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Capítulo 8- Fogo do céu

(AVISO: gente, nem todos foram notificados do capítulo de ontem... O capítulo 7. Então verifiquem, antes te receberem spoilers kk)

***

"Houve forte vendaval, mas Deus não estava no vento. Houve um terremoto, mas Deus não estava no terremoto. Depois houve fogo, mas Deus não estava no fogo.

Então, veio um suave sussurro, uma brisa suave. Deus estava ali..."

[...]

"Nem sempre Deus nos livra imediatamente, ou nos dá respostas rápidas. Ás vezes Ele nos sustenta apenas para dar mais um passo, depois outro, e outro... Não quer dizer que Ele não vê, ou que Ele não se importa; Que dizer que Ele quer nos deixar mais fortes... Desenvolver em nós a perseverança...".

***

Quando as duas chegaram na frente da casa, desceram devagar e um tanto exaustas. Porém, assim que Ohana olhou para a casa ao lado, começou a observar melhor. Era a casa onde morava o vizinho que Ohana ignorou.

Violet percebeu que a menina estava olhado para a casa e disse:

-Essa é a casa dos Klem¹. Eu os conheci em uma comemoração no ano passado. Evan os convidou. A família é maravilhosa e são muito divertidos.

Ohana deu de ombros, não queria criar laços ou expectativas por enquanto. Ela nem sabia se poderia morar ali por muito tempo.

Violet pediu que ela entrasse, pois tinha que fazer uma ligação lá fora. Não precisava de tanto mistério, era notório que ela estava ligando para o Evan, a fim de contar sobre a Sara e sobre o dia divertido que ela e a menina Mali tinham tido.

Quando Ohana fechou a porta, viu seu reflexo no vidro e mais uma vez se surpreendeu. Ela nunca tinha tido um dia de cuidados assim.

A menina subiu as escadas em direção ao quarto e quando se aproximou da cama e olhou para a janela, deu de cara com uma figura "conhecida". Desta vez, parecia que ele estava esperando Ohana aparecer, como se precisasse conferir se ela era real ou uma miragem mal educada.

Novamente ele fez um gesto com a mão, dando uma saudação. Ele parecia sério, mas simpático.

Ohana ficou paralisada, pois estava um pouco longe da janela desta vez. Será que seria possível sair correndo e fechar a cortina de novo, sem que parecesse estranho? Bom, eu acho que não...

O problema, é que ela tentou fazer isso, só que acabou tropeçando devido á uma dobra no tapete e voilà!: A queda perfeita.

Ela desejou que houvesse um buraco no chão onde estava, ao menos poderia escapar.

Então, levantou-se devagar e ao olhar para a janela, viu o rapaz preocupado, se esgueirando, querendo saber se ela estava bem.

-Você está bem?- Ele perguntou de longe.

Ohana não responderia, nem se quisesse. Ela apenas ajeitou os abarrotados da roupa e foi em direção à janela, querendo fechar a cortina mais uma vez.

-Não!- Ele falou, fazendo-a parar automaticamente- Não feche a cortina de novo- Ele riu- Você se machucou?

Ohana ficou em silêncio, como sempre, e apenas o encarava, analisando piamente as intenções dele. O mais engraçado é que sua voz era conhecida, como se ela já tivesse escutado antes.

Ele certamente ficou confuso com o silêncio. "Será que ela é estrangeira? Será que fala a minha língua?", ele pensou.

A barulho das árvores era a única coisa que ocupava o ambiente, já que aquele era o diálogo mais estranho de todos.

-Me chamo Ravi, Ravi Klem... – Ele falou, na tentativa de tentar mudar algo naquela situação. Ohana não entendia a necessidade de falar o sobrenome.

Ohana faltou lhe responder "E meu nome é James, James Bond"

- Qual é o seu nome?- Ravi perguntou.

Silêncio novamente. Ohana achou um nome bem legal, na verdade. Tão estranho quanto o dela.

-Você fala?- Ele perguntou, receoso.

Finalmente, Ohana deu algum sinal. Ela balançou a cabeça negativamente. Ravi suspirou fundo, como se um peso finalmente caísse de seus ombros. Mesmo assim, ele se sentiu bobo por tentar arrancar palavras de uma menina que não falava.

Ravi sabia a língua dos sinais, porém, ela não respondeu á isso. Ele ficou mais confuso do que nunca, pois: Ela não fala e não sabia libras, como ela se comunicava?

Antes que ele pudesse pensar em outra ideia, Ohana lhe lançou um olhar compreensivo e foi em direção à janela.

Ela fechou a cortina devagar, o que já era um progresso, e deixou seu vizinho sozinho novamente.

[...]

Ohana ajudou Violet com o almoço e logo foram surpreendidas por Evan.

-Consegui negociar meu horário no hospital!-Ele diz todo animado- Agora não teremos mais problemas, e... Uau!- Ele ficou espantado- Você está linda, Ohana... – Evan ficou parado um tempão admirando sua quase filha. Ohana riu sem jeito e fez um gesto para que ele continuasse o que estava falando antes.

-Tudo bem, agora adivinhem...

Ele fez uma cara, para que elas adivinhassem. As duas se entreolharam, tentando não rir dele.

-Vocês são umas chatas, não sabem brincar- Ele ri- Enfim... Eu te matriculei em uma ótima escola particular! Eu atendi uma paciente hoje que, coincidentemente, era a diretora! Conversei sobre o seu caso e eu já combinei tudo, você começa amanhã! Você precisa começar logo, pois já perdeu algumas aulas e... (Blá, blá, blá, blá...)

Ohana não estava ouvindo mais nada. Ele devia estar falando em outra língua ou ela estava passando mal. A menina começou a tremer de medo, ela não estava preparada para uma escola de verdade, nem com o fato de que começaria no dia seguinte.

-Evan!-Violet falou alto, fazendo Evan parar- Você está assustando ela... – A moça disse, se aproximando de Ohana e tocando seus ombros.

Ele percebeu que estava eufórico demais ese arrependeu de ter agido com tanta empolgação.

-Me perdoe... - Ele disse- É que eu fiquei tão empolgado, que nem te dei tempo para digerir tudo isso.

Eles se sentaram e ele começou a falar mais devagar:

-Você vai se adaptar, eu garanto. Eu expliquei que você não gosta de conversar, então a diretora disse que vai explicar sua situação para os demais professores. E, outra, a filha mais nova dos nossos vizinhos estuda lá.

-É verdade!- Sara diz pensativa- Eu tinha me esquecido que o filho deles, o Ravi, dava aulas de música com o pai dele. Tem aquela outra menina, mas eu nunca me lembro do nome dela...

-Você vai encontrar amigos, eu tenho certeza- Evan diz- Qualquer coisa, eu posso conversar com os Klem, eles podem te ajudar a se adaptar, e...

Ohana balança as mãos freneticamente, em sinal de negação. Imagine como seria constrangedor?

-Okay... –Evan disse rindo- Nada de diálogo...

Eles almoçaram e Evan não parava de falar sobre a escola. Ele louvou á Deus por ter conhecido logo a diretora e ter conseguido uma vaga para a Ohana em uma escola tão difícil de se ingressar.

No orfanato não havia uma escola de verdade, mas ainda assim, havia pontuações. Ohana tirava notas boas, mas o ensino de lá não era tão bom. Será que ela sobreviveria, ou seria tão ruim que teria que voltar para o ensino fundamental?

Ela mal conseguiu aproveitar a comida, pois estava simplesmente apavorada.

[...]

Depois do almoço, Evan precisou voltar para o Hospital. Violet disse que precisava tirar um cochilo rápido no sofá, pois estava exausta. Ohana foi para o quarto e estava entediada. Sentia falta de Flora, falta do violino e não estava conseguindo acostumar com tanta coisa.

Ela olhou para o lado da cama e se lembrou da bíblia. Pegou rapidamente e começou a folhear. Ao sentir o vento batendo em seu rosto, teve a ideia de ir explorar mais a casa.

Ohana desceu as escadas e foi até o jardim de trás. Era muito bonito e bem cuidado. Entretanto, ela queria explorar mais. Então, voltou para dentro e começou a olhar com mais afinco.

Violet tinha o sono mais pesado do que um urso hibernando, aliás, roncava alto como um. Nem notou as idas e vindas da menina.

Ela não mexia em nada, apenas olhava os cômodos daquela casa enorme. Tinha um quarto que possuía até equipamentos de academia. Outro tinha uma porta de vidro, trancada, mas que se podia ver os inúmeros livros que havia lá dentro.

No corredor do segundo andar da casa, Ohana notou que havia uma portinha no teto, com uma pequena corda que a abriria. Era alto, mas depois de encontrar um banco, finalmente alcançou.

