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Sussurros De Uma Princesa

Desde que se  lembrava, Candice não podia enxergar. Ela perdeu a visão quando era muito jovem , devido a uma doença lançada por um elfo. Não qualquer elfo, o seu pai que havia amaldiçoado sua mãe, Heloíse, a rainha dos caçadores. 

 A rainha de Selares possuía o costume de sugar a energia do parceiro após o ato sexual. Ela não queria concorrentes ao seu poder no trono. Porém, desejava filhos fortes para se tornarem guerreiros.  No entanto, após seus dois primeiros filhos, a quais ela considerava quase sem defeitos, veio ela, Candice.

 Candice nasceu cega, ao contrário de seus irmãos Aticcus, filho de um lobisomem e Steve, filho de um vampiro, que nasceram “perfeitos”. Após se deitarem juntos, Heloise não esperava ser amaldiçoada. Seu pai ao ter sua vida  sugada, amaldiçoou a caçadora e sua prole. 

 A princesa de pele morena, cabelos brancos e olhos azuis pálidos se lembrou de ir até seu irmão quando tinha 6 anos. Aticcus era oito anos mais velho que ela, seus olhos amarelos a encarraram quando Candice correu até ele com seu vestido roxo arrastando na grama. Mesmo sem ver, a mais jovem podia  sentir a nobreza do irmão. Ele era o mais velho, mais sábio e mais sério, apesar da idade. 

—Irmão. Quem é nosso pai? - perguntou inocentemente.

 A pequena pôde sentir o olhar curioso do irmão. Steve dizia que era um olhar de quem se sentia superior. Porém, ela não sentia isso. Em seu coração, parecia que o mais velho pensava na melhor maneira de responder algo. 

—Nossos país são diferente, Candice. - disse suavemente.

—E onde eles estão?- perguntou curiosa enquanto apertada a saia do vestido, nervosa.

—Mortos. - respondeu Aticcus, direto como sempre. 

—Quem os matou? 

—Eles morreram em batalha, Candice. 

 A menina podia sentir que havia uma mentira ali. “Por quê Aticcus havia mentido?” , a criança se perguntou. 

 Quando foi desmenti-lo, seu irmão já havia ido. O andar dele era suave e ninguém podia ouvir ou sentir quando o jovem se aproximava. Nem mesmo ela, que possuía os sentidos mais aguçados. 

 O tempo passou e ela esqueceu a questão.

   Naquele mesmo ano, Mirelle nasceu. Candice lembra-se  de levar sua outra irmã, Marie de 3 anos para conhecerem a nova criança da família. 

 Marie apertava sua mão com força, sem entender direito oque acontecia, ela sempre chorava ao se aproximar da mãe. Ela Havia nascido “sem defeitos”, como os meninos. “Um caçador perfeito” como a mãe dizia. 

  Ao abrir a porta ela sentiu um sentimento forte de tristeza e desgosto. Marie também pareceu senti-lo e apertou sua mão ainda mais forte. Aquela sensação vinha de sua mãe. Candice não entendeu. Um novo filho não seria motivo de alegria? 

 As meninas se aproximaram da cama. A mais velha se aproximou da mãe e disse:

—Como o bebê se chama, mamãe? 

—Mirelle. - disse secamente. 

—Que cor são os olhos dela? 

  Naquele momento, Candice pôde sentir um sentimento de desgosto e nojo misturado. 

 Heloise se levantou bruscamente da cama. Suas filhas se assustaram e se afastaram. A rainha pôs o bebê no colo de Candice e saiu. 

—Não adianta saber a cor dos olhos dela se você não enxerga, Candice. Eu acabei de dar à luz a essa criança maldita, com esses olhos malditos. Segure ela pra mim. 

 Candice havia se acostumado com a frieza da mãe. Porém, a pergunta que havia feito ao irmão lhe veio à mente no pior momento. 

—Mamãe, quem é o nosso pai? 

 Em instantes, ela sentiu seu rosto arder. Heloise havia lhe dado um tapa no rosto. A menina de cabelos brancos caiu. Mirelle se assustou e começou a chorar, consequentemente Marie também. 

—Está morto. O seu e os deles. Eu os matei. Vocês não precisam de um  pai. Vocês têm a mim. Eu sou a rainha de Selares, sua mãe e comandante. Eu sou suficiente. Não se preocupe com besteiras. Se preocupe em ser um soldado perfeito. Você tem que se esforçar mais que seus irmãos, já que nasceu com... - a mulher hesitou por um momento— ... defeito. - E assim saiu do quarto sem dizer mais nada. 

 Candice ficou parada sem saber oque fazer.  Não quanto tempo levou até uma criada chegar e levar ela e suas irmãs dali. Só sabia que nunca mais faria perguntas à sua mãe. 

