Capítulo 10
Eu só conseguia pensar que eu tinha um irmão. Irmão esse que eu não conhecia, mas que aparentemente eu conhecia e não me dava bem.
Eu estou quebrando a cabeça e não faço a mínima idéia de quem possa ser.
Pelo meio da semana liguei para a Sabrina, ela pediu uma resposta sobre eu ser a modelo dela e eu já tinha essa resposta.
Depois que terminei meu trabalho, visitei o Gui, e voltei para casa, me sentei na cama olhando pro teto e peguei meu celular para fazer a ligação.
-Oi, amiga. Pensou no que te falei? - a Sabrina se apressou a dizer.
-Calma. Pensei, sim.
-E aí? Por favor, diz que aceitou.
Eu pensei mais um pouco. A Sabrina precisava de alguém e já que ela me chamou eu não podia negar, acabei aceitando essa idéia maluca de ser modelo por um dia.
-Tá, eu vou ser sua modelo. Apenas essa vez - avisei.
Ouvi gritos de alegria vindo da Sabrina. Acho que fiz bem.
-Aí, amiga. Obrigado,você está me quebrando um galhão e vai ter a pizza sim.
-Ebaa! - comemorei.
-Agora vá dormir, até sábado preciso da minha modelo descansada e linda.
-Tá bom. Boa noite.
-Boa noite e obrigado.
-Amiga é pra isso, até pra servir de modelo - eu disse, rindo.
Desliguei o celular e minha mãe entrou no meu quarto, com uma pilha de roupas, lavadas e passadas.
-Quem vai ser modelo de quem? - minha mãe perguntou ao guardar minhas roupas.
-Eu - respondi.
Minha mãe teve a mesma reação que a do Lucas: riu. Riu até mais que ele.
Minha mãe gargalhou mesmo!
-Outro - murmurei enquanto minha mãe ria.
Minha mãe sossegou e sentou na beirada da cama.
-Por que o espanto? - perguntei.
-Desculpa, filha. É que você nunca se interessou por algo assim.
-É só para ajudar a Sabrina - expliquei.
-A Sabrina? - minha mãe perguntou, meio abismada por a Sabrina precisar desse tipo de ajuda.
-Ela tem o blog de moda e precisa de alguém para ser a modelo dela - expliquei.
-Ela não tinha uma? - minha perguntou tentando se recordar.
-Tinha, mas parece que ela ficou doente e a única substituta que ela achou foi eu.
-Hum. Mas você vai se sair bem, filha. Vai que você gosta desse ramo de modelagem.
Ri com o que a minha mãe disse. É mais fácil o Lucas aprender a passar roupa, do que eu me interessar e ser modelo definitiva.
O jornalismo me escolheu, e não vou soltá-lo por nada!
-Não, mãe - eu disse. - O jornalismo é bem mais a minha praia.
-É. Não vejo você em outra profissão sem ser essa.
Sorri. Minha mãe se levantou me deu um beijo na testa e saiu.
Eu estava tão cansada que só deitei e dormi.
Eu estava no quarto do Gui, só o observando. Quando de repente ele apertou minha mão, que estava entrelaçada com a dele.
Levantei de um salto e quando vi seus olhos me olhavam com um brilho, pareciam duas estrelas ao em vez de ser seus olhos ali a me olhar.
Abracei o Gui e quase quebrei uma costela dele. E de repente nós estávamos andando em uma rua, de mãos dadas,quando do nada um buraco se abriu no chão.
Quase cai dentro da cratera que se abriu em nossa frente, só não cai porque o Gui me segurou com seus braços. Sempre me salvando.
Uma sombra saiu de lá e começou a puxar o Gui. Eu tentei segurar ele pela mão, mas foi tudo em vão, eu gritava e com todas as forças tentava puxar o Gui de volta.
Mas aí ele soltou minha mão e se sumiu no buraco que tinha se aberto. O buraco se fechou eu fiquei sem saber o que fazer.
Me sentei no chão, levei minhas pernas e abracei elas contra meu peito. Igual uma criança que perde um brinquedo. Fiquei lá jogada, chorando aos prantos!
Acordei com uma pessoa do meu lado e me chamando.
