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Capítulo 16- Uma nova Ohana

"Muitas vezes perguntei para ele como é que Ele me via; Ele nunca me respondeu como eu queria..."

***

Aquela tarde passou rápido. Tudo que fizeram foi chorar e chorar. Louvaram e se sentiram felizes.

Algumas pessoas ficaram ouvindo mais palavras da vovó Hope. Apenas um casal aceitou á Cristo, mas sei que outras foram tocadas profundamente, á ponto de nem ao menos conseguirem dormir direito.

A ida para casa foi silenciosa desta vez, não era um silêncio triste... Era um silêncio cheio de vida.

Vovó Help disse que contaria aos adultos a boa notícia, já que Ohana não faria.

Quando Lívia já havia sido deixada em casa e os outros chegaram em suas casas também, Ohana recebeu abraços de Adhara e de Ravi.

-Estamos muito felizes por você, Ohana- Adhara diz, sorrindo.

-Você é uma nova moça da janela- Ravi diz rindo- E por mais que já tocasse violino lindamente, devo dizer que sua melodia foi preenchida por algo muito mais poderoso.

Os Klem ficaram muito felizes com a notícia, por isso se dispuseram á levava à igreja aquela noite.

Sara não se importou, mas Ohana parecia estar em outro mundo. Ela subiu as escadas e acabou se deitando no chão. Ficou praticamente uma hora falando com Deus em seu coração. Ela chorava sem parar...

Nunca tinha se sentido tão viva em toda sua vida. É como se tudo se encaixasse e os dias anteriores fossem apenas uma história turva e sem vida.

Ela pegou a bíblia na cabeceira da cama e começou a pensar na Joy... Será que ela sabia que havia ajudado alguém, sem nem ao menos conhecer essa pessoa? Será que ela sabia que suas palavras tinham chegado tão longe? Bom, quem quer que ela fosse, receberia um grande abraço de Ohana se pudesse.

[...]

-Como Evan ficaria feliz em saber disso... – Violet diz. Ela irá á igreja de Evan, junto com os outros.

-Quando eu soube, fiz de tudo para vir te ver- Flora diz, animada e emocionada- Sempre sonhei com o momento em que minha menina O aceitaria.

Violet estava com Ohana, Help e Flora no carro. Os Klem estavam indo juntos no outro carro.

Sara não quis ir. A verdade é que ela estava bem triste naquele dia. Estava com saudades de Evan e se sentia distante de Deus. Como poderia ir normalmente á igreja, se não conseguia falar com o Senhor dela?

Bom, isso era a opinião dela e não a de Deus.

-Está feliz, minha Nana?- Vovó Help perguntou.

O sorriso no rosto de Ohana era evidente. Ela nunca estivera tão feliz... Nem em seus aniversários ou melhores momentos.

[...]

Quando Ohana chegou na igreja, todos sentaram juntos ali. Ravi se sentou ao seu lado esquerdo, e Adhara ao seu lado direito:

-Estou muito feliz que esteja aqui- Ele disse baixinho- Feliz pela sua decisão...

Ohana sorriu.

O culto já havia começado, porém ele continuou tentando falar o quanto estava feliz, o que estava atrapalhando a menina a prestar atenção.

Por isso, Ohana fingiu ter uma janela imaginária entre eles e a fechou, na cara dele. Ele ficou olhando para ela, com um olhar sarcástico e ela só deu uma piscadinha e voltou a prestar atenção.

-Vou te contar, viu?...- Ele ri- Os seus modos nunca mudam.

Ohana viu Elijah ali, que pediu para sentar perto da família dela. Família... Isso sim era uma palavra doce em seus pensamentos.

[...]

O culto foi tão empolgante para ela. Isso não quer dizer que tudo foi perfeito, até porque, muita gente parecia estar no mundo da lua... Foi empolgante porque é como se ela o estivesse cultuando independente do que os outros estivessem fazendo.

Ela segurava a bíblia da Joy com força, amando segurá-la. A única parte ruim foi tentar achar os versículos que as pessoas liam.

Quando falaram Habacuque, ela perguntou se a pessoa não tinha inventado aquele nome.

