Pai?
Um tiro ecoou pelo rancho, as pessoas ali assustadas saíram dos chalés para averiguar e descobrir quem era a pessoa que havia disparado aquela arma.
Rick saiu correndo para o lado de fora, completamente eufórico, "mas que merda está acontecendo?", pensou o Grimes mais velho.
Carl saiu derrubando o que estava em seu caminho, assustado e preocupado com Alex, "droga".
Ao sair do chalé, Rick, Carl, Maggie, Glenn e Michonne e o resto do grupo se depararam com um homem.
Um não, cerca de quatorze homens contando com o que estava mais a frente, os homens estavam fortemente armados, Rick estava notavelmente preocupado, ele sabia quem era aquele homem, e sabia que ele era problema:
O pai da Alex
– Ora, ora – o homem disse a sua frente, com um sorriso sacana no rosto.– Olha quem o vento trouxe.
Rick não dizia nada, apenas analisava o grupo que invadiu seu território.
– Essa vai ser a ultima vez que digo isso, Rick – enfatizou o nome, meio caçoando o Grimes mais velho.
– Cadê a minha filha? – Cada palavra saindo pausadamente, causando varias reações diferentes no grupo de Rick.
Eles sabiam que ele estava falando da Alex, e que era ele quem havia atacado a prisão, causando a morte de várias pessoas, inclusive a de Thomas.
Carl não pôde conter a ânsia de raiva e avançou alguns passos.
– Seu canalha, o que você quer com ela, já não destruiu a vida dela o suficiente? – Gritou contra o homem que era uma grande ameaça para o grupo.
O homem sorriu irônico.
– Olha só, o rapazinho querendo dar uma de herói – seu homens riram, mas logo ele fecha a cara, não gostando da atitude de Carl.
– Tudo bem, prendam todos, se tentarem qualquer coisa: matem – ordenou aos seus homens. – Revirem esse lugar, quero minha filha aqui o quanto antes possível.
Ao chegarem perto do grupo de Rick, um casal se negou a serem presos e acabaram mortos, temendo pela vida de seus amigos Rick fez com que eles se entregassem sem luta.
Carl ficou indignado, cogitava a ideia de que seu pai estava disposto a entregar Alex e isso ele não podia permitir.
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-[ A L E X R AY ]-
– Droga – Daryl pulou da caminhonete e pegou sua besta que estava no chão, logo correu em direção ao chalé principal.
Fiz o mesmo e segui atrás dele, estávamos muito longe para distinguir o que tava acontecendo, mais tiros foram escutados.
– Daryl, o que tá acontecendo? – Perguntei eufórica, estava assustada, o rancho era um lugar bem afastado da rodovia, ninguém o encontraria por acaso.
– Não sei, mas não parece coisa boa.
Ao chegarmos no chalé principal vi vários homens armados fazendo o nosso grupo de refém, meu corpo arrepiou ao ver Carl levar um soco no estomago.
– Procurem por todos os lados, quero essa garota agora! – Gritou um homem, "garota"? Estavam me procurando? Merda.
Olhei para o Daryl e ele me lançou um olhar de advertência, ele sabia do que se tratava e não queria que eu fizesse nenhuma besteira.
Eu vou acabar com isso agora.
Quando ameacei me levantar Daryl segurou meu braço e me puxou para o lado.
– O que você pensa que esta fazendo?
– Não é óbvio? Vou matar aquele desgraçado de uma vez.
– Você? – Riu pelo nariz, o olhei indiferente e revirei os olhos. – Vem, vamos pensar em um plano que não seja você ir em uma missão suicida.
Pera, o que?
– Merda Daryl, olha o que aquele desgraçado está fazendo! Ele é o meu pai, e sou eu quem vai mata-lo e mandar ele pra debaixo da terra, de onde ele não devia ter saído.
– Espera, podemos fazer um acordo – ouvir Rick gritar.
– Preciso falar com o seu líder.
