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Capítulo 31

Com um pouco de receio, xequei mais uma vez a minha roupa no espelho do meu quarto. A saia preta que eu usava estava curta de mais, tentei puxá-la, para ficar mais adequada, mas não adiantou e voltou ao seu lugar de antes. A blusa listrada que eu usava, mostrava meus ombros e eu estava me sentindo super vulgar, eu só queria tirar aquela roupa e por o meu pijama de ursinho.

A Sabrina que tinha me feito aquele convite horrivel de ir para a balada, aquelas pessoas se esfregando, cheirando a bebida e a cigarro, aquele som alto que não da ouvir nem nossos pensamentos. Eu odiava tudo aquilo, mas segundo a Sabrina era a melhor forma de espairecer a cabeça.
Eu não queria sair, mas ficar em casa, em uma sexta à noite, comendo sorvete de chocolate em baixo das cobertas, assistindo alguma comedia romântica na Netflix, não fazia o meu tipo, por mais que eu quisesse fazer aquilo em vez de sair.

Ouvi uma batida na porta, devia ser a Sabrina, peguei meu salto alto na mão e fui atender a porta. Minha mãe estava muito ocupada fazendo sobremessas com a Flavia para perceber como eu estava, os homens da casa estavam arrumando o quarto para a chegada da minha afilhada.

Abri a porta e logo na minha frente estava a Sabrina, dentro de um vestido preto, justo e até os joelhos.

-Desse jeito o Tomás vai ficar com ciumes - provoquei, enquanto ela entrava.

O Tomás tinha ido viajar e não iria fazer companhia para nós, mas a Bina o avisou e ele pediu para eu cuidar dela. Muito que a Bina iria fazer alguma grande loucura.

-E desse jeito você não vai conquistar ninguem.

-É essa a intenção - murmurei, mas ela não ouviu. - E o que tem de errado? Fiz tudo que você mandou.

Ela me mediu dos pés a cabeça.

-Primeiro, saltos são nos pés, não nas mãos - ela me repreendeu.

Ela tirou os sapatos das minhas mãos e os colocou no chão, esperando que eu os calcasse.

-Eu calço a hora que a gente for - expliquei.

Ela revirou os olhos, indo em direção a cozinha.

-Vai ligando o babyliss - ela mandou.

Eu nem sabia que coisa era aquela e pra que diabos servia, mas entrei no meu quarto do mesmo jeito.

Olhei minha cama, me chamando para deitar e afundar tudo o que eu sentia em uma panela de brigadeiro, mas a Melissa produzida que estava sendo refletida no espelho, me disse para ir me divertir, pelo menos assim o Guilherme não ficaria na minha cabeça.

Eu estava olhando para o teto, me perguntando se eu iria mesmo ou se ficava em casa, quando a Sabrina entrou no meu quarto.

-Cadê o babyliss ? - ela perguntou, olhando em volta do meu quarto.

-Eu nem sei o que é isso, nem tenho.

-Claro que tem, eu que te dei a uns dois anos, de presente de aniversario - a Sabrina lembrou. - Deve estar na sua gaveta baguncada.

Ela andou até o meu armário e abriu uma das gavetas, tinha tudo que você pudesse imaginar ali, filme emprestado, papel de bala,carregador de celular, se saisse dali um sapo, eu nem ficaria surpresa.

-Achei - a Sabrina gritou, com um aparelho em mãos, que parecia mais um cone de metal.

Ela veio em minha direção, me arrumou sentada na cama e ligou aquele coisa na tomada.

-Cadê seu batom ? - ela me perguntou.

Dei de ombros.

-Eu não vou passar.

A Bina me olhou com uma cara de quem não acreditava que tinha ouvido aquilo, como se eu tivesse dito que vi o coelhinho da pascoa vendendo bala no farol.

-Não acredito.

A Bina deu meia-volta e sentou atrás de mim, pegando uma mecha do meu cabelo e enrolando em volta do aparelho que ela tinha realmente me dado de presente.

-Sei que você quer beijar muito, mas ir sem passar batom é como trabalhar de graça: não adianta nada.

Revirei os olhos. Sempre odiei aquela frase da Bina.

-Essa sua frase está cansando meus ouvidos e não quero beijar boca nenhuma - reclamei.

Ela soltou a mecha que tinha pegado e enrolado no babyliss, revelando um cacho modelado e muito bonito.

-Está indo por que se não vai beijar ninguém? - ela perguntou pegando outra mecha do meu cabelo.

-Estou indo porque você esta me levando a força - falei.

-Sem drama, agora passa batom logo.

-Eu nem devo ter batom, talvez um, dois no máximo.

Ela pegou sua bolsa e jogou sobre o meu colo.

-Eu trouxe um reserva, pega aí.

Bufei e revirei a bolsa da Bina, em busca daquela coisa chamada batom, que eu detestava passar. Achei um tubo preto no meio das coisas da Bina, devia ser o famoso detestável batom, o peguei e abri.

Era um batom lindo, um vermelho fechado como a terra do nordeste, ficaria bem em tudo mundo, menos em mim.

-Você quer que eu passe isso ? - perguntei à Bina, apontando o tubo com metade do batom para fora.

-Bem esse, vai ficar lindo, passa logo.

Já tinha visto que ela iria me obrigar a passar de qualquer jeito, então passei de uma vez, quanto mais cedo a gente saísse, mais cedo voltaríamos de lá.

-Pronto - a Bina anunciou alguns minutos depois.

Me olhei no espelho, enquanto a Bina passava os dedos no meu cabelo, para deixar mais banguçado os meus cachos.

-Está linda. Agora vamos.

Até que eu estava bonita mesmo. Ela saiu da cama, já me puxando. Me levantei e calcei aqueles sapatos pretos, que me deixaram mais alta ainda.

-Vai conquistar o mundo - a Bina me elogiou.

Ela me puxou para fora do quarto e me levou para a cozinha, onde ainda estavam a minha mãe e a Flavia.

-Ela está linda, não está ? - a Bina perguntou.

-Divou, amiga - a Flavia me elogiou, parando de mexer a massa do bolo e me olhando.

-Está linda, Mel - minha mãe elogiou, abrindo a porta da geladeira.

Sorri, eu só queria ficar na minha cama, mas aquilo já não era mais uma opção.

-Volto logo - avisei, enquanto a Bina já me levando arrastada para a sala.

-Se cuide - minha mãe gritou.

-Pega todos, Meli - a Flavia gritou.

Balancei a cabeça e me preparei para, pelo menos tentar me divertir.

Joguei a minha bolsa sobre o ombro e desci as escadas com cuidado para não cair escadaria toda abaixo.

Durante o trajeto, a Bina vez questão de cantar todas as músicas que tocavam na rádio, e eu ao seu lado, permanecia sem nenhuma animação.

-Se solta - a Bina mandou.

Cantei uma ou duas músicas que tocaram, mas nem com a metade da animação que a Bina estava, meu pensamento estava lá do outro lado da cidade, com outra pessoa, era com quem eu queria realmente estar, mas eu já devia me saber que nem sempre as coisas acontecem como a gente quer.

Chegamos na boate e mesmo a alguns metrôs longe, a música eletrônica que tocava lá dentro podia ser ouvida.

A Bina segurou minha mão e me puxou para dentro daquela boate que cheirava a álcool e cigarro.

-Bora dançar, Meli - a Bina teve que gritar para eu poder a ouvir.

Mal tínhamos chegados e ela me puxou para a pista de dança e começou a dançar feito maluca, e olha que ela nem tinha bebido nada, dancei umas duas músicas meio sem vontade.

-Eu vou ir sentar - gritei para a Bina.

Ela segurou minha mão.

-Fica aqui comigo, tem uns gatos vindo aqui.

Olhei por cima do ombro da Bina e vi dois homens vindo em nossa direção, um era loiro, alto e tinha um copo de bebida em uma das mãos, o outro era moreno, da mesma altura que o outro e estava me olhando, com um sorriso nos lábios, especialmente para mim.

Droga, sai daqui, Melissa, pensei comigo mesma.

Olhei para a Bina e ela olhou para trás, ela sorriu ao ver os homens se aproximando de nós.

-Se comporte, nada de beber - gritei para ela, antes de largar sua mão e sair dali.

A Bina me olhou, me pedindo com o olhar para ficar ali, fiz que não com a cabeça e percebi que o sorriso do homem moreno começou a sumir conforme eu fui me afastando.

Me sentei em uma cadeira, com um dos braços apoiado no balcão que dividia a pista de dança do bar, eu já nem conseguia mais ver a Bina e os dois homens.

Eu só queria sair dali, aquilo não era lugar para mim, não no estado que eu estava: sendo rejeitada pelo homem que amava, só porque ele resolveu me dar um tempo que não pedi.

Em cada canto que se olhava, tinha pessoas dançando em uma roda de amigos, com copos nas mãos, cigarros, gritando ao ouvir sua música favorita ou com suas línguas na garganta de outras pessoas.

Aquele cheiro de bebida e cigarro já estava me embrulhado o estômago, fazia só uns quinze minutos que estavamos ali, mas parecia que já fazia horas que eu estava olhando aquelas pessoas se divertindo e eu lá, sozinha no balcão, sem vontade de dançar qualquer que fosse a música, beber qualquer que fosse a bebida que me oferesessse ou beijar quem quer quem que fosse que não fosse o Guilherme.

Eu estava olhando as pessoas, olhando que entravam, quem saia, quem dançava e quem caia. Eu estava olhando para a saída, onde um casal que saiu abraçados, cambaleando quase trombou com outro que entrava, vi o casal bebado pediu desculpar e sair, e ao levantar o olhar para ver quem era o casal que tinha chegado, eu quase cai da cadeira.

Era o Guilherme, ele ali em carne, ossos e com uma mulher loira empoleirada em seu ombro, cochichando alguma coisa em seu ouvido, que o fez sorrir. Meu coração pulou e meu sangue ferveu, eu já não queria mais sair dali, queria ver o que o Guilherme iria fazer com aquela mulher que tinha o cabelo de um tom de loiro, que dava muito bem de ser confundido com um macarrão sem tempero.

A mulher pegou na mão do Guilherme e o estava levando ele para a pista de dança, o Guilherme estava correndo os olhos pela as pessoas ali, eu queria saber se ele estava procurando alguem específico ou só estava olhando as pessoas mesmo.

Antes que os olhos dele encontrasse os meus o vingiando, me virei para o bar, onde tinha um garçom que limpava um copo grande com um pano.

-Deseja alguma coisa ? - ele me perguntou.

Hesitei um pouco, pensando se bebia alguma coisa ou não.

Eu até poderia sair daquela cadeira e ir procurar aquele moreno lindo que me deu trela, só para esfregar na cara do Guilherme que eu tambem tinha alguém comigo, que eu tambem estava ali me divertindo, por mais que fosse mentira. Mas eu não conseguiria fazer aquilo, eu não seria tão baixa de fazer aquilo.

Eu vi que se ele podia se divertir, eu tambem podia, mas eu não iria conseguir isso, não sozinha.

-Me de a bebida mais forte que você tiver aí - respondi ao garçom.

Ele sorriu e se virou para trazer meu pedido, eu nunca bebia, mas a ocasião pedia por aquilo.

Ele voltou com um copo com algum liquido escuro dentro, eu não fazia a mínima ideia do que era aquilo, mas agradeci e paguei.

Cherei aquela bebiba e um cheiro muito forte de álcool chegou até minhas narinas, respirei fundo e virei o copo goela abaixo, o liquido desceu queimando pela minha garganta, mas no fim o gosto não era tão ruim.

O garçom que tinha me servido, manteve o olhar em mim e até riu da careta que fiz quando senti a bebiba queimando por dentro.

-Você pediu a mais forte - ele deu de ombros, rindo.

Coloquei o copo sobre o balcão.

-Manda mais uma - pedi.

Agi igual aqueles bebados que ficam o dia todo no bar, bebendo e bebendo, mas o garçom nem ligou, já devia estar acostumado com gente daquele tipo.

-Cuidado, você pode ficar bebada bem rapidinho com isso - ele respondeu.

Dei de ombros, não era o que eu queria, mas eu queria era ter coragem de sair daquela cadeira e poder realmente me divertir, e a bebida podia me ajudar a ficar mais solta e achar essa coragem que eu tanto queria encontrar.

O garçom colocou outro copo cheio daquela bebiba na minha frente, paguei e nem fiz careta quando a bebida desceu queimando novamente pela minha garganta.

Arrisquei olhar para trás de mim, mas me arrependi quando vi o Guilherme dançando, com aquela mulher presa no seu pescoço.

Quando eu estava prestes a pedir outra bebida daquela, que por sinal já estava me deixando um pouco tonta, vi o homem moreno, de minutos atrás, vindo em minha direção.

Ele tinha um sorriso no seu rosto que tinha uma certa confiança que iria conseguir me tirar daquela cadeira, até poderia tirar, mas não na situação que ele queria.