-Deixa que eu ajudo você... – Adhara disse rindo.

Eles cantaram músicas muito bonitas. Ohana lembrou de algumas por causa da Flora, que gostava de escutá-las na biblioteca.

-Gostaria de dar uma oportunidade para o nosso querido Ravi e para a nossa doce irmã Adhara... – O pastor diz.

Os dois vão lá para a frente e Ohana fica muito animada.

Ravi se acomoda para usar o teclado e Adhara começa a cantar:

-Este é o meu respirar... Este é o meu respirar... Teu Santo Espírito, vivendo em mim... – Ela canta, com uma voz meiga, que toca a alma.

-E este é o meu pão... E este é o meu pão... Tua vontade feita em mim... – Ravi canta. Ele cantava muito bem.

-E eu, eu nada sou sem ti... E eu, perdido estou sem ti...- Os dois cantam juntos.

Sem perceber, Ohana já estava chorando. Não só pelos seus amigos cantarem tão lindamente, mas porque ela se sentia abraçada.

Até aquele momento em sua vida, Ohana esperava ser preenchida por uma família, por amigos, talvez por um relacionamento no futuro... Ela já tinha lido muitos livros de romance a achava que algum dia, sua vida seria perfeita se acontecessem as mesmas coisas que nas ficções.

Acontece que nada preenche nosso coração como o Papai... Nossa família não vai nos completar, nem os nossos amigos. Sentimentos por alguém? Isso pode ser empolgante, mas não vai ser brilhos e cores para sempre.

Ela se sentiu tão completa, que até a ideia de não ter uma família, amigos ou um par, não conseguiria tirar sua alegria profunda.

[...]

Então, chegou o momento da palavra. Elijah seria o pregador da noite. Ele subiu com a ajuda de alguns irmãos, já que sua prótese tinha acabado de passar por uma manutenção (por causa da bala).

-"Quando meu coração ficou revoltado contra Deus, as minhas emoções entraram em guerra dentro de mim; agi como um irresponsável e ignorante diante do Senhor. Minha atitude era de um animal sem entendimento. E apesar de tudo isso, o Senhor estava sempre ao meu lado, segurando bem firme a minha mão direita. O Senhor me guia com a sabedoria durante esta vida e depois me receberá com honras. Quem mas tenho no céu, senão o Senhor? E aqui na terra, o que mas desejo e a sua presença. Minha saúde pode acabar, meu coração fraquejar, mas Deus é a fortaleza do meu coração e minha herança eterna." (Salmos 73:21-26) – Elijah disse.

Ele colocou sua bíblia no púlpito e começou a explicar:

-Ás vezes sinto tanta vergonha de falar com Deus... – diz, já prendendo as lágrimas- Sinto vergonha, porque ás vezes fico agindo como criança. Eu o questiono sobre tantas coisas e duvido de Seu amor muitas vezes. Fico me perguntando "Por que Deus amaria alguém como eu?", estou constantemente aprendendo, mas estou sempre com pressa. Deus quer que eu tenha paciência, mas eu só queria agradá-lo. Muitas vezes perguntei para ele como é que Ele me via; Ele nunca me respondeu como eu queria...

Ele enxuga uma lágrima solitária e fugitiva, e continua:

-Sinto vergonha de falar com Ele ás vezes, porque eu sou falho e sempre acho que Ele usa o mesmo filtro dos meus olhos. É difícil compreender que um Deus perfeito, ama um homem imperfeito, que não enxerga os seus próprios defeitos...

Ele continua, após respirar fundo:

-Nos versos que eu li, me senti como o salmista; como um animal irracional... E apesar de tudo isso, Ele continuou segurando a minha mão. Se Deus não me amar, quem poderá? Não tenho mais ninguém no céu, não há outro Deus e aqui na terra não há nada que possa preencher meu coração. Para onde eu irei, Jesus?- Ele chora, com as mãos estendidas para o alto e a cabeça reclinada- Só Tu tens as palavras de vida eterna...