Me sentei em um pulo e quando vi era o Lucas do meu lado.
-Lucas! - eu disse aliviada.
O Lucas abriu os braços ao ver que eu estava mal e eu me joguei neles.
-Foi só um pesadelo - ele disse passando a mão na minha cabeça.
-Foi horrível, Lucas - chorei abraçada ao meu irmão.
O Lucas me deu o copo d'água que tinha nas mãos e eu bebi.
-Como você sabia que eu estava tendo um pesadelo? - perguntei ao terminar de tomar a água.
-Telepatia.
-Conta outra.
Não era uma boa hora para brincar.
-Brincadeira, eu vim tomar uma água. Aí ouvi você gritando e vim ver o que estava acontecendo - ele explicou.
-O quê eu gritava exatamente?
-Gritava: Gui, não, não. Não me deixe de novo, Gui!
-Nossa!
-E quando vim ver você estava se batendo. Te chamei e você acordou.
Que coisa maluca!
-Com o que você sonhou? - o Lucas me perguntou.
-Sonhei que o Gui estava bem, mas que de repente a gente estava andando e o chão se abriu, bem na nossa frente. O Gui foi puxado por algo ou por alguém, eu tentava puxar ele, mas não consegui - lamentei.
-Foi só um sonho - meu irmão me consolou e me abraçou de novo.
Às vezes sinto que um abraço pode unir todos os pedaços quebrados dentro de mim. E isso de fato acontece, mas só na hora, depois passa e tudo se desuni dentro de mim novamente.
-Está bem? - Lucas me perguntou.
-Sim. Pode ir dormir, obrigado - assegurei meu irmão.
O Lucas só saiu quando teve certeza que eu estava bem. Esse irmão sim, não pedi à Deus, mas foi melhor que a encomenda.
Me deitei e demorei para conseguir dormir, medo de sonhar tudo de novo, mas o sono foi mais forte que eu.
A sexta-feira chegou e depois do trabalho só cheguei em casa e fui para o banho.
No sábado à tarde comecei a me preparar. É hoje que vou ser modelo da Sabrina.
Dai-me forças, universo. Pensei ao me arrumar.
Eu precisava estar no mínimo apresentável para a sessão de fotos da Sabrina. Já que eu iria ajudar ela, tinha que ajudar direito.
As três horas a Sabrina me ligou.
-Está pronta? - ela me perguntou do outro lado da linha.
-Sim - confirmei.
-Não passou muita maquiagem, né? Hoje eu que vou te produzir.
-Até parece que você não me conhece. Eu uso o básico, do básico de maquiagem. E hoje não passei nada - garanti.
-Menos mau - Sabrina suspirou aliviada. - Já estou passando aí.
-Tá bom.
Desliguei o celular e fui para sala. Lá estava minha mãe arrumando a casa, o Lucas falando com a Flavia no celular e meu pai vendo uns documentos na mesa.
-Estou indo - avisei.
-Indo aonde? - meu pai perguntou, sem tirar os olhos dos documentos.
-Ser modelo da Sabrina.
-Nossa, que admiração. A Melissa sendo modelo - meu pai me olhou admirado.
-Pois é. Mas só por hoje - previni.
Ouvi uma buzina lá fora e deduzi que era a Sabrina. Chegou rápido demais.
-Fui.
-Se cuide e boas fotos - minha mãe gritou da cozinha.
-Obrigado, mãe - gritei de volta.
-Boa sorte, filha - meu pai disse, sem me olhar.
-Vou precisar - brinquei.
O Lucas largou o celular e se virou pra mim:
-Quer que eu vá te buscar depois ? - ele me perguntou.
-Quero. Te aviso quando terminar!
-O.k
Sai e assim que olhei aonde eu esperava o carro da Sabrina me esperando, me deparei com uma van.
Não creio que a Sabrina alugou uma van, mas isso se confirmou quando a minha amiga louca desceu da van e foi me buscar na calçada, já que eu estava lá parada, olhando para a van.
-Vamos? - ela me perguntou.
-De van? - perguntei de volta.
-É, aonde pretendia trocar de roupa? - ela me olhou.
-Sei lá, menos em uma van - confessei.
-Mas agora vamos, vem.
Antes que eu pudesse falar mais um A, a Sabrina me puxou pelo braço e me enfiou naquela van.
Ela entrou do outro lado e fomos, seja lá pra onde iremos fazer essa coisa maluca que eu aceitei participar.
-Aonde vamos? - perguntei.
-Achar um lugar para fotografar - a Sabrina respondeu.
Olhei para atrás da van e me deparei com várias roupas, acessórios e coisas de maquiagem, tudo espalhado pelos bancos.
-Aonde conseguiu essa van? - perguntei,a essa altura já tinha desisto de tentar descobrir.
-Com um amigo.
Não puxei mais assunto, só recebia poucas palavras como resposta, então prefiri não perguntar mais nada.
De repente a Sabrina parou a van. Olhei ao redor e estávamos em um parque. Tinha umas pessoas no fundo, brincando e tomando sorvete.
Tinha uns bancos e árvores por todo o parque. E um muro meio pixado, tinha certeza que a Sabrina iria adorar aquele muro.
-Vai ser aqui - ela anunciou.
-Tá bom - respondi, meio com medo do que iria acontecer ali.
Descemos da van e a Sabrina abriu a porta, fez eu entrar e fechou a porta.
Eu usava bem básico mesmo de maquiagem, e quando a Bina me deu o espelho, para eu ver o resultado final da maquiagem que ela fez, realmente fiquei surpresa com o que vi.
Ao ver minha cara de surpresa a Bina se apressou a dizer:
-Que foi? Ficou forte? Não gostou? Eu tiro - ela disparou perguntas.
-Não - suspirei - Não parece eu. Você leva jeito - elogiei.
Meu olho estava esfumado, com uma cor clara. Um rosa com um preto, minha pele perfeita e minha boca estava com um batom coral.
Me surpreendi com a rapidez que a Bina fez aquela arte no meu rosto.
-Troca de roupa, rápido - ela me ordenou.
A Bina me entregou uma pilha de roupa e saiu da van fechando a porta, esperando eu me vestir.
Vesti o primeiro look, se é que se chama assim. Eu não sou ligada na moda, não mesmo. Foi até difícil conseguir trocar de roupa naquele cúbico, mas consegui e quando desci da van o queixo da Bina foi parar no chão.
-Estou tão feia assim? - perguntei.
-Muito pelo contrário, está linda - ela me garantiu.
É, regata, short rasgado, tênis branco e blusa xadrez amarrada na cintura, até que caíram bem em mim.
Queria que o Gui estive aqui comigo, eu ficaria bem menos nervosa e seria mais fácil sorrir para a câmera. Pois tenho certeza que ele ficaria fazendo careta pra me fazer sorrir, de um jeito que ficasse bem na foto.
-Vamos começar - Bina disse.
Quando vi eu já estava perto de uma árvore, fazendo cara de quem era muito feliz, só que não.
Tentei dar o meu melhor, mas tenho certeza que na foto eu devia estar com um sorriso falso e meu corpo devia estar bem parado.
-Se mexe, amiga, se solte! - a Sabrina pediu.
Tentei, mas não rolou.
-Amiga, se solte - era a décima vez que a Sabrina me dizia isso.
-Fica meio difícil com tudo mundo olhando. Eu não levo jeito, eu avisei - reclamei baixando a cabeça.
A Sabrina se apressou e foi correndo aonde eu estava. Ergueu minha cabeça e fez eu olhar para ela.
-A gente não veio aqui em vão. Você vai arrasar!
Dei um sorriso triste, enquanto a Sabrina voltava para seu posto com a câmera na mão.
Eu tentava me soltar, mas só de eu imaginar várias pessoas me vendo em um blog de moda, eu já travava.
A timidez que nunca foi minha amiga, resolveu fazer uma visita.
-Pensa no Gui - sugeriu a Bina.
-Quer que eu chore?
-Não, pois tenho certeza que vocês passaram momentos lindos, que se você puxar na memória vai fazer soltar um sorriso lindo.
A Bina estava certa. Só foi eu me lembrar de alguns momentos especiais que dei um sorriso de orelha a orelha.
Também imaginei com seria se o Gui estive aqui. Com certeza ele estaria igual um polvo do lado da Bina, tentando mostrar sem usar as palavras, para eu me soltar.
E só de imaginar já sorri. E a timidez saiu tão rápida como um piscar de olhos.
-Isso, amiga - Bina comemorou. - Agora encosta na árvore e olha pro céu, como se você estivesse muito distante em pensamentos.
Não foi difícil fazer o que a Bina pediu, eu já estava perdida eu pensamentos.
-Mão no cabelo, olhando pra cá - Bina ordenou.
Olhei para a câmera e joguei o cabelo para trás.
-Olha seria - Bina pediu.
Olhei com a mesma cara que faço para o Lucas, quando ele me diz algo desinteressante, o que na maioria das vezes acontece.
-Vamos trocar de roupa - Bina disse.
Fui até a van e vesti um vestido floral com um salto preto. O cenário também mudou.
-Amiga, olha que muro lindo pra fotografar - Bina gritou enquanto procurávamos um lugar para continuarmos o trabalho.
-Sabia que você iria achar lindo - comentei.
-Vai dizer que não é?
-É lindo mesmo - concordei.
Deixamos o papo de lado e fomos fotografar naquele muro.
A Bina nem precisou dizer mais nada, eu já estava solta e era só usar a imaginação ou a memória, que eu soltava um sorriso enorme e sincero.
-Tá linda - a Bia me elogiava entre um clique e outro.
Eu sorria cada vez mais e podia notar o sorriso que a Sabrina soltava por trás da câmera.
Perdi as contas de quantas fotos tiremos e de quantas roupas e acessórios eu troquei. Nem em dez dias eu iria vestir tanta roupa como vesti hoje.
No final da tarde, eu já não aguentava mais. Eu não tinha noção que só fazer caras e bocas para uma câmera, deixasse a gente tão cansada.
-Deu, Bina? Estou exausta! - reclamei.
-Só mais umas. Pode sentar no chão.
Sentei no chão, entre as folhas e flores, e tiremos mais umas fotos.
-Acho que tenho o suficiente para a semana - Bina disse analisando as fotos.
Ergui os braços para cima de alívio.
-Finalmente - comemorei.
Fomos para a van e antes que eu pudesse entrar na van para tirar aquela maquiagem e aquela roupa, um carro estacionou e o Lucas saiu de dentro dele.
-Minha modelo está liberada? - ele perguntou se aproximando.
Voei para os braços dele, que me abraçou forte. Um abraço era como um posto de gasolina para mim: me abastecia, mas de energias boas.
-Me salvou, a Bina quase me matou - reclamei.
Me soltei do abraço e o Lucas ficou me encarando.
-O que você fez com a minha irmã? - o Lucas perguntou assustado, mas ele só estava brincando.
-Estou feia? - perguntei.
-Tá linda de mais - o Lucas fez eu dar uma voltinha para mostrar melhor o look.
-Só um pouco de produção ajuda, a modelo já é linda - a Sabrina disse, piscando para mim.
-Obrigada - agradeci.
-Aposto que o Gui acorda e vem correndo, só para não deixar os marmanjos te ver linda assim - Lucas disse, rindo.
-Mas já que o Gui está ausente - suspirei. - Serve você, irmão mala.
-Chamo ela de linda e ela me xinga, ótima irmã - Lucas brincou.
-Não se acostumou?!
-Pior que já - ele disse. - Será que podemos ir?
-Nós vamos comer pizza - a Bina respondeu por mim.
-E nem me convidam? Vai ir trocar de roupa, Meli, vou junto - o Lucas disse.
-Chama a Fla também - sugeri entrando na van. - E chama o Tomás também - eu disse para a Bina antes de fechar a porta.
Vesti a roupa que eu estava antes e deixei a maquiagem,fiquei com pena de tirar aquela maquiagem linda.
Sai da van e recebi um olhar triste da Bina.
-Preferia a outra versão da Meli - ela fez bico.
-Essa é mais confortável - retruquei, rindo.
A Bina sorriu.
-Então, vamos? Tanta foto me deu fome - reclamei.
-Pra já - Lucas se adiantou. - Vai comigo ou com a Bina?
