Um caminho diferente
deixei algumas musicas e peço que as escutem enquanto leem, fiz uma playlist com elas o link ta na bio se quiserem<3
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Act Two: A Shattering In F# Minor - Crywolf
Tudo estava quieto, mas ao mesmo tempo uma bagunça, via pessoas gritando mas não as ouvia, um corpo em minha frente estava a cair, mas eu não o reconhecia, tudo estava em câmera lenta.
Estava confusa, não sabia onde estava, ou o que deveria fazer.
De repente tudo voltou ao normal, assim como minha sanidade, aquele corpo caindo era meu pai, ele estava sangrando, havia levado um tiro, mas não lembro de ter disparado e de fato não havia.
Olhei ao redor e vi Carl ofegante segurando uma arma, ele havia atirado, nossos olhares se encontraram e assim ficaram, porém eu comecei a perder a consciência, minha visão escurecendo, eu senti que estava perdendo altitude, estava caindo, pude ver Carl chamando pelo meu nome, porém não o escutei.
Então meu corpo veio ao chão.
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The Queen of Fiji- Crywolf ( esperem ele começar a cantar)
Um barulho constante zunia em meus ouvidos, estava tudo branco, percebi que estava em uma cama, tentei me levantar porém minha barriga doeu, levantei os lençóis e vi que estava enfaixada.
O que aconteceu noite passada?Fragmentos de minha memória foram passando em minha mente, lembro-me de meu pai, e que ele estava morto, mas não lembro de mais nada.
Olhei pro lado e me assustei quando vi Carl dormindo em uma cadeira ao meu lado, como eu não o tinha percebido antes?
Quando menos esperava, me peguei reparando nele, em todos os seus traços, cada linha em seu rosto, seu cabelo grande e desgrenhado caia sobre o mesmo, ele dormia pesadamente, como se não dormisse a tempos.
Enquanto o olhava, me lembrei dos momentos que tive com ele.
"Você deve ser a Alex – olhei assustada para o garoto que se escorava na grade da cela, seu semblante era de desgosto.
Sorri de lado e me levantei, estendendo minha mão para cumprimenta-lo.
– E você deve ser o Carl – ele trocou de perna distribuído o peso para a outra deixando minha mão pairar no ar, a recolhi meio sem graça colocando-a no bolso da calça."
Sorri ao lembrar do dia em que nos vimos pela primeira vez, aliás, essa nem foi a primeira.
"Zuka zama? – Perguntou um garotinho.
– É, minha mãe que inventou. Me faz sentir melhor – ela sorriu me fazendo sorrir também e o garotinho olhou pra grama pensativo."
É incrível como nossas vidas se cruzaram duas vezes, exatamente antes do apocalíptico e depois, claro que não nos reconhecemos já que tinham se passado seis anos. Tivemos nossas desavenças, eu o odiava no início.
" – O que te aconteceu?- Perguntei receosa.
– Não lhe interessa Ray – respondeu grosso.
– Por que esta agindo desta maneira? Você não tava assim hoje de manhã.
– Escuta, só porque eu fui legal contigo na cabana não quer dizer que seja seu amigo."
Down- Jason Walker
Aquelas palavras realmente me magoaram, mas foi bem naquela época que eu conheci o Carl de verdade, um garoto carinhoso que se importava com as pessoas.
Até que ele parou com sua birra e nos tornamos amigos.
"Então você morava aqui? – Perguntou depois de algum tempo, permaneci em silêncio, por que ele está conversando comigo?
– Minha casa era virando aquela esquina – respondi com a voz meio embargada.– Onde você quer chegar Carl?
– Só estou seguindo seu conselho, você estava certa, preciso lamentar de outra forma – olhou pra mim e sorriu. Aquilo foi como uma facada no peito pra mim, ele iria seguir meu conselho? Sem perceber estava sorrindo também. – Então? Amigos?"
E foi logo no outro dia que descobrimos que já nos conhecíamos. A partir dai, nos tornamos uma importante companhia um para ou outro, foi incrível a forma como ele se abriu pra mim, permitindo que eu entrasse em sua vida.
Quando Thomas morreu, ele não saiu do meu lado em nenhum momento, me confortou e insistiu para que eu não desistisse, o que provavelmente fez com que eu gostasse muito mais dele do que gostava antes.
"O que faz aqui fora? – Não demorou muito até que uma voz perguntou, bufei reconhecendo a voz de Carl.
