— calma, veste isso. – Bucky tirou sua jaqueta e entregou para que ela cobrisse seu corpo, esperou alguma piada sem graça sobre um dos braços terem ficado para fora, mas a menina continuou imóvel olhando para o corpo jogado no chão

— Lia faz alguma piadinha, ta todo mundo pedindo. – Sam falou se aproximando dela

— Liana – ouviu e se virou devagar, a dor em sua perna parecia ter ido embora, mas ela sabia que era efeito da adrenalina em seu corpo. Sentiu braços ao redor da sua cintura e fechou os olhos sentindo o perfume em sua narina

— e-eu preciso de um hospital. – murmurou, ajeitando os braços ao redor do pescoço do garoto

— é, verdade... – Joaquín murmurou de volta

— cuido a vida toda para ela falar primeiro com ele, to pagando por meus pecados ainda, certeza. – Bucky falou para Sam, os dois se viraram ao notar um movimento estranho e o homem atirou no braço da mulher, fazendo com que ela caísse novamente no chão — fica aí.

— os dois levem ela para o hospital, eu fico aqui até a polícia chegar. – Samuel ponderou

— você não fala romeno, vai com eles a Lia sabe se comunicar. – James falou

— legal a briga pra ver quem me acompanha, mas eu to perdendo sangue à dois dias. – Liana sussurrou, usando a pouca força que lhe restava e se virou para os dois homens

— vai Sam eu fico aqui, vou ter uma conversa com eles. – o capitão assentiu, Joaquín passou um dos braços em baixo da perna da garota com cuidado para que não ficasse mais dolorido ainda

— eu até te levaria voando, mas pioraria tudo. – a garota assentiu e se ajeitou com cuidado no banco traseiro, fechou os olhos e apenas esperou que eles chegassem rápido no hospital.

A cada segundo a dor em sua perna aumentava e ela só pensava se iria ter que aprender a viver sem uma parte dela.

— Lia, consegue falar? – ouviu Sam pergunta

— in limba romana? Eu pot (em romeno? consigo) – respondeu e respirou fundo ao sentir uma pontada na ferida

— já estamos chegando, Joaquín acelera essa carro, não vai receber multa é um resgate. – Wilson se virou para ele

— se eu acelerar e ela cair do banco os dois pontos que eu tenho com o pai dela já era – ele disse, se defendendo e Lia soltou uma risada baixa

— Bucky se você der mais um passo eu vou entrar em colapso. – Sam murmurou, olhando para o homem a sua frente que andava de um lado para o outro na recepção do hospital

— fecha os olhos que você não vê nada. – respondeu, com as mãos no bolso da calça

Domnule Barnes? (senhor Barnes?) – uma enfermeira parou na frente do homem — fiica ta s-a trezit (sua filha acordou)

traduz, por favor. – Joaquín falou olhando para os dois

Mulțumiri, a Lia acordou. Vou primeiro – avisou e seguiu a enfermeira, assim que entrou no quarto em que a menina estava, um sorriso pequeno brotou em seus lábios. — ei, como você ta?

— um caco. – Liana respondeu com a voz baixa, seu corpo ainda estava fraco já que havia perdido muito sangue e a junção da anestesia que ainda corria em seu sangue

— imagino... – James puxou a poltrona que havia ali e se sentou, segurando a mão da menina que virou o rosto para o olhar — por que ainda não reclamou dos fios em seu corpo?

— comparado à esses dois dias os fios estão ótimos. – ela forçou um sorriso e Bucky fechou os olhos, passando o polegar com cuidado sobre a mão da garota — o que foi?

— lembra da primeira vez que me chamou de pai? Estávamos assistindo um filme de terror na TV... na hora você se assustou e disse "papai, você vai me proteger dele?" – ele abriu um sorriso, se lembrando do melhor dia de sua vida

— e você falou que iria me proteger para sempre. – Lia continuou o olhando

— eu nunca te disse, mas naquele exato momento eu havia encontrado um motivo maior para lutar contra o soldado invernal... não foi o Steve, ou as Dora Milaje, foi você. Eu sempre pensei em você antes de fazer qualquer coisa. – ele parou por um momento — em alguns momentos eu acho que não era um bom pai para você e em outros eu tenho certeza, não te protegi como eu prometi. Fiquei cinco anos longe, e só de pensar em tudo que você passou, depois eu deixei você me seguir em uma missão quase suicida e quase te perdi duas vezes... e agora isso.