Corri os olhos pelo salão, procurando um lugar para me refugiar daquele homem. A saída de emergência não seria uma boa ideia, nem ir por onde entrei, eu já estava quase preparada para sair correndo e sair daquele lugar, quando vi a porta do banheiro feminino. Lá ele não poderia entrar.

Pulei da cadeira e praticamente sai correndo em direção ao banheiro, não ousei olhar para trás, mas sentia que ele estava atrás de mim, acelerei o passo e quando vi eu já estava a poucos passos de entrar no banheiro. Abri a porta do banheiro com tudo e me joguei lá dentro.

Me encostei na porta, impedindo qualquer pessoa de entrar ou sair daquele banheiro, que assim como o resto da balada, tinha cheiro de bebida e cigarro.

A banheiro estava vazio, não havia nada além de uma maluca fugindo de um homem que queria conversar com ela. Me afastei da porta aos poucos e arrisquei ver como eu estava, olhei no espelho e eu não estava tão diferente de como tinha saído de casa, só um pouco descabelada e com a roupa levemente amassada, o estado de quase como todo mundo ali presente.

Eu me perguntava o que eu fazia ali. Não achei uma resposta que respondesse com sinceridade a minha pergunta.

Ao olhar para o chão, notei que ali tinha, em um copo, uma bebida rosada, devia ser batida de vinho ou algo do tipo. Peguei a bebida na mão e cheirei. Alguém devia ter misturado todas as bebidas possíveis dentro daquele copo, levei o copo até a boca e tomei um gole, eu não devia ficar tomando coisas em banheiros, podia ser veneno ou sei lá o que, mas pra quem já estava bêbada, beber mais um pouco não fazia muita diferença.

O gosto daquela batida não era tão ruim, entrei em uma das cabines e me sentei sobre o vaso sanitário, bebendo o que eu tinha na mão.

-Por que eu não fui falar com o Guilherme? Não podia ter deixado aquela mulher se aproximar dele. Eu perdi a chance - reclamei para a porta fechada na minha frente.

Observei os nomes de algumas pessoas ali naquela porta, frases, desenhos e algumas palavras aleatórias, nada que fosse fora do comum quando se está bêbado.

Continuei bebendo, reclamando para as paredes daquele banheiro, enquanto eu rebolava ao som da música alta, sentava sobre o vaso sanitário daquela cabine do banheiro.

Quando tocava uma música de corno ou de triste, eu cantava com todas as minhas forças e só parava quando alguém entrava no banheiro.

Quando eu estava pronta para cantar a próxima música que viria, ouvi uma voz familiar do lado de fora do banheiro.

-Melissa? Cadê você? - alguém estava procurando uma tal de Melissa.

Eu perguntei pra mim mesma qual era a chance de ser eu quem estavam procurando.

A voz ficou mais alta e notei que esse alguém entrou no banheiro, ergui os pés para não notarem que eu estava ali escondida, não queria que me levasse para dançar ou ficar com alguém, eu prefiria ficar quieta no meu canto, com meu copo de bebida desconhecida.

-Melissa? - a voz aumentou.

A minha cabeça começou a doer e de repente, senti uma tontura, que não deu sinal que iria passar, fiquei vendo tudo ao meu redor dançar.

-Melissa - a voz chamou.

Eu não estava bem, eu já queria sair dali, eu estava bipolar, bêbada... Tudo, menos bem para poder caminhar sozinha.

-Aqui, eu estou aqui - gritei.

Ouvi passos e logo a porta de onde eu estava, foi aberta e a Bina estava na minha frente.

-Achei você - ela comemorou.

-Me tira daqui - pedi.

O rosto dela se tornou uma expressão de aflição e ela se ajoelhou perto de mim.

-O que aconteceu? Você está bem? - ela perguntou.

Tentei achar as palavras dentro da minha cabeça. Eu nunca tinha sido de beber, e foi só beber um pouco que eu já estava tonta, falando enrolado e querendo vomitar.

-Eu estou bêbada, acho que estou aqui faz dias. Me tira daqui - expliquei, fazendo uma gestos malucos com as mãos.

-Ah, meu Deus! Vem, vamos sair daqui.

A Bina se aproximou de mim, me obriguei a levantar e ela passou seu braço em volta do meu ombro, me protegendo.

Ela viu aquela bebida na minha mão.

-O que é isso? - ela perguntou, enquanto saímos daquele banheiro.

-Achei aí num canto - contei.

Ela balançou a cabeça e pegou o copo da minha mão, o jogando na primeira lata de lixo que encontramos. Não reclamei, ela estava certa de tirar aquilo de mim.

