Capítulo 7
A festa era tão caótica quanto Louis temia.
Sua mãe havia contratado um buffet pelo menos. Já que eles, seus seis irmãos, cônjuges e filhos, além de primos e outros amigos da família, equivaliam a uma enorme multidão.
Harry, felizmente, havia conhecido um bom número deles antes, então ele não parecia muito desconfortável. Para um cara alto, ele era muito bom em se tornar menor e parte do cenário.
Louis não podia culpá-lo. Sua mãe tinha não pareceu ter ficado surpresa com eles dormindo juntos tão rapidamente e quando ele disse que eles estavam saindo para jantar na noite seguinte, ela sorriu amplamente e disse a eles para se divertirem. Ela sumira muito antes de voltarem do belo lugar chinês que Louis escolhera.
Louis não era espontâneo, ele certamente não ficava tão envolvido por outro ser humano tão rapidamente, mas parecia tão fácil cair naquilo, o que quer que fosse, com Harry. Eles tinham tido uma discussão bem-humorada sobre marcas de carros mais cedo em seu restaurante, tinha sido como conversar com um velho amigo. Então eles chegaram em casa e Harry ansiosamente caiu de joelhos para praticar o chupando, ele provou que ele era um aprendiz rápido. Sim, faltava-lhe a prática e a experiência, mas o homem seguiu bem as direções e apertou as partes certas de Louis tão depressa quanto pôde descobri-los.
Tudo parecia simples.
A festa, no entanto, não foi nem de longe tão fácil. Louis não tinha feito nenhum grande anúncio quando entraram na grande casa de fazenda, mas nenhum de seus familiares era estúpido. Eles notaram rapidamente que ele mantinha a mão, de um jeito levemente possessivo, no ombro ou na cintura de Harry e as fofocas se espalharam. Sua mãe não ajudou em nada, piscando.
Harry levou na boa na maior parte do tempo quando a provocação começou, mas ele estava como uma beterraba vermelha.
A fazenda era tecnicamente ainda de propriedade dos avós de Louis, mas, como os dois estavam com problemas de saúde, coube à mãe cuidar do lugar. Ela usava quando eles tinham grandes reuniões de família porque era grande e o quintal era enorme, então todos podiam se espremer com espaço de sobra. Ela planejara se estabelecer lá quando se aposentasse, quando construiu o negócio para sua satisfação, mas Louis realmente não acreditava que ela iria se estabelecer em uma aposentadoria tranquila.
Louis também conhecera a namorada de seu pai, uma experiência que ele não queria repetir.
Ele estava na cozinha pegando bebidas para ele e Harry, quando uma loira com roupas de grife surgiu à sua direita e sorriu largamente. Ela estava excessivamente vestida para uma festa de família e ela se destacou como uma dor irritante.
− Oi! Você deve ser Louis! Eu sou Verônica. – Ela disse com ênfase que indicava claramente que ele já deveria saber quem ela era.
− Uh, olá – ele pegou a mão estendida dela e apertou-a − Eu conheço você?
Seu sorriso caiu ligeiramente.
− Eu sou namorada do seu pai, tenho certeza que ele te contou sobre mim.
Louis sacudiu a cabeça.
− Não, não realmente. Mencionou que ele estava namorando alguém, mas não muito mais. Prazer em conhecê-la, no entanto – ele poderia dizer que isso a estava a perturbando, mas qualquer um que namorasse seu pai deveria saber que ele não era realmente o tipo de pessoa que seria poético para seu filho sobre uma mulher. Especialmente quando ele não estava tecnicamente divorciado de sua esposa.
− Ah bem. Sim. Bom finalmente conhecer você também. Ele sempre fala sobre o quão incrível você é.
Louis resistiu ao impulso de revirar os olhos.
− Uh sim. Tenho certeza que é exagerado.
Naquele momento, Harry entrou pelo pátio dos fundos, olhando em volta até avistar Louis. Ele vagou, olhando para Verônica, intrigado.
− Verônica, este é Harry, meu namorado – Ele olhou para Harry − Verônica é a namorada do meu pai.
Ela olhou para Harry enquanto ele se movia ao lado e ligeiramente atrás de Louis, sua expressão continuando a azedar.
− Ah, claro. O cara que ajuda sua mãe.
Harry continuou a sorrir educadamente, embora estivesse tenso.
− Hum, prazer em conhecê-la. Louis, sua tia Shirley estava procurando por você lá fora.
− Ah, merda, melhor não mantê-la esperando! – ele acenou para Verônica, sem jeito, enquanto os dois saíam pelas portas do pátio, onde a empresa do buffet preparava mesas para as poucas pessoas que não se importavam com o clima frio.