— não fala mais isso, por favor. Você foi e é o melhor pai que alguém poderia ter, algumas coisas infelizmente precisam acontecer, você sempre me disse isso e agora esquece? Não é justo... – a menina virou a mão e começou a fazer carinho na mão do homem — não foi culpa sua, nunca vai ser. Você sempre faz o melhor por mim, e eu te amo muito muito, senhor James Buchanan Barnes. Eu te abraçaria mas não consigo levantar. – murmurou a última frase e Bucky riu, se levantando e abraçando a menina com cuidado

— eu te amo minha princesa, pra sempre. – deu um beijo na bochecha da menina e se afastou — vou deixar os outros entrarem, se o Sam não ouvir uma piadinha sem graça ele vai colapsar to avisando

— certo – Lia riu e observou James sair do quarto, se remexeu na cama aquela posição já estava ficando desconfortável, havia um travesseiro em sua perna direita que a impedia de encostar sua panturrilha diretamente na cama, o que a incomodava ainda mais

Sorriu ao ver a porta abrindo e Sam parou ali, com as mãos na cintura e pequeno sorriso entre os lábios.

— não tenho piada para fazer, fica pra próxima. – falou e o homem se aproximou, sentando na poltrona ao lado de sua cama

— droga, já estava preparando meu riso falso para aumentar o seu ego. – a menina soltou um riso baixo — como você ta?

— acho que bem, não diria ótima, mas da para sobreviver. – explicou

— graças a Deus, não queria ter que consolar dois marmanjos de uma so vez no seu enterro.

— está querendo enganar quem? Sabemos que sua irmã consolaria meu pai, Sam. – ela falou e riu da cara que o homem fez

— já me arrependi de ter te salvado, Liana Barnes. – a menina segurou a risada, mas assim que ele deu uma brecha para um sorriso os dois riram — só queria saber se estava bem, a propósito agradeça ao Joaquin, ele que ajudou a hackear o celular

— ta ruim então, dois dias pra me achar.

— ingrata, já falei que me arrependi de ter te salvado? – ele repetiu e a menina riu novamente

— a verdade é que ninguém saberia viver sem mim, eu sou encantadora! – respondeu — e o Theo?

— ficou com o AJ e o Cass, estão sendo bem cuidados fica tranquila. – se ajeitou na poltrona — como é ser sequestrada?

— não como faz dois dias, na única tentativa que eu tive de fugir levei um tiro na perna, de resto ótimo me senti numa colônia de férias. – a ironia em sua voz era notável

— jura? Se eu soubesse te deixava lá mais uma semana. – Liana fechou o sorriso e encarou o homem que riu — agora é sério, ta tão pálida que não da pra ver onde sua cara termina e o cabelo começa.

— sabe o que isso significa? Eu sendo tratada como uma legítima princesa até me recuperar. – deu de ombros

— vou chamar o Torres e ai você pode descansar depois. – Sam se levantou e deu um beijo no topo da cabeça da menina que balançou a mão, lhe dando tchau

Fechou os olhos e respirou fundo, se havia alguma chance dela ser liberada por seu psicólogo, essa chance tinha sido mandada embora, ela provavelmente teria mais traumas para se recuperar.

— Abuelita já me ligou cinco vezes querendo saber de você. – ouviu a voz de Joaquín e abriu os olhos vendo o garoto entrar na sala

— já somos besties, essa é a verdade. – Lia falou e Torres deu um sorriso de lado, parando ao lado da menina e passou a mão com cuidado no rosto dela — antes que pergunte, eu estou bem.

