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Capítulo 9

Hoje no meio do meu expediente me senti muito cansada. Senti se eu desse mais um passo minhas pernas iriam cair.

Fiquei tanto tempo sem fazer nada que quando voltei ao trabalho fiquei assim.

Ainda bem que fiquei melhor depois do ocorrido de ontem.

A Sabrina até quis sair de novo, mas deixei pro final de semana. A semana mal começou e já queirem me arrumar na farra.

Meu expediente acabou e fui para a frente do jornal esperar o Lucas vir me buscar.

Fiquei lá olhando pro céu, que aos poucos ia ficando mais escuro e as estrelas apareciam lentamente.

Que noite linda!

Quando olhei para a frente lá estava o carro o Lucas me esperando. Me levantei e entrei no carro.

-Oi - cumprimentei.

-Oi. Como foi o trabalho? - o Lucas me perguntou ao dar a partida.

-Estou super cansada, mas foi bem, e o seu?

-Não sei se aguento. Muito puxado.

-Trabalho é assim. Não tem moleza, não.

-Pois é.

Me lembrei que eu tinha que ver uma pessoa.

-Pode ir no hospital? - perguntei.

-Vai ver o Gui?

-Sim.

O Lucas virou à direita e em pouco tempo estávamos na frente do hospital.

-Vêm comigo? - perguntei

-Pode ir. Só não demore.

-Tá bom.

Desci do carro e entrei no hospital. Minhas pernas estão mais mole que gelatina, mas o que a gente não faz por amor não é?!

Falei com a enfermeira e pude entrar no quarto. Assim que abri a porta dei de cara com o Dr. Augusto ao lado da cama do Gui.

-Ah, olá Melissa! - ele me cumprimentou ao me ver.

-Oi.

Fiquei meio incomodada de ele estar ali, eu queria um momento a sós com o Gui, mas também não posso expulsar ele do quarto.

-Sabia que você iria vir - o Dr. Augusto disse antes que eu pudesse me sentar na cadeira.

-Não deixo de vir um dia aqui ver ele - eu disse me referindo ao Gui.

-Isso que é amor de verdade!

Senti que o Dr. disse isso com uma bontada de dor.

-Algum sinal de melhora ? - perguntei.

-Por enquanto não - ele me respondeu.

Fiquei em silêncio. O Dr. Augusto não saiu dali, juro que eu estava prestes a expulsá-lo do quarto.

-Ele pode me ouvir? - perguntei.

-O Guilherme? Não é confirmado. Mas alguns pacientes relatam depois que acordam, que ouvem as pessoas falando com eles. Em qualquer caso é bom falar, às vezes pode até ajudar na recuperação do paciente.

Sorri. O Dr. Augusto fez uma expressão de quem queria lembrar de alguma coisa importante.

-Teve um rapaz que veio visitar o Guilherme - ele disse.

Quem seria?

-Um rapaz? Não disse o nome? -perguntei.

-Deixa eu lembrar...

O Dr. Augusto voltou com aquela expressão novamente, mas logo se recordou quem era o rapaz.

-Um tal de Henrique - ele respondeu.

Henrique? Tentei me lembrar de quem era, mas não veio nada na minha cabeça.

-Não sei quem possa ser. Deve ser um amigo que não conheço.

-Deve ser. Licença, preciso atender outros pacientes.

-Sim.

Ele se despediu e saiu. Finalmente consegui ter um momento a sós com o Gui.

Segurei em sua mão como sempre faço.

-Voltei a trabalhar, mas não te deixarei. Sempre virei te ver. E quem é Henrique?

Que tola! Como ele poderia me responder?!

Antes que as lágrimas tomassem conta de mim, me levantei para ir.

-Te amo!

Dei um beijo na testa do Gui e sai.

Acho que essa foi a primeira vez que não chorei ao vir visitá-lo.

Seguimos para casa e mal pisei já fui direto tomar um banho e fui deitar. Mal podia aguentar meu próprio peso.

-Boa noite, gente - eu disse ao passar pela sala e ir pro quarto.

-Já? - meu pai perguntou assustado por eu ir dormir cedo.

-Fiquei tanto tempo sem trabalhar, que agora que voltei estou exausta - expliquei.

-Então, boa noite, filha - meu pai disse.

Dei um beijo em cada um e fui para o meu quarto. Antes que eu fechasse a porta ouvi o Lucas dizendo:

-Ela mudou!

-Bastante - reconheci que meu quem disse aquilo.

-A dor muda as pessoas, deixam elas sensíveis - minha mãe disse.

