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Capítulo 20- Quem levou a Ohana?

Não sei aonde você está e nem como você está, mas abra um sorriso, por favor. Deus fica feliz quando você sorri.

***

Durante os dias seguintes, muitas coisas aconteceram na escola:

Eloíse voltou a crer em Jesus e se juntou aos meninos no plano deles de levar a palavra de Deus aos alunos da escola.

Eles continuaram enviando bilhetes, mas foram tendo mais coragem com o passar do tempo. Em segredo, criaram grupos de estudo bíblico na biblioteca durante o intervalo.

Começaram a ser mais dinâmicos nos bilhetes, e começaram a escrever apenas "Como você está hoje? Posso orar por você, ou apenas te ouvir?

Eles eram pegos muitas vezes. Por isso, estavam indo parar na detenção quase todos os dias da semana. Ravi já tinha levado várias advertências e até foi ameaçado de perder o emprego. Joe, o pai dele, não estava nenhum pouco decepcionado, pelo contrário, ele encorajava os meninos.

Eloíse usou sua habilidade com tecnologia, para enviar mensagens anônimas para todos os alunos e funcionários da escola.

Os alunos pararam de ir com frequência á psicóloga da escola, pois as crises de pânico e ansiedade estavam cessando. A maioria dessas pessoas nem tinha conhecido Jesus ainda, mas as orações dos poucos alunos que lutavam, estavam realmente agindo.

Durante o intervalo, muitos se sentavam com Ohana, Adhara, Eloíse e Lívia, para simplesmente conversar sobre Jesus ou desabafar, pedindo conselhos.

Elas se sentavam com pessoas mais quietas e solitárias, e sempre davam um jeito de fazer as pessoas sorrirem.

Muitos dos alunos apareciam nos cultos da igreja da Ohana durante a semana e era lindo como Deus estava agindo.

Não estou dizendo que foi fácil, pelo contrário. Ohana levava muita bronca de Sara, por causa da detenção. E todos os outros estavam passando por muitos ataques espirituais.

Quanto mais oravam pelos outros, mais eram atacados espiritualmente. A parte boa disso, é que Deus usa tais coisas para nos fortalecer. Enquanto estamos acomodados o inimigo não nos considera uma ameaça, mas quando nos levantamos, ele tenta nos derrubar de todas as formas.

Quanto mais queriam se aproximar de Deus, mais o inimigo usava mentiras, acusações e armadilhas para quem desistissem ou desanimassem. Mesmo com tudo isso, eles tentavam não se deixar levar pelos sentimentos e dúvidas; começaram a crer e ter total convicção no que acreditavam, mesmo que tudo em volta dissesse o contrário.

Alguns alunos não foram tão amistosos quanto os outros. Começaram a maltratar bastante o grupo quando a diretora não estava vendo. Por mais difícil que fosse, e por mais que sentissem raiva no momento, os nossos jovens escolheram o silêncio e compaixão.

Não lutamos contra pessoas, lutamos contra potestades e principados... Contra as forças do mal. Eles não iriam lutar com seus colegas, pois no mundo espiritual alguém já estava lutando em favor da vida deles.

Ohana iria batizar em breve, mas queria muito que Evan estivesse lá com ela.

Falando nele, nada tinha mudado. Não havia motivo nenhum para ele ainda estar em coma, mas nada o fazia acordar. Ohana passava noites como acompanhante, Sara fazia o mesmo.

Deus já tinha escutado a menina, mas a resposta teria de vir no momento certo.

Elijah, Violet e Ohana se divertiam muito quando comiam no refeitório do hospital. Elijah era tão engraçado quanto a Violet e os dois poderiam ser os tios mais incríveis do mundo se percebessem isso.

[...]

Eloíse e Violet tinham criado um laço muito bom em pouco tempo. O departamento dela quase não liberou que ela cuidasse da menina previamente, mas aquela assistente social não era nem um pouco maleável.

Elas visitavam alguns lares por enquanto, mas foi necessária uma investigação contra o irmão dela. Ele havia desaparecido totalmente.

Não puniram a Eloíse por ter se escondido na escola, já que era uma situação complicada, mas ela levou uma advertência por isso.

-Você tem alguma notícia do seu irmão, querida?- A diretora perguntou para Eloíse.

-Nenhuma notícia- Ela respondeu- Por que?

-Nada... Só queria saber, para informar a polícia- Ela respondeu- Espero que fique segura... Mas se ele entrar em contato com você, fale comigo e eu te ajudarei a pedir ajuda.

Eloíse não havia entendido a urgência expressa na última frase, mas não se preocupou, afinal, a diretora sempre foi atenciosa.

[...]

Neste dia em específico, Ohana teria de tomar uma decisão muito difícil. Ser honesta, ou dar para trás.

Durante a aula, ela pediu para ir ao banheiro e acabou escutando uma conversa que não devia.