— deve estar melhor que o seu pai, andou tanto naquela sala de espera que mais um pouco abria um buraco no chão. – a garota soltou um riso baixo — fico feliz que agora esteja segura, deixou todo mundo preocupado

— é pra testar o coração de vocês e ver se está realmente tudo certo com ele! – Joaquín sorriu e negou com a cabeça — mas só vou ficar cem porcento bem, se ganhar um beijinho, bora bora

— eu não, nem escovou os dentes sua podre. – o homem cruzou os braços

— o beijinho é igual água Joca, não se nega a ninguém. Vai fazer desfeita dos meus lábios macios? – franziu a sobrancelha e o militar riu

— não da pra te levar a sério, Liana. – se aproximou da menina e deu um selinho em seus lábios — bafuda

— vou chamar o meu pai e falar que você ta me maltrando, ele ta com os sentimentos a flor da pele to avisando. – falou enquanto ria

TRÊS DIAS DEPOIS

— cheguei para passar o resto da minha semana aqui, gostou ta gostado, se não gostou paciência. – Liana disse, puxando a mala e entrando no quarto da outra garota

— não aceito brancos aqui, pode ir embora. – Shuri respondeu saindo do banheiro que havia ali e colocou as mãos na cintura

— não te perguntei, sua mãe me ama então eu vou me recuperar aqui. – a loira caminhou até a cama e se deitou ali — além do mais, existe mais alguém nesse mundo que aceita ser cobaia das suas ideias de nerd?

— ideia de nerd... Liana se fôssemos bater a sua idade, com a idade que você pisou em uma escola, temos certeza que você não estaria na faculdade. – a princesa falou — é quase tão inteligente quanto eu

— correção, eu sou mais inteligente que você apenas não gosto de mostrar isso para não te deixar para baixo. – explicou e ouviu a risada da outra garota

— Tinha me esquecido do seu belo senso de humor, Lia. – a Barnes se levantou da cama e caminhou até ela, abraçando a amiga — talvez você faça falta, mas bem pouquinha

— assume logo que me ama e não vive nem mim, princesa. – Shuri negou com a cabeça

— vou para o laboratório, cadê o Theo?

— parou para brincar com alguém que ele julga ser mais importante que eu, dor e sofrimento em ser trocada por literalmente qualquer pessoa que apareça na frente dele. – explicou e seguiu com a menina até o laboratório, enquanto observava tudo ao redor

— nada mudou, para de ser curiosa. – Lia soltou um riso abafado e voltou a seguir a garota com um pouco de dificuldade, havia se recusado andar de muleta pois segundo ela, atrapalharia todos os seus looks

Assim que chegaram no laboratório Liana se sentou na cadeira em frente a Shuri que trabalhava em algum robô ou nano partícula, nada tão legal que tivesse chamado atenção da Barnes.

— Lia, que saudade de você. – a voz de Ramonda ecoou pelo local e Shuri se virou franzindo a sobrancelha — como está sua perna? Fiquei sabendo o que aconteceu, sinto muito.

— oi tia, também senti sua falta. – ela abraçou a mulher assim que se aproximou o bastante — minha perna está boa, não doi tanto e ainda assim eu consigo andar

— ora, devia estar pelo menos com uma muleta se forçar muito ela pode abrir os pontos. – a mais velha explicou, abraçando-a de lado

— pense pelo lado positivo, se abrir eu estarei aqui em Wakanda e não há nada no mundo que vocês não possam concertar. – piscou para a ex rainha que riu

— boa tarde, mamãe. – Shuri chamou à atenção da mulher que se virou para ela

— ah, nem te vi, boa tarde querida. – Ramonda se afastou de Lia e foi até a filha, dando um beijo no topo da sua cabeça e saindo do local

— lembrei porquê só gosto de me comunicar com você virtualmente. – Shuri mostrou a língua para Liana que riu

— eu sou encantadora, diria até que sou favorita na linha de sucessão ao trono e nem da família real eu sou. – a loira deu de ombros

— não abusa branquela, vou te expulsar a força. – a de pele negra e cabelos preso em um coque continuou, o que fez com que Liana risse mais

— está ameaçando nossa hóspede, Shuri? – Lia se virou observando T'challa se aproximar

— ela faz isso dez vezes em uma fração de segundo, nem tenho mais medo. – a menina deu de ombros

— como foi a viagem? – o rei perguntou

— tranquila... – ela juntou as mãos se lembrando do que seu pai havia feito e de como a sua imagem não era a melhor em Wakanda, tinha certeza que só havia sido aceita novamente no país por causa de Shuri. — T'challa me desculpa...

— Liana fica tranquila, você não é o seu pai. Sei que se você soubesse desde o início não iria ter concordado com a ideia. – T'challa colocou a mão dele sobre o ombro da garota que deu um sorriso e concordou com a cabeça — só vim dar as boas-vindas à nossa melhor visitante, fique o tempo que quiser, sabe que aqui é a sua casa também.

