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Passado

Quando acordei estava deitada no ombro de alguém, levantei meu olhar e dei de cara com dois olhos azuis, droga.

Por que sempre olhos azuis?

Praguejei em silêncio quando me lembrei do que quase fizemos na noite anterior. Eu havia colocado na minha cabeça que não iria me apaixonar por ele, não podia, Ethan era tudo pra mim e eu o perdi, não podia entregar a mesma arma que Ethan atirou em meu peito para o Carl.

A ferida já estava cicatrizada e não era minha intenção abri-la de novo.

Passei as mãos em meus cabelos e senti o olhar de Carl em mim, suspirei e o olhei sustentando o olhar dele.

– Olha, desculpa por ontem, valeu por ter... Sabe, me tirado de lá – apontei para a janela.

Ele sorriu sem mostrar os dentes e acertou seu inseparável chapéu em sua cabeça.

– Eu disse que estaria ao seu lado – ele passou seus braços por cima de mim, me arrepiei, pensei que ele iria tentar me beijar de novo, fechei os olhos esperando o que seja lá que ele ia fazer, e escutei um clique.

Abri um olho e vi que Carl me olhava curioso, droga, ele só tinha aberto a porta do carro, Alex você é tão idiota.

Sai meio desajeitada e Daryl veio correndo e me abraçou, fiquei meio surpresa, ele não é muito de contato físico.

– Fiquei muito preocupado com você pirralha – sorri e retribui o abraço.

– Okay, agora me solta que você ta fedendo – brinquei depois de um bom tempo. Ele riu pelo nariz e me soltou.

Nos reunimos depois envolta de um carro e Rick analisava um mapa.

– Estas duas estradas estão bloqueadas, nada passa – Glenn disse apontando em um lugar no mapa. – E esse bando de zumbis veio dessa direção.

– Nós poderíamos pegar essa estrada aqui – apontei para uma estrada bem perto de onde estavamos, ao que parece ela ia direto para um rancho.

– Se é um rancho, pode ter árvores frutíferas e lagos para pescar, teríamos comida até encontrar um local melhor.

Todos pareceram cogitar minha ideia, concordavam e acrescentavam idéias para chegarmos mais rápido.

– Então iremos ao rancho, espero que nenhum outro grupo tenha tido a mesma ideia – pela primeira vez estava sendo útil ao grupo, sorri e me aprontei para partir, antes olhei preocupada para a floresta onde Bucky se enfiara no dia anterior.

Onde ele foi?

– Não se preocupe Alex, ele é um cachorro esperto, ele vai ficar bem – Carl falou vendo minha preocupação.

➳ ➵ ➳

O carro balançava enquanto passava pela estrada de terra, indo em direção ao rancho, como eu havia dito, havia muitas árvores com frutas e lagos.

Vários dias se passaram e eu e Carl ficamos encarregados de pegar as frutas.

Carl de uma hora pra outra havia se tornado outra pessoa, o que era bom, eu por outro lado ainda estava desanimada, a morte de Thomas ainda pesava minha mente, não havia uma noite que eu não tinha pesadelos com ele.

Evitava também ao máximo ter contato com Carl, eu sentia algo por ele mas Ethan estava sempre ali, assombrando um pedaço da minha alma, e sempre que eu estava perto de mais dele meu peito doía, como se o buraco nele quisesse se abrir.

– Você poderia ser um pouco mais otimista, onde está a Ray que eu conheço? – Carl perguntou depois de eu ter reclamado o mundo inteiro por minha cesta ter caído do galho e derrubado todas as mangas que eu havia juntado.

– Morreu – respondi seca, na verdade não queria ser ignorante com ele, mas naquele momento eu estava só o sal, a merda da cesta havia quebrado e eu não sabia mais como levar aquelas mangas para o chalé.

– Sinto muito por você – disse meio debochando, o olhei incrédula. – Bem, não com essas palavras mas, alguém uma vez me disse que a morte não é a maior perda na vida. A maior perda é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.

Achava que o pior sentimento do mundo era perder alguém que você ama, mas eu estava errada. O pior sentimento é quando você percebe... Que perdeu a si próprio.

Aquilo literalmente foi como uma facada nas costas, eu que havia dito isso a ele, quando ele se fechava pela morte de sua mãe, e agora eu estava me fechando por Thomas, droga, eu sou tão inútil.

Meu olhos já estavam se enchendo de lágrimas, ele me olhava sério agora, parecia saber que eu havia entendido seu recado, então eu respirei fundo pois sabia que se caísse uma lágrima, eu não iria mais parar de chorar.

– Alex... Eu só, quero que você pare de se fechar assim, eu estou aqui com você, e da mesma forma que você me ajudou eu irei te ajudar – ele segurou meus ombros e olhou em meus olhos, foi o suficiente, me derramei em lágrimas, ele então me envolveu em seus braços.

– Você não pode, você não entende – respondi entre o choro.

– Então me ajude a entender – ele passou a mão em meus cabelos, olhei a cima de seus ombros e vi Ethan ao lado de uma árvore me olhando com as mãos nos bolsos, subitamente dei um empurrão em Carl.

