An unknown place 2
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Jungkook
Depois de quase 7 horas no avião, finalmente pousamos. Confesso que estava com muito medo; nunca tinha viajado de avião sozinho. Passei a viagem toda encolhido no meu assento.
Assim que nos liberaram para sair, levantei-me e suspirei fundo, tentando afastar o medo. Peguei minha bolsa de mão e saí, passando pelo corredor que separava o avião da área de desembarque. Sem muita demora, cheguei ao andar principal do aeroporto. Peguei minhas outras malas e fui até um táxi que já estava à minha espera. Tinham me avisado sobre isso, então o motorista me ajudou a colocar as malas, e logo entrei no carro com minha malinha de mão. Fechei a porta enquanto o motorista fazia o mesmo.
— Espero que eu me acostume, não vai ser fácil em um lugar como este — murmurei para mim mesmo, ainda observando a estrada e cada detalhe diferente.
Não demorou muito para chegar ao destino. Sorri ao ver o lugar, mesmo sendo um hospital para estudos. Era bonito, com flores na entrada, grande, de três andares, imponente. Saí do carro, peguei minhas malas e logo uma mulher, vestida de branco, apareceu. Ela era toda elegante.
— Olá, senhor Jungkook? — ela falou, fazendo uma reverência.
— Olá, sou eu! E você é...? — respondi, meio tímido, sem saber o que dizer.
— Bem, serei sua enfermeira. Estarei cuidando de você, administrando seus remédios e acompanhando seu estado de saúde. Me chamo Sly — ela fez uma pausa e voltou a falar: — Também irei mostrar os lugares daqui; como pode ver, o hospital é grande. Vamos entrar? Levaremos suas coisas para o seu quarto.
Eles pegaram minhas malas e entraram. Fui junto com a enfermeira. Cada lugar por onde passávamos, ela explicava e mostrava tudo. Fomos até o terceiro andar, o último. No primeiro andar, havia um grande refeitório. Mais à frente, havia um lugar lindo para praticar esportes, dançar, ler ou simplesmente tomar sol. Fiquei encantado com aquele lugar.
Duas semanas depois...
Eu estava deitado na cama, sem vontade de sair, desanimado. Levantava-me apenas para comer ou ir ao banheiro. Quando a enfermeira Sly vinha, era só para me trazer os remédios. Fiquei olhando para o celular, tinha acabado de falar com minha mãe e já estava com muita saudade. Logo ouvi alguém bater na porta.
— Pode entrar — disse, me sentando, já sabendo quem era.
— Com licença, Jungkook — ela falou calmamente, abrindo a porta. Ela trazia meus remédios: um para o enjoo e outro para controlar as bactérias. — Você precisa sair um pouco, Jungkook. Quero dizer, tomar sol, ler ou até mesmo passear. Você pode sair do hospital e depois voltar.
Eu a olhei insatisfeito, não queria sair dali de jeito nenhum, estava confortável ali. Fiz uma careta, mas não disse nada.
— Jungkook, seu médico pediu isso há uma semana — ela pegou a bandeja de remédios e foi até a porta, virando-se para mim. — Estamos cuidando de você... — ela sorriu e saiu.
Afundei o rosto no travesseiro, ainda emburrado. Sim, fazia duas semanas que falavam para eu sair. Eu não estava bem; ficar longe de quem amo é difícil. Mas eu precisava de forças para melhorar, se continuasse assim, nunca ficaria 100% bem.
Suspirei fundo mais uma vez, me levantei da cama e fui até o guarda-roupa. Em todos os quartos havia um guarda-roupa, e sempre só havia uma pessoa por quarto. Sem enrolar muito, escolhi uma camiseta de manga longa, toda branca, e uma calça preta. Fui ao banheiro, fiz minha higiene pessoal e tomei um banho rápido. Lavei meu corpo e meu cabelo com cuidado. Assim que terminei, sequei-me e vesti a roupa escolhida.
— Acho que está bom, né? Um ar de saúde? — murmurei, terminando de vestir a camiseta.
Peguei meu celular, arrumei o cabelo e ajeitei a cama, que fazia poucas horas que eu tinha usado. Virei-me, saí do quarto e fechei a porta com cuidado. Caminhei pelo corredor até o elevador, desci para o primeiro andar. Ao sair, caminhei até uma porta que levava para os fundos, onde muitas pessoas estavam reunidas, a maioria com mais de 30 ou 40 anos. Provavelmente, eu era o mais jovem ali. Observei cada canto e as pessoas ao redor.
Fui para um canto onde algumas pessoas jogavam basquete. Havia vários meninos, dois enfermeiros e um garoto que parecia ter minha idade. Fiquei um tempo assistindo ao jogo. Já eram 6 da tarde, hora do jantar. Levantei-me do banco onde estava sentado e caminhei até a porta. Ao passar por ela, distraído, acabei esbarrando em uma senhora que vinha em minha direção.
— M-Me desculpe... — falei, envergonhado pelo embaraço que causei.
— Oh, acalme-se, rapaz. Minha cabeça ainda está no lugar, e você não me matou — ela falou, tentando ser divertida para cortar o clima.
— Não fale assim, eu poderia tê-la machucado feio — respondi, ajudando a senhora a se levantar. Peguei as coisas que haviam caído de suas mãos e as devolvi.
— Estou bem, jovem, não se preocupe — ela pegou as coisas e sorriu. — Já estou indo, rapaz, não se preocupe — disse, sorrindo, enquanto se dirigia ao refeitório.
Fiquei sem entender nada, apenas a observei indo embora. Logo fui atrás, devagar. Entrei no refeitório, peguei algo leve e me sentei, verificando meu celular. Taehyung havia mandado uma mensagem dizendo que "não iria ligar porque tinha que resolver algumas coisas". Depois de algum tempo, me levantei, joguei o lixo fora e fui até a porta. Antes de sair, passei pelo garoto que tinha observado à tarde. Mesmo ainda desanimado, sorri. Caminhei até o elevador, subi e logo entrei no meu quarto.
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