— obrigada. – murmurou e o homem saiu da sala

— ninguém mais vai entrar, pode soltar tudo... aproveita que eu to aceitando sua tagarelice e vai rápido. – Shuri falou após se certificar de que as duas estavam sozinhas no laboratório, sabia que Liana não falaria um a se estivesse pelo menos uma mosca curiosa

— não tenho nada para contar, pode ficar tranquila. – se levantou da cadeira e à puxou para mais perto da mesa, apoiando os braços no vidro gelado

— se você não falar, eu uso o dispositivo novo para ler sua mente. – a princesa ameaçou enquanto mexia na superfície de outra mesa

— não consigo dormir direito, toda vez que eu fecho os olhos eu lembro e isso ta me aterrorizando cada vez mais – Lia passou suavemente a ponta do dedo sobre a mesa

— você vai conseguir superar, você literalmente supera tudo, Lia. É uma das pessoas mais fortes do mundo. – Shuri se virou para ela

— é... – a garota suspirou e forçou um sorriso para a amiga

— e quem era aquele garoto que você me mandou foto? – Shuri voltou a mexer na superfície, afim de mudar o assunto na tentativa de distrair a amiga

— ah, é o Joaquín. – respondeu e se ajeitou na cadeira — eu conheci ele quando fui até o Sam

— e agora ta toda bobinha apaixonadinha – a menina provocou

— Não exagera, só um pouquinho... – sorriu e olhou para seus pés

— Lili ta apaixonadinha nhonho – Shuri se aproximou e apertou as bochechas da garota que se afastou rindo

— Shuri, eu não sou uma criança. Estamos só nos conhecendo – explicou — e ele é militar, quase não tem tempo ta sempre disposto a cuidar do país e qualquer outra coisa que essas pessoas façam

— você não pode ver um homem com potencial pra te salvar né, já foi policial, advogado, agora militar

— penso apenas na aposentadoria que irei receber se me casar e ele morrer. – Lia brincou e a outra garota riu

— a sua vida foi mais agitada nesses cinco anos do que a dê muita gente, enquanto uns choravam você se engraçava. – Shuri a provocou

— sim, ta faltando um Wakandano na minha lista. – a garota falou

— do jeito que você parece uma atração aqui, consegue rapidinho branquela.

UM MÊS DEPOIS

— feio... ridículo... horrível. Não vou mais – a garota exclamou enquanto jogava as peças de roupa em cima da cama e deitou sobre elas — Theo, me ajuda. – olhou para o gato que a olhou de volta e bocejou — nem queria mesmo

Fechou os olhos e soltou um grito, nervosa. Em questão de segundos nenhuma roupa sua parecia boa o suficiente para o jantar que finalmente iria acontecer. Depois de um mês, Joaquín havia conseguido uma folga.

Liana se levantou novamente e andou até o guarda-roupa o olhando, respirou fundo e pegou o vestido vermelho que estava no cabide. Colocou a peça sobre o corpo e se olhou no espelho.

— ai, vai você mesmo. – suspirou, pegou as peças que estavam sobre a cama e jogou novamente no guarda roupa, puxou o blaser preto e fechou a porta. — depois eu arrumo.

Saiu do quarto e andou até o banheiro no final do corredor, tirando a roupa que estava e entrando no box, ligou o chuveiro e deixou a água quente cair sobre o seu corpo. Após fazer tudo que era necessário, se enrolou na toalha e voltou para o quarto, se trocou e se olhou no espelho.

Pegou seu secador e após secar o cabelo o alisou com a chapinha, fez uma maquiagem leve e pegou o salto preto que ficava ao lado da sua penteadeira. Se olhou novamente no espelho e deu uma volta, garantindo que sua roupa estava boa o bastante.

— notas Theo – se virou para o gato que a olhou da cabeça aos pés e miou — obrigada, vou levar isso como um dez.

Ouviu o celular tocar e andou até ele, o retirando do carregador e atendendo a ligação.

acabei de chegar, to em frente ao seu prédio. – a voz de Joaquín soou do outro lado da chamada

estou descendo, beijo. – desligou e pegou sua bolsinha preta, colocou seu celular, documentos e dinheiro ali. Antes de sair burrifou o perfume em seu corpo e saiu do quarto

Abriu a porta e saiu do apartamento com Theo logo atrás de si e a trancou, andou até o outro lado do corredor e bateu na porta.