Quando ela puxou a corda e a portinha se abriu, uma escada começou a descer sozinha.

Ela esperava ver um sótão, e o encontrou. Porém, quando entrou no lugar, viu outra portinha no teto no sótão e outra escada apareceu para que ela avançasse.

Aquilo a deixou totalmente intrigada, a ponto de ceder á curiosidade. Poderia ficar no sótão, mas ali estava empoeirado demais para ter um momento de paz. Mesmo assim, se alguém arrumasse todas as caixas e limpasse o lugar, seria um bom refúgio.

O sótão só não estava em completo breu por causa da claraboia que permitia que a luz do sol entrasse.

Ao escalar a escada até o topo, nem acreditou. Ela não tinha percebido que a casa possuía uma espécie de terraço. Olhando de fora, nunca desconfiaria. Ela caminhou por cada canto e era muito alto. Conseguia ver o sol brilhando forte, as árvores mais distantes, algumas montanhas e a pouca movimentação na rua.

Estava bem frio, porém ela respirou bem fundo e deixou aquele ar gelado entrar. Foi como um grande alívio em seu coração.

O terraço não tinha muita coisa, na verdade, era evidente que ninguém ia para lá. Talvez, os dois trabalhassem tanto, que nem lembravam mais dali. Pelo menos, havia alguns caixotes que serviram de acento para a menina.

Ela abriu a bíblia aleatoriamente, e começou a ler as anotações. Lá vamos nós de novo.

[...]

Tinha uma folha com algumas coisas escritas e apontavam para o texto de 1Reis 19. Ela leu o capítulo 18 e 19 para ver se compreendia o que estava na anotação.

Para resumir: Elias havia desafiado os profetas de Baal, para ver quem era o verdadeiro Deus. Deus fez descer fogo dos céus, mostrando que era o único e verdadeiro. Os profetas de Baal morreram e Jezabel ficou furiosa com toda a história. Ela ficou tão brava que jurou matar Elias.

Elias fugiu. Não só isso, Ele teve muito medo. Foi com seu servo para outra cidade, mas estava tão abatido que deixou o servo ali e seguiu sozinho para o deserto. Ele estava tão triste que pediu para morrer. Então, caiu no sono.

Um anjo apareceu enquanto Elias dormia e o acordou, pedindo para que ele comesse. Elias comeu, mas voltou a dormir. O anjo insistiu que ele comesse de novo, se não, não estaria pronto para a caminhada que iria enfrentar.

Então Elias comeu, bebeu e teve forças para uma caminhada de quarenta dias e quarenta noites até o monte Sinai.

Lá, Deus perguntou o que ele estava fazendo e Elias contou o que o afligia, contou que era o único profeta do Senhor que ainda estava vivo, mas que em breve poderia morrer também.

Deus pediu que Elias saísse e se colocasse diante d'Ele. Houve forte vendaval, mas Deus não estava no vento. Houve um terremoto, mas Deus não estava no terremoto. Depois houve fogo, mas Deus não estava no fogo.

Então, veio um suave sussurro, uma brisa suave. Deus estava ali...

Ohana não fazia ideia de quem era Jezabel, mas não parecia boa pessoa. Ela ficou intrigada com o fato de um profeta que tinha visto algo tão sobrenatural, fugiu de medo e até desejou morrer.

Ela então decidiu ler a anotação da Joy:

"Elias devia estar muito triste, como eu me sinto ás vezes, quando só quero dormir, para aliviar todos os sentimentos que sinto. Porém, o Senhor cuidou e o sustentou. Ele fortaleceu Elias para uma longa caminhada.

Elias teve medo, mesmo depois do que Deus havia feito. Ele fugiu e foi sozinho para o deserto, deixando seu servo para trás.

Existem situações em que precisamos estar sozinhos e não podemos carregar outros conosco. Situações onde Deus é o nosso único amigo, refúgio, esperança e o único que pode nos ajudar.

Ele estava tão triste, que pediu para morrer... Se sentiu indefeso e em perigo.

O que eu acho mais interessante, é que Deus não deu a solução imediata que Elias precisava e o anjo não disse que o problema ia ser resolvido... Ele apenas o sustentou para continuar andando um pouco mais.