A diretora estava conversando no telefone, bem baixinho. Os corredores estavam vazios e os funcionários estavam almoçando no refeitório.

-Aonde você está?! Por que não estava me atendendo?- Ela disse com rispidez- A polícia está procurando você. Em que bagunça você foi se meter? Acredita que a sua irmã estava escondida aqui na escola?

Ohana preferia não ter ouvido nada daquilo, mas agora era tarde demais. Tudo indicava que era o Mason, irmão da Eloíse, que estava falando com a diretora pelo celular.

-Precisamos ser mais cautelosos agora... Eu preciso desse dinheiro. Tem sido impossível desviar qualquer verba da escola, com toda fiscalização. Você já estudou aqui, sabe como o conselho é cauteloso e desconfiado. Estava tudo bem até esse grupinho de crentes trazer atenção para cá, agora o conselho vem constantemente checar se está tudo bem.

Ela pareceu muito nervosa:

-Não quero mais falhas, você me ouviu? Se eu me der mal, você vai comigo também! Não quero só o dinheiro da escola, quero que você vá até os outros pontos que te mostrei. Se você não falhar, ficaremos ricos!

Mesmo que Ohana não falasse nada, tapou a boca pelo espanto. A diretora era uma criminosa, e das boas. Ela parecia ser boazinha, mas no fundo era só uma fachada.

Mason tinha sido aluno dela, então ela lembrou do quanto ele era bom em computadores. Quando soube do que havia acontecido com a família de Eloíse, encontrou o jeito perfeito de convencê-lo a ajudá-la a desviar dinheiro da escola.

Pelo que Eloíse contou, ele não estava sozinho. Então, como saber quem mais estava envolvido nessa história?

-Ohana, está tudo bem, querida? Você está pálida- A secretária chegou de surpresa, assustando Ohana e fazendo a diretora perceber da presença da menina ali.

-Você está aí, Ohana- A diretora aparece sorrindo, tentando disfarçar o ódio- Eu estava esperando você, pode entrar.

Ohana entrou e ela fechou a porta. A secretária seguiu caminho e ficaram só as duas ali.

-Eu sei que você ouviu, não adianta mentir- Ela disse, quase rosnando.

Ohana ficou calma por fora, mas por dentro parecia que ia morrer.

-Você não vai me atrapalhar, na verdade, eu já até tenho um boa ideia do que fazer com você- Ela diz com desdém- Você foi parar na detenção mais vezes que os seus amigos e levou mais advertências em um mês, do que qualquer um. Não vai ser difícil provar ao conselho que tudo isso começou desde que você chegou aqui...

Ela se levanta e pega alguns papéis.

-Por isso, senhorita Ohana, você não vai mais estudar aqui. No início só deixei você entrar porque seu pai adotivo ganha muito dinheiro e talvez isso pudesse ser útil no início. Mas, agora ele está em coma e você só me trouxe problemas.

Ela chega bem perto de Ohana e diz:

-Eu sei que você não vai abrir a boca, mas eu não vou arriscar. Se você abrir o bico, eu demito seu amiguinho e expulso seus coleguinhas, tá bom? E se não for suficiente, eu peço para os meus "colegas" darem um jeito em qualquer um pra quem você se atrever a contar- Ela diz com voz de criança e depois ri- Aliás, você nem imagina! Sabe o orfanato de onde você veio? Eu conheço a diretora e os funcionários, digamos que eles estão do meu lado também. Quem não gosta de ganhar um dinheirinho? Eles também se cansaram de crianças chatas. Se contar para alguém, eu acabo com aquela professorinha chata que você tanto gosta. Eu conheço aquela ali, não suporto o jeito de sonsa.

Ohana fica horrorizada com tudo que escuta e seus olhos começam a marejar.

Ela olha para as câmeras de segurança da sala e olha para a diretora.

-Aquilo ali? Só eu tenho a senha, eu apago o vídeo depois...

Ela revira os olhos e olha para o relógio.

-Agora, saia daqui e mostre esses documentos a quem quer que esteja responsável por você. Você está sendo expulsa, senhorita Mali. Em breve entrarei em contato com a assistente social responsável por você.

Ohana se levanta, mas olha com firmeza para a mulher.

-O que é? Vai me bater?- Ela ri.

Ohana põe a mão no bolso, tira um pacotinho e coloca na mesa. De um lado ela coloca uma semente e do outro uma moeda. Antes da diretora perguntar o porquê, ela vira o pacotinho, com a seguinte frase escrita: "Plante os dois, mas no fim, só um irá crescer. Escolha no que quer investir."

A diretora olha com desdém, pega a moeda e coloca no bolso.

-Nunca gostei de plantas.

[...]

Ohana não pôde avisar os seus amigos pessoalmente, a diretora nem deixou ela ir até a sala de aula. Tudo que conseguiu foi deixar uma mensagem no grupo:

[Grupo: Pioneiros]

"Precisei ir para casa. Não se preocupem comigo. Vejo vocês depois."

