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Capítulo 22- Sala vermelha

Olá pessoal 🦋

Alguns de vocês perceberam que eu sumi do wattpad por um tempinho.

Sinto muito por isso :')

Acontece, que eu e a minha família ficamos muito doentes. Passamos 20 dias de isolamento e foram tempos bem difíceis.

Obrigada pelos amiguinhos do grupo que oraram, que Deus possa abençoar e recompensar cada um de vocês ❤️

Eu estou bem agora, e estou tentando voltar com os capítulos. Nem sempre é fácil, pois escrever um livro requer muito mais do que criatividade... Requer direção do Espirito e as vezes eu tenho que reconhecer os meus limites.

Amo cada um de vocês ❤️

***

"Era péssimo se sentir a pior das pessoas, ainda mais, quando todos á volta dela pareciam ser tão boas em tudo e com todos. Deus não a via assim, mas por mais que houvesse uma voz dizendo: "Filha, está tudo bem... Eu não te comparo com ninguém e não estou bravo com você..." , ela tinha mais facilidade em escutar as vozes que a destruíam por dentro."

***

Na ida para seja lá onde for, Ohana teve que aguentar um rock pesado e assustador. A letra era pavorosa e o ritmo ainda mais, porém, nada disso superava a dancinha do pessoal na mini-van.

-E aí, como está a minha irmã?- Mason se senta ao lado da menina, como se fossem amigos.

Ohana fica em silêncio e ele ri.

-Ah... Esqueci que você não fala. Mas e aí, ela está bem?

Ohana balança a cabeça, positivamente.

-Que bom, então- Ele diz e suspira- Olha, não me leve a mal, mas às vezes precisamos burlar as regras para ter o que queremos...

Ohana não expressa nenhum sentimento, então ele pergunta.

-O que você quer Ohana?- ele diz- Quer dizer, esquecendo o fato de que você foi sequestrada por ladrões tão bonitos, e que provavelmente não vai voltar pra casa... -ele articula- Quais são as coisas que você mais deseja?

Ohana o olha nos olhos, pegando-o de surpresa e com o seu dedo indicador, responde que deseja apenas uma coisa.

-Só uma? -ele ri- Para uma órfã que só tem péssimos momentos na vida, achei que haveria uma lista. Então, que coisa é essa, posso saber?

Ele ri e levanta uma das sobrancelhas?

Com o mesmo dedo indicador, Ohana aponta para cima e coloca a outra mão sobre seu coração.

Nessa hora, Mason para de falar. Ele fica estático, encarando Ohana e é quase impossível saber o que ele está pensando.

Ele apenas se levanta e diz:

-Estamos quase chegando ao seu destino.

Ele sai e não olha mais para trás. Não dá pra saber se ele está com raiva, pensativo ou frustrado. Ele demonstra indiferença tão bem como a Eloíse.

Ohana fecha os olhos e em seus pensamentos diz ao Senhor que não há problema em perder sua vida ali, mas que não queria que Mason se perdesse.

Muitas vezes, Ohana é pega por esses pensamentos. Ela pensava: "Se eu viver ou morrer... Para onde eu vou?".

Muitos tem esse mesmo questionamento e tem medo do que pode acontecer...

Que Deus nos mostre onde realmente estamos. Muitas vezes, o inimigo nós faz querer duvidar de que somos salvos. Ele diz que não merecemos e que não fizemos o suficiente... Mas a salvação nunca foi por merecimento.

Papai, se eu viver ou morrer, para onde eu vou?

Não quero ir para um lugar longe dos teus braços.

[...]

Na casa da Violet, era um turbilhão de vozes, ideias e desespero.

-BELEZA!- Violet diz depois de assoviar, chamando a atenção de todos- Eu já entendi : Ravi, Adhara e Lívia querem ajudar; Sara caiu na real; Elijah está aqui só porque é um amor de pessoa e está preocupado...

-Disfarça, Violet, Disfarça- Eloíse cochicha, revirando os olhos.

-Temos que descobrir o que aconteceu na escola, talvez nos ajude a descobrir onde a Ohana está... -Ravi diz.

