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Epílogo

-Vamos? - gritei para o Gui.

Estávamos indo para um evento de autógrafos do meu livro. Isso mesmo, depois de me formar e ir trabalhar em uma revista, uma editora me propôs lançar um livro, e é claro que eu não recusei.

Vi o Guilherme saindo do quarto com duas mãos pequenas segurando as suas. É, eu tive dois filhos.

Como as coisas mudam em tão poucos anos.

-Nós vamos no teu livro, mamãe? - a Alice perguntou.

Me aproximei dela e peguei no colo, mexendo em seus cabelos loiros escuros iguais aos meus, lisos e preso em uma rabo de cavalo.

-Sim, nós vamos lá ver o livro da mamãe - respondi.

Mesmo eles tendo três anos, eu sempre me emocionava quando ouvia a palavra mamãe sair da boca deles.

-Vamos - o Gui falou, pegando o Fernando em seus braços.

-Vamos - falei, o dando um beijo e fazendo o Fernando soltar uma careta.

Nossa vida tinha mudado completamente desde que vimos aqueles duas barrinhas no teste de gravidez.

O medo tomou conta de mim. Eu não sabia nem trocar uma fralda, mas o Guilherme me acalmou e no fim, acabamos sendo ótimos país pro nossos gêmeos.

Chegando ao lugar do evento, vi uma fila de pessoas que queriam o meu nome assinado em seus exemplares.

Vi minha família em um canto, a Alice e o Fernando correram até os avós.

Comprimentei todos. A Flavia, o Lucas e a minha afilhada que já estava bem grande.

O Tomás e a Sabrina, que tinham decidido não ter filhos por enquanto.

Meus pais que estavam juntos e o Maurício e sua namorada.

-Nervosa? - a Bina me perguntou.

-Um pouco - menti.

Eu estava uma pilha de nervos. E se eu escrevesse meu nome errado? E se não conseguisse sorrir ou falar quando o meu primeiro leitor surgisse em minha frente?

O Gui chegou por trás de mim.

-Um pouco? Você nem dormiu essa noite - ele me entregou.

-Foi por causa da lasanha que não me caiu bem - menti de novo.

Não tinha quem visse que eu não estava uma pilha de nervos.

Um segurança veio avisar que iriam abrir as portas.

-Boa sorte - o Gui me desejou, me dando um beijo.

Fui em direção ao meu lugar e meus filhos me pararam no meio do caminho.

-Boa sorte, mãe - a Alice me desejou.

-Pra você - o Fernando me disse, entregando uma caneta cinza.

Me abaixei, peguei a caneta e os abracei.

-Obrigada, meus amores.

Eles saíram correndo atrás do pai deles e eu fui ao meu lugar.

Respirei fundo.

A porta foi aberta e dezenas de pessoas que eu jamais tinha visto na vida, ocuparam o pequeno espaço da livraria, todos com meu livro na mão.

No começo, o plano era escrever uma história qualquer, mas a editora propôs escrever a minha história e a do Gui. Todos os obstáculos que passamos juntos e contar como foi os meses dele em coma. Contar toda a nossa história.

Foi meio estranho no começo, saber que pessoas desconhecidas iriam saber a minha história de amor, mas o Gui me mostrou que não tinha problema, que a nossa história de amor tinha mais era que ser mostrada para o mundo inteiro.

Apertei a caneta forte quando vi a primeira pessoa se aproximar.

Ela soltou um grito de felicidade e me abraçou como se estivesse morrendo de saudades de um parente que não via há anos.

De repente, aquele medo de errar tudo, sumiu. Conversei uns poucos minutos com a menina que estava ali.

-Como é seu nome? - perguntei, com  a caneta pronta.

-Fernanda.

Escrevi no papel, enquanto os olhos dela observaram cada vírgula.

-O nome do meu filho é Fernando - contei, entregando o livro.

-É? Nossa - ela deu uma pausa para respirar. - Tudo o que você escreveu, acontecereu mesmo?

-Cada palavra - afirmei.

-Ual! - ela exclamou.

Ela me deu mais um abraço e se foi, carregando consigo um livro autografado e um sorriso no rosto.

A tarde foi passando e eu não cansava de sorrir ao ver pessoas saindo dali com um sorriso no rosto só de eu ter autografado o seu livro.

Muitas fotos foram tiradas, abraços dados e sorrisos trocados. O dia foi perfeito.

O último livro, foi me entregue sem em ver o rosto da pessoa. Eu estava olhando para baixo e nem prestei atenção.

-Henrique - uma voz que eu conhecia, respondeu.