[...]

Durante o caminho, ela acabou pegando uma baita chuva. Parecia o filme mais clichê de drama. Suas botas ficaram encharcadas e ela nem conseguia correr.

Se o papel da expulsão não estivesse em uma pasta de plástico, teriam o mesmo destino.

Suas lágrimas se misturaram com água da chuva e seus pulmões começaram a doer por causa do ar gelado.

O que ela iria fazer? Evan iria ficar decepcionado? Ele ia acordar para saber? Será que alguém acreditaria na palavra dela ao invés da diretora? Não podia falar e nem colocar a vida de ninguém em risco...

Sara teria um motivo perfeito para mandá-la embora; Ohana já estava esperando os gritos e o sarcasmo. Violet ficaria chateada e seus amigos ficariam se sentindo culpados por não poder ajudar.

Se ela voltasse para o orfanato, ficaria um bom tempo longe deles.

Apenas uma coisa trouxe paz ao seu coração. Era uma sensação estranha, sentida pela primeira vez.

Durante toda sua vida, Ohana pensava nas possibilidades de fracasso antes de tudo acontecer, e normalmente tudo se tornava realidade. Tudo mudava...

Dessa vez, havia algo que nada poderia mudar, não importa as possibilidades e teorias:

Deus não iria deixá-la. Ele sabia a verdade e estava bem ali com ela.

Na verdade, se lembrar disso acabou anulando todas as outras possibilidades. Foi como se seus olhos se abrissem ou como se um amigo pegasse sua mochila pesada. Ela riu, depois começou a dar gargalhadas.

A rua estava deserta, mas se alguém á visse, pensaria que Ohana estava louca.

Uma menina na chuva, rindo como se tivesse ganhado na loteria. Ela começou a dançar e correr para chegar em casa, mesmo sabendo que poderia dar de cara com o problema; Mesmo sendo ameaçada por alguém que disse que faria mal á todos que ela ama.

Que tipo de pessoa faz isso? Quem sorri em meio aos problemas? Quem ignora o frio, a chuva, a dor, o desconforto e a ansiedade? Quem começa a dançar, confiando em um Deus que ninguém consegue ver?

Apenas loucos.

Na verdade, não os chamaria de loucos. Eu apenas diria que eles encontraram uma realidade mais verdadeira e profunda, que o mundo não pode entender.

A loucura é apenas um ponto de vista.

[...]

Quando ela chegou em casa, não tinha ninguém. Como sempre, conseguiu entrar sem a chave, pois a fechadura estava com problemas. Alguém precisava arrumar aquilo urgentemente.

Ela largou os papéis em cima da mesinha e subiu até o quarto.

Enquanto se enxugava com a toalha, olhou para a janela do Ravi. Ficou parada, pensando sobre como ela o conheceu no rádio e como ela sempre fechava a janela na cara dele.

Ela abriu a janela afastou as cortinas. A planta que ela ganhou da família Klem, a flor laranjada, estava na janela, sendo sacudida lentamente pelo vento e pelas gotinhas fracas da chuva que estava parando.

A janela dele também estava aberta, então ela teve uma ideia.

Ele sempre fazia aviõezinhos de papel, mas dessa vez, Ohana fez uma borboleta e escreveu a seguinte frase com a caneta que achou:

"Hoje eu tive um dia ruim, mas me lembrei de que não estou sozinha. Quem diria, que o Deus que eu tanto queria evitar, se tornou a resposta que eu sempre busquei? Quando você chegar, vai descobrir o porquê de eu estar encrencada, mas espero que você confie em mim, mesmo que nunca tenha escutado a minha voz. Fique do meu lado, menino ruivo".

-Ass: Ohana.

Com muita destreza, ela conseguiu jogar a borboleta pela janela dele. Depois, quando estava quase se sentando em sua cama, ouviu a porta da sala rangendo, como se alguém estivesse entrando.

Não podia ser a Sara e nem a Violet, pois elas estavam trabalhando. Ohana correu para a janela e viu uma vã preta parada na frente da casa, logo depois, ouviu murmúrios vindo das escadas:

-Tem certeza de que ela já está em casa?- Uma voz masculina e desconhecida falou. A menina se escondeu dentro do armário e ficou quieta, temendo que ouvissem sua respiração- Eu achei que seria difícil entrar, mas a fechadura da porta estava com defeito.

Ela ouviu eles dizendo:

-Temos que levar ela para a fazenda, antes que alguém chegue. Procurem em tudo.

Ela ouviu a porta se abrindo e conseguia vez sombras pela brecha de luz no guarda-roupa. Foi então que a sombra parou de frente para o esconderijo.

Ela pegou o celular rapidamente e foi no primeiro número que achou, era o da Eloíse. Ela digitou o mais rápido que pôde:

"Fazenda"

Não conseguiu escrever mais do que isso. Clicou no botão de enviar, mas logo, a porta do guarda-roupa se abriu.

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