Capítulo Único
Équidna conhecida como mãe dos monstros, ela tinha metade de seu corpo em forma de serpente e a outra metade de mulher. Alguns mitos dizem que ela era filha dos titãs Fórcios e Certos; outros, que foi gerada por Tártaro e Gaia. Uma coisa é certa: Équidna e Tifão fizeram sexo, e da pavorosa união nasceu uma legião de monstros.
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ELA CAMINHAVA ENTRE as flores brancas do campo, ao longe, enrolado em uma árvore, eu observava seus pequenos dedos gordinhos passarem entre as flores sentindo sua textura macia, o qual eu sabia muito bem como era. A majestade sorria meigamente e seus olhos se transformavam em uma meia lua magnífica e encantadora. Deslizei para baixo e inclinei minha cabeça; minha língua áspera saindo pela minha cavidade bucal.
O meu corpo em processo de troca de pele queimava para ter aquela humana em minhas mãos, a imaginação de tê-la ao meu alcance coçava meus lábios para ter pelo menos um pouco de si neles, saboreando. Bia Nakamoto, a herdeira do trono, não sabia o que iria acontecer em sua vida em poucos dias. Não sabia o poder que Park MinHyuk, filho de Équidna, possuía. Era como um jogo para mim, meu poder de sedução os chamavam e em instantes eu os tinha em meus dedos e nada poderiam os salvar.
Sorri internamente com sua aproximação da árvore que me encontrava enrolado. O meu sensor de serpente aciona sua aproximação.
O rosto da mais nova é deveras delicado, a primogênita encontra-se distraída e ao menos notou a minha presença assim que sentou-se no chão e encostou sua costas no tronco da árvore. Olhei para baixo, observando o topo de suas cabeleiras claras, o calor que emanava de seu corpo coberto por trajes vermelhos extremamente grossos para um tempo tropical da estação e o modo como ela mexia constantemente em sua gola demonstrava o quanto estava desconfortável com o clima.
Devagar, fui deslizando para baixo, ficando mais perto da menina. A todo instante tentando ser o mais silencioso para que ela não me notasse ali, não era tempo e minha forma no momento, provavelmente, iria assustá-la de imediato.
Deslizei para a terra úmida do chão e em ziguezague fui me distanciando da menina, indo para além das roseiras que a pouco estava sendo acariciado por ela. Parei e virei-me, observando-a com seus olhos fechados e um bico em seus lábios finos, levemente avermelhado. Quis atacar-los no momento seguinte, mas eu sei que não era a hora.
— O que estás a olhar a herdeira, meu filho? — escutei a voz de minha mãe, Équidna, mas nada respondi — Não diga-me que a rapariga será a sua nova presa.
Sorri para a mulher ao meu lado, enrolei-me em mim mesmo e fechei meus olhos, em pouco tempo minha pele estaria nova e eu poderei fazer o que tanto almejo.
★
A neve caia sobre meus fios de cabelos negros, a vestimenta em meu corpo dava-me coceiras e eu me segurava para não tirar-la no mesmo instante.
O castelo a poucos passos de mim parecia um palácio imenso, os minutos passavam rapidamente e meu coração batia descontrolado em meu peito, faltava pouco para finalmente ter ela perto de mim; senti-la em meus braços, sentir o seu gosto.
Caminhei até os guardas reais e informei ser mensageiro do reino vizinho. Não foi difícil fazê-los acreditar, tampouco os seus soberanos. Entrei no castelo pela porta da frente, em um desfile silencioso; minhas mãos atrás de meu corpo como um sinal de respeito pela realeza que logo irei encontrar. Meu sorriso, em momento algum saiu de meus lábios.
— Siga-me, por gentileza — informou-me o guarda real, guiando o caminho pelo qual eu deveria seguir até chegar na sala principal, onde, provavelmente, a realeza estava tomando um chá entre uma conversa esfarrapada.
Olhei para os quadros pintados todos delicadamente por artistas renomados de nossa terra e vizinhas, calculei todo o plano que havia arquitetado até então, conferindo se algo poderia dar errado e não achei uma única brecha indicando tal coisa. É uma emboscada perfeita e sem erros. Simples e completa.
— Por favor, espere aqui. Irei avisar a alteza sobre sua chegada, com sua licença — curvou-se levemente e entrou porta adentro da sala principal. Passei minhas mãos pelos panos elegantes de minha vestimenta, retirando qualquer resquício de irregularidade e qualquer sujeira que pudesse estar no tecido; arrumei os meus cabelos, deixando levemente bagunçado — Senhor, pode entrar!
Sorri elegante como forma de agradecimento e logo fiquei sério, entrando na sala com um caminhar seguro e firme, em momento algum olhando para as faces da realeza, que, por sua vez, sentia seus olhares queimar o meu ser. Segurei-me para não sorrir travesso. Ergui o meu olhar e os meus olhos se encontraram com o dela.
É deveras lindo; uma imensidão de mar escuro com as águas brilhantes. O seu sorriso tímido moldado em sua face e um leve rubor em suas bochechas a deixa adorável; estupenda. Passo minha língua em meus lábios ressecados olhando por toda extensão de seu corpo esculpido com toda a devoção. Por Odin, eu necessito dessa rapariga em meus braços, ouvindo suas súplicas por mais de meus toques. Seus pedidos para me ter somente para si.
— O que lhe trás aqui meu rapaz? — perguntou-me o rei.
Desviei meu olhar da herdeira do trono com muito custo, mas logo comecei a dar início ao meu papel.
— Meu rei mandou-lhe convidar para um banquete em seu palácio — vi as suas faces ficarem confusas — ele pretende propor algo ao senhor Majestade: a mão de seu filho mais velho para o sua herdeira.
De fato, tudo o que havia lhe dito não era uma falsa notícia, o rei do reino vizinho quer realmente juntar seu filho com uma princesa de um reino poderoso e, Bia Nakamoto, era a primeira da lista para tal. O que seria uma pena.
— Oh, um pretendente para Bia? Não achas muito cedo, querido? — perguntou a rainha, de esquerda, pude notar a princesa sorrindo pela fala da mãe, provavelmente ela compartilhava dos mesmos pensamentos e sentimentos.
— De certo que sim, minha rainha — pude ouvir seu murmúrio — irei pedir que o senhor passe uma noite em meu castelo. Peço, encarecidamente, que deixe minha mulher e eu decidirmos se iremos aceitar o convite para a ocasião.
— Como queira, Majestade.
— Bia, leve esse homem para os aposentos perto dos seus. Iremos tratá-lo com muita regalia, coitado, deve ter feito uma longa viagem até aqui.
A pequenina encarou-me tímida antes de acenar com a cabeça para que eu pudesse estar seguindo-a. Fiz uma reverência para o rei e rainha e logo segui o sua filha até um corredor iluminado por lamparinas por toda parte, as chamas falhava quando eu passava por elas, é como se ventos misteriosos inundando os corredores do castelo, a menina a minha frente encolheu-se por alguns instantes pelo vento gelado que passou, assim, como magia.
Apressei meus passos deixando nossos corpos quase colados uns nos outros. Vi quando os pelinhos de sua nuca arrepiaram com a aproximação repentina e ri quando a herdeira apressou os seus passos para ficar longe de mim.
Virando um corredor, notei ser dos aposentos onde iria ficar. Depositei minhas mãos nos primeiros botões de minha vestimenta e desabotoei alguns para deixar o ar entrar em contato com meu corpo quente, tanto pela leve quentura do ambiente e tanto pela excitação do momento presente.
— Seus aposentos, senhor.
— MinHyuk, Bia. Chama-me de MinHyuk, alteza.
Molhei meus lábios olhando de seus pés até o último fio de cabelo dela. O corpo pequeno e moldado, atiçando-me. Aproximei-me dela encurralando entre as paredes de pedra, inclinei meu corpo no seu e sorri com seu rebaixamento.
— Tão linda — sussurrei passando meus dedos em sua pele macia, as suas maçãs em um tom avermelhadas.
Olhei brevemente para seus olhos brilhantes e logo levei meus dedos de sua bochecha para perto de seus lábios, a fim de acariciá-los; senti-los por alguns instantes, mas, surpreendentemente, fui impedido por uma mão pequenina em um aperto forte. Confuso, olhei para a herdeira à minha frente, essa, olhava-me seriamente, sem nenhum sinal da menina tímida de poucos segundos.
— Nunca mais toque em mim sem a minha permissão! — ditou rouca, olhando-me de cima a baixo e partindo, como se eu não existisse — Desculpe, quase que esqueço, que cabeça a minha — riu, parando perto de uma porta onde possivelmente seria os seus aposentos — seu aposento és este, logo ao lado do meu, uma lástima.
Neguei incrédulo, olhei para baixo onde pude notar uma protuberante no meio de minhas pernas, não posso acreditar que aquela pequenina havia feito aquilo comigo. Por Odin, eu realmente havia caído no jogo da pequena princesa?
★
O colchão feito de plumas de alguma ave é deveras aconchegante e minhas costas agradecem. Usando somente as minhas roupas de baixo sentia o frescor em meu corpo ainda quente, tudo em contraditória com o clima frio além do castelo.
Estiquei-me antes de me aconchegar melhor na cama. Fechei meus olhos estranhamente pesados e bocejei, não poderia dormir. Eu ainda tenho que conquistar a herdeira e a persuadir-la para o mundo da luxúria. Bocejo. Eu ainda...
★
Abro meus olhos com uma sensação diferente em meus pulsos e colo, demorei para conseguir enxergar no meio da escuridão misteriosa, mas logo noto que meus pulsos estão amarrados na cabeceira elegante da cama com alguma espécie de corda, que, mesmo com toda a minha força eu não conseguia soltar-me. Inclino minha cabeça para frente e noto, com o forçar de minha visão sobrenatural, Bia Nakamoto sentada em minhas coxas e suas mãos passando pelo meu corpo.
— O que...
— Tenho que confessar, fiquei deveras surpreso que o filho de Équidna tenha cogitado a ideia de me persuadir para seu jogo — apertou-me, minha rigidez. Soltei um suspiro pesado — acho gozado, como você iria fazer tal coisa com a filha bastarda de Odin — mordeu meus lábios.
Filha de Odin?
— Acredito, que, por você ser o deus da luxúria... Não irá se importar de eu brincar um pouquinho consigo. Não é senhor?
Naquele momento eu não conseguia mais comandar meu corpo. Os olhos violetas da herdeira olhando-me fazia com que eu necessitava de si, de qualquer forma. Independente de quem estaria comandando. Eu, deus Park MinHyuk, só precisava de ter Bia Nakamoto, filha bastarda de Odin, para mim. Naquele momento.
— Faça-me de seu servo senhorita — supliquei.
FIM!
Notas Finais |
ZelosNation_ amore mio. Desfrute com carinho o seu momento com o Rocky, aquele lindo.
Caso tenha algum nome dos meninos do BTS, por favor me avisem, talvez eu tenha deixado sem perceber.
Betagem por Yooni937 do projeto ProjetoMagicWorld
Capa por elliedition do projeto nhpjct
obs.: Bia Nakamoto é um personagem original da Zelos, ela somente me emprestou para estar sendo representada aqui e em uma futura (outra) história.
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