– Obrigado, baby – Louis murmurou e beijou a cabeça de Harry − Minha mãe tentou me avisar.
− Onde seu pai a encontrou? – Harry estremeceu dramaticamente.
− Só Deus sabe. Ele vai para o tipo de festas onde você encontra essas alpinistas sociais, então talvez seja isso.
− Você acha que ela está atrás do dinheiro do seu pai?
− Ela com certeza não está atrás de sua aparência ou personalidade.
Harry riu.
− Oh, isso é uma coisa má a dizer sobre o seu pai.
− Eh, ele merece isso.
Eles vagaram pelo quintal até chegarem perto de onde um pequeno pomar de várias árvores de fruto que haviam sido plantado anos antes. Estava quieto e longe da casa, embora ainda pudessem ouvir fracamente as crianças mais novas gritando enquanto jogavam algum tipo de futebol muito violento e sem lei no gramado lateral.
Louis puxou Harry para mais perto do seu lado, em parte porque estava frio e em parte porque ele só queria estar mais perto do homem. Eles continuaram andando em silêncio confortável por um tempo até que começou a ficar muito escuro para ver, então fizeram o caminho de volta.
Louis suspirou.
− Bem, de volta à briga.
− Sim – Harry riu. − Acho que sim. Espero que eles tenham começado a servir as sobremesas.
− Tenho certeza. Sobremesas e café, provavelmente.
Eles se dirigiram para dentro e fecharam a porta atrás deles, já que ninguém mais ficaria no
frio.
− Ah, aí está você! – A irmã de Louis, Charlotte, apareceu ao lado deles, aparentemente do nada. − Onde diabos você estava se escondendo?! – Ela o abraçou com força.
− Saímos para apanhar ar.
Lottie olhou para Harry com um sorriso no rosto. Harry a conhecera antes, quando ela deixara o cachorro para um longo fim de semana fora da cidade. Ela não se parecia em nada com o resto da família. Seu cabelo era rosa claro claro e ela parecia ser bem animada e extrovertida, ao contrário de outros membros da família que ele conhecera.
Harry gostava imensamente dela, embora falasse demais e depressa demais. Seu cachorro era uma mistura de chihuahua que ela encontrou no lado da estrada em Gresham, Oregon, há vários anos. Ela o nomeara Jujubees, que combinava com o cão saltitante e exuberante.
− Oi, Lottie. Como está Juju?
− Ótimo! Machucou sua pata brincando na floresta na semana passada, mas curou-se bem. Você e meu irmão estão namorando? Porque eu tenho que te dizer, ele NUNCA nos deixa conhecer...
- Lottie – Louis a cortou bruscamente − Pare de se intrometer.
− Eu não estou! Eu acho fofo! – Ela estava sorrindo ainda mais − Já é hora de você se estabelecer com alguém.
Harry silenciosamente pediu licença para usar o banheiro para que Louis pudesse discutir com a irmã em paz. Ele precisava de uma xícara de café e ele queria uma fatia da torta de pecã que ele tinha visto sendo colocada mais cedo, assumindo que ela não tinha sido comida.
Depois de uma rápida visita ao banheiro, ele pegou uma caneca de café, mas foi impedido de chegar à mesa de torta por um enorme muro de um homem que só poderia ser o pai de Louis.
Louis o havia apontado antes, mas fora de longe e Louis fizera questão de ficar longe do homem o máximo possível. Não foi difícil, dado quantas pessoas estavam por perto e quão grande era a casa.
− Assim. Você é o passeador de cães.
Harry queria rapidamente concordar com o homem e ir embora, mas ele foi abruptamente impedido.
− Uh, sim. Eu sou Harry.
− Hmm. Bem, você certamente tem um bom arranjo, não é?
Harry olhou para ele, surpreso. Louis era um pouco mais baixo do que Harry e seu pai era apenas um pouco mais baixo que ele, então isso significava que pelo menos Harry não deveria se sentir insignificante sobre o olhar daquele homem.
− O que você quer dizer, senhor?
– Quero dizer, você contou à minha esposa uma história estúpida e ela lhe dá um lugar para morar e um emprego e então você decide que quer tornar isso mais permanente, então você seduz o meu filho? Estou impressionado. Você trabalha rapidamente.
− Bem não. Eu não. Eu tive sorte e estou bem com os cães. E Louis e eu meio que nos conectamos por acidente. Eu não planejei fazer isso acontecer.
O Sr. Tomlinson bufou, parecendo não estar convencido.
− Certo. Divirta-se, jogue o inocente. Eu não dou a mínima. Ele vai ficar entediado com você,
eventualmente, ou ele vai perceber que ter você por perto vai manchar sua carreira.