-Não dá pra acessar o sistema daqui. Precisamos ir até lá- Eloíse diz- Podemos entrar. Eu sei as senhas da diretoria, por ser uma das monitoras.

-Invasão de propriedade? Surtou?- Adhara arregala os olhos.

-Precisamos achar a Ohana, e não vejo outro jeito- Eloíse responde.

-Precisamos melhorar esse plano- Ravi diz.

-Precisamos de uma boa estratégia, na verdade- Elijah completa.

-Precisamos de mais alguma coisa?- Violet diz, rindo de nervoso.

-Eu acho que a Sara precisa trocar de roupa- Lívia diz, tentando disfarçar.

Todos olham para Sara, usando pijama e pantufas. Toda encharcada.

Ela se auto analisa e diz:

-Violet, vou pegar uma das suas roupas emprestadas. Saímos em 10 minutos- Ela diz.

-Vamos mesmo fazer isso?- Adhara diz, nervosa.

-Vamos- todos dizem em uníssono- Entrem nos carros.

-Isso pede uma playlist de ação- Lívia ri e começa a procurar no celular.

-Podem ir na frente, gente- Violet diz- Preciso ligar para uma pessoa.

[...]

Quando chegaram na escola, estava escuro e não havia ninguém na rua.

-Eu não posso invadir uma escola- Violet já estava tremendo.

-Eu também não estou com muita coragem não- Elijah disse afrouxando o colarinho na blusa.

-Pessoal, acho que não precisamos entrar, só precisamos chegar em um ponto em que eu tenha acesso ao wi-fi da diretoria. Vai ser o suficiente pra eu conseguir invadir o sistema das câmeras- Eloíse disse.

-A palavra "invadir" ainda não desapareceu- Ravi disse.

-Gente, eu estou disposta a sofrer as consequências de fazer isso. Se a Ohana está em perigo, eu mesma falo com a polícia depois- Eloíse respondeu

-Estamos com você, querida- Violet disse firme.

Eles começaram a andar ao redor da escola, procurando um ponto. Quando encontraram, se sentaram no chão e Eloíse começou o trabalho.

-Puxa, achei que a gente ia pular uns muros, escalar umas árvores, escapar de uns lasers... -Lívia disse entediada.

-Você descreveu minha mãe contando como era ir para a escola na época dela- Adhara riu- Só faltou a parte de atravessar os córregos.

-Meninas, fiquem em silêncio, a Eloíse precisa de concentração agora- Ravi disse.

Ele estava muito preocupado, quase dava para ouvir seu coração batendo acelerado.

-Fica calmo, Ravi... -Sara sussurrou- Sei que a Ohana é importante para você, mas todos estamos aflitos... Respira fundo.

-ENTREI!- Eloíse deu um grito, e todos disseram pra ela falar baixo.

-Entrei...-Ela cochichou.

O último vídeo de gravação da sala da diretora não tinha nada, na verdade, ela tinha passado a tarde toda na mesa. Não mostrava a Ohana passando por aquele corredor, parecia que ela tinha ido direto da sala para casa.

-Tem algo errado... -Ravi disse.

-Eu juro que vi a marca das botas dela no corredor, era pra ter pelo menos um vídeo dela passando por ali- Eloíse disse.

-Espera... Volta na câmera da sala da diretora- Lívia disse.

-Não tem nada...

-ALI!- Lívia gritou e mandaram ela falar baixo- Ali... Em cima da mesa.

-Parece um corte!-Elijah diz- Em um segundo não tem nada na ponta da mesa, um segundo depois tem um saquinho de sementes.

-Eu lembro de ter visto na mesa dela. Alguém cortou o vídeo- Eloíse disse.

-Mesmo assim, voltamos á estaca zero-Sara diz, triste.

-Tia Sara, confia na morena aqui- Eloíse diz.

Eloíse começa a vasculhar tudo e... Puxa! Ela era boa mesmo. O irmão de Eloíse podia ser bom com tecnologia, mas a irmã dele era muito melhor.

Ela conseguiu restaurar a parte cortada dos vídeos, no período em que tudo aconteceu.

-Olha ali a Ohana passando em frente a diretoria... A Diretora está falando no celular, e a Ohana está passando perto, então ela para...

-Acho que a Ohana ouviu algo que não devia- Violet diz- Essas câmeras tem áudio?

-Tem sim- Eloíse responde- Deixa só eu... Pronto!

Eles começam a ouvir o diálogo da professora no telefone e logo depois escutam todas as ameaças.

-Ai meu pai...- Lívia diz- Coitada da Ohana, ela não contou nada com medo de colocar a gente em perigo também.

-Eu não acredito que o meu irmão pôde fazer isso- Eloíse diz, completamente desapontada. Estava se segurando para não chorar e para não gritar- Eu sabia que ele tinha se envolvido com pessoas ruins, mas não sabia que ele estava desviando dinheiro e fazendo tudo isso!

-Eu não acredito é nessa Diretora- Ravi disse- Ela sempre foi tão amável e carinhosa. Eu fui tapeado!

-Eu acusei a Ohana, e nem sabia o que ela tinha passado... -Sara diz, trêmula e triste.

Todos olham pra ela com compreensão.

-Não se preocupe, Sara. Ninguém poderia saber. O importante é que você está aqui agora- Violet a abraçou- E quem imaginaria que o orfanato também estava envolvido? Eu sabia que tinha algo errado lá, pela maneira que tratavam as crianças, mas nunca imaginei isso.

-Tá, mas... O que fazemos agora? Não dá pra saber para onde levaram ela, a diretora só falou sobre uma tal fazenda- Elijah disse.

-Foi o que a Ohana mandou no meu celular- Eloíse se atentou.

-Fazenda, Fazenda... As fazendas do estado são muito longe daqui, e são muitas. Tem que ser algo mais perto, com um bom sinal de rede- Ravi tentou pensar.

-O que está fazendo, Lívia?- Adhara perguntou. Lívia estava mexendo no celular, completamente vidrada.

-Procurando #fazenda no Instagram dos meus amigos. Talvez alguém tenha postado algo- Lívia responde e todo mundo suspira ou revira os olhos.

-Lívia, isso é sério... -Adhara revirou os olhos.

-Não gente, eu tô falando sério. Olha, eu vou pesquisar #Fazenda nos posts aqui da cidade, alguém deve ter uma foto em algum lugar e usou essa hashtag.

-Enquanto isso pessoal, vamos encontrar uma ideia válida, por favor- Ravi diz, com sarcasmo.

-Pode funcionar- Eloíse disse- Comecem a procurar, nos posts com localização dessa cidade.

-O que? Pode?- Lívia disse, surpresa- Quer dizer... É claro... Confia.

Eles começaram a procurar e tinha muita coisa aleatória, porém, depois de alguns minutos procurando, Violet achou algo.

-Eu conheço esse lugar...- Violet mostra a foto de uns turistas na frente de um muro enorme, com uma pintura: O desenho de uma fazenda, com várias crianças brincando.- Era um centro de recreação abandonado. Foi um projeto do governo, que não deu muito certo, pois o dinheiro não foi suficiente.

-Como assim?- Sara perguntou.

-Não é uma fazenda. É um galpão enorme no lado oeste da cidade. Era para incentivar as crianças a plantar novas árvores e alimentos, e espalhar essas árvores pela cidade. Eles podem ter usado o nome fazenda como referência á pintura. Ninguém mais vai lá a uns três anos, o lugar ficou abandonado por falta de recursos.

-É o lugar perfeito. É longe, abandonado, mas fica perto do centro de energia do estado. O problema é que é longe mesmo... Umas 4 horas de viagem, no mínimo- Ravi diz.

-Não dá pra todo mundo ir, porque é perigoso- Adhara diz.

-E precisamos entregar essas provas para a polícia, para conseguir ajuda- Violet diz.

-E eu tenho que voltar para o hospital, já que o Evan não pode ficar sozinho- Elijah disse, um pouco tenso.

-Eu vou sozinha- Sara disse- Eu consigo.