Fechei a porta do meu quarto e não ouvi mais nada. Antes que eu deitasse na minha cama, olhei para a escrivaninha em minha frente.

Nem tinha lembrado de ler o caderno do Gui. Fui até onde ele estava. Liguei a luminária, me sentei e abri em uma folha aleatória.

E as coisas só melhoram. A Lissa está mudando, e para melhor. Ela ficou mais doce, mais sensível. Está mudando aos poucos e eu fico muito feliz de saber que eu sou o motivo dessa pequena mudança dela! O Henrique está se mostrando um ótimo amigo, quem sabe ele não virá a ser uns dos meus melhores amigos?! Só sei que tudo vai bem, se melhorar estraga. Mas melhor não abusar e não espalhar isso pro mundo. Felicidade sem platéia dura bem mais!

Até no caderno do Gui esse Henrique aparece?! Que homem é esse que o Gui nunca me falou ?

Odeio ficar curiosa. Se eu conhecer esse Henrique eu faço um interrogatório. Não duvidem.

Tenho medo de descobrir coisas nem tanto agradáveis sobre o Gui. Já que ele nunca me apresentou esse Henrique, deve ter me escondido mais coisas.

Fui me deitar com isso na cabeça.

Raiva, curiosidade e cansaço. Essas palavras me definem.

Antes que eu fechasse os olhos para dormir, meu celular tocou.

Isso é hora de me ligar? Quero dormir!

Deixei que fosse para a caixa postal. Mas seja lá quem me ligava, não desistiu.

Me ligou de novo e na terceira vez que tive que atender.

Era a Sabrina. O quê ela quer essa hora?

Atendi.

-Alô? - eu disse com voz de sono.

Só pra dramatiza.

-Já estava dormindo? - Sabrina perguntou.

-Não, mas estava quase - respondi.

-A essa hora?

-Eu comecei o trabalho hoje e quase morri de cansaço.

-Ah, bom.

-O que você quer a essa hora? - perguntei.

-Não queria falar agora, já que você está de mau-humor. Mas, quero te fazer um convite.

-Lá vem, vai fala.

-Topa ser minha modelo?

A Sabrina tem um blog de moda e outras coisas, principalmente sobre fotografia. A paixão da Bina,e tenho que admitir: ela leva jeito pra coisa.

Eu sempre ajudo ela. Dou idéia de pots e tal. Mas, ser modelo dela? Vestir roupa e ficar fazendo caras e bocas para uma câmera? Não é a minha praia.

-Eu modelo?

-Claro. Você é linda, super espontânea. Tudo a vê com o que eu preciso.

-Sei não. Eu acabei de voltar ao trabalho e logo já volto as aulas. Vai ser puxado. Não vai sobrar tempo.

-Ah, amiga. Tem os finais de semana. Pode ser esse!

-Não sei. Chama a Flavia. - sugeri.

-A Flavia do jeito que é travada não vai conseguir dar nem um sorriso olhando para a câmera. Diferente de você.

-Claro, até porque eu tenho muita experiência com isso. Tiro fotos para todas as marcas famosas, sou super espontânea. - eu disse irônica. - Só que não!

-Por favor! - a Bina implorou.

Eu não levo jeito para isso de fotos, mas eu não podia deixar minha amiga na mão.

-O que eu ganho com isso? - perguntei.

-Minha imensa gratidão.

-Quero dinheiro.

-Interesseira. Mas pago uma pizza para nós. Não vai se sempre que você vai ter que ser minha modelo, talvez só essa vez.

-Agora melhorou. Vou pensar e te dou uma resposta até o fim da semana.

-Tá bom, amiga. Mas pensa bem. Vai te abrir portas.

-Tá, tá. Tchau.

-Tchau.

Desliguei o celular e deitei. Agora mais essa, modelo? Eu?

Será? Aí, vou dormir. Quem sabe eu acorde boa e disposta a ajudar a Sabrina?!

Logo que fechei os olhos, adormeci.

Levantei cedo. O sol estava de rachar e comprovei isso ao sair de casa. Juro que se alguém fosse maluco o suficiente e se jogasse um ovo no asfalto, ele fritava.

O trabalho foi intenso. E semana que vem eu iria retomar ao meu curso de jornalismo.

Eu estava voltando para casa com o Lucas quando o perguntei sobre eu ser modelo:

-Lucas, você acha que levo jeito para ser modelo? - perguntei de repente.

O Lucas, não me respondeu. Apenas parou o carro, já que o sinal fechou e jogou a cabeça para trás, de um jeito tão bruto que pensei que o pescoço dele fosse quebrar.

E riu. O Lucas gargalhava,até chorou.

Fiquei só olhando o chilique passar.

-Deu? - perguntei quando a risada parou.

-Deu - ele disse e seguimos para casa.

-Sou tão feia assim que você chega a rir quando digo algo sobre ser modelo?!

-Você sabe que é linda. Mas achei engraçado imaginar você fazendo caras e bocas para uma câmera - ele se explicou.

-Também achei isso meio difícil de acontecer. Mas parece que você está prestes a ver sua irmã em um blog de moda.

-Eu não vejo blog de moda, só quando a Flavia vê algo assim perto se mim. Só. Mas por que isso tão de repente?

-A Sabrina tem um blog e precisa de alguém para ser modelo dela, também não entendi o porquê, mas ela me convidou. E aí? Aceito ou não ser modelo?

Sei que meu irmão não é a melhor pessoa para me dar conselhos sobre isso. Mas era a única pessoa que é completamente sincera comigo, em relação à tudo.

-Nunca esperei você como modelo. Mas acho que além de ser uma boa oportunidade para você, você vai provar coisas novas. Novas experiências. Vai ser bom e você é linda!

-Obrigada - agradeci.

Chegamos em casa e entramos conversando sobre esse assunto.

-Mas será mesmo? - perguntei de novo.

-Vai! Vai ser bom e você já ajuda sua amiga.

-Você e essa sua mania de me convencer das coisas - reclamei fazendo bico.

-Também te amo!

Meu irmão passou a braço pelo meu ombro e entramos em casa.

Entrei em casa e já senti o cheiro da comida da minha mãe.

Só guardei minhas coisas e já fui logo jantar.

-Cadê o pai? - perguntei ao perceber que ele não estava em casa.

-Teve que ir fazer umas coisas. - minha mãe respondeu.

Eu e o Lucas trocamos um olhar. Tanto eu como ele sabíamos que tinha algo estranho aí. E minha mãe sabia, mas não queria falar.

Minha língua e minha curiosidade foram maior que o silêncio que minha mãe fazia questão de fazer.

-Vocês estão escondendo alguma coisa, mãe? - perguntei.

Minha mãe olhou para mim como se quisesse, mas não pudesse dizer. Não por enquanto.

-Vocês quem? - ela se fez de desentendida.

-Você e o pai - respondi.

-Esconder o quê?

-Eu que pergunto.

-Nunca escondemos nada de vocês - minha mãe disse voltando a comer.

-Mas agora estão - o Lucas disse se metendo na conversa.

-Quando for a hora certa vocês vão saber.

-Ah,então tem coisa aí! - eu disse.

-Mas agora não é a hora de conversarmos sobre isso. É hora de lavar a louça.

Minha mãe se levantou, pegou os pratos e se sumiu dentro da cozinha.

Ela mal entrou na cozinha e o Lucas já se virou para mim.

-Alguma suspeita? - ele me perguntou curioso.

-Cheguei a pensar que eles podem se separar... - o Lucas não deixou eu concluir minha frase.

-Será? Eu acho que não. Eles andam bem e eles nos falariam qualquer coisas antes de tomar essa decisão.

-Você não deixou eu terminar - reclamei.

-Desculpa.

-Já descartei essa possibilidade. Pelos mesmo motivos que você acabou de listar. Sei lá o que estão escondendo da gente.

-O jeito é esperar, a mãe disse que logo vamos saber.

-Disse que na hora certa nós iremos saber. Agora vai saber quando que vai se essa "hora" - reclamei.

Me levantei e fui ajudar minha mãe com a louça.

Mas assim que fui pegar o restante da louça em cima da mesa, me veio uma idéia na cabeça.

Dirigi um olhar ao Lucas, um olhar que ele conhecia bem.

-O que você está tramando? - ele me pergunto.

-Preciso ir ao quarto deles - apontei para o quarto dos nossos pais.

-Pra que?

-Intuição de jornalista.

-Como você vai entrar lá?

-Indo pegar uma blusa para a mamãe - me fiz de inocente.

Sorri e fui para a cozinha, deixando o Lucas pensando no que eu faria para descobrir o que eles tanto escondiam da gente.

Eu curiosa, posso ser até contratada pelo FBI, descubro tudo. Ou pelo menos alguma coisa.

Levei as loucas para a cozinha, onde minha mãe estava lavando o resto.

