Severo vasculhou a mente da amiga, com sua permissão, em busca de alguma coisa, mas não encontrou nada. Ela estava falando a verdade.

– Não consigo acreditar que tratei vocês tão rudemente – Minerva disse, após eles contarem tudo o que aconteceu durante esses três meses, incluindo o tempo em que ela ficou em coma.

– Você estava com um humor ala Snape – Ariana comentou tranquilamente e levou o garfo até a boca com um pedaço de carne, ela recebeu um olhar sério de seu pai e alguns risos dos outros.

– E vocês ainda não sabem o que deu em mim? – McGonagall continuou, ainda digerindo as informações que lhe foram dadas.

– Não. Seus exames mostravam que você estava em perfeita saúde – Papoula disse, se levantando para colocar o prato de sopa vazio sobre a mesinha.

– E nenhum feitiço que fiz mostrou algo fora do comum – Flitwick disse.

– E nenhuma poção mostrou resultado diferente – Snape disse, ele mal tocava na comida.

– Minerva, Snape tentou entrar em sua mente, quando estava inconsciente, mas você mantinha as barreiras de sua oclumência levantadas e afiadas, ferindo qualquer um que tentasse entrar. Eu creio que você estava tentando manter alguém de fora da sua mente – Comentou Ariana preocupada.

– Seja o que foi que deu em mim, ou se sua teoria estiver certa e eu estava tentando manter alguém longe de minha mente, devemos descobrir quem – Minerva disse em um tom sério.

– Nós vamos – Severo falou.

– Vim assim que soube. McGonagall, você está bem? – Maitê perguntou se aproximando da cama da mais velha, ela estava ofegante.

– Devia saber, estava aqui quando eu acordei.

– Como? – A professora LeBlanc perguntou surpresa.

– Você que nos avisou, pediu para que um aluno nos encontrasse – Explicou Ariana, deixando de lado o seu prato de comida na metade, já estava frio mesmo.

Eles conversaram mais do que comeram. Somente Minerva comeu toda a sua sopa, pois Papoula garantiu isso.

– Exatamente – Concordou Filius.

– Do que estão falando? O boato de que Minerva havia acordado se espalhou pelo grande salão, assim que eu soube vim para cá – May explicou intrigada.

– Não estava aqui então? – Ariana perguntou tentando manter a calma.

– Não.

– Onde estava pouco antes do almoço? – Severo perguntou, se pronunciando pela primeira vez desde que ela chegou.

– Em minha sala de aula.

– Alguém pode comprovar isso? – Ele levantou e se aproximou dela, a olhando dentro dos olhos.

– Sim, a professora Trelawney. Estávamos conversando.

Snape respirou aliviado, mas logo enrijeceu seus ombros.

– Poção polissuco? – Ariana perguntou a si mesma em voz alta.

– Ao que parece – Snape concordou.

– Um comensal infiltrado? Aqui em Hogwarts? – Sugeriu a morena.

– Papoula, faça mais exames em Minerva, para termos certeza de que ela está bem – Flitwick disse já se levantando. – Eu vou fechar o colégio, seja quem for, vamos torcer para que ainda esteja no colégio. Vocês – Ele se dirigiu aos outros professores. – garantam que todos os alunos irão para as suas comunais, e os professores para minha sala.

Todos concordaram. Já havia dado a hora do início das aulas pós almoço.

– Professora LeBlanc, me acompanhe – Flitwick ordenou já saindo andando, seguido pela professora.

Ariana e Snape seguiram as ordens do vice-diretor.

– A Maitê falsa já nem deve ser mais a May falsa. Sabe se lá por quanto tempo estava com o efeito da poção polissuco, isso se não tiver feito um feitiço para voltar ao normal.

– Ou mudar de novo sua aparência – Completou Snape seriamente.

– Você leu a mente da May, lá atrás?

– Não – Ele respondeu com simplicidade.

– E como tem certeza de que ela estava falando a verdade?

– Não confia nela? – Ele perguntou parando de andar e a olhando sério.

– Não é pessoal, sou desconfiada por natureza – Ela respondeu tranquilamente.

Severo sacou sua varinha e respirou fundo.

– Eu olhei nos fundo dos olhos dela, e apenas soube que estava falando a verdade – Ele disse calmamente. – Vou enviar um patrono aos outros professores, assim não teremos de correr o castelo inteiro.

– Certo. Filch! Venha cá – Ela chamou o velho assim que o viu.

– Pois não, professora Santos?

– Temos de reunir todos os alunos para as suas comunais o mais rápido possível. Se perguntarem..

– Ignore e apenas os mande para as suas comunais – Snape interrompeu a filha.

Argo anuiu com a cabeça e saiu dali às pressas.

– Para onde vai? – O pai perguntou, assim que viu ela se afastar. – Não vai me ajudar com o patrono?

– Eu não tenho um patrono – Ela respondeu e saiu dali antes que seu pai fizesse mais alguma pergunta.

Flitwick e LeBlanc chegaram a frente da gárgula que guarda a escada para a sala do diretor, ele já havia fechado toda a escola.

– Pode entrar na frente, professora – Ele disse e assim ela o fez.

Filius conjurou seu patrono e o mandou até o Ministro para lhe informar sobre Minerva e pedir ajuda.

Aquele castelo nunca se tornou tão grande como hoje, Ariana já estava cansada de andar. Estava indo em direção a sala do diretor agora, todos os alunos que ela encontrou, mandou para as suas comunais.

No caminho, quase no seu destino, encontrou-se com a professora de adivinhação.

– Professora Trelawney – A mulher deu um pulinho de susto ao ouvir a voz de Ariana atrás de si. – Desculpe, não queria assustá-la.

– Tudo bem – Ela disse olhando por bastante tempo a morena.

Elas seguiram juntas até o sétimo andar.

– Conversou com Maitê hoje? – Ariana perguntou naturalmente.

– Oh, sim, sim. Nós conversamos antes do almoço – Pelo menos a história bate (pensou a morena). – ela queria… – A professora parou de falar e deu um pigarro.

Ariana estranhou aquilo.

– Eu estava vendo o futuro dela – Continuou Trelawney, sem olhar para Ariana.

Antes que a jovem professora dissesse alguma coisa, Sibila continuou.

– A senhorita tem fugido de mim, desde o ano passado tenho tentado conversar com a vossa pessoa para ver o teu futuro. Mas a senhorita sempre foge de minha presença.

– Eu não gosto de saber o que vai acontecer no meu futuro, minha ansiedade é muito alta – Ariana disse sorrindo.

– Mas eu não lhe contaria nada – Sibila disse tocando no ombro de Ariana, elas haviam acabado de chegar no corredor que dava a sala do diretor.

Sibila Trelawney perdeu a voz e tinha seus olhos focados a sua frente, bem a frente.

– Professora Trelawney? – Ariana chamou, mas não obteve respostas. – Sibila?

A professora voltou a piscar os olhos, rapidamente, e olhou para Ariana assustada com um misto de... preocupação?

Ela retirou sua mão do ombro da garota com rapidez e desviou o olhar.

– O que foi?

– Acabou de dizer que não quer saber do seu futuro, então – Sibila saiu andando rapidamente dali, deixando Ariana encabulada.

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Oukay 🙃

O que acharam do capítulo? ✨

Críticas construtivas são aceitas também ✨

Alguns animagos possuem patrono, mas são poucos, Minerva, Sirius, James/Thiago.... acho que esqueci de alguém kkkk mas quem?

Os vejo no próximo capítulo então ☺️🤭❣️✨