-Muitas vezes temos muitas dúvidas. Mas querem um conselho? Continuem tentando, mesmo que tenham dúvidas, mesmo sem sentir e mesmo sem entender. Confie no Senhor até o momento em que sua vida e dependa da decisão dele...

Ohana sorriu com a última frase:

-Assim como Jó, eu preciso dizer... Pai, ainda que me mate, em Ti esperarei...

[...]

Depois do culto, eles saíram para ir comer pizza.

Ohana não sabia ainda, mas isso era um famoso costume de todos os crentes. A fome que dá depois do culto é algo inexplicável.

-Algo me diz que a Ohana está amando ser cristã cada vez mais- Joe (sr. Klem) diz, fazendo todos rirem.

-Alguma notícia do Evan?- Alice (sra. Klem) diz, se dirigindo ao Elijah que havia se juntando ao mutirão da benção depois do culto.

-Ele está melhorando rápido da cirurgia que teve na perna. Até agora, tudo parece bem- Elijah diz- Mas... Não sabemos quando ele vai acordar...

Fica um clima tenso e pesado, que faz Ohana quase perder a fome. Violet percebe e decide quebrar o gelo, dizendo:

-Não contem que viemos comer pizza sem ele, provavelmente nos mataria- Ela diz, rindo.

-O Evan é tão engraçado- Joe diz- Ele já usou aquele lance de "Evan-gélico" com vocês?

Todo mundo começou a rir.

-E como!- Violet disse- Uma vez ele me mandou uma mensagem para mim e assinou como "Evan-gélico". Eu estava na sala com a minha equipe de trabalho, bebendo um suco... Eu engasguei e cuspi tudinho neles.

Os que estavam na mesa quase morreram de tanto rir. Mesmo Evan não estando ali, continuava sendo a graça do momento.

Faltava apenas um pedaço de pizza na parte da mesa em que Elijah e Violet estavam sentados, os dois olharam um para o outro como dois cowboys no faroeste.

-Este é o momento em que você, como cavalheiro, cede o pedaço para mim- Ela diz, piscando os olhos.

Elijah mostra a prótese em sua perna e diz:

-Desculpa, mas eu sou preferencial- Ele dá uma piscadinha e pega o último pedaço.

Violet ri, mas fica um pouco desapontada.

Elijah divide o pedaço ao meio e dá á ela:

-Vamos dividir o pão ao menos uma vez- ele ri e ela faz o mesmo.

Todos comeram e foram para as suas casas. Por mais difícil que fosse, sabiam que podiam confiar em um Deus que cuidava deles enquanto dormiam.

[...]

Quando Ohana chegou em casa, não conseguia parar de sorrir. A vovó Help estava bem cansada e teria que ir embora no dia seguinte, então foi dormir:

-Boa noite, minha netinha Nana- Ela diz, dando um beijo na testa de Ohana- Durma bem, que Deus guarde você.

Ohana subiu as escadas junto com ela, e as duas ouviram Sara chorando. Help se aproximou, e a menina ficou de longe.

-Está tudo bem, querida?

-Não, mamãe- Ela disse, chorando- Estou cansada, mas não consigo dormir. São tantas preocupações... Estou tão confusa...

Help abraçou Sara, mas isso não a acalmou. Ohana encostou na parede e teve uma ideia.

Talvez não fosse uma boa ideia, mas era melhor do que nada. Sara provavelmente não iria gostar.

Ohana trouxe o seu violino e o caderno de partituras. Ela colocou o caderno nas mãos da Sara e ela viu o que estava escrito no topo:

"Canção para a Sara"

Você se lembra que Ohana escrevia músicas para cada pessoa que conhecia? Bom, com Sara não foi diferente.

-O que é isso?- Sara pergunta, mas não gostou muito da presença da menina ali.

-Acho que ela fez essa para você- Help diz.

Sara não sabia o que pensar, mas escolheu seu lado ruim vir á tona novamente:

-Eu não quero ouvir.

-Não custa nada, minha filha- Help Diz- Vamos, pode se deitar no meu colo e tente dormir um pouco.

De algum jeito, Sara acabou cedendo.

Então, Ohana respirou fundo e começou a tocar.

