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Capítulo 7

Era o dia! Peter nunca esteve tão animado para fazer um trabalho no sábado de manhã e isso considerando que ele nunca foi de se queixar das obrigações escolares. Na maior parte ele achava divertido e conhecimento nunca era demais, além disso seria um trabalho de literatura com Cassie.

Ele tinha o dia todo planejado: ia passar a manhã com May, fazer uma ronda pela região e no final da tarde ele e Cassie fariam a pesquisa. May sugeriu que eles fizessem lá no apartamento mesmo, assim ela e Mike comeriam brownies e assistiriam algo na televisão enquanto Peter e Cassie faziam a leitura dos contos para o trabalho.

Cassie havia dito que a madrasta não estaria em casa. Peter nunca havia visto a mulher e Cassie quase nunca falava dela, então ele presumia que não deveria ser muito ruim para os Johnson morar com ela.

Esses pensamentos passavam pela cabeça de Peter quando ele terminou de escovar os dentes e arrumava o cabelo ao som de Come and get your love. Ele passou os dedos pelos seus fios desgrenhados e cantou em frente ao espelho até a música acabar.
Seria um bom dia.

Ele se trocou e foi até a cozinha onde May preparava o café da manhã.

-Alguém está de bom humor hoje. -Ela disse com um sorrisinho. Seus cabelos escuros e compridos balançaram quando ela começou a cantar enquanto virava as panquecas. -Come and get your looooveee...

-Deus... Você está deixando a musica péssima. -Peter disse rindo. May jogou a panqueca por cima do ombro e Peter esticou o prato na direção exata fazendo com que ela pousasse no seu prato e não no chão.

Era um costume que ficou muito mais fácil depois de ele ter adquirido seu sentido aranha.

-Como vão as coisas? Espero que não esteja se sobrecarregando de novo. -May disse levando a jarra de suco para a mesa pequena e se sentou de frente para Peter.

Ela o olhou com aquele olhar de quem estava preocupada. Ela tinha surtado quando descobriu que Peter era o Homem Aranha, depois tentou proibi-lo para o manter seguro e finalmente entendeu que Peter precisava ajudar o mundo de alguma forma. Era a escolha que ele havia feito.

Até que finalmente entraram em um acordo: nada de tentar salvar o mundo depois das 23h, sempre responder as mensagens e ligações, e acima de tudo manter a comunicação. Por isso pelo menos uma vez na semana eles tinham o papo sobre ser herói.

-Eu estou bem. Não precisa se preocupar. -Ele disse enchendo sua panqueca com calda. -Mas eu queria lembrar que Cassie vem aqui mais tarde com o irmão dela.

-Hummm.   -May murmurou de boca cheia exibindo o mesmo sorriso de antes.

-Eles perderam o pai recentemente, então nada de perguntas constrangedoras sobre família. -Ele disse mastigando o primeiro grande pedaço.

May esticou a mão e limpou o canto da boca de Peter.

-Ah, querido... Deve estar sendo difícil para os dois. Vamos garantir que eles fiquem à vontade quando estiverem aqui. -Ela balançou a cabeça de forma positiva e colocou suco no copo de Peter.

Comunicação. Tia May sempre reforçava que a melhor coisa na relação deles era isso. Peter sabia que mesmo eles sendo a única família um do outro, não havia para ele laço mais precioso do que aquele.

**

As portas do guarda-roupa estavam abertas exibindo todas as colagens que Cassie havia organizado dentro delas. Post it de anotações estavam espalhados: amarelo para os fatos de acordo com a mídia, vermelho para questões que ela precisa decifrar e azul para as suas memórias.

Ela encarou uma nota em vermelho que dizia “essa coisa no meu corpo é permanente?” e outra em azul que dizia “lynx felidae” que era o nome que ela lembrava ter lido no frasco quebrado que ela acabou inalando no incêndio. Poderia entender melhor os efeitos daquilo se estivesse com o relatório que havia encontrado naquele disso. E isso a levava para a próxima nota azul “relatório desaparecido, suspeito: spider”.

Ele foi o primeiro a encontrar, então era o seu primeiro suspeito.

Havia outros detalhes como a voz do cientista e dos homens encapuzados, o tamanho da pegada deles, a tatuagem no tornozelo de um deles. Um olho só. Cassie nunca esqueceria aquelas imagens, nunca esqueceria das chamas crescendo e nunca esqueceria do último sorriso que Charles Johnson deu a ela.

-Cassieeeee. -Mike chamou da sala, ela ouviu os passos dele se aproximando.
Cassie fechou as portas do guarda-roupa e se virou para o irmão que entrou em disparada pelo seu quarto.

-Cassie, vamos! Vamos! -Ele disse subindo na cama e começou a pular bagunçando os lençóis. Ele tinha um sorriso que a lembrava do pai. -Não está na hora de ir na casa de Peter?!
Mike ficava muito entusiasmado quando a irmã o levava para sair, não importava para qual lugar.

-Sim, eu vou me trocar! -Ela sorriu abrindo os braços para o irmão e ele prontamente se jogou no colo dela.

Cassie aguentou o peso de Mike, mas notou que ele estava cada vez mais comprido. Ele já estava na altura dos ombros de Cassie, ela não conseguia mais ficar o carregando de uma lado para o outro.
Ele estava crescendo tão rápido.

-Escolhe uma roupa legal, Capitão Mike. -Ele pulou do colo para o chão e saiu correndo do quarto.

-Eu já disse pra não andar só de meia! -Ela gritou para ele que já havia entrado no próprio quarto.

**

Peter havia checado se tudo estava no lugar: a sala, seu quarto, os livros de mitologia e todo o material que poderiam usar. Seus olhos iam da mesa da cozinha até a porta diversas vezes e May fingia não perceber que ele estava ansioso.

Quando a campainha tocou Peter e May se levantaram ao mesmo e hesitaram sem saber quem atenderia a porta.

-Peter, acalme-se! -May sussurrou decidindo por fim que seria ela a abrir a porta.

Ela girou a maçaneta e abriu, Cassie e Mike Johnson estavam do outro lado.

-Oi, May. Eu vim comer brownies. -Mike disse com o maior sorriso doce que uma criança poderia dar e Cassie apertou a bochecha dele como se fosse um aviso para ser mais educado e ele rapidamente acrescentou: -Tudo bem com a senhora?

E pronto, Mike Johnson já tinha ganhado o coração não só de May, mas o de Peter também.

-Obrigada por nos receber. -Cassie disse enquanto ela e o irmão entravam e May trancava a porta e insistia em pegar os casacos deles. Mas a atenção de Cassie estava voltada para Peter. -Oi, vizinho.

Peter às vezes sentia que eles tinham esses momentos quando se encontravam, era como se o mundo ao redor tivesse parado ou como se funcionasse em câmera lenta e a única coisa que podiam fazer era prestar atenção um ao outro.

-Oi, vizinha. -Ele disse indicando que ela o seguisse. -Já separei algumas coisas que podemos usar.

Ele seguiu para a cozinha mostrando a ela os materiais na mesa. May segurava Mike pela mão e entrou na cozinha pegando a vasilha de brownies que havia separado só para ele.

-Peter, não é melhor fazerem isso no quarto? Assim o barulho da televisão não vai incomodar. E por favor, comam alguma coisa antes de começar. -Ela colocou uma garrafa de suco e pãezinhos sobre a mesa para eles e chamou Mike para dar uma olhada na estante de livros da sala já que a atenção do menino parecia estar bem dividido entre pegar alguns pãezinhos ou conferir a coleção de May.

-Tudo bem por você? -Peter perguntou enquanto Cassie se sentava e enchia um copo de suco para si.

-Claro. -Ela deu um meio sorriso e eles dividiram os pãezinhos entre si. Cassie estava com o cabelo dividido em duas longas tranças escuras, ela usava um casaco mostarda e peludo que dava vontade de abraçá-la como se ela fosse de pelúcia.

Peter pigarreou ao se dar conta dos próprios pensamentos.

-Eu tenho alguns livros infantis de quando Peter era pequeno. -May disse do outro lado da sala para Mike e que examinava a estante deles. -Você quer ver algum?

-Tem algum de física quântica? -Mike perguntou com a boca suja de chocolate.

May olhou para Peter como se tivesse sido pega de surpresa.

-Eu tenho dois de física quântica e um de astrofísica na terceira prateleira à direita. -Ele disse apontando e May pegou o livro e entregou para Mike que se sentou no sofá abraçando o livro.

-Ele gosta de assuntos um pouco avançados... -Cassie murmurou para ele.

-Nem imagino quem é que influencia ele. -Peter murmurou pegando os livros e se levantando, ela o seguiu e eles foram o quarto.

-Espero que não seja estranho. -Ele deixou os livros sobre a cama e deu graças a Deus por ter lembrado de arrumar a bagunça antes que ela chegasse.

Cassie entrou observando os posters na parede de Peter, várias comédias dos anos 80. Na estante tinha miniaturas de carros e heróis e Cassie se aproximou mais para olhar de perto a miniatura do Homem de Ferro.

-Parece coisa de criança, eu sei. -Ele disse meio sem graça.

-Eu tenho uma da Lady de Aço e da Espectro. -Ela sorriu e Peter se aproximou pegando a miniatura e colocando na mão dela.

-Espectro?

-Sim, é o alter ego da astronauta Adeline Rudolph que durante uma missão no espaço foi atingida por uma tempestade de radiação. -Ela sorriu para a miniatura do Homem de Ferro e ergueu os olhos para Peter. -Já deve ter ouvido falar dela. A tripulação da missão era o Quarteto Fantástico.

Peter subitamente se lembrou de todas as reportagens e manchetes que estavam pela cidade quando ele era pequeno. A história dos astronautas que se tornaram super heróis sacudiu o mundo inteiro. Ficaram conhecidos como Quarteto Fantástico, mas tinha uma que teve seu dna alterado e não fazia parte do grupo de heróis apesar de ser amiga e até ter casado com um deles.

-A Dra. Rudolph foi a mulher mais jovem do Brooklyn a ir para o espaço. -Cassie contou colocando a miniatura de volta na prateleira de Peter.

Ele se lembrou da mulher nas capas de revistas cientificas e dos artigos de astrofísica que ele lia quando era mais novo.

-Agora eu me lembro! -Ele exclamou e se lembrou de um detalhe.

Adeline Rudolph tinha longos cabelos negros, olhos de descendência asiática e uma postura de confiança que só alguém que havia tido um vislumbre do universo poderia ter. Adeline usava um boné com o símbolo da NASA, era sua marca registrada.

-Cassie, o seu boné! -Peter exclamou encantando percebendo a conexão.

Ela riu se sentando na cama dele. E algo naquilo fez o peite dele dar uma reviravolta pelo simples fato de que Cassie Johnson estava no seu quarto sentando em sua cama da maneira mais inocente possível e ainda assim parecia algo tão íntimo e especial.

-Eu ganhei o boné da Espectro em pessoa! -Ela contou enquanto Peter se sentava ao seu lado. -Ela estava voltando de uma de suas missões espaciais e estava nas ruas do Brooklyn falando com as pessoas que a seguiam até o Edifício Baxter.

Ela descrevia com um brilho nos olhos que fazia Peter imaginar a cena com clareza. Adeline Rudolph andando pela aglomeração de pessoas ao lado do noivo Johnny Storm, os cabelo escuro pelo vento e o macacão especial da Espectro. Parou para olhar a garotinha que se erguia sob os ombros de Charles Johnson só para acenar para ela.

-Ela me viu e entregou o boné para mim. Johnny Storm ainda me deu uma piscadinha. -Cassie e Peter riram.

Algo naquele momento para os dois foi especial, foi como se olhassem a alma um do outro por um momento e descobrissem que era tão bonito quanto imaginavam ser. Eles se olharam e de novo parecia que tudo ao redor havia sido paralisado e Peter sabia, simples sabia que não podia deixar o momento passar.

Ele se inclinou devagar na direção dela, os olhos conectados nas estrelas que ela refletia. Ele foi sutil para que ela se afastasse caso quisesse. Mas Cassie não desviou o olhar e também se inclinou na direção dele ajudando a diminuir o espaço entre os dois. A possibilidade de ser correspondido fez o coração de Peter falhar uma batida e deu a coragem que ele precisava para selar o beijo.

Seus lábios encontraram os de Cassie e foi como se uma nova estrela nascesse no céu, uma explosão interna que tinha força própria e que fez Peter tocar o rosto dela enquanto as bocas se conectavam.
Foi um beijo leve e carinhoso, mas que causou uma supernova dentro dos dois.

Quando eles se afastaram devagar, as estrelas nos olhos de Cassie estavam sorrindo e Peter sabia que não conseguia esconder o próprio sorriso.

-Então... -Ela disse depois de alguns segundos em que eles tentavam não sorrir ainda mais um olhando para o outro. -Podíamos começar com o conto de Otelo.

Peter nem havia imaginado que um beijo não seria o suficiente.

**

O ar da cidade não estava tão frio o que permitia Peter a ficar mais confortável no traje. Tudo estava bastante tranquilo, parecia que não teria nenhuma ocorrência pela noite. O rádio da polícia estava bem tranquilo e a falta do perigo permitiu que ele se distraísse com a lembrança dos lábios de Cassie nos dele.

Era uma sensação engraçada e gostosa de sentir, parecia que o beijo tinha acontecido há um segundo atrás. Isso já o deixava pensando se e quando se beijariam de novo. Queria uma desculpa para continuar vendo, Cassie. Se deu conta de que se beijaram e as mãos se tocaram, mas nenhum dos dois falou sobre sentimentos.

Peter se lembrou de May frisando que comunicação era importante. Achou que talvez ele e Cassie poderiam trabalhar nisso. Afinal, ele escondia dela um grande segredo. Havia visto o pai da garota morrer e havia prometido salvar ela, não era o tipo de coisa que a consciência de Peter lhe permitiria esconder para sempre.

Um som de alarme soou há alguns quarteirões do prédio onde ele estava. Peter se lançou em direção ao local usando suas teias para movimentar o corpo mais rápido. Era a rua central dos bancos, provavelmente algum assalto ocorria ali.

Quando se aproximou, Peter viu um homem fugir de um caixa eletrônico que havia explodido espalhando várias notas pela calçada. A vizinhança ao redor começava a acender as luzes e correr para as janelas para ver o que havia acontecido.

O assaltante correu para o beco mais próximo e Peter o seguiu. Desceu pela lateral do prédio no beco escuro cheio de pilhas de lixo e se surpreendeu quando viu o assaltante ao chão abraçando a mala de dinheiro que ele havia roubado. Uma silhueta escura com o rosto coberto estava sobre ele com o pé em seu peito o impedindo de levantar.

Desconhecido” -Disse Karen, seu sistema após tentar avaliar se a segunda pessoa era algum tipo de herói registrado.

A figura puxou a barra da calça do bandido e encarou alguma coisa no tornozelo dele. Peter achou que deveria se aproximar.

Ele desceu da parede e ergueu as mãos quando pousou no chão, em sinal de paz. A figura se virou para ele e o encarou antes de dizer:

-Spider, gostaria de dizer que é um prazer revê-lo, mas eu estaria mentindo. -Ela sussurrou. Era uma garota, mas sua voz estava distorcida como se ela usasse algum dispositivo que fazia com que parecesse que o rádio não estava acertando a frequência.

Ela parece te conhecer, vou acionar o disfarce de identidade completo” Disse Karen.

Quando Peter falou, sua voz soou como a de Smeagol em Senhor dos Anéis:
-Quem é você?!

A garota inclinou a cabeça como se estivesse muito surpresa pra responder. O ladrão ao chão arregalou os olhos.

Karen, esse disfarce de voz é péssimo”, ele murmurou para o sistema sem saber como desativar.

-Você tem algo que é meu, Spider. E logo eu vou voltar para buscar. -Ela murmurou se afastando. -Esse já me deu a informação que eu precisava, pode ficar com ele. -Ela indicou o assaltante no chão e correu em direção à rua.

Peter acertou o assaltante com sua teia o mantendo imobilizado no chão e correu em direção à rua, mas não havia mais ninguém lá. Ele caminhou de volta até o assaltante.

-Conhecia ela? -Ele perguntou ainda com a voz do Smeagol.

-Ahn... Não, ela tá procurando um cara com uma tatuagem no tornozelo. -Ele resmungou.

Peter suspirou e se lançou para cima em direção aos prédios, a policia estava a caminho e cuidaria do homem. Ele precisava pensar, nunca tinha visto aquela figura antes e aparentemente estava com algo que ela queria.

Às vezes ele queria se preocupar só com os problemas de um garoto normal, como por exemplo, quando iria ver a garota que ele gosta. Mal sabia ele que o reencontro tinha acabado de acontecer.

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