Todos param e olham para ela.

-Tia Sara, endoidou?- Adhara arregalou os olhos- É muito perigoso. Precisamos chamar a polícia primeiro.

-Isso vai demorar muito... -Sara disse- eu vou na frente, e assim que vocês resolverem o assunto com a polícia, já vão saber onde eu vou estar.

-Tem certeza, amiga?- Violet disse- É muito perigoso...

Sara balançou a cabeça, convicta.

-Liguem para a Flora. Ela vai ajudar vocês e como já ouvimos nas gravações, o orfanato também está envolvido em tudo isso- Sara diz, pega sua bolsa, abraça todos eles e vai em direção ao carro.

-Acham que ela consegue?- Adhara cochichou para Ravi e Lívia.

-Ela tá frita- Lívia disse.

-Parem com isso, meninas. Vamos. Precisamos falar com os nossos amigos da escola e da igreja. Sem oração aí sim estaremos perdidos.

[...]

Sara dirigiu rápido demais. Ela perdeu a conta de quantas multas provavelmente tomou.

Seu coração estava muito acelerado, e ela estava tentando lutar contra todos os pensamentos ruins, toda a culpa pelas suas atitudes e toda a ansiedade que estava explodindo em seu peito.

Eram quatro horas de viajem até o local. Seu celular estava descarregando e só percebeu isso, quando tudo que via dos dois lados da estrada eram plantações de milho.

Sara só conseguia pensar em tudo que aconteceu com a Ohana desde que a menina chegou.

Ela lembrou-se do primeiro dia em que a viu no hospital, lembrou-se do dia em que a menina apareceu para ir morar na casa dela, se lembrou de como a tratou mal no dia em que Ohana quase entrou no quarto do bebê que eles tanto sonhavam...

Ela não conseguiu achar nada de bom e isso fez seu coração ficar em pedacinhos.

Era difícil conter as lágrimas, mas o Espírito Santo tentava o tempo todo fazer com que ela O ouvisse me meio a todas aquelas vozes em sua cabeça.

Sara também se lembrou de Evan, que nem fazia ideia de tudo que estava acontecendo ali. Sentiu falta de seu sorriso, de suas brincadeiras e do seu senso de querer salvar o mundo todos os dias.

Era péssimo se sentir a pior das pessoas, ainda mais, quando todos á volta dela pareciam ser tão boas em tudo e com todos. Deus não a via assim, mas por mais que houvesse uma voz dizendo: "Filha, está tudo bem... Eu não te comparo com ninguém e não estou bravo com você..." , ela tinha mais facilidade em escutar as vozes que a destruíam por dentro.

[...]

Ohana já havia chegado a algumas horas no galpão. Eles deixaram ela um tempão dentro do carro e não lhe deram satisfações.

Depois, empurraram-na da van e a levaram para dentro. Ela tentou não ter medo, mas era meio difícil.

Sinceramente, eu não sei o que eu faria se estivesse no lugar dela. Provavelmente eu já teria orado durante todo o caminho e cantado todas as músicas que eu conheço.

No andar de baixo, haviam vários caixotes e contêineres enormes. Algo dizia para a Ohana que aquilo ali não era milho... Mas talvez, alguns milhões...

Entendeu? Milhões?

Enfim, me desculpa. Eu vou continuar.

Eles a levaram para o andar de cima e ela se espantou com a quantidade de adolescentes digitando em seus computadores.

Todos eles estavam algemados às suas respectivas mesas e digitavam sem parar. Mas não foi isso que mais espantou Ohana...

O que mais alarmou seu coração, foi o fato de que ela conhecia a maioria dos rostos ali.

Eram todos jovens do orfanato.

Durante anos, todos lá dentro achavam que eles tinham fugido ou que alguns haviam sido adotados. O problema, é que agora fazia sentido.

A diretora disse para a Ohana que o orfanato estava do lado dela, porque ela conhecia os coordenadores de lá. A coisa era mais séria do que a menina imaginava, pois eles sequestraram os jovens e os fizeram trabalhar para eles.