Passamos pelo homem moreno que eu tinha fugido, ela sussurrou alguma coisa para ele, mas não pude entender, eu estava muito preocupada em ver o mundo rodar ao meu redor. O homem moreno assentiu com a cabeça o que a Bina falou e ela me levou para fora.

No meio do caminho, fui obrigada a tirar meus sapatos e levá-los na mão, eu já não aguentava mais ficar em cima daquilo e ainda por cima, bêbada.

Ao cruzarmos a porta que tínhamos entrados a umas horas atrás, eu me arrependi de não ter ficado naquele banheiro para sempre.

Pensei que era coisa da minha cabeça, culpa da bebida, mas eu ainda reconheceria o Guilherme mesmo a dezenas de metrôs longe de mim ou mesmo estando caindo de bêbada. Era ele, bem na nossa frente, na calçada, apoiado em um carro preto, abraçando aquela mulher loira que estava em seu pescoço a minutos atrás.

-É o Guilherme ali? - perguntei para a Bina.

Ela olhou para a mesma direção onde eu tinha o olhar fixo.

-Coisa da sua cabeça - ela murmurou, me empurrando para caminho do carro dela.

Olhei para trás e vi que o Guilherme viu que era eu quem estava saindo com ajuda da balada e que eu tinha visto aquilo. Ele soltou a loira imediatamente, mas já não adiantava. Eu já tinha visto.

-É ele, com toda a certeza que tenho nesse coração - falei, apontando para o meu peito.

Parei de andar e a Bina me puxou, tentando me fazer andar de novo.

-Melissa, você está bem? Odeio dizer isso, mas não era o que você estava pensando - o Guilherme despejou tudo conforme ia se aproximando.

Me virei para ele, ainda abraçada com a Bina. Por cima do ombro dele, vi a mulher loira fazer uma cara feia.

-É por isso essa porra de tempo? Você está com outra? Podia ter sido honesto comigo e ter falado tudo desde o início - gritei.

-Não, eu pedi um tempo para arrumamos tudo em ordem...

-E o jeito que você achou de fazer isso, foi saindo com outra? - gritei.

O Guilherme não queria mais me responder.

-Você está de cabeça quente, melhor a gente conversar depois - ele sugeriu, já se afastando.

Ele não iria nem me ajudar?

Eu já iria gritar mais algumas verdades para o Guilherme, mas uma vontade de vomitar surgiu e senti tudo querer voltar.

-B-bina, eu vou...

Não pude terminar a frase, pois o Guilherme se aproximou de nós novamente e a vontade de vomitar cresceu dentro de mim, olhei para o Guilherme, que me olhava com uma cara de preocupado e só deu tempo de à Bina segurar o meu cabelo e eu vomitar tudo ali, na frente da balada, logo na frente do Guilherme.

Eu queria vomitar tudo o que eu sentia pelo Guilherme, todo o amor que eu estava dando de bandeja e ele nem aí, mas a única coisa que vomitei foi todas aquelas bebidas que eu tinha ingerido desde que cheguei naquela balada.

O gosto de bebida ainda estava na minha boca, assim como um cheiro de algo pobre.

-Ah, você está bem, Meli? Quer ajuda? - o Guilherme perguntou, quando eu botei tudo para fora.

A Bina soltou meu cabelo e eu fiquei ereta, limpando minha boca com as costas da mão.

-Vai lá com a sua amiga, você não se importa mesmo. Vai - gritei, apontando para a loira que observava tudo.

O Guilherme olhou para trás, mas logo virou para me olhar de novo.

-Meli - ele estendeu o braço para me tocar, mas antes que ele fizesse isso, eu me abracei, dando um passo para trás.

-Sai, fica longe de mim - gritei.

-Melhor deixar ela, Gui - a Bina aconselhou.

Ele assentiu.

-Me tira daqui, por favor, Bina - pedi.

-Se cuida, Meli - o Guilherme disse.

Fingi que não ouvi. As lágrimas queriam rolar, mas segurei todas elas enquanto ainda estava na frente do Guilherme, a Bina passou o braço em volta de mim e me guiou para longe daquilo.

Para longe daquele barulho, daquele cheiro de cigarro, longe da balada e principalmente, longe do Guilherme, a pessoa que eu sentia que mais deveria me manter longe.

***
O que acham que vai rolar? Quem será essa mulher que estava com o nosso Guilherme? A Meli vai ficar bem?

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