— fica com o Theo, não tenho hora pra voltar e amo você. – falou, assim que o mais velho abriu sua porta

— dez dólares a hora. – Bucky disse e cruzou os braços — toma cuidado, qualquer coisa me liga.

— pode deixar. – deu um beijo na bochecha do homem e andou até o elevador, sentiu seu coração acelerar a cada andar que o cubo metálico descia e assim que a porta se abriu ela saiu, passando a mão sobre os fios loiros perfeitamente alinhados.

Avistou Joaquín encostado no carro, olhando para o aparelho em sua mão e assim que ele levantou a cabeça a menina sorriu.

— nossa, você tá... nossa. – ele falou assim que ela se aproximou mais e deu um beijo na bochecha da garota

— obrigada, você também está... nossa. – repetiu o que ele disse e o homem soltou uma risada abafada, ele estava com uma calça jeans escura e uma blusa social branca. Joaquín abriu a porta do carro e Liana entrou

O homem deu a volta no carro e entrou no lado do motorista, Liana se esticou e ligou o rádio. Os dois foram conversando o caminho inteiro, assim que chegaram no restaurante a menina desceu do carro e ajeitou o vestido em seu corpo, retirou o blaser e jogou no banco fechando a porta em seguida.

Os dois entraram no estabelecimento e Liana olhou em volta, observando cada detalhe do lugar, ela com certeza não iria nunca em um lugar como aquele, os lustres poderiam pagar o prédio que a garota morava.

— reserva para Joaquín Torres. – o homem avisou para o recepcionista

— por aqui senhores. – Liana segurou na mão de Joaquín enquanto seguia o outro homem, a mesa deles estava em um lado mais afastado, a luz era pouca mas o suficiente para que conseguissem enxergar as coisas ao redor, a janela ao lado dava uma vista privilegiada para o resto da cidade

Liana se sentou e colocou a alça da bolsa na cadeira, se ajeitando ali.

— ô Joaquín, esse lugar tem cara de ser muito caro meu estômago não está acostumado com isso. – ela murmurou olhando para o homem sentado bem a sua frente que riu

— ele vai gostar, tenho certeza. – respondeu

— até esse pão deve ser mais caro que meu apartamento, meu Deus... – falou olhando os paeszinhos que o garçom deixou em cima da mesa

— Lia, fica tranquila. O que você vai querer? – Joaquín pegou o cardápio e o olhou, Liana fez o mesmo e arregalou os olhos

— Joaquín, olha aqui a água é mais cara que a minha bolsa – exclamou virando o cardápio para ele e mostrando com o dedo onde estava o preço, e o militar soltou um riso abafado — eu não quero acabar com o seu dinheiro

— como assim o meu? Achei que você iria pagar, por isso escolhi esse lugar. – Liana o encarou, se não tivesse passado blush nas maçãs do rosto daria para ver facilmente que a menina estava branca, Joaquín riu alto ao ver a reação da menina atraindo a atenção das pessoas ao redor para si — estou brincando, Liana fica tranquila, se eu te trouxe aqui é porquê tenho como pagar

— se eu tiver que lavar prato, Joaquín – ela falou e voltou a observar o cardápio

— escolheu? – Torres perguntou e a menina assentiu com a cabeça, o homem levantou uma das mãos e em menos de um minuto a garçonete já estava em frente ao dois — para entrada um barquinho de camarão com purê e bacon, e o prato principal um salmão com molho de ervas para mim e para ela...

— o mesmo. – Lia olhou para a garçonete

— mais alguma coisa docinho? – a mulher olhou para Joaquín que na mesma hora olhou para Liana

— um vinho, o melhor da casa. – respondeu

— docinho... tratamento vip né, orra. – a menina suspirou e pegou um pão que estava à sua frente

— é um restaurante quatro estrelas né – a menina o encarou e semicerrou os olhos

— não sei você que me trouxe aqui, docinho. – Joaquín riu e negou com a cabeça

— ela me chama de docinho e você desconta em mim?

