Capítulo Quatro
Logo cedo, Dylan e Anneliese tomam café com Catherine e seu pai antes deles irem abrir o restaurante, pois rapidamente voltariam a pôr o pé na estrada. Só que um incidente, pôs a viagem quase a perder.
—O que houve, Anneliese? — pergunta Dylan enquanto põe suas malas de volta no carro.
—Meu carro... a bateria dele simplesmente morreu! Troquei semana passada! — reclama ela batendo com os punhos no volante.
—Ei, não fica assim. — ele a acalma. —Vamos no meu carro. Você me disse que o seu grande amor é do Wisconsin, podemos ir juntos.
—Sério? Não vai te incomodar?
—Nem um pouco. — sorri ele. —Vamos pegar suas malas e levar para o meu carro.
Enquanto punha as malas no carro de Dylan, ela não pôde deixar de sorrir por dentro. Viajaria ao Wisconsin junto com seu amado, que mau imaginava que ele era o felizardo de ter ganhado seu coração. Antes de partirem, os dois se despedem de Catherine e seu pai.
—Fique sossegada, senhorita. Iremos cuidar e consertar o seu carro, na volta, ele estará aqui, inteirinho e a esperando. — assegura o senhor, com um sorriso simpático.
—É muita gentileza sua, não tenho palavras para agradecer. — diz Anneliese, sorrindo.
—Disponha!
—Muito obrigado pela hospitalidade, senhor Wilson. —Dylan lhe dá um rápido abraço e um sorriso gentil. —Jamais saberei agradecer pela forma com que fui tratado.
—E eu também! Vocês foram como anjos que cuidaram de nós em nossa viagem!—agradece Anneliese, também o abraçando.
—É sempre bom exercer o dom da hospitalidade, está na bíblia.
—Voltem aqui em Alexandria sempre que puderem! — diz Catherine num sorriso.—Anneliese, antes de ir, quero te dar algo para a viagem.
As duas se afastam um pouco dali, Catherine entrega à Anneliese uma bolsa recheada de bolos, pãezinhos e uma garrafa térmica com chocolate quente.
—Um lanchinho e um chocolate quente para tornar a viagem mais quentinha e feliz.
—Obrigada,nem sei como te agradecer! —as duas se abraçam.
—Antes que eu esqueça, tome isso. — ela retira do bolso do avental um visco de natal.
—Porque está me dando um visco?
—É para você usar com o Dylan. Quando estiverem no Wisconsin e você tiver se declarado à ele, dê isto a ele e vocês se beijarão. — ela dá um sorrisinho maroto. —O que foi? É romântico! E além disso, é uma tradição bem bonita de natal.
—Sei não, sou muito tímida.
—Senão se arriscar, jamais saberá.
Findando com as despedidas, os dois entram no carro. Anneliese esconde o visco no bolso enorme do casaco, Dylan entra no carro e logo dá a partida, saindo de Alexandria e partindo para Green Bay, uma cidade do Wisconsin que ficava antes de Milwaukee, onde a família dele mora. Depois de alguns minutos de viagem, ele puxa conversa com ela.
—Estou surpreso por tê-la encontrado nessa viagem. Então quer dizer que está vindo atrás de um grande amor? —pergunta num ar risonho.
—Er, sim. — responde ela um pouco sem graça e sentindo as bochechas corarem.
—E ele é do Wisconsin? Que coincidência. — ele a olha de soslaio, sem perder o foco na estrada. —Me diga, como ele é?
—Ah, porquê quer saber? É bobagem. — ela tenta desviar do assunto.
—Ora, não estamos no escritório, então agora não sou chefe, sou seu amigo. Pode me contar, quem sabe não lhe dou uns conselhos.
Anneliese respira fundo e olha a estrada, como descreveria essa pessoa ao Dylan sem dar pistas de que falava dele mesmo?
—Bem, ele é um homem de bom coração.
—Só isso? — ele fica curioso. —Não tem mais nada que queira falar dele?
—Ele é o homem mais atraente e gentil que conheci.
Dylan fica mudo por um instante, como se analisasse aquelas palavras.
—Bom, então ele é um cara de sorte, por encontrar alguém como você.
—Você acha isso? — ela tenta não demonstrar muita empolgação, mas seu ser estava em festa. —Porque pensa assim?