-Vou com a Bina, já passe pegar a Fla, daí não fico de vela e vocês podem namorar em paz - avisei, rindo.
-Ótima escolha, pois era essa a minha idéia - o Lucas disse rindo.
Meu irmão me deu um beijo na bochecha e entrou no carro, saindo tão rápido quanto chegou.
-Vamos? - perguntei para a Bina.
-Bora.
Subimos na van e seguimos para a pizzaria.
-As fotos ficaram ótimas, obrigada - a Bina disse de repente.
-Não foi nada. Até foi bom - comentei.
-Já que gostou tanto, bem que poderia ser minha modelo definitiva. Além de linda, eu ficaria no lucro, você me cobra uma pizza a outra leva tudo meu dinheiro - a Bina reclamou e não pude segurar a risada, ela também não.
-Se for sempre, o preço sobe - avisei.
-A coisa está feia pro meu lado - Bina reclamou e rimos.
Fomos conversando sobre esse dia, até chegarmos na pizzaria.
Como o esperado o Lucas ainda não tinha chegado. Devia estar lá no carro se pegando com a Fla. Eu disse que esse casal iria dar certo.
Sentamos em uma mesa, pedimos a pizza e esperamos os pombinhos aparecem.
Não demorou muito, logo o Lucas entrou de mãos das com a Flavia e o Tomás vinha logo atrás.
Cumprimentei a Flavia e o Tomás. Eles se sentaram e eu fiquei de vela, duplamente.
Os meninos conversavam entre si e eu e as meninas conversávamos também.
-Como foi o ensaio? - a Flavia me perguntou.
-Foi bem - respondi. - Nunca imaginei que seria tão legal e tão cansativo ficar tirando fotos.
A Flavia e a Sabrina riram. A Flavia soltou um suspiro e se dirigiu a mim:
-Como está o Gui? Algum sinal de melhora? - ela perguntou.
-Não - suspirei. - Tudo na mesma.
A Flavia pois a mão no meu ombro e dei um sorriso triste a ela, que retribiu.
A noite foi bem agitada, comemos muita pizza, rimos horrores e se divertimos muito.
A Flavia conversava com a Sabrina um papo animado sobre moda, o Lucas e o Tomás conversavam sobre futebol e eu fiquei sozinha com meus pensamentos.
O Gui poderia estar comigo, eu não estaria mal assim, e nem de vela.
Eu saberia que teria alguém para poder ficar de mãos dadas,alguém que ficaria do meu lado, ou que poderia me tirar de um assunto chato e ficar conversando comigo, como se não existissem mais ninguém. Mas isso não aconteceria, o Guilherme não estava ali comigo.
O que eu mais queria era pedir pro Lucas para a gente ir logo para casa, mas todos estavam se divertindo e percebi que eles estavam felizes por eu sair um pouco de casa.
Não me diverti muito, acho que não seria justo eu aqui me divertindo, enquanto o meu namorado estava lá em uma cama de hospital, sobrevivendo com ajuda de aparelhos.
Que tipo de namorada eu seria se estivesse me divertido e esquece ele completamente?! Seria uma pessoa que não valeria a pena manter um relacionamento.
Sei que minha história de amor com o Gui está longe de ser um conto de fadas perfeito, mas mesmo assim prefiro o nosso conto de fadas imperfeito.
É nossa obrigação seguir em frente, seja lá qual seja a direção, seja por um caminho torto ou um caminho cheio de buracos e pedras.
Precisamos seguir em frente e recolher cada pedra no nosso caminho, no fim da sua estrada você percebe que foram aquelas pedrinhas, que te ajudaram a chegar até ali.
Mesmo sem ter o Gui para me ajudar a seguir em frente, eu sei que precisava fazer isso.
***
Além de eu fazer um rolo danado, eu atrasei o capítulo, mas tá aí.
Desculpa se tem muito erro, ainda não peguei o jeito da coisa.
Sei que é chato ficar pedindo votos, mas se você que está lendo (se tem alguém que acompanha essa minha história) se está gostando, vote, deixe seu comentário, eu adoraria saber o que você está achando da Melissa e de tudo mundo envolvido na história dela.
beijos. 😘
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