"Sem querer " acabei sujando minha mãe com o molho de tomate.

-OPA! - eu disse.

-Melissa! - minha mãe disse.

O Lucas entrou na cozinha com o resto da louça e me dirigiu o nosso olhar. Ele tinha entendido o plano!

-Desculpa, mãe. Eu pego outra blusa para a senhora - me ofereci.

-Não precisa. Depois já arrumo pra lavar - minha mãe interveio.

Mãe, você não vai escapar. Pensei.

-Para de frescura. Eu pego.

Antes que minha mãe dissesse algo fui para o quarto dela e do meu pai.

Consegui ouvir minha mãe dizendo que não precisava e o Lucas tentando dizer pra ela focar na louça.

Minha mãe é lerda para perceber o plano. Até ela se ligar eu já tenho revirado o quarto todo.

Entrei no quarto dos meus pais e fui direto para uma gaveta do criado-mudo,ali era cheio de documentos e revirei o mais rápido que foi possível.

Até que achei uma certidão de nascimento. Não era minha e nem do Lucas. Quando fui ver o nome não deu. Estava apagado. Só pude perceber que o nome começava com a letra M e também percebi que tinha o meu sobrenome.

O nome do pai também estava apagado. E o da mãe era uma tal de Daniela Martins. Que merda!

Será que era de algum parente?!

Mas o que estaria fazendo uma certidão de nascimento enfiada nos documentos dos meus pais?!

Que estranho.

Eu não conseguia pensar direito.

-Melissa?! - minha mãe gritou da cozinha.

Me apressei e guardei tudo onde estava. Peguei qualquer blusa dela que achei e voltei para a cozinha.

-Ah, finalmente! - minha mãe disse.

-Era só desculpa para não ajudar com a louça - o Lucas disse.

Querendo ou não o Lucas me deu cobertura.

Minha mãe foi para o banheiro trocar de blusa e eu assumi a louça. O Lucas pegou um pano para secar e saber o que eu tinha achado.

-Achou alguma coisa? - ele perguntou.

-Uma certidão de nascimento - respondi.

-De quem? - ele perguntou surpreso.

-Não sei. O nome está apagado. Só dá de ver que é Soares. E começa com M. A mãe se chama Daniela Martins e o nome do pai não deu de ver.

-De quem será?

-É uma boa pergunta.

-Está pensando na mesma coisa que eu? - ele perguntou.

-Não. Não consigo pensar em nada que explique uma certidão de nascimento perdida nos documentos do nossos pais.

Nesse momento minha mãe saiu do banheiro e ficamos quietos. Minha mãe percebeu:

-Qual é o segredo? - ela perguntou ao pegar um pano e ir para a sala de estar.

-Você e o pai tem segredos, a gente também - retruquei.

Minha mãe saiu e foi arrumar a sala de estar. Terminei a louça e fui deitar.

-Boa noite, mãe - desejei.

-Boa noite - minha mãe me deu um beijo na bochecha e entrou no seu quarto depois de falar com o Lucas.

Entrei no meu quarto e deixei a porta aberta, sinal que o Lucas devia ir lá falar comigo.

Mal sentei na minha cama e o Lucas já entrou,fechou a porta atrás de si e se sentou na cama.

-No que você estava pensando? - perguntei.

-Eu acho que a gente pode ter mais um irmão - o Lucas disse.

Fiquei tentando ligar os pontos. Aquela conversa com o meu pai, a certidão de nascimento na gaveta deles e meu pai chegando tarde... é, faz sentido.

-Faz sentido.

-Pois é. O pai não teve uma conversa bem estranha contigo também?

-Sobre irmão e umas coisas loucas, que ele disse que era de um amigo? - Lucas assentiu. - Sim. Até achei estranho, mas não quis perguntar nada.

-Também não. Então, acho que fomos bem. Descobrimos antes que eles nos contassem - Lucas disse, rindo - Temos um irmão.

-Verdade. Mas o pai disse algo que se eu já tivesse conhecido ele e não me desse bem - comentei.

-isso ele não me disse.

-Será que eu conheço nosso irmão e não me dei bem com ele?

-Não sei. Pode ser, ou o pai disse isso só pra complicar mesmo.

Eu ri.

-Vou nessa. Boa noite - o Lucas me deu um beijo na testa.

-Boa noite.

O Lucas foi para o quarto dele e eu fiquei sozinha, pensando em tudo.

Um irmão, quem seria? Será que ele viria morar com a gente?

Ótimo, consegui mais perguntas sem respostas!

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