— sim, pois sou contra rivalidade feminina, não estou nervosa por ela te chamar de docinho, estou nervosa porquê você é muito lindo ai chama atenção delas, então entendo o lado feminino. – explicou depois de engolir o pão e Torres sorriu

— isso é ciúmes, Lia? – indagou cruzando os braços

— ciúmes de você? – ela forçou uma risada — Joaquín, eu sou a Liana você nunca vai encontrar ninguém melhor que eu, não tenho o porquê de ter ciúmes.

— tem razão, você está totalmente certa, mas vale lembrar que também nunca vai encontrar ninguém melhor que eu. – ele se aproximou colocando os braços sobre a mesa

— é falta de educação ficar com o cotovelo sobre a mesa, se a Ramonda ve voce fazendo isso ela te esfola viu... – Liana esticou o braço e empurrou os de Joaquín para trás, deixando apenas o pulso dele encostar sobre a mesa — agora sim

— a não, tem aula de etiqueta no seu currículo extenso? – ele a olhou e Lia sorriu

— eu jantava com a família real de Wakanda, T'challa me ensinou muito sobre etiqueta, eu não sou uma Udaku para fazer igual a Shuri e não seguir as regras. – explicou

— o que mais você aprendeu lá? – Joaquín continuou perguntando

— ah, eu entrei na escola lá e graças a Shuri eu consegui estudar o bastante para ficar no ano em que eu deveria, se não fosse ela eu não estaria terminando a faculdade. – ela começou — e quando não tinha nada para estudar, eu estava com a Ayo, ela começou o treinamento comigo e eu terminei ele com a Nat

— então com certeza temos uma especialista em artes maciais? – Torres a olhou

— sei o básico para me defender em algumas ocasiões, e você? Mexicano, gosto do Mexico. – Lia devolveu o olhar

— eu sou do Arizona vim para os Estados Unidos aos seis anos – a menina escutava tudo atentamente — bem ao lado da fronteira mexicana, para alguns a América significa oportunidades, liberdade e tirania. Sempre ajudava os que ficavam por lá, levando o que podia e conseguia. Não tenho uma vida tão interessante como a sua, mas gostava do que fazia.

— não tem? Você ajudava os que tentavam atravessar a fronteira, é mais do que eu já fiz em vinte e um anos, só ajudo animais. – ela falou e o homem deu um sorriso de lado

— força aérea, viver no céu e ter a oportunidade de viver na imensidão azul, é a liberdade para mim. – ele continuou — por isso não canso de te olhar, diretamente nos olhos, é com toda certeza o melhor azul que eu já encontrei.

Oprește-te, mă jenează. (para, eu fico com vergonha) – Liana soltou e arregalou os olhos ao perceber que havia falado em romeno — perdão, as vezes sai sem querer

— desde que não esteja me xingando, não vejo problema que fale a sua língua materna. As vezes eu também solto um espanhol. – Joaquín explicou

— aqui, a entrada de vocês. – a garçonete deixou os pratos sobre a mesa — já trago o vinho, um instante.

— nem sei o que é isso, não consegui escolher e pedi o mesmo que você por pura intuição se for você vai ter que me levar pra comer um x-tudo que fica ali no fast food da minha rua. – Liana exclamou e o homem riu, concordando com a cabeça

Passaram o resto do jantar em uma conversa agradável, após a sobremesa Torres pagou a conta e eles foram embora. A menina vestiu o blaser que estava no carro e colocou o cinto, se ajeitando no banco do veículo.

— ta com frio ainda? – Joaquín perguntou após ligar o aquecedor

— ah, às vezes eu não estou com frio o meu corpo fica tremendo involuntáriamente, sabe... traumas inconscientes. – ela explicou com a voz baixa — pode desligar.

— tem certeza? – a olhou e a menina assentiu com a cabeça, ele deu partida no carro e foi em direção ao prédio, a música baixa do rádio preenchia o local

A respiração dos dois em perfeita harmonia, enquanto Joaquín segurava a mão esquerda da garota e segurava o volante com a outra. Não demorou mais de trinta minutos para chegarem no imóvel e assim que ele estacionou, Liana o olhou.

— obrigada, eu adorei. – sorriu e fechou os olhos ao sentir a mão dele em seu rosto, não demorou muito para que os seus lábios se juntassem.