– Ah, por favor a noite esta tão linda não é como se meu pai assassino estivesse me procurando, e pessoas mortas estivessem lá fora, se esgueirando entre as árvores prontas para arrancar um pedaço de minha pele. É como se o céu estivesse sorrindo pra mim e que se eu sorrisse de volta, ele me tiraria deste lugar e me levaria para outro totalmente diferente, sem mortes, sem desespero ou fome, apenas a felicidade.
– As vezes você fala de uma forma estranha Ray.
-Desculpa, mas... Sei lá... É só o que eu sinto.
Ele sorriu e se sentou ao meu lado, direcionando seu olhar para o céu, seu rosto sereno me fez sentir algo, balancei a cabeça afastando esses pensamentos e olhei pro céu também.
Podia ser minha imaginação mas, acho que vi ele me olhar pelo canto dos olhos e sorrir"
Ele literalmente se tornou meu porto seguro, minha âncora, minha salvação, ele se importava comigo e eu com ele.
"Os esquilos na minha cintura me incomodavam então tive que rebolar para desamarrar a corda, instintivamente a mão de Carl pousou na minha cintura para me ajudar a desamarra-la.
Fraquejei com seu toque e me amaldiçoei silenciosamente por isso. Pude sentir que ele segurava uma risada e revirei os olhos.
Meio relutante tive que aceitar o fato de estar quase sentada no colo dele, evitava ao máximo olhar para ele, ouvia ele bufar e resmungar o tempo inteiro.
– Olha, não mandei você bancar o herói e me puxar para esse lugar minúsculo – sussurrei ironicamente.
– Não foi eu quem bancou a estátua suicida lá fora – retrucou ele me olhando firme e zombeteiro.
Respirei fundo e desviei o olhar, olhando para as costas do banco da frente.
– Podia ter me deixado lá, seria melhor pra todos nós, me...
– Melhor pra quem? – Me interrompeu, o encarei não acreditando no que ele disse.- Porque nem pra mim e nem para os outros seria.
Abaixei o olhar.
–Você vai desistir só porque se sente mal?
Me senti um lixo, eu era completamente uma idiota egoísta, meio envergonhada me virei pra Carl e ele olhava perdidamente para frente.
Encostei a cabeça na janela e fechei os olhos.
A noite já havia caído e o barulho da chuva estava me deixando com sono, desde a nossa última conversa, Carl apenas olhava pra frente ignorando completamente minha presença.
Bocejei pelo que pensei ser a quarta vez e vi ele suspirar e virar seu rosto para me olhar.
O sono já invadia meu consciente e seu rosto era apenas um borrão, provavelmente eu o estava encarando com a maior cara de idiota com a boca aberta.
Mesmo sendo um borrão pude perceber seu rosto se aproximar mais, estava escuro e eu tive que semicerrar os olhos para ve-lo direito, quando finalmente consegui ver, a primeira coisa que vi foram seus olhos azuis olhando fundo nos meus, eu estava grogue de sono, e não sabia o que estava fazendo, seu rosto estava muito próximo [...] Seus lábios estavam tão próximos dos meus, nossos corpos estavam mais perto do que antes, estávamos prestes a nos beijar quando um errante esbarrou na janela do carro fazendo com que eu pulasse de susto.
Rapidamente me afastei dele, eu ia beija-lo? Eu seria capaz?
Ouvi Carl praguejar mas depois não vi e nem ouvi mais nada pois já havia dormido."
The story never ends- Lauv
Aquela noite não foi onde nos beijamos, mas eu confesso que queria que tivesse saido um beijo, mais tarde porém ele aconteceu.
"Ele me olhava com certa confiança, estava esperando minha resposta, abaixei o olhar, não tinha certeza de nada. Carl literalmente me pegou de surpresa.
– Ele foi seu primeiro amor, e eu pretendo ser o último, leve o tempo que for – ele se aproximou e me beijou.
Me permiti sentir seu beijo sobre meus lábios, seu beijo era urgente, como se ele o ansiasse a tempos.
Eu estava totalmente perdida em seus braços, então eu resolvi esquecer tudo isso e me entregar ao momento. Havia quebrado mais uma promessa, eu havia me apaixonado por ele, e agora era tarde demais para voltar atrás."
Eu havia me apaixonado, sorri, pensando nisso, é estranho saber que você realmente se apaixonou pela pessoa, mas o que me chocou mesmo foi quando ele disse.