– Estou tentando te ajudar, mas não sou seu saco de pancadas – disse mas eu não prestava a atenção nele e sim no garoto que estava atrás dele, Ethan me encarava com seus olhos azuis, olhos que não surtiam mais efeito em mim.

Carl se silenciou e seguiu meu olhar mas depois se virou pra mim curioso.

– Ray?

Ele então começou a andar até parar ao lado de Carl, agora mais perto eu podia confirmar a diferença entre os olhos deles.

Os de Ethan eram olhos apaixonados mas, não eram tão fortes e cativantes quanto os de Carl, que transbordavam confiança, eles literalmente gritavam, " eu sou capaz de fazer tudo por quem eu amo".

Você gosta dele não é?Me assustei quando ele começou a falar, mas sua boca não mexia, ele apenas gesticulava. – O que está esperando? Volte para os braços dele, ele com certeza não irá atirar em você.

– Mas isso não está certo – exclamei.

– O que não está certo Alex?

Nem sempre é questão de certo ou errado Alex, se você o ama deveria estar com ele, eu não estou mais aqui pra te proteger, mas ele está.

Eu estava soluçando de tanto chorar, minha garganta doía. Por que estou chorando? Estou tão cansada de chorar. Limpei minhas lágrimas e apoiei meus braços em meus joelhos.

Carl correu e me agarrou novamente em um abraço.

– Ray me deixe te ajudar – sussurrou. Não havia tirado os olhos de Ethan, ele sorria sereno e então gesticulou com a cabeça para o garoto que me abraçava.

Deixe-o te ajudar Alex, entregue a arma pra ele.

E desapareceu, tão despreocupadamente quanto havia aparecido.

Fechei meus olhos e permiti que Carl me apertasse mais em seus braços, as lembranças de Ethan iam se esvaindo de minha mente.

As vezes o passado é uma coisa que não conseguimos esquecer. E as vezes o passado é algo que faríamos de tudo para esquecer.

E, as vezes, descobriamos algo sobre o passado, que mudava tudo o que sabiamos sobre o presente.

Ethan estava feliz até o último segundo de sua vida, estava orgulhoso por ter dado tudo que pode para me proteger, e estava disposto a entregar a mesma arma que ele havia atirado em mim para Carl e acreditava fortemente que ele não iria disparar.

Mas eu ainda estava relutante em fazer isso.

– Você precisa esquecer tudo isso Ray – sua voz estava mais calma dessa vez.

– Não há como esquecer, não há como melhorar, porque esta tudo aqui – apontei para minha cabeça, e ele me direcionou um olhar preocupado.

E se aproximou, seus olhos estavam em meus lábios, droga de novo não. Em um ato calmo coloquei minha mão em sua boca.

(imaginem isso, que não com essas expressões de cu azedo do otabek e de azedinho do yurio)

– O que te impede Ray? – Perguntou calmo, sabia que ele já estava ficando sem paciência.

– É que... – Não sabia se devia dizer, mas ele parecia estar se magoando, e eu não queria magoa-lo. – Sabe a pessoa que eu matei?

– Bem, não sei não, mas meu pai comentou sobre isso quando ainda estavamos na prisão – disse e coçou a nuca despreocupadamente por baixo de seu chapéu.

– Então... Essa pessoa justamente era a pessoa que eu amava... – Respondi baixo, mas sabia que ele havia escutado.

– E por que isso nos impediria?

– Bem. Ultimamente tenho pressionado minha mente com um lance sobre uma arma e que ele havia atirado e que tinha medo de você fazer o mesmo.

– Espera, ele atirou em você?

– O que? Não, é só uma filosofia. "Amar é como entregar uma arma carregada a uma pessoa e confiar que ela não vá atirar"

– E ele atirou quando morreu?

Concordei grata por ele ter entendido e eu não precisar explicar mais nada.

– Eu não vivo o passado, vivo o agora, porque tudo é sobre isso. E tenho certeza que se você me entregar essa arma, eu te juro Ray, que não irei atirar.

Ele me olhava com certa confiança, estava esperando minha resposta, abaixei o olhar, não tinha certeza de nada. Carl literalmente me pegou de surpresa.

– Ele foi seu primeiro amor, e eu pretendo ser o último, leve o tempo que for – ele se aproximou de novo querendo me beijar, mas dessa vez não o impedi.

Me permiti sentir seu beijo sobre meus lábios, ele era urgente, como se ele o ansiasse a tempos. Nossas línguas se misturavam em um festival de sabores, não sabia dizer o gosto que o beijo dele tinha, mas sabia que ele mexia comigo de uma forma que os beijos de Ethan nunca mexeram.

Eu estava totalmente perdida em seus braços, eu não havia entregado a arma pra ele, ele simplesmente a havia tomado de mim.

Então eu resolvi esquecer tudo isso e me entregar ao momento. Havia quebrado mais uma promessa, eu havia me apaixonado por ele, e agora era tarde demais para voltar atrás.

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