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Capítulo 4


PETER ESTAVA ATRASADO, ele precisou parar um carro com fugitivos às 07:30 da manhã. Parece que nunca é cedo para se cometer um crime. Por mais que ele conseguisse se locomover mais rápido com suas teias indo de prédio a prédio, a aula já havia começado. Ned não parava de mandar mensagens para o seu celular.


“O que eu invento dessa vez? Digo que você perdeu a hora?”

“Não, é melhor algo mais criativo. Vou dizer que seu cachorro passou mal”.

“Atividade na primeira aula. Salve o mundo e corre pra salvar sua nota também”.


O mais engraçado era que Karen, o sistema operacional do seu traje, lia as mensagens sem emoção alguma, Ned deveria estar surtando quando as escreveu. Peter aterrissou no terraço do colégio, tinha a vantagem de todos já estarem dentro da escola e assim ninguém o veria.

Ele tirou o traje com pressa e colocou a roupa que havia guardado na mochila. A camisa branca, a blusa xadrez e a calça jeans eram as peças mais fáceis que ele tinha para vestir em tempo recorde, por isso já saía de casa com a roupa pronta na mochila.

Depois de guardar o traje, Peter correu para a porta do terraço, desceu as escadas do prédio e correu mais ainda pelo corredor para a sala de literatura.

A porta estava aberta e a Sra. Handersen estava de costas ajudando que outro aluno encontrasse a página correta. Os olhos de Peter automaticamente procuraram por Ned e o encontrou sentado no canto esquerdo com Michelle ao seu lado. Então ele percebeu que a sala havia se dividido em duplas.

Sentiu um momentâneo nervosismo ao pensar que faria atividade sozinho, até que do lado direito da sala ele viu Cassie e ela sorriu para ele acenando com a mão. A cadeira ao lado dela estava vazia e ela o chamava acenando a mão direita.

Peter se aproximou e ela tirou a mochila da mesa para lhe dar espaço.

-Guardei seu lugar, Ned avisou que iria chegar atrasado. -Ela disse enquanto ele se sentava, ele olhou para Ned que de longe levantou um dos polegares e sorria como se aquele fosse seu plano desde o principio.

-Obrigado. -Peter disse se virando para ela. O cabelo de Cassie estava preso em um rabo de cavalo alto e seus cachos volumosos estavam no topo da cabeça como uma coroa.

Alguns escapavam do penteado e emolduravam o rosto dela e então ele percebeu que deveria estar encarando demais e desviou os olhos.

-Achei que fosse fazer a atividade com a Michelle.

Por um breve momento Cassie pareceu incerta do que havia feito e prontamente segurou a bolsa como se fosse se levantar:

-Eu posso pedir pra trocar com o Ned, se preferir.

Algo em seu peito quase o fez dar um pulo, ele segurou o braço dela gentilmente de forma impulsiva. Cassie era escorregadia, ela sempre estava escapando. Quando parecia estar chegando perto, se afastava. Nunca ficava para os encontros depois das aulas, nunca saía com o pessoal nos fins de semana e nunca falava da sua vida antes de de Midtown High. Algo em Peter sabia que ele não podia deixá-la escapar.

-Não foi o que eu quis dizer. -Ele se apressou em dizer. -Na verdade, isso é bom. A gente só conversa na hora do almoço.

-Sim, também acho que devíamos conversar mais. -Cassie parecia conter um sorriso e Peter começou a dizer para o seu cérebro que não precisava fazer um alvoroço por conta daquilo.

-Para esse trabalho eu quero que estudem um texto de outros períodos, como o clássico, o barroco ou qualquer outro de sua preferência. Leiam ele, façam uma análise e em até três semanas apresentem para a classe.  A razão deles continuarem sendo apreciados até hoje mesmo com todo nosso avanço como sociedade. -A Sra. Henderson falou enquanto escrevia as orientações na lousa.

Cassie abriu o caderno para copiar e enquanto ela procurava por uma caneta, Peter observou as folhas do caderno que tinham anotações bem organizadas e ao redor era cheio de desenhos de estrelas e planetas, como se fosse um mapa de constelações.

Ele sorriu se aproximando mais e pensou em puxar o caderno pra si, mas percebeu que talvez fosse algo pessoal de Cassie e ela sempre era muito reservada. Quando ele ergueu os olhos para ela viu que ela estava olhando.

-Eu gostei, são incríveis. -Ele disse.
Ela sorriu um pouco incerta.
-São só traços e bolinhas, como um liga pontos. -Ela explicou colocando a ponta do lápis em um pontilhado que representava uma estrela.

-Você conhece bastante as constelações. -Ele murmurou Ela entregou um lápis pra ele, gentilmente e quase hesitante, Cassie segurou a mão dele com a sua e conduziu o lápis pelo caderno.

O toque dela era macio, leve e quase carinhoso ou talvez Peter que queria que fosse carinhoso, talvez ele queria que significasse algo. Ela desenhou as linhas formando um “W” de estrelas e ele conhecia aquele padrão.

-Essa é a sua constelação, Cassiopeia. -Ele sussurrou e dessa vez ela não segurