[9] Ahop (아홉)
Jimin
Segunda fase...
+18
O vento gelado bate contra a janela do meu quarto. Demorou alguns poucos segundos até enfim lembrar do que aconteceu noite passada.
Jungkook me trouxe para meu quarto, e antes que eu caísse no sono, a última coisa que senti foram seus lábios em contato com a pele de minha testa. Naquele momento, eu não havia pensado em nada, e nem tive reação nenhuma, já que estava cansado demais para fazer qualquer coisa. Eu tinha apenas caído em sono profundo.
Mas agora, eu não faço a mínima ideia do que estou sentindo depois de ontem. Não sei qual deveria ser minha reação com aquilo.
Eu deveria reclamar? Ficar bravo? Ou apenas deixar quieto? No meu ponto de vista, não teria o porquê de eu voltar em um assunto que já passou, a não ser que ele acabe sendo citado por alguém.
Agora, eu acho que a única coisa que posso fazer é tentar conseguir respostas com quem sei que pode ter, ou se não tiver, tem ao menos alguma coisa que possa me ajudar a achar as respostas de que preciso.
Ao me sentar na minha cama, eu pude perceber que já não sentia nada de ruim. Eu estava bem, e todo o cansaço que repentinamente comecei a sentir ontem, se foi. Em contrapartida, senti o frio daquela manhã, o que me fez encolher levemente.
Decidido a ir até Seokjin, eu me levantei da cama, me arrumando e me agasalhando decentemente antes de descer para encontrar Hinamy e meu pai na cozinha.
— Filho? Que bom ver você aqui. Se sente melhor? — meu pai perguntou, tão surpreso quanto Hinamy.
— Sim, estou bem. Na verdade, estou muito bem. Não parece que fiquei doente em todos aqueles dias — eu disse, me sentando à mesa com eles. — A propósito, preciso conversar com o Jin, vou lá hoje depois do café.
— Não é muito cedo para ir até a casa dele? — minha madrasta, que eu prontamente considero como uma mãe, disse, me fazendo parar para prestar atenção nas horas.
— É, está um pouco cedo mesmo — eu constato, ao ver que ainda são oito da manhã. — Vou até a casa de Hoseok antes, então. Sei que ele já deve estar quase se levantando a essas horas, e é bem provável que esteja preocupado comigo, vou até lá para lhe garantir que estou bem. Mas além disso, sinto falta dele — eu disse, já começando a me servir. Hoje em especial, parece que estou sentindo toda a fome do mundo.
— Tudo bem, então — meu pai concordou.
Em seguida, nós nos concentramos no café da manhã, e devo dizer que realmente comi muito mais que o normal. Depois, eu apenas peguei o que eu precisava antes de sair de casa, indo em direção à casa de Hoseok.
Durante o caminho, pude olhar e apreciar tudo pelo que eu passava. Depois de ter ficado um mês trancado dentro de casa, eu consigo ver as coisas aqui fora com mais atenção.
Eu nunca havia percebido como as coisas na aldeia são simples e bonitas. As casas rústicas davam um charme a mais no ambiente, e a praça no centro da aldeia deixava tudo ainda melhor. Algumas lojas já estavam abertas, enquanto outras abririam mais tarde. Sendo fim de semana, é normal que as lojas comecem a abrir mais tarde, assim como também é comum que fechem mais cedo.
Depois de pouco tempo de caminhada, eu enfim chego ao meu destino. Ao bater na porta de meu amigo, eu não preciso esperar muito para que ele venha me atender.
— Jimin! Eu sabia que era você — Hobi disse, ao me ver.
— Claro, você sentiu o meu cheiro — eu disse, sendo abraçado por ele logo em seguida. Nós dois estávamos sorrindo, o que acabou se transformando em riso aos poucos.
Em seguida, Hoseok deixou que eu entrasse em sua casa, me oferecendo alguma coisa para comer. Neguei respeitosamente, dizendo que tinha acabado de comer.
Sendo assim, ele me puxou para me sentar no sofá da sala, e começamos a conversar sobre o que eu fiz durante esse mês, já que ele disse que queria todos os detalhes de tudo, mesmo das coisas ruins.
— ELE TE DEU UM BEIJO NA TESTA? — ele perguntou, praticamente gritando.
— Para de gritar! E sim, ele me deu um beijo na testa, e disse que eu iria ficar bem... — eu contei, tentando não fazer muito caso ao completar. — E me chamou de Sunshine.
— Como você ainda resiste? Eu sou alfa, então sei bem como um ômega ficaria se eu fizesse algo assim. Ele, sendo alfa lúpus, deve ter um efeito ainda maior do que eu teria. Além disso, Jeon Jungkook, sendo alfa lúpus supremo, e sendo todo cuidadoso assim... Como você ainda resiste?
Eu não sabia responder aquela pergunta, então apenas dei de ombros. O problema é que desde ontem, naquele mesmo instante em que ele demonstrou tanto cuidado, algo faz com que eu não sinta mais tudo o que eu sentia de ruim. Sim, ainda tenho medo, no entanto, alguma coisa me faz ter vontade de querer superar isso.
O que está acontecendo comigo? Por que não sinto mais toda a raiva e vontade de manter distância que sentia antes? É sobre isso que tenho que conversar com Jin, e preciso fazer isso o mais rápido possível.
Com essa constatação, eu continuei na casa até enfim encerrarmos o assunto, que demorou um pouco, já que meu amigo me contou como estava indo com Taehyung e Yoongi. E a propósito, estão indo muito bem. Depois, mesmo que a mãe de Hoseok tivesse me convidado para almoçar com eles, eu disse que tinha algo de que precisava de minha atenção e que eu precisava ir. Me despedi dos dois logo em seguida.
Sendo assim, mesmo que fosse um pouco longe, eu segui até lá andando. Quando cheguei à casa de Seokjin já passava das duas da tarde.
— Jimin, é bom vê-lo bem. O que o trás aqui? — Jin disse, ao me atender, depois de eu ter batido em sua porta.
— Preciso conversar com você sobre algo que aconteceu.
— Claro, pode entrar — ele disse, me dando passagem. — Admiro você ter vindo aqui andando nesse frio, deve ser algo bem importante.
— E é. Você sabe que Jungkook foi me ver ontem, certo? — ele apenas confirmou com um movimento de cabeça. — Algo aconteceu. Ontem, ao fim da visita dele, eu comecei a me sentir exausto, ao ponto de mal conseguir me sustentar em pé sozinho. Então, ele me pegou no colo, me levou para meu quarto, me deu um beijo na testa e disse que eu ficaria bem. Desde então, eu não sinto mais tudo de ruim que eu sentia, mas ainda tem algo que me mantém longe dele. Eu não sei o que aconteceu.
— Você está começando a aceitar seu destino, Jimin, além disso, você está começando a aceitar Jungkook. Mas o que ainda te mantém afastado dele é seu lado que não aceita o fato de ele ser um supremo. Estou certo? — não tive forças para verbalizar, sendo assim, apenas assenti. — Você sente medo do que pode acontecer se ele acabar se transformando. Isso vai acontecer, mas se você estiver com ele quando acontecer, ele vai voltar a ser quem era assim que o dia raiar. Caso continue o rejeitando... Ninguém sabe o que pode acontecer.
— Mas eu não sei se consigo, não é tão fácil.
— Tudo está nas suas mãos. O tempo é escasso.
— Quanto tempo eu tenho? — perguntei, pensando que talvez tivesse um tempo considerável.
— Muito menos do que imagina. O aniversário de Jungkook foi há uma semana. Para nossa sorte e surpresa, a transformação dele atrasou uma semana até agora. Mas não tem como saber quando vai acontecer.
— Mas então significa que ele tem chances de conseguir sem mim, não é? — eu realmente estava esperançoso, mas toda a minha esperança morreu quando Seokjin me olhou como se tentasse me consolar, negando com a cabeça logo em seguida.
— Jimin, querido, o mal não dorme... Ele espera — ele apenas disse, o que me fez sentir um leve arrepio passar por minha espinha.
Eu senti um leve temor, porque sabia o que aconteceria se não aceitasse meu destino de uma vez, e sabia que deveria aceitar Jungkook. Eu tenho plena consciência de que Jungkook e eu devemos ficar juntos, e mesmo que eu tenha medo de todo o poder que eu sei que ele tem por ser o Supremo, sei também que não tem como lutar contra tudo isso.
Com um choque de realidade, eu percebo que, na verdade, não deveria ter fugido disso, não deveria ter fugido do meu caminho e, principalmente, deveria ter aceitado Jungkook desde o início, e a marca pequena em meu pescoço em forma de lobo deixa isso muito claro.
Com essa percepção, e sem dizer nada, eu saio correndo, saindo da casa de Jin e indo até a de Jungkook, o mais rápido que eu conseguia. Sabia que não estaria longe de o pior acontecer, e eu precisava impedir isso.
Como um baque, eu me lembrei de uma "visão" que eu tive, antes mesmo de conhecer Jungkook.
Era sobre isso, essa era a visão que eu tive. Eu estava correndo, precisando chegar a algum lugar urgentemente, e naquele dia, eu não tinha ideia de como o sentimento de agora é desesperador. Eu preciso chegar até Jungkook, e preciso fazer isso o mais rápido que conseguir.
— Continue sendo você, por favor. Se fizer isso, deixo você me chamar de "sunshine". Eu prometo que deixo — eu dizia baixinho, enquanto corria em direção à casa de Jungkook, já começando a ficar ofegante.
Continuei correndo, tentando manter a mesma velocidade, mesmo que fosse difícil. Eu já estava começando a sentir meus músculos latejarem, junto de minha respiração que começava a falhar. Parei de correr apenas quando cheguei em frente à casa de Jungkook. Eu senti que algo estava acontecendo, e não me permiti pensar no que poderia ser, caso contrário, provavelmente tentaria desistir.
Então, depois de recuperar parcialmente o ritmo da respiração, eu entrei, o procurando o mais rápido possível. Entretanto, eu não precisava procurar muito, tendo em vista que seu cheiro incrivelmente forte estava vindo de seu quarto.
Eu subi as escadas correndo, entrando no quarto sem nem mesmo bater, fechando a porta logo em seguida. Quando me virei para procurá-lo pelo quarto, ele estava parado ao meio do cômodo, sem camiseta, e estava me encarando. Não era o meu Jungkook ali, era seu lobo, e isso era evidente pelo tom avermelhado em suas íris.
— J-jungkook — eu chamei, sentindo meu corpo travado no lugar. Eu não conseguia me mexer, nem se quisesse.
Ele andou rapidamente em minha direção, parando a centímetros de distância, me encurralando contra a porta. Eu ouvia ele rosnar baixinho, o que de certa forma me afeta, mesmo que eu seja um lúpus, e está claro que ele não consegue me reconhecer. Senti um tremor passar pelo meu corpo.
Eu, verdadeiramente, gostaria de sair correndo daqui nesse instante. Sempre tive medo de Supremos por isso, pelo descontrole e pelo que poderia acontecer comigo quando algo assim acontecesse e eu estivesse por perto. Mas eu sei que a culpa disso é minha, ele está assim porque não aceitei que deveria ser dele, assim como ele deveria ser meu. E por isso, eu vou dar um jeito de tirá-lo dessa situação.
— Trás o Jungkook pra mim, por favor — eu pedi, tentando conversar com o lobo dele.
Talvez eu pudesse fazer meu lobo conversar com ele. Pode ser que seja impossível, mas eu nunca vou saber se não tentar.
Sendo assim, eu fechei os olhos, tentando me conectar ao meu lobo, praticamente implorando para que ele me ajudasse. Eu conseguia ouvir seu questionamento, ele não entendia porque eu queria sua ajuda agora, tendo em conta que eu quis me afastar do nosso alfa.
Ele me conhece, ele sabe minhas fraquezas, e sabe que eu realmente me arrependi disso. Eu sabia o que ele queria, e por isso, me desculpei por ter agido daquele jeito desde o início.
"Pense no nosso futuro filhote"
Foi o que eu disse, porque eu sabia que era o que ele mais queria. E com isso, meu lobo finalmente aceitou me ajudar, e antes que ele tomasse posse de mim momentaneamente, para que pudesse falar com o lobo de Jungkook, eu fiz um último pedido para o alfa.
Indo contra a resistência do meu corpo, eu ergui meus braços, colocando ambas as mãos no rosto de Jungoo, uma de cada lado.
— Trás meu Jungkook de novo, por favor.
E assim, eu senti meu lobo, assim como senti como se estivesse saindo de órbita. Ao mesmo tempo que tudo era mágico, também era aterrorizante.
Os dois lobos apenas se olharam intensamente por um tempo, parecendo conversar entre si, o que pode realmente estar acontecendo, já que é isso que a marca em forma de lobo que Jungkook e eu temos no pescoço significa.
Pouco tempo depois, eu sinto como se tudo estivesse voltando ao normal, e eu sabia que isso significava que meu lobo estava me devolvendo o controle de meu corpo. Mas Jungkook ainda estava do mesmo jeito, e antes que eu achasse que não tinha dado certo, eu escuto meu lobo dizendo o que eu tinha que fazer.
"Diga o que sente e o que quer."
Dessa forma, sabendo que não escaparia disso, eu fiz.
— Eu quero que traga meu Jungkook de novo, por favor. Eu sei que fiz errado em me manter longe dele por todo esse tempo, longe de vocês dois. Eu me arrependo, de verdade. Mas eu tinha medo, medo de você acabar me atacando ou se descontrolando. Você sabe, você também sentia meu medo, não sentia? E eu sei que está sentindo agora também, mas é o medo de perder vocês — eu dizia, sentindo minha voz falhar vez ou outra, eu senti quando a primeira lágrima escorreu. — Trás ele, por favor.
Eu senti ele menos ofegante, parecia estar se acalmando, e eu espero que realmente conseguisse ter Jungkook de volta. Eu pedi mais vezes, implorando para que o alfa deixasse Jungoo.
— J-jimin — ouvi a voz dele, e senti que realmente era ele ali. Eu abri meus olhos, que haviam se fechado em algum momento.
— Jungkook... — eu chamei, com a voz embargada, sentindo o choro querer seguir caminho para fora, minhas pernas estavam bambas como nunca havia sentido antes.
— Hey, tá tudo bem agora — ele disse, me abraçando fortemente. Eu retribuí, o abraçando de volta o mais forte que consegui, sentindo seus braços em volta de minha cintura. Talvez seja uma frase clichê, mas se ele não estivesse me segurando, eu realmente teria caído. — Você tinha medo mesmo? Por isso agia daquele jeito? — ele não me soltou enquanto perguntava.
— Sim, eu tinha medo, e era um trauma que tinha desde criança, eu não podia evitar. Mas agora eu estou aqui e não tenho mais medo. Desculpa, Jungoo.
— Está tudo bem, Sunshine, está tudo bem — ele se afastou minimamente, antes de deixar um beijo em minha testa.
Eu sabia o que ele queria fazer, então deixei que fizesse. Ou melhor, tomei a iniciativa para que acontecesse. Eu fiquei na ponta dos pés, selando meus lábios aos seus, calmo e delicadamente. Ele transformou o simples selar em algo minimamente mais profundo, mas não ao ponto de ser tão afobado.
No entanto, ele se afastou bruscamente, fechando os olhos fortemente, como se estivesse tentando se controlar. Não demorou para que ele abrisse os olhos novamente.
— Seu cheiro está mais forte, e agora eu sei que é a presença total do seu lobo, e é tão bom... — ele aproximou o nariz de meu pescoço, suspirando pesada e audivelmente. Consequentemente, ele se aproximou mais de mim, me prensando cada vez mais contra a porta.
— Deve ser porque não tenho mais o trauma... Não que eu tenha esquecido dele completamente, mas não tenho o medo de ficar assim com você — eu encostei minha cabeça na porta, dando passagem para que ele pudesse sentir melhor o meu cheiro.
— Acho que é melhor você sair daqui — ele disse, e parecia não conseguir forças para conseguir se afastar.
— Por que? — perguntei, olhando para ele. Eu realmente achei estranho.
— Eu acho que é o meu heat, ele está chegando, e meu lobo vai querer te marcar na primeira oportunidade que tiver.
— Você não quer passar ele comigo? — eu sabia que ele queria, mas foi impossível não me sentir rejeitado.
— É tudo o que eu mais quero, você sabe. Mas acha que está pronto para isso? — eu não sabia se estava, até esse momento. Agora, depois de pensar por um tempo, eu sabia o que queria.
— Sim, eu estou pronto, e eu quero isso — era difícil realmente se concentrar com ele tão perto, e principalmente, sem nada cobrindo a parte de cima de seu corpo. Poder me render a ele assim me faz sentir como se eu estivesse me libertando de alguma coisa, e aparentemente, é de meus próprios receios e medos, sendo assim, de mim também. — Me faça seu, Jungoo.
Ele precisou apenas disso para seguir em frente. Quando enfim teve minha confirmação, ele me segurou firmemente pela cintura com uma mão, enquanto com a outra ele segurou em minha nuca. Com isso, ele me beijou fortemente, e mesmo que já tivesse tido algumas poucas relações com alguns alfas, nunca nenhum me fez sentir como Jungkook faz. Com ele, eu sinto que posso amolecer e derreter a qualquer momento, assim como sinto que posso tocar o céu facilmente.
Ele continua me beijando daquele jeito profundo, enquanto eu sinto seu cheiro ficar cada vez mais forte. Eu sinto quando ele tira a blusa grossa que eu estava vestindo por causa do frio, mas não abro os olhos. Sem a peça de roupa, eu consigo o sentir ainda mais, principalmente sua ereção, que já se forma.
— Eu preciso de você, ômega — eu sei que, ali, é seu lobo dizendo. Ele está sob o controle do alfa mais uma vez, e dessa vez, não é para algo ruim.
— Você sabe que me tem, desde o primeiro dia, mesmo que eu não quisesse ser seu — eu disse, sabendo que iria agradá-lo, mas também sabendo ser a mais pura verdade.
Mesmo que eu tenha negado no começo, é impossível negar agora. Eu sou de Jeon Jungkook, assim como ele é meu.
Ele se abaixou parcialmente, apenas para me segurar pelas coxas, me puxando para cima e me pegando no colo, o que me fez ofegar em surpresa. Eu entrelacei minhas pernas em sua cintura, o segurando pelo pescoço. Olhando em seus olhos, eu pude percebê-los se mesclando entre o castanho e o vermelho, um sinal claro de que ele estava lutando para ter o total controle nesse momento.
— Eu quero poder fazer isso com você, sendo eu, antes que meu lobo assuma o controle — ele disse, antes de se aproximar de uma mesa que havia no meio do quarto, me colocando sentado sobre ela.
— E eu também quero que seja você, Jungoo, apenas você — eu disse, silenciosamente pedindo ao seu lobo que o deixasse no controle, ao menos por agora.
Nosso pedido pareceu surtir efeito, tendo em conta que Jungkook sorriu, quando seus olhos finalmente atingiram apenas uma tonalidade: o castanho.
Então, ele voltou a me beijar, ficando entre minhas pernas. Ele apertava minhas coxas com uma das mãos, enquanto com a outra ele segurava meus cabelos, pela nuca, e sinceramente, é um ato que me deixa ainda mais mole. Nunca imaginei que um dia iria gostar da força de um lúpus, mas tendo isso agora, e dessa maneira, eu percebo que realmente gosto. Amo essa sensação.
Foi um tanto complicado tirar minha calça e a cueca, levando em conta que ainda estava sentado sobre a mesa, e mal percebi quando ele finalmente tirou minha camiseta, me deixando, agora, totalmente nu. Tudo estava de um jeito tão intenso que eu mal sentia o frio que estava fazendo, e aparentemente, ele também não sentia.
Assim que ele enfim terminou de tirar minha última peça de roupa, ele me puxou da mesa, me virando e me fazendo debruçar sobre o móvel, o que fez com que eu ficasse empinado para si. Ele fez tudo de um jeito um tanto brusco.
— Essa, com certeza, é uma das melhores vistas que eu já tive em minha vida — ele disse, enquanto deslizava sua mão de meus cabelos para minhas costas, seguindo o caminho até minha bunda, a apertando fortemente, o que fez com que eu soltasse um gemido baixo. — Você é muito gostoso, Park, e me parece um sonho saber que tenho você.
Então, ele me fez levantar e me virar para si, apenas para me colocar sentado sobre a mesa mais uma vez. Eu já estava uma bagunça. Meus cabelos claros desalinhados, a respiração descompassada e o coração acelerado, sem contar que já estava completamente duro.
Ele voltou a me beijar, de uma forma um tanto mais afobada dessa vez. Ele pressionava seu corpo contra o meu, me fazendo sentir seu falo já completamente duro, ainda coberto pelo tecido de suas roupas. Friccionando nossos membros juntos, eu podia sentir sua agilidade e força em cada movimento, e imaginar ele todo dentro de mim enquanto faz esses movimentos só me deixa mais excitado.
Descendo seus beijos, ele beijou meu pescoço, deixando um pequeno chupão ali. Em seguida, direcionou seus lábios para meu mamilo, onde chupou o biquinho, me fazendo gemer. Essa era uma das minhas áreas mais sensíveis, e se ele percebeu isso, provavelmente vai usar isso contra mim muitas vezes.
Descendo ainda mais, ele beijava meu abdômen pouco definido, arrastando os selares por minha pele cada vez mais, até chegar em meu membro, chupando fortemente a glande, sem nenhum aviso, o que me fez gemer mais alto que da outra vez.
Mas ele não continuou com aquilo. Após parar abruptamente o que estava fazendo, ele me puxou de cima da mesa, me pegando no colo, ato que me fez entrelaçar minhas pernas ao redor de sua cintura inconscientemente, ao mesmo tempo em que fazia o mesmo com meus braços, os colocando em volta de seu pescoço.
Ele caminhou rapidamente até sua cama, me colocando deitado ali, com um pouco de brutalidade, que não deixava de ser muito gostoso.
Eu sei que Jungkook seria mais carinhoso que isso, se não fosse por seu heat, então, não me importo nem um pouco com toda a forma bruta.
Eu permaneci deitado, e antes de ter tempo para respirar, após ser colocado sobre a cama macia, Jungkook já estava me virando de costas para si, erguendo meu quadril, o que fez com que eu ficasse de quatro para ele, com a cabeça deitada no colchão. Eu sentia minha lubrificação natural escorrendo em abundância, e sabia que o cheiro de minha excitação estava o deixando doido.
Antes que eu pudesse raciocinar, eu senti sua respiração perto de minha entrada, e mais uma vez naquela noite, ofeguei em surpresa. Senti sua língua me penetrando, enquanto eu gemia e agarrava o lençol abaixo de mim, tentando descontar um pouco do prazer que estava sentindo.
— Você tem um gosto tão bom, Sunshine. É incrível a forma em que consigo sentir um leve toque de alcaçuz. Você é tão doce...
— Jungoo... — eu chamei sôfrego, nem sei ao certo o porquê.
— Me diga o que você quer, meu anjo — ele pediu, ao mesmo tempo em que me penetrava com um dedo.
Eu sei que, se fosse seu lobo ali, já teria acabado com toda essa espera faz tempo, ao invés de ficar me torturando dessa forma, e de alguma forma, eu estava perto de concordar com essa vontade de seu lobo.
— Eu quero você, sabe disso — eu disse, já começando a ficar impaciente, enquanto sentia ele colocando o segundo dedo. — Me dê tudo, Jungkook.
— Como quiser — ele disse, com a voz grossa e baixa, tirando seus dedos do meu interior.
Eu ouvi o farfalhar de roupas, antes de sentir seu membro em minha entrada, forçando lentamente para dentro. Eu não estava vendo, mas estava sentindo. Ele é, realmente, muito grande. Talvez seja pela condição de alfa lúpus, e não pela primeira vez, agradeço por tê-lo comigo, e agora, em mim.
— Tudo bem? — ele perguntou, ao me ouvir gemer sôfrego.
— T-tudo — não consegui impedir um gaguejo. Ele é grande, e além disso, grosso, e sinceramente, não estou acostumado com isso tudo.
Talvez percebendo isso, ele esperou um momento, beijando meu ombro, antes de começar a bombear meu falo teso e temporariamente esquecido, que me fez distrair da dor momentânea que estava sentindo. Quando já estava me sentindo mais confortável, eu rebolei, do jeito que dava naquela posição, gemendo baixinho, apenas para indicar que já estava pronto e que ele poderia se mexer.
Sendo assim, ele começou com estocadas lentas, suspirando a cada vez que entrava e saía de mim. A cada movimento seu, meu corpo esquentava mais, ficando cada vez mais sensível. Jungkook não demorou para aumentar a velocidade dos movimentos, me arrancando mais gemidos a cada momento.
Então, depois de um tempo, ele parou subitamente, mas apenas para me virar de frente para si, me beijando na boca logo após me olhar nos olhos. Quando ele se afastou um pouco, eu pude ver que ainda estava com a calça de moletom, e que havia apenas baixado o suficiente para que seu membro ficasse à mostra. E em modéstia parte, ele é realmente muito grande.
Porém, agora, ele claramente decidiu que queria ficar sem a calça, já que se afastou ainda mais, apenas para tirá-la, revelando que não vestia a cueca por baixo. E, se não tirou por uma vontade verdadeiramente sua, talvez tenha percebido meu olhar sobre o tecido. Eu realmente queria poder vê-lo por completo, sem qualquer obstáculo.
Sem esperar mais, ele se deitou sobre mim, se acomodando entre minhas pernas quando eu as abri para ele. Depois, sem esperar mais, ele me penetrou mais uma vez, lentamente, me arrancando mais um gemido, enquanto eu arqueava as costas, jogando a cabeça para trás.
— Jungkook, eu preciso tanto de você — eu disse, manhoso, ouvindo um rosnado baixo escapar de sua boca.
Normalmente, quando ômegas ouvem a voz de alfa ou um rosnado, ficam sensíveis, e dependendo do nível, até se encolhem. No entanto, eu não me afetei nem um pouco com o que ele acabou de fazer, e isso, por saber que seu ato foi por puro tesão.
A velocidade das estocadas aumentava cada vez mais, a fricção entre nossos corpos tornando tudo mais gostoso. Nós nos beijamos com volúpia por um tempo, enquanto ambos gemiam contra a boca do outro, antes que ele começasse a beijar meu pescoço, se demorando demais ali.
— Seu cheiro é tão bom, você é tão lindo, Jimin — o tom grave de sua voz me fez arrepiar. Me agarrei ainda mais a si, arranhando suas costas com minhas unhas não tão compridas.
Parte de mim implorava para que ele me marcasse agora, sem se importar com o resto. Mas a outra parte, a consciente, dizia que ainda não era o momento para isso.
Eu estava perto de atingir meu ápice, e sabia que Jungkook também não estava longe. Quando senti suas presas rasparem lentamente sobre a pele de meu pescoço, eu percebi que realmente não estava pronto, levando em conta que meu corpo quase travou.
— Por favor, não me marque ainda, Jungoo. Não estou pronto para isso ainda — eu pedi, sentindo ele se afastar minimamente. — Eu prometo que vou continuar ao seu lado, e prometo que vou te ajudar a não deixar seu lobo se apossar de você. Eu quero você, então não pense que vou te deixar. Temos uma ligação de almas, e mesmo que não quisesse aceitar antes, eu aceito agora — ele permanecia em silêncio, apenas diminuindo a velocidade das estocadas, mas sem para-las. — Por favor. Jungkook, eu...
— Não vou te marcar, prometo segurar meu instinto o máximo que puder, sunshine — ele disse, me impedindo que continuasse falando.
Eu senti que queria dizer que o amava. Eu realmente queria fazer isso, mas... Eu realmente sentia isso? Realmente amo Jungkook? Não consigo dizer com certeza, mas posso dizer que o que sinto é grande, e é forte, mesmo depois do que passamos.
— Obrigado, Jungoo. Depois de hoje, prometo deixar você me chamar de sunshine sempre que quiser.
Ele apenas sorriu, antes de me beijar mais uma vez, calmo dessa vez, mas apenas até finalmente aumentar os movimentos mais uma vez. Ele não parou mais, tão pouco eu pedi que o fizesse. Estávamos tão em sincronia que nenhum de nós queríamos que aquilo acabasse.
Eu gozei quando ele acertou minha próstata mais de uma vez, me fazendo gritar de excitação. O meu orgasmo, consequentemente, desencadeou o seu, e quando ele também atingiu seu ápice, eu pude sentir seu nó se formando. A sensação é inexplicável, e mesmo que a formação do nó tenha sido um tanto dolorida por causa de todo o seu tamanho e a minha sensibilidade, eu com certeza pediria por mais depois, e por sorte, ainda temos tempo para isso, mesmo que Jungkook não fique uma semana no cio como a maioria dos outros alfas. A propósito, ninguém disse que ele precisa estar em heat para que possamos fazer isso, não é?
Cansados demais para nos movermos, eu apenas permaneci ali, deitado, enquanto ele permanecia dentro de mim, esperando que o nó se desfaça. Enquanto isso, eu aproveitei para olhar todos os detalhes de seu rosto, desde a pintinha sob seu lábio inferior até a pequena cicatriz em sua bochecha.
— Você é muito lindo — eu disse, hipnotizado com sua beleza.
— Não mais que você — ele respondeu, beijando minha testa.
Eu senti o nó se desfazer, mas nenhum de nós se mexeu. Não queríamos nos soltar um do outro, mas sabemos que precisamos.
— Vamos, Jungoo. Vamos comer e descansar antes que seu heat volte.
Sendo assim, nós nos forçamos a levantar, vestindo alguma coisa antes de descermos até a cozinha. Comemos algo leve, apenas para nos mantermos em pé. Sei que, provavelmente, o lobo de Jungkook assumirá, como é de costume que aconteça com qualquer um de nós, e estou verdadeiramente curioso para saber como tudo isso vai ser. O que eu sei é que intenso é pouco para o que provavelmente vai acontecer, e estou ansioso para descobrir.
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