Eu conhecia aquela vez. Antes de olhar para o rosto da pessoa, olhei para baixo e vi seu sapato. Era um tênis cinza, bem a cara da pessoa que eu achava que era.

Levantei o olhar e eu estava certa de que era mesmo o Henrique ali em minha frente.

-Henrique - suspirei

Ele estava mais musculoso, os cabelos mais grandes e até aparentemente, mais maduro, mas ainda parecia ser realizada o mesmo.

-Quanto tempo - falei.

-Pois é. Quase quatro anos.

-O que anda fazendo? - perguntei, abrindo o livro.

-Terminei minha faculdade em Londres, agora vim tentar a sorte por aqui. E você? O que  mudou desde o último dia que nos vimos?

Sorri. Foi tanta coisa, eu nem conseguia lembrar de tudo.

-Muita coisa, mas o principal foi que tive dois filhos, casei e lancei um livro - contei.

Ele arregalou os olhos.

-Sua vida deu um pulo e tanto.

-Maior do que eu podia imaginar.

-Eles estão ali - apontei com a caneta para meus filhos que corriam do pai bobo que os perseguia.

O Henrique sorriu, mas notei que ele também gostaria de ter uma felicidadea daquela.

-Sinto falto dele - o Henrique admitiu, com o olhar fixo no Guilherme.

-Fale com ele. Tenho certeza que ele também sente a sua - aconselhei.

-Outro dia - ele deu de ombros.

Ele sorriu e pegou o livro, que eu já tinha autógrafado.

-Eu estou aqui? - ele perguntou apontando para o livro. - Ainda não terminei.

-Está - contei.

-Foi bom te ver - Henrique falou.

-Foi bom te ver também - sorri.

O Henrique saiu de perto de mim e seguiu pela porta olhando para o Guilherme, que já tinha parado de brincar.

Num movimento rápido, o Gui levantou os olhos e por um segundo, os olhares daqueles que já tinham sido melhores amigos um dia, se encontraram.

Nenhum deles tomou a iniciativa de dizer uma palavra, e o Henrique não parou de andar.

Vi um aceno de cabeça de ambos e um sorriso. Então a porta foi aberta e o Henrique sumiu.

Sai da minha cadeira, enquanto via a porta da frente da livraria ser fechada. Eu tinha dentro do meu peito uma sensação de dever cumprido, e não me refiro só ao meu livro e sim, a toda minha história.

Cada capítulo, cada parágrafo, cada vírgula valeram a pena. Era só olhar para os meus filhos e para o meu marido, que depois de tantos obstáculos, tinhamos conseguidos realizar os sonhos que tanto sonhamos juntos.

Vi o Gui se aproximar de mim, com nossos filhos.

-Nós vamos jantar fora, mãe - a Alice contou.

-Era surpresa, Alice - o Fernando a repreendeu.

Alice colocos as mãos sob a boca quando viu que deixou escapar o que não devia.

-Feliz ? - o Gui perguntou, me dando sua mão.

-Mais feliz que isso, impossível - sorri.

O Gui me virou e me deu um beijo, enquanto nossos filhos corriam em direção ao restante do pessoal.

-O Henrique estava aí - ele disse.

-Pois é. Ele me disse que sente a sua falta.

-Também sinto a dele, mas agora, teremos que esperar se cruzar de novo por aí.

Fomos chegando perto do pessoal e aquele assunto teria que ficar para outra hora.

-Bora comemorar mais essa vitória ? - a Bina perguntou.

-Bora - concordei.

Minha família e amigos, se dirigiram ao lugar onde tinham escolhido para jantar, enquanto eu fui desacelerando o passo, até ir bem devagar.

-Está tudo bem ? - o Gui me perguntou, parando de andar.

Levantei o olhar e vi aquele olhar, o olhar que eu tinha certeza que sempre seria apaixonada.

-Só estou feliz - falei, o entrelaçando pelo pescoço.

-E essa felicidade jamais irá sumir - ele me garantiu.

-Com certeza - o beijei.

O Guilherme me guiou para fora da livraria, onde todos nos esperavam.

Mesmo sabendo que viria vários problemas pela frente, eu já não tinha mais medo. Eu tinha uma família linda que estaria comigo se nada desse certo, e isso já bastava para o meu coração se encher de felicidade a cada passo dado.

***

Acabou ! 

Escrever essa historia, mesmo que pra poucas pessoas terem lido, foi um enorme presente. Obrigado por ter acompanhado a história da Lissa até aqui. Obrigada pelos os votos, comentarios e apoio. 

Aguardo todos vocês no meu novo livro, Pedras no caminho, que logo já será publicado, assim como esse livro, um capítulo por semana.

Enfim, obrigada por tudo. Mil beijos  ♡



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