Os comentários picaram um pouco, mas ele estava muito agradecido por Louis tê-lo avisado e que Louis conhecia bem o pai para prever o que ele diria.
− Sinto muito que você não goste de mim, mas o que acontece entre nós é o nosso negócio, não o seu. Eu não sou um interesseiro atrás de dinheiro ou influência ou qualquer coisa assim. Eu gosto do Louis. Ele gosta de mim. Estamos descobrindo se isso é uma coisa permanente ou não.
O Sr. Tomlinson abriu a boca para dizer alguma coisa, mas foi interrompido quando Jay apareceu, brandindo um prato de torta de nozes e parecendo zangada. Ela enfiou a torta nas mãos de Harry.
− Aqui, Harry, querido. Louis disse que você queria um pouco. Lottie acabou de interrogá-lo, então você está seguro. Você pode nos der licença? –seu tom era cortante e ela estava olhando ferozmente para o marido.
− Uh, obrigado, Sra. Tomlinson. Prazer em conhecê-lo, Sr. Tomlinson – Ele assentiu e correu para onde havia deixado Louis na sala de estar. Ele podia ouvir a Sra. Tomlinson murmurando algo para o marido e sua resposta baixa e furiosa quando ele virou a esquina e avistou Louis.
− Ei, love. Minha mãe te encontrou, eu acho – Louis colocou o braço em volta da cintura de Harry novamente − Você está bem?
– Você estava certo sobre o seu pai – Harry disse baixinho, enquanto dava uma mordida na torta. Estava deliciosa, mas parecia que a língua dele não estava funcionando direito, e sua boca estava seca.
A expressão de Louis escureceu imediatamente.
− Porra. O que ele disse?
− Exatamente o que você disse que ele faria.
− Eu vou falar com ele.
− Não, você não vai. Está tudo bem. Seu pai é um idiota, mas todo mundo aqui tem sido ótimo e eu não quero ser a razão pela qual a festa vai para o inferno. Sua mãe já está brigando com ele - Harry falou e Louis bufou.
− Sim, se minha mãe o ouviu, ela vai dar uma acabar com ele. Ainda assim... me irrita.
Harry se inclinou para lhe dar um beijo rápido.
− Eu sei e se você não tivesse me avisado, eu ficaria chateado. Mas eu estava preparado. Sua mãe está lidando com ele e eu quero aproveitar minha torta.
− Eu quero que você aproveite sua torta também. Então eu acho que estou pronto para ir para casa se você estiver. Minha mãe vai ficar aqui a noite e supervisionar a limpeza amanhã, então será só nós. Estou feliz que ela tenha contratado alguém, em vez de fazer com que a gente faça isso.
Harry sorriu e deu outra mordida na torta.
− Estou mais do que pronto para ir para casa.
Eles chegaram de volta ao apartamento por volta da meia-noite e entraram. Os cães acordaram imediatamente e tiveram que cumprimentá-los com o entusiasmo habitual, e rapidamente levaram os três para se aliviarem antes de dormir. Louis estava agradecido por sua mãe morar em um prédio que tinha uma área cercada para cães. Caso contrário, todo o processo teria sido muito mais irritante.
Uma vez de volta ao andar de cima, Harry tirou a cueca e caiu na cama de Louis sem nenhum preâmbulo. Louis seguiu o exemplo, rindo. Deixou a porta entreaberta para que Lilo pudesse ir e vir como ela quisesse. Às vezes, ela preferia dormir na cama vazia de Ray e às vezes entrava para dormir com eles. Os outros dois cães geralmente dormiam com a mãe de Louis ou em suas enormes e aquecidas camas de cachorro.
− Cansado, baby?
− Sim – Harry murmurou no travesseiro − Isso foi exaustivo. Pelo menos a torta era boa.
− Sim e pelo menos acabou. – Louis ficou confortável e Harry se aconchegou mais perto dele. Louis suspirou satisfeito. Ele tinha pensado em ir sobre Harry novamente desde que descobrira que Harry fazia os melhores ruídos quando estava prestes a gozar, mas decidiu que poderia esperar até a manhã seguinte. Ambos estavam meio adormecidos já.
− Louis? – Harry virou a cabeça e olhou para ele. − Posso te fazer uma pergunta?
− Claro – O estômago de Louis se apertou levemente, imaginando o que poderia ser aquilo.
− Por que você deixou o exército?
Louis engoliu em seco e desviou o olhar dos olhos interrogativos de Harry para olhar para o teto.
− Isso é complicado.
− Você quer dizer 'complicado' como 'isso não é da sua conta', ou 'complicado' como se fosse difícil de explicar e você não sabe por onde começar? – Harry estendeu a mão para prender os dedos com os de Louis e beijar seu pescoço − Porque você não precisa me dizer se não quiser. Seu irmão Ernest acabou por perguntar se eu sabia e eu disse a ele que não tinha ideia.
Houve silêncio por um momento.
− Estava se tornando aparente que eu não iria seguir em frente na minha carreira se eu ficasse.
Harry se moveu para se apoiar em um cotovelo e o olhou no rosto.
− O que você quer dizer?
− Quero dizer... os militares estão lutando ou fora. Eu não estava sendo promovido por razões políticas, e sabia que, se ficasse, as coisas piorariam para mim.
− Porque você é gay? – Harry perguntou baixinho e Louis suspirou.
− Sim, principalmente isso. As coisas estavam ficando muito melhores, mas com todas as mudanças políticas recentes, muitos oficiais mais desagradáveis se sentem confortáveis em ser abertamente homofóbicos novamente. Eles falam como outras coisas, mas eu sei o placar. Eu provavelmente poderia ter tentado lutar contra o problema, mas parecia deprimente. Nossos benefícios foram cortados e os bônus não eram o que costumavam ser. Eu não via o ponto em ficar.
− Lou, sinto muito – Harry apertou a mão dele.
− Sinto muito também. Me irrita porque eu realmente planejei ficar por muito tempo. Eu estava feliz fazendo o que estava fazendo – Ele olhou para Harry, finalmente − Mas se eu tivesse ficado, não teria te conhecido.
Ele deslizou um braço ao redor do ombro de Harry e puxou-o até que Hazz estava na metade dele e eles estavam se beijando preguiçosamente.
− Não estou feliz que você tenha perdido sua carreira. Mas eu estou definitivamente feliz por nos conhecermos – Harry murmurou e Louis correu a mão para cima e para baixo do lado do cacheado.
− Posso fazer uma pergunta agora?
− É justo – Harry aninhou em seu pescoço e começou a chupar um chupão.
− De onde vieram todas essas cicatrizes em seus braços e costas? – A voz de Louis estava tranquila. Harry se afastou para olhá-lo nos olhos, sua expressão séria.
− Eu trabalhei em construção e ajudei meu tio nos campos de golfe. Nem sempre seguimos os protocolos de segurança. Muitos deles são sobre usar motosserras sem equipamentos de proteção.
Louis traçou um particularmente complicada que subia pelo ombro de Harry.
− Isso parece ilegal.
− Provavelmente é, mas meu tio era um líder comunitário e ninguém iria questioná-lo ou multá-lo – Harry encolheu os ombros − Elas incomodam você?
− Só porque eu não gosto do pensamento de você se machucar tantas vezes... especialmente quando foi culpa do seu tio – ele beijou Harry com força − Se eu ver o cara, vou chutar a bunda dele - Harry sorriu.
− Ele não vale a pena. Nenhum deles vale. Quanto mais tempo estou longe de todos eles, mais percebo que não foi saudável. Ninguém nessa comunidade estava feliz. Todo mundo cuspia em todo mundo constantemente.
− Estou surpreso que você pode confiar em alguém depois de tudo isso – Louis murmurou. − Sinceramente, eu não sei quantas pessoas poderiam sair disso do jeito que você fez.
Harry enterrou o rosto no ombro de Louis novamente, desta vez para evitar olhar para o rosto.
− Eles eram abusivos. Eu sei disso agora. Eu provavelmente preciso de terapia. Eu tive pesadelos onde eu acordo em St. George e eles são um milhão de vezes pior do que os pesadelos onde eu acordo de volta nas ruas.
Os braços de Louis se apertaram ao redor dele.
− Se você quiser encontrar um terapeuta, eu vou te apoiar. Se você precisa me dizer coisas, ou
não me dizer coisas, então você deve fazer o que for mais confortável para você.
− Você não vai fugir de mim porque eu sou meio que uma bagunça?
− Estamos todos um pouco fodidos, Harry. Cada maldito ser humano vivo é uma bagunça de alguma forma. Eu estava vendo um terapeuta enquanto estava no exército. É bom falar isso com um profissional.
− Mesmo?
− Sim, eu provavelmente deveria encontrar alguém aqui. Meu pai é um idiota manipulador e ele revela aspectos da minha personalidade que eu não necessariamente gosto.
− Você não é seu pai, Lou.
− Eu sei. Mas eu tenho seu temperamento e ele borbulha muito mais quando eu tenho que interagir com ele.
− Bem, nesse caso, eu vou se você fizer – Seus olhos estavam tentando se fechar novamente.
− É um acordo – Louis parecia quase tão cansado quanto Harry.
Ele mudou de posição para que o peso de Harry não estivesse cortando a circulação em seu braço. Harry já estava quase dormindo.
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