Seu coração quase se despedaçou quando Ohana viu Carla, a menina que tanto implicou com ela no orfanato, com hematomas no rosto, digitando freneticamente e sem desviar o olhar da tela.

Da última vez que Ohana ouviu falar dela, ela tinha "fugido" do orfanato.

Quando o olhar de Carla encontrou Ohana, a menina viu profundo desespero. Os olhos dela ficaram lacrimejados, mas ela parecia estar com medo de chorar e acabar apanhando novamente.

Ohana notou que todas as crianças ali tinham algo em comum: todas sempre foram muito boas com tecnologia.

Eles avaliavam os alunos enquanto viviam no orfanato, para depois os levarem embora, sem que ninguém soubesse.

-Anda logo- uma menina empurrou Ohana, para que ela continuasse andando.

Ela tentou olhar para Carla o máximo que pôde, para que sua colega não se sentisse sozinha por pelo menos mais alguns segundos.

[...]

Eles levaram Ohana para uma sala grande e ela deu de cara com a diretora da escola, a diretora do orfanato e até a carcereira... Quer dizer, até a Marta.

Ohana tentou não soltar um sorriso irônico, pois as três pessoas que a maltrataram eram colegas.

Com aquele time, só faltava Jezabel pra fechar o pacote.

É brincadeira... Brincadeira...

-Olá, Ohana- A diretora do orfanato falou- Quanto tempo.

Ohana fica em silêncio total.

-É, pelo visto, nada mudou- Marta riu, com sarcasmo.

-Mudou sim- a diretora da escola comentou- Eu não falei que ela virou crente?

Agora percebi que eu nunca falei o nome das diretoras. Mas olha, é por um bom motivo: Elas tem nomes bem feios.

Vamos fazer o seguinte.

Chamaremos a diretora da escola de: A que precisa de salvação.

E a diretora do orfanato nós vamos chamar de: A que precisa de libertação.

A Marta a Ohana já apelidou de carcereira então não sobra espaço para a nossa mente criativa.

-O que a gente vai fazer com ela?- Marta perguntou.

-Coloca ela para trabalhar- Disse a que precisa de salvação.

-A Ohana é péssima com isso, é capaz de ela fritar o sistema inteiro só apertando o Enter- A que precisa de libertação bufou.

-Então... Eu acho que só sobra uma tarefa para ela- Marta diz, com um sorriso mal.

Mason estava ao lado de Ohana, e a cara que ele fez não era boa. Se ele estava com medo, a menina estava pronta para chorar.

-Ela agora é cristã e espalhou toda aquela "bondade", "paz" e "amor" pela minha escola, não é?- A que precisa de salvação falou- Pois vamos ver se ela ainda continua sendo boazinha, pacífica e amorosa.

-O que vai fazer?- Mason pergunta.

-Coloque ela para ajudar na sala vermelha.

Olha, vermelho nunca é uma boa cor nas classificações. Na classificação de Manchester (que se usa nos hospitais), vermelho significa emergência. Vermelho também é a cor do sangue, a cor da bandeira do comunismo e também é a cor da maçã... Eu não sou muito fã de maçãs.

Mas sério, podia ser a sala branca? Ou sala azul bebê?

-Uh... Isso vai ser bom- Marta riu.

Ohana olhou para Mason, confusa. Ela estava perdidinha.

-As pessoas que não obedecem, ou não cumprem o serviço, são mandadas para a sala vermelha, Ohana- ele responde- Lá eles são espancados até cooperarem, ou então... Digamos que dão um sumiço neles.

Ohana nem quis ouvir o resto. Ela não ia bater em ninguém. Seu coração estava queimando, de tanta revolta.

-Você vai ajudar a controlar a sala vermelha, Ohana. E se não cooperar, já fique pronta para sofrer as consequências- Disse aquela que precisa se libertação.

-Mas nem eu vou para a sala vermelha- Mason disse, parecia preocupado, mas tentou manter a firmeza- Eu coloco ela para ajudar nos carregamentos...

-Não!- Marta falou- Vamos ver se a crentinha vai sujar as mãos...

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