"Você é incrível Alex - disse e eu ri pelo nariz.
– Muito bem Romeu, vamos lá ajudar o Daryl – sorri e selei nossos lábios.
– Eu estou tão apaixonado por você – congelei. Isso me pegou totalmente de surpresa, olhei espantada pra ele, ele me encarava tão sereno, tão confiante de sí.
– Você... O que você disse? – Perguntei meio assustada, o arco estava frágil em minha mão, ele se aproximou de mim e o arco caiu.
– Eu estou, completamente e perdidamente apaixonado por você."
Me senti assustada no início, mas agora estou feliz por ele ter dito aquilo, não queria no início, mas eu já havia me apaixonado.
Olhando pra ele agora, dormindo tão calmo me questionei por ter fugido tanto dele, sei que sofri com Ethan, mas foi um ato egoísta meu, eu o amava e ele também, por que magoar ele e a mim mesma?
– Alex? – Me assustei quando ouvi meu nome, e quando menos esperei ele já havia me envolvido em um abraço, grunhi de dor. – Desculpa, me esqueci, ainda bem que você acordou, eu estava tão preocupado, pensei que você não fosse mais acordar, não aguentaria ficar sem você.
Ele disse tudo tão rápido que não entendi muito bem o que ele dizia.
– Espera como assim, eu só apaguei por uma noit...
– Alex você apagou por duas semanas, pensei que você iria morrer à qualquer momento, me neguei a sair do seu lado – disse enquanto segurava minha mão, não deu nem tempo de eu ficar surpresa e ele me abraçou de novo.
– Me desculpe por ter deixado aquilo acontecer com você, me sentiria culpado eternamente se você tivesse morrido – o abracei de volta e afaguei seu cabelo bagunçado.
– Você o matou? – Perguntei já sabendo a resposta, ele apenas balançou a cabeça positivamente. – Obrigada.
Ele se afastou um pouco e me olhou confuso, sorri e sem perceber estava chorando.
– Por que está chorando? – Perguntou mais confuso do que já estava. Neguei com a cabeça e o puxei para um abraço de novo, ele me segurava tão levemente como se eu fosse quebrar se ele apertasse de mais.
– O que aconteceu depois que eu apaguei? – Perguntei ainda em seus braços.
– Trocamos tiros com os homens de seu pai, até que eles não aguentaram a pressão e fugiram.
– Maggie está bem?
– Saudável como um cavalo – ri pelo nariz, eu realmente gostava desse garoto, estava literalmente perdida em seus braços.
Ele me completava de um jeito tão incrível, fazia com que toda essa desgraça que esta a acontecer lá fora, com corpos sem vida mas ainda assim andando para lá e para cá, ser algo irrelevante pra mim.
– Eu te amo Alex – disse meio sério.
O olhei, queria ficar para sempre assim, olhando para seus olhos enquanto ele olhava fixamente para mim.
– Nunca pensei que diria isso, mas, eu também te amo xerife – disse sorrindo, como se em câmera lenta, vi um grande sorriso aparecer em seus lábios, em seguida o puxei para mim e o beijei, de tal forma que nunca havia beijado alguém.
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Dedicado principalmente à minha prima que insistiu que eu não desistisse de escrever.
ENFIM GALERA, ESSE FOI O ULTIMO CAPÍTULO, EU GOSTEI SINCERAMENTE FICOU MELHOR DO QUE EU ESPERAVA, ESTAVA MUITO DESANIMADA COM A VIDA E HOJE DEI A LOCA E ESCREVI, QUERIA PEDIR DESCULPAS DE CORAÇÃO POR TER FEITO ESSE FINAL PRECIPITADO, QUERIA MUITO POR MAIS COISAS MAS NÃO QUERIA ENROLAR MAIS, FICO FELIZ POR VOCÊS TEREM LIDO E DEU BASTANTE VISUALIZAÇÕES FIQUEI MUITO SURPRESA NUNCA PENSEI QUE CHEGARIA A TANTO, AGRADEÇO MUITO.
ENFIM, MUITO OBRIGADO POR LEREM E POR VOTAREM, NOS VEMOS NA PRÓXIMA FANFIC.
ATÉ A PRÓXIMA.
FALOU.
safadaaron leiam a fanfic dela ❤ amo vcs
💜amo vcs
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