—Durante esse um ano que começou a trabalhar para mim, vi o quanto é alegre com todos, é doce, simpática, gentil. Um cara que não ver e não amar essas qualidades em você é muito trouxa. — ele sorri de lado, e naquele momento Anneliese torceu para que as batidas de seu coração não fossem ouvidas.
—Obrigada. É muito bom saber que tenho essas qualidades. —agradece ela um pouco encabulada.
—Claro que tem, só cuidado para não machucar seus sentimentos.
Essa última frase ficou marcada em seus pensamentos, será aquilo ali um alerta? Um solavanco no carro faz os dois levarem um susto.
—O que foi isso?! — pergunta ela atônita.
—Droga! Acabou a gasolina! — ele bate no volante, com raiva.
—Estamos no meio do nada, não vejo nem um posto por aqui.
—Acabou, não vou conseguir chegar a tempo! — ele abaixa a cabeça em frustração.
—Ei, não é o fim. — ela o encoraja. —Vamos pegar nossas coisas e ver se conseguimos encontrar alguém ou alguma casa por aqui, sei lá.
—Anneliese, estamos em qualquer lugar que ainda não sei. Estamos sem gasolina e num frio horrível, não chegaremos a tempo.
—Dylan, sei que está tudo parecendo complicado, mas lembra quando você me contou que estava com fome e quase desfalecendo no volante e que orou ao Senhor? Então, porque não oramos agora? — pede ela, com calma na voz e nas palavras.
Concordando com a cabeça, os dois dão as mãos e curvam as cabeças, orando e pedindo a Deus por uma providência naquela estrada. Após finalizarem a oração, eles saem do carro e tentam usar o celular para ligarem para a seguradora, porém não havia sinal e nem pegava internet naquela área.
—Já sei, o mapa de papel que eu comprei! —Anneliese revira a mochila e o encontra.—Valeu pela dica, Tyler!
—Ele também me falou para comprar um, porém eu teimoso, não fiz. —diz Dylan sentindo-se um pouco envergonhado.
—Tudo tem um propósito, talvez você não comprou porque Deus já sabia que iríamos nos esbarrar. — diz ela enquanto abre o mapa no capô do carro.
Olhando o mapa e as regiões, logo eles chegam a conclusão que estavam há alguns quilômetros longe ainda de Green Bay e Milwaukee.
—E agora? Como sairemos dessa estrada? A neve está voltando a cair. —questiona Dylan,olhando para o céu.
Um barulho na estrada os desperta, um trailer passava por ali e logo ao vê-los, parou imediatamente.
—Vocês precisam de ajuda? —um homem careca e gorducho pergunta da janela do motorista.
—Acabou a gasolina do nosso carro, estavámos indo para Milwaukee. —responde Dylan, tremendo de frio.
—Tem espaço no nosso trailer! —uma mulher responde, provavelmente deveria ser a esposa do homem. —Podemos rebocar o carro de vocês e aí podem viajar conosco aqui dentro.
—Também estamos indo para o Wisconsin. —afirma o homem. —Peguem as coisas de vocês e entrem aí, a previsão do tempo prevê tempestades de neve cada vez mais fortes.
Os dois se entreolham um pouco incertos, porém não tinham mais nada a perder, senão morreriam congelados naquela estrada. Depois do carro deles ter sido rebocado ao trailer, eles pegam as malas e se acomodam no trailer de George e Martha, o casal que os acolheu.
—Não poderíamos deixar vocês dois congelando naquela estrada. —ela serve chá aos dois. —Amanhã mesmo estaremos em Milwaukee.
—Muito obrigado, não sei como agradecer a gentileza de vocês. — sorri Dylan, enquanto saboreia seu chá.
—Viu? Chegaremos a tempo do natal! — diz Anneliese feliz e o abraçando de lado.
Depois do chá, eles saborearam uma rápida refeição, para em seguida pegarem no sono. Amanhã finalmente chegariam ao destino almejado, porém Anneliese dormiu bem pouco, pois não sabia como contar ao Dylan sobre seus sentimentos à ele. Olhando para o seu visco de natal, a moça procurava tomar coragem para o que a esperaria.
***********************************************************************************
*1310 palavras.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro