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Capítulo 4

Por sorte, nenhum aluno explodiu a sala da professora Santos. Quando ela entrou na sala, todos os alunos estavam sentados em seus lugares, apenas conversando com o colega do lado. Mas assim que a porta se abriu fez-se silêncio.

– Perdoem-me o atraso alunos. Espero que tenham aproveitado para conversarem bastante pois agora exijo silêncio e total atenção a minha aula. - Ariana anuncia cada palavra caminhando até a sua mesa. – Para os que não me conhecem sou a professora Ariana Santos – E com um aceno de varinha o seu nome foi gravado na lousa ao seu lado. – Leciono poções há quatro anos e meio. Três anos em Castelobruxo e um ano e meio aqui. Sou muito exigente e esperta o suficiente para saber quando alguém não está prestando atenção no que digo, não é mesmo senhor Martines?

Toda a sala volta a sua atenção para o aluno da grifinória que estava desenhando. Ele levanta seu rosto do papel e olha a sua volta perdido - só sabia que tinha ouvido seu nome. A professora caminha até a sua mesa e pega o papel em mãos. É um desenho de uma aluna da corvinal que estava na sala. O rapaz tem talento para desenhos - pensou enquanto analisava o desenho.

– Irei ficar com isto até o final da aula, menos cinco pontos da grifinória – O rapaz abaixa a cabeça tristonho. – E que isso não se repita! – Ela agora se dirige a todos na sala com seu tom de voz autoritário, que fez todos ali presentes se arrepiarem de medo.

O resto da aula seguiu sem imprevistos e com todos prestando atenção nas palavras da professora. Ao final da aula todos tinham dever de casa - dois pergaminhos com a letra legível sobre o tema ensinado na sala, para o dia seguinte.

– Martines! Quero falar com o Sr. - A professora o chamou com seu tom autoritário.

O rapaz do quinto ano se despediu dos amigos e se dirigiu para a mesa da professora. Após todos saírem da sala, Ariana pegou o desenho do rapaz e deu mais uma olhada.

– O Sr. desenha muito bem.

– O-Obrigado – Sussurrou amedrontado.

A professora o encara nos olhos, o que faz o garoto gelar no lugar. Ela entrega o desenho a ele, que o pega receoso.

– Somente dessa vez eu lhe devolvo. Se acontecer de novo eu queimo o desenho e não me importa se o desenho for bonito. Espero ter sido clara e que isso não volte a acontecer, certo Martines?

A professora pronunciou cada palavra lentamente e assustadoramente - este último de acordo com o grifano.

– Sim senhora. – Respondeu com os olhos arregalados.

– Agora pode sair – Ariana ordena e o grifano acatou de imediato, saiu da sala a passos rápidos segurando o papel com força na mão.

Esses alunos apaixonados - pensou consigo mesma, não contendo um sorriso. "Apaixonados", a palavra lhe chamou a atenção fazendo com que ela roçasse o dedão no dedo anelar de sua mão esquerda, onde outrora repousara um anel de noivado, agora está vazio. Ela respira fundo tristemente e o sorriso sumindo. Ela afastou esses pensamentos, voltando sua atenção para preparar a próxima aula para os alunos do último ano.

No almoço a professora de poções chegou antes do professor de DCAT.

– Boa tarde professor – Cumprimentou educadamente Ariana.

– Boa tarde – Snape retribuiu, do seu jeito ríspido de sempre.

Eles comeram em silêncio mas antes de terminarem Ariana não se conteve.

– É sério que foi até a Minerva reclamar de mim? De novo? – Não obteve resposta, nem o seu típico "humm". – Você tem que parar de importuná-la, a diretora precisa dormir coitada – Ariana não conteve um sorriso ao imaginar Minerva, cansada e com sono, sentada numa poltrona ouvindo, um sempre irritado, Snape tagarelando sobre seus infortúnios andando de um lado para outro.

– Deveria seguir o próprio conselho com em relação a mim, senhorita Santos – Snape encerrou o assunto ao se levantar e sair esvoaçando sua longa capa preta pelo corredor das mesas dos alunos.

Ela respirou fundo e decidiu que por hoje o deixaria em paz. Se levantou e seguiu para a sua sala. No caminho encontrou com Snape ralhando três alunos da grifinória e lhes tirando cinco pontos - cada.

– Para que tanto mau humor? – Perguntou após os alunos se afastarem correndo do professor.

– Ainda me seguindo?! – Snape se virou para Ariana, a fuzilando com os olhos.

– Está ficando paranóico professor – Ela sorri e segue seu caminho, o deixando mais irritado ainda.

– Eu não confio na senhorita – Declarou seguindo atrás dela.

– Você já disse isso. Várias e várias vezes. Parece um disco arranhado – A garota responde com um sorriso falso nos lábios - ela estava triste com isso, seu próprio pai não confiava nela, por mais que não saiba que é seu pai, ele ainda é o seu pai.

Ela seguiu seu caminho por um corredor e Snape seguiu por outro.

O dia seguiu bem para Ariana, com seus alunos focados em cada palavra que dava, cada poção que ensinava. O resto do dia não precisou tirar pontos de nenhum aluno, apenas dar. À noite, terminou de revisar o conteúdo a ensinar no próximo dia e seguiu para o grande salão para jantar.

Na mesa, ela chegou depois de seu pai.

– Como foi o seu dia, professor? – Sentou-se a seu lado e apoiou a cabeça na mão direita, para encará-lo, com um pequeno sorriso nos lábios marcados pelo batom preto.

– Como sempre – Respondeu seco, também a encarando.

Novamente o leve desconforto em sua mente. Ele estava tentando outra vez entrar em sua mente. Mas como sempre ele não conseguiu ver nada.

– Deixe-me adivinhar, tentando enfiar conhecimentos naquelas cabeças ocas que são nossos alunos?

– Como sempre.

Ariana suspirou cansadamente e desviou o olhar do professor.

– É difícil manter uma conversa com você desse jeito.

A diretora se levantou e fez um breve discurso apresentando o novo professor de transfiguração, que Ariana não prestou atenção em quem era, pois a voz de Snape chamou sua atenção.

– Está bem! Vou entrar no seu jogo – Ariana olha para o professor confusa. – Por que está tão interessada em mim? Está desde o ano passado sempre me seguindo, querendo saber do meu passado, o que estou pensando, o que estou sentindo e por que, o que farei no futuro. Por que eu te interesso tanto?

A garota lhe sorri.

– Você é minha inspiração para o que sou hoje. Você é o meu herói.

Aquilo pegou o professor desprevenido, não conseguiu responder nada. Ariana se virou para o seu prato, que agora estava cheio de comida, e começou a comer. Snape fez o mesmo para seu prato, mas não conseguiu comer nada, apenas ficou remexendo a comida com o garfo até o final do jantar quando se levantou e saiu de lá, junto aos outros professores.

No corredor a diretora chamou a jovem professora para lhe falar.

– Professora Santos? Uma palavrinha – A garota se virou sorridente para a diretora que estava acompanhada. – Gostaria de lhe apresentar o Sr. Maurice Williams, o nosso novo professor de transfiguração. Esta é a professora de quem eu lhe falei.

Minerva estava tentando empurrar o rapaz para cima de Ariana, visto que os dois são solteiros e jovens.

Mas assim que os olhos escuros de Ariana se encontraram com os olhos castanhos do rapaz, seu sorriso desapareceu dando lugar a uma carranca de ódio.

O Sr. Williams é mais alto que a nossa protagonista principal, branco de cabelos castanhos curtos, com um terno cinza fosco e óculos redondos. Um homem bonito, um tanto magro de porte forte, o rosto também magro com um pequeno cavanhaque no queixo.

– Prazer em conhecê-la, senhorita Santos – Maurice estende a mão para a professora, que ainda está a encará-lo.

– Como está aqui? – Ariana pergunta rispidamente.

– Como? – Perguntam ambos confusos - a diretora e o Maurice.

– Você sabe do que eu estou falando. – Ela olha para o braço esquerdo dele, que compreende onde ela quis dizer.

– Ah, isso....Eu fui perdoado, estava sob um feitiço controlador.

– O Ministério pode tê-lo perdoado, Sr. Williams, mas lhe garanto que eu NUNCA irei lhe perdoar pelo que fez. Estou de olho em você e se sair da linha um milímetro sequer, eu farei com que se arrependa de ter nascido – Ariana praticamente cuspiu as palavras antes de sair de lá pisando firme enraivecida. O que chamou a atenção de Snape que parou de andar e voltou sua atenção para Minerva que estava perplexa com tal ação da garota.

– Perdoado? Pelo que? – A diretora não estava entendendo nada.

O Sr. Williams se virou para a diretora.

– Eu era um comensal diretora – Ao ouvir essas palavras, Minerva enrijeceu-se e manteve-se séria. – Não era de minha vontade, estava sob um feitiço que controlava a minha mente. Depois que você-sabe-quem foi derrotado, eu fui libertado. Pensei que soubesse e por isso me contratou, visto que um ex-comensal leciona aqui.

Ao ouvir isso, Snape que estava ouvindo a conversa discretamente, com sua varinha em mãos caso fosse necessário usá-la, ficou atento. Não conhecia aquele rapaz mas parecia que Ariana sim, e pela reação dela, ele era um bom comensal.

– Eu não sabia – Declarou a diretora furiosa consigo mesma - como deixei escapar esse detalhe importante? - perguntou para si mesma em pensamentos.

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Enfim cá estou eu com mais um capítulo proceis

Votem e comentem pleaseee

Bjsss e até a próxima gente linda


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