A melodia entoada, era calma no início (como na primeira vez que Ohana viu Sara), mas logo se tornou intensa (como os dias que se passaram).

Sara não sabia, mas o restante da partitura não era nada agradável. Refletia o que a Ohana tinha vontade de dizer, mas não conseguia.

Entretanto, a menina não conseguia mas sentir raiva... Ela começou a mudar a melodia no meio da música.

Se aquelas notas se tornassem palavras, diriam "Eu sei que é difícil... Mas não olhe para isso. A solidão é uma escolha, daqueles que não entenderam ainda o quanto são amados...".

Sara deixou algumas lágrimas escaparem, mas estava cansada demais para pensar sobre isso. Acabou dormindo antes da música terminar.

Ohana passou a ter uma perspectiva única e nova sobre sua nova mãe. Talvez fosse insegura e não se sentisse amada o suficiente. Seja lá como for, Ohana prometeu amá-la como uma mãe, mesmo que Sara não a quisesse como filha.

[...]

Quando estava em sua cama, decidiu escutar um pouquinho o seu rádio. Decidiu colocar na rádio cristã, dessa vez por conta própria.

Como já estava tarde, era capaz que só estivesse passando algumas músicas.

Um vento frio entrou pela janela, e quando ela foi fechar, viu que Ravi ainda estava acordado. Porém, estava de costas para ela, sentado no piano. Por isso não á viu.

Foi então que enquanto ela usava um lado dos fones, começou a ouvir o piano tocando.

O problema é que o piano estava tocando no quarto e no rádio, ao mesmo tempo. Foi quando ela ouviu a voz dele, que percebeu que ele estava ao vivo naquela estação de rádio.

Ela tapou a boca com a mão, pasma. Por isso ela reconheceu a voz dele quando ele falou com ela pela primeira vez.

No dia em que estava chovendo muito no orfanato, antes de ela vir para a casa dos Whisper, o rádio dela ficou nessa estação e um menino começou a falar sobre as ovelhas ouvirem a voz do Pastor.

Ravi era o menino da rádio. Devia ser uma rádio da igreja dele, já que várias pessoas falavam durante o dia.

A menina sorriu e achou aquilo muito interessante. Ele ia rir muito se soubesse disso, mas Ohana preferiu deixar isso como um segredo dela. Ela desligou o rádio e se sentou na janela.

Ao vivo era muito melhor.

[...]

No dia seguinte, Ohana teve que ir para a aula. Ela foi com os Klem e por isso ficou olhando Ravi, pensando em sua descoberta na noite anterior.

-Por que você está me olhando?- Ele cochichou- Tem algo de errado comigo?- disse preocupado.

Alice estava dirigindo, pois precisaria do carro depois, então iria apenas deixar todos na escola. Joe estava no banco da frente ao lado dela.

Ohana não queria dar bandeira, então fez um sinal com a mão, em volta se seu rosto.

-Ela disse que tem algo de errado com a sua cara- Adhara cochichou, rindo.

-O que?!- Ele ficou preocupado, olhando o reflexo no celular.

As duas ficaram rindo muito.

-Meu filho, não faça papel de bobo na frente da menina- Joe diz- Não te ensinei nada?

-Ensinou o que, Joe? Posso saber?- Alice diz, com um olhar de ameaça.

-A respeitar as damas e namorar apenas depois dos 50...- Ele diz e os todos no carro não conseguem manter o riso.

[...]

Neste dia, Ohana fez algo que nunca pensou que fara: Levou uma bíblia para a escola. Era a bíblia da Joy.

Ela estava tão feliz com tudo, que não sentiu vergonha de mostrar uma nova Ohana.

Quando ela se entrou na sala e se sentou ao lado de Lívia, percebeu que muita gente ficou olhando para ela, mais do que o normal.

Lívia pareceu preocupada, como se algo de ruim fosse acontecer. Ela não teve a chance de explicar...

Foi quando a professora chegou, e a viu com a bíblia, que tudo começou a piorar. A professora viu Eloíse passando pelo corredor e a chamou, dizendo:

-Eloíse, será que você pode levar a Ohana para ter uma conversa com a nossa diretora, por favor?

***

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