Olhei de volta para o círculo de reféns e vi o olhar decidido no rosto de Rick, o que ele ta fazendo?
– Olha só, decidiu entregar a garota? – Um dos capangas respondeu de volta, olhei para o Daryl e ele se mostrava mais surpreso do que eu.
– Não, pai! O que você vai fazer?
– Fica calmo, Carl – ele estendeu a mão para que o mais novo se calasse e seguiu o homem até o chalé.
Daryl começou a se mover e seguir até os fundos do chalé, o segui, sabia que ele iria querer ouvir o que Rick tinha em mente.
– ...Um acordo é? E o que você tem em mente? – Pude ouvir a voz do meu pai, mas que... Olhei de canto pela janela e consegui ve-lo, mesmo com a luz fraca por conta da noite ja estar chegando pude perceber que ele ainda continha a expressão de psicopata que sempre inundava meus pesadelos na infância, assim tendo certeza de que era realmente ele.
– Eu te entrego a Alex e você nos deixa em paz – joguei meu corpo pra trás e cobri minha boca, não podia acreditar que o Rick disse aquilo, ele me salvou e agora esta me jogando aos lobos, já podia sentir as lágrimas inundando meus olhos, eu confiava nele.
Daryl enfim se mexeu e veio em minha direção, me levantou e me puxou em direção a clareira.
– Voces! Parem agora ou atiramos.
Olhei pra trás e pude ver meu pai ao lado de Rick. Mas que filho da puta desgraçado.
– Alexandra!! – esbravejou o homem que deveria estar morto, merda, eu odiava aquele nome, contive minha vontade de manda-lo se fuder. – Venha até o papai – vendo que o ignorei ele mandou um de seus homens me buscar, simultaneamente saquei meu arco e Daryl sua besta.
– Nenhum passo ou eu enfio essa flecha na porra da sua cara imunda – gritei em seguida, vi a cara supresa deles e soltei a flecha, no meio exato do rosto de um deles.
– Okay, já chega, ou você vem por bem, ou vem por mal – ele disse e em seguida seus homens trouxeram os outros, e todos tinham uma arma apontada na cabeça, com exceção de Carl que tinha uma faca no pescoço, ao ver o pai ao lado do meu ele começou a se agitar.
– Como você pode entregar ela! Seu desgraçado.
– Isso não fazia parte do acordo – Rick gritou agitado.
– Acontece que o acordo já era. Matem o garoto, a não ser que a Alexandra venha comigo.
Hesitei, ele só podia estar blefando, não iria cair em seus truques, afinal, o que ele queria comigo? Quando vi um filete de sangue no pescoço de Carl me movi.
– Alex não – Carl e Daryl gritaram ao mesmo tempo.
– O que você quer de mim afinal? Robert?
– Ah, só minha filha ao meu lado.
Respirei fundo e me virei para o Daryl.
– Se ele não fosse seu amigo pediria para enfiar uma flecha na cara daquele traidor – sussurrei em seu ouvido enquanto o abraçava.
– Você não precisa fazer isso e você sabe – ele disse de volta, eu preciso sim, se isso vai garantir sua segurança.
Caminhei em direção ao meu pai, ficando de frente pra ele, mantive meu semblante sério, mostrando de que não seria fraca perante sua presença. Mas em um momento fraquejei ao ver o olhar de dor que Carl tinha sobre mim.
Eu te amo
Balbuciei essas palavras olhando fixamente em seus olhos, ele começou a empurrar o homem que o segurava.
– Para Carl, por favor – disse e o homem cortou seu braço.
Robert já estava indo embora e então o segui, queria impedir mais mortes desnecessárias então não o irritei.
– Tragam o garoto também – ele gritou e quando eu ia reclamar um saco escuro foi colocado em minha cabeça e alguem havia me colocado no ombro, ouvi os gritos de Carl e as advertências de Rick, e depois tudo se apagou.
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