Liana se ajeitou, se aproximando mais de Joaquín e levou uma das mãos até a nuca do homem, subindo para os fios de cabelo que haviam ali. Suspirou quando ele puxou levemente a sua cabeça e deixou beijos sobre seu pescoço, todos os pelos do corpo da garota se arrepiaram.

— você quer subir? – sussurrou descendo a mão sobre o corpo dele — eu não moro com o meu pai, Joaquín.

— pegou a chave? – ele perguntou e a menina sorriu, se afastando dele e pegando a bolsa que estava no chão ao lado do seu pé, saiu do carro e esperou que ele descesse

Segurou a mão do homem e o puxou para dentro do prédio, assim que entraram no elevador, Torres a puxou para mais perto deixando beijos sobre o pescoço e rosto da garota.

As portas de metais se abriram e ela seguiu até o final do corredor, negou com a cabeça ao ouvir a porta atrás de si destrancar e abriu a sua.

— oi pai – sussurrou se virando — falei que não precisava me esperar

— não estava te esperando, só deduzi que tivesse chegado porquê o gati ficou se alisando na porta. Boa noite, Joaquín. – Bucky olhou para ele

— Boa noite senhor Barnes – respondeu

— volta Theo, não gosto de você, mas quero poupar o seu ouvido – ele chamou o gato que estava na metade do corredor, o animal olhou para Lia e depois para Bucky, deu meia volta e foi até ele

— pai! – o encarou

— só... – o homem suspirou como se aquilo fosse a coisa mais difícil de se dizer — usem camisinha, não tenho planos para ser avô, boa noite.

— boa noite, dorme bem – Lia falou e esperou o pai trancar a porta — desculpa por isso. – se virou para Joaquín

— não vai me convidar para entrar? – a garota abriu um sorriso e deu espaço para que ele entrasse no apartamento, e assim que ele o fez, ela entrou e trancou a porta.

Retirou o salto de seus pés e suspirou aliviada ao sentir seus dedos livres, tirou o blaser e jogou sobre a mesa.

— fica à vontade – Joaquin concordou com a cabeça e se sentou no sofá, tirando o sapato.

Liana andou até ele e se sentou ao seu lado, assim que ele terminou de tirar o sapato dos pés, ela se aproximou e o beijou. Não demorou muito para ela se ajeitar em cima do homem, ajeitando suas pernas ao lado do corpo dele. As mãos de Joaquín alisavam a perna da garota, sem passar da metade de sua coxa.

— ta com dó ou ta com medo? – ela sussurrou no ouvido dele que a olhou, deu um sorriso de lado e a virou, deitando a garota sobre o sofá e subiu a barra do vestido sentindo a pele quente e os pelos arrepiados por cada lugar que sua mão passava

Subiu com os beijos por seu ombro, pescoço e até sua boca. Lia desceu suas mãos até a blusa dele e com dificuldade abriu os botões da blusa social que ele vestia e a retirou de seu corpo.

— Joaquín... – o chamou e o homem a olhou, passando a mão em seu rosto — na minha barriga, tem uma... é horrível. – avisou e ele levou as maos com cuidado até o ziper na lateral do vestido e o abriu, olhou novamente para Liana que assentiu com a cabeça.

Retirou o vestido com cuidado e assim que o corpo dela ficou totalmente exposto seus olhos foram em direção a cicatriz que havia ali, as pontas de seus dedos passaram sobre ela e ele se abaixou deixando um beijo ali.

— Você é perfeita, não importa quantas cicatrizes carregue em seu corpo, continua sendo a mulher mais linda e incrível que eu já encontrei. – ele falou enquanto a olhava, vidrado nos olhos azuis da garota. — te quiero, Liana.

— Yo también te quiero, Joaquín. – ela respondeu e o puxou, juntando novamente os seus lábios nos dele.

fim.

notas da autora.

oi meus amores, como vocês estão? Espero que bem.

Eu to escrevendo e reescrevendo esse capítulo a quase três semanas, peço perdão pela demora, queria terminar essa história de um jeito que não agradasse somente à mim, como a vocês também (e espero ter conseguido)

Sobre o "te quiero" temos duas traduções, o "te quero" normal e o "te amo" deixo em aberto para vocês decidirem qual se encaixa melhor na situação.

espero que tenham gostado. ❤️

p.s: ainda temos o capítulo de agradecimento, está logo após esse.

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