Nem sempre Deus nos livra imediatamente, ou nos dá respostas rápidas. Ás vezes, Ele nos sustenta apenas para dar mais um passo, depois outro, e outro... Não quer dizer que Ele não vê, ou que Ele não se importa; Que dizer que Ele quer nos deixar mais fortes... Desenvolver em nós a perseverança.

Nos momentos de maior dor, é quando estamos mais próximos de ter uma experiência profunda com Deus. Por mais que eu chore, ou queria respostas rápidas, Deus sabe que o melhor para mim é esperar... Sendo fortalecida n'Ele.

Papai, ás vezes eu tenho medo e não vejo uma solução... Mas me ajude a ver as coisas como o Senhor vê. Me ajude a ouvir seu sussurro, seus sinais simples... Ás vezes espero o vendaval, o fogo, o terremoto... E não te percebo sussurrando para mim.

É tão difícil ouvir a Tua voz e o teu sussurro. Me ajude não ter medo da Tua voz e a não ter medo do silêncio.

Me ajude a distinguir Tua voz. Me ajude a entender o que Tu queres... Entender a Tua vontade para mim."

-Filhinha.

Ohana estava sem palavras. Ela não conhecia a história, mas aquilo a fez chorar involuntariamente. Ela sempre imaginou Deus brigando, castigando, pedindo coisas que as pessoas não conseguem fazer, gritando, culpando e virando as costas...

Ela não estava preparada para um Deus que sussurrava, que tinha o cuidado de ensinar, mesmo que isso significasse ver seus filhos chorando por um tempo.

Ohana amava brisas suaves, e Deus mostrou que estava em uma.

Ela enxugou as lágrimas e começou a olhar em volta. Deixou-se sentir o vendo calmo, como um sussurro que leva vida á todo lugar.

Ohana não quis ser forte desta vez. Se um homem, que viu fogo descer do céu, teve medo. Quem era ela para tentar ser como uma pedra?

Ela nunca viu fogo descer do céu, mas percebeu que não se tratava disso. Se Deus apareceu como uma brisa suave, então, talvez ela pudesse encontrá-lo ali mesmo, e não precisaria se sentir sozinha.

[...]

Quando ela desceu, arrumou a escada no lugar e saiu para continuar andando. Ohana achou um quarto quase vazio, cuja porta estava destrancada.

Só havia um berço empoeirado e uma cortina fina e velha pelo tempo. Ela estava quase chegando mais perto, quando uma voz á impediu.

-O que você está fazendo aqui?- Sara apareceu sua expressão não era nada boa- Ninguém te ensinou que não se deve bisbilhotar aquilo que não é seu?

Ohana estava assustava, ela não queria fazer mal e nem bisbilhotar.

-Eu não sei nada sobre você, não confio em você como o meu marido. Ele fica tranquilo de te deixar aqui, mas eu não gosto de uma estranha mexendo nas nossas coisas... –Sara a olhou de cima à baixo- Vejo que a Violet arrumou você, mas para mim... Nada mudou.

Ela saiu dali, sem se importar com as palavras duras que havia pronunciado. Ohana não chorou, nem ao menos mudou de expressão. Estava cansada dessa ansiedade, da dúvida de saber se ficaria ou não ali. Uma coisa ela já sabia: Talvez, jamais seria completamente bem vinda ali.

Sara tinha razão. A aparência de Ohana jamais mudaria quem ela é, e isso é bom, pois ainda que ela fosse insegura, sabia que seu caráter estava amadurecendo aos poucos.

Um caráter construído vale muito mais do que meros artifícios externos.

[...]

Depois de se recompor, voltou para a sala. Ela ficou ali no sofá, ouvindo o ronco nada melódico da Violet e torcendo para não esbarrar com a sua "mamãe amorosa".

Passaram-se algumas horas e a menina nem notou que também havia caído no sono. Ela acordou ao ouvir a porta se abrindo e Evan entrando devagar, sem querer acordá-las.

Estava tão exausta, que acabou dormindo novamente, e após alguns minutos, despertou com outra pessoa batendo na porta.

-Pode abrir para mim, querida?- Evan perguntou, gentilmente.

Ohana se levantou, ajeitou sua roupa e abriu a porta. E bem...

Digamos que aquela seria uma longa noite.

Klem¹- Este nome significa "abraço" em norueguês.

[...]

E eu só queria agradecer, á cada um que está lendo os capítulos. Vocês não sabem o quanto eu fico feliz... Que Deus abençoe cada um!

-Joy

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