 Os anos se passaram e agora sua mãe estava grávida novamente. Mirelle tinha 9 anos; Candice 15; Marie 12; Aticcus 20 e Steve ,17. Além deles, havia os novos gêmeos, Arthur e April  de apenas 4 anos.

  Todos eles se tornaram caçadores habilidosos. Heloise parecia satisfeita com o progresso da filha mais velha, apesar de considerá-la “inferior” aos irmãos. Porém, nada era a mil maravilhas. Aticcus se tornou uma pessoa fria, um soldado perfeito como a mãe sempre quis. Steve costumava ter crises de ansiedade ao se aproximar da simples possibilidade de falhar. Marie havia desenvolvido compulsão por organização e limpeza e Mirelle não aceitava ser tocada por ninguém. O curandeiro disse que aquilo se chamava, afefobia. A mais nova era a que mais sofria. 

 Mirelle era boa. Ela não conseguia matar criaturas. Principalmente as que pareciam humanas. E claro que Heloise não aceitava isso. 

 Um dia, Candice ouviu barulhos na sala de treinamento. Sentiu mocheis de sangue. Ouviu os passos da mãe saindo da sala. Estava irritada com algo. Quando a rainha se foi, a princesa correu para dentro da sala para ver quem havia se machucado. Pôde ouvir um choro baixo que ela reconhecia.  

—Mir. Tudo bem? Oque aconteceu? 

 Candice Se abaixou e tocou a irmã. Seus cabelos estavam sujos de sangue, seus braços e pernas feridos e sua boca machucada. 

—Eu não consegui matar o lobisomem. Ela me fez treinar desde manhã. Não consigo me mover. Dói.

—Vamos. Vou limpar você. 

 Candice ajudou a irmã a se levantar. Naquele momento ela queria saber mais sobre a magia curativa dos elfos. Porém, não havia nenhum livro do tipo ali que alguém pudesse ler para ela. As irmãs saíram e a mais velha cuidou da pequena que dormiu no seu colo logo depois. 


A princesa fechou os olhos e pensou na vida. A jovem de cabelos brancos se sentia perdida naquele lugar. Oque sua família era? Podia-se chamar aquilo de família? Quanto todos os membros não eram felizes ali?

 Esse sentimento continuou a preencher seu coração. Até o dia em que algo mudou. 

  3 anos depois, uma criada nova havia chegado no castelo. Seu nome era Líve. Ela era quieta e reservada. Se contentava em fazer seu serviço e não dizer nenhuma palavra. Porém, houve um dia em que a jovem disse algo. 

 Candice foi com com seus irmãos menores fazer um piquenique na floresta. Eles eram caçadores afinal, gostavam de perigo.A rainha havia saído e ela, Mirelle, os gêmeos e Marie aproveitaram a oportunidade. 

 Todos estavam felizes naquele dia. A presença da mãe trazia um peso ao local. Sem ela ali, todos eram livres. Candice pensou como todos eles eram tão diferentes, mas tão iguais. Depois de uma semana do nascimento de Mirelle, a irmã soube por Steve que a menina tinha os olhos laranjas como os da mãe. Agora, seus cabelos haviam crescido, a mais velha notou ao lentes-lós de manhã, eram cheios e macios. Marie, parecia-se muito com Mirelle, pelo que ela descobriu através de tocar o rosto da mais jovem, mesmo que sempre prendesse os cachos em um rabo de cavalo. Seus olhos verdes eram atentos e espertos, como do irmão Steve. Mesmo que a cor dos do mais velho fosse vermelho.

 O sol tocava Selares aquele dia. Era bom sentir o calor quando o lado de dentro costumava passar uma atmosfera fria. 

Enquanto todos comiam, a criada ficou distante, observando. Ao perceber sua presença, longe. Candice estendeu a mão e a chamou:

—Live, venha comer conosco. Mamãe não está aqui hoje.

—Sim. —Completou Mirelle. —Deve estar com algum homem por aí, produzindo outro irmão. 

—Mirelle. - Márie a repreendeu.—Não fale assim.

—É a verdade. - respondeu a mais jovem enquanto comia um sanduíche. 

 Live se aproximou acanhada. 

 Candice bateu a mão em um lugar no chão  ao seu lado e disse:

—Sente-se aqui. - sorriu. 

 A jovem que tinha a mesma idade que a da princesa mais velha fez como pedido logo após uma reverência. 

  Todos comeram enquanto conversavam. Candice pôde ouvir a risada da criada em alguns momentos. Ela imaginou como seria a aparência dela. Provavelmente, ficou a encarando. Porque a risada parou e um sentimento de vergonha, se apossou da moça. 

 —Você está encarando a criada, Live. A assustou. - gritou seu irmão, Arthur. 

—Arthur, não fale assim. —repreendeu Marie. 

—Sinto muito, eu costumo fazer isso às vezes. - se desculpou Candice. —Eu gostaria de saber como é sua aparência. 

 Live pareceu pensar por um momento. 

—Eu sou ruiva,alteza. Tenho algumas sardas no rosto, meus olhos são castanhos e a pele muito branca. Nada original. - disse baixo. 

—Eu não me importo com essas coisas. — respondeu a princesa. — Mesmo que eu goste de saber. —Posso tocar seu rosto? É assim que eu “vejo” as pessoas. 

— Claro. Como cor do seu desejo, alteza.- a moça respondeu. 

 Quando tocou o rosto da outra, Candice sentiu a tensão. Claro que Live estava nervosa. Pessoas da realeza não costumam se aproximar assim dos criados. Principalmente em Selares. Conforme o tocava, a princesa pode notar um nariz fino, olhos grandes e uma boca pequena. 

—Parece bonita pra mim. - disse a de cabelos brancos, espontaneamente.

 Ao ouvir seus irmãos rirem ela ficou sem entender oque ocorria. Sentiu a vergonha no ar. 

—Sinto muito se te ofendi. 

—Live parece um pimentão, irmã. - disse April correndo em volta deles. 

 Depois daquilo, Candice resolveu se calar e comer para não constranger mais a jovem. 

 No fim do dia, quando o sol já estava se pondo, Arthur e April corriam perto do lago. A menina tropeçou, e caiu. 

—April. —Mirelle gritou. 

 Candice ouviu os gritos e a confusão. Sentiu a presença dos irmãos, se movendo, agitados. 

— Oque está acontecendo? - gritou, preocupada.

—Live caiu no rio. - disse Arthur. — Ela salvou April mas caiu. Foi rápido demais. 

 Eles correram para procurá-la. A floresta  cobria algumas partes da água, fazendo com que os irmãos não vissem a moça. 

 Candice usou seus sentidos para sentir a presença de Live. Até que ela percebeu sua presença, perto do fim do Rio, em direção à cachoeira. 

 A de cabelos brancos correu até a moça e esticou a mão.

—Estou com medo. - gritou Live. 

—Eu vou te segurar. - gritou Candice. 

 A ruiva estendeu a mão e gritou assustada. A morena a agarrou e a puxou para a margem. 

—Pronto. Você está bem. - disse pondo seu xale nos ombros da moça. Apesar do sol, a água ainda era muito fria.

—Obrigada, alteza. Pensei que fosse morrer. - agradeceu, chorosa.

—Você está a salvo agora, Live.

 Seus irmãos pareceram aliviados.

—Não posso ficar com o xale, alteza. 

—Você precisa se aquecer. Nós somos treinados para suportar o frio. Não se preocupe conosco. Então aceite o xale. - diss Marie.

 A criada agradeceu e eles voltaram para casa. Candice a levou até a sala de estar com lareira para se aquecer. A princesa perguntou sobre sua casa e família. Live contou que era de Harlesze ,mas que não possuía magia. A de cabelos brancos a ouviu até o sono aparecer. 

  Uma semana depois, a rainha voltou. Todos os filhos a esperavam na entrada do castelo. Em pé, braços para trás e cabeça erguida, em posição de sentido.

  Quando Heloise entrou a atmosfera ficou mais fria. Os dias anteriores pareciam sonhos que nunca voltariam. 

  A mãe observou seus filhos e disse antes de ir em direção aos quartos.

—Vocês terão outro irmão em breve. 

 Aquela informação ficou se repetindo em sua cabeça por semanas. Será mesmo que essa criança nova merecia viver ali? Já não havia sofrimento o suficiente? 

 A cada dia que passava seu coração ficava mais pesado porém, alegre ao mesmo tempo. Live havia se tornado uma amiga e muito mais que isso. Enquanto a lua estava alta no céu e os cabelos da Criada faziam cócegas em seu peito, Candice desejou que seu novo irmão ou irmão não viesse ao mundo. Talvez, aquela criança seria mais feliz dessa maneira. 

 No outro dia, a princesa pôde ouvir os gritos das criadas no corredor. A rainha havia perdido a criança.  

 Candice Se assustou. “ Será que a culpa foi minha?” Pensou.

  Ela se levantou e foi até o corredor.  Todos os irmãos e criados estavam ali para ver oque havia acontecido. 

 A rainha gritava com o curandeiro.

—Como assim não posso ter mais filhos? 

O curandeiro tentou explicar porém, a mulher não quis ouvir.  O homem foi expulso do quarto aos berros. 

Candice não sabia que aquilo era obra do seu desejo porém, talvez    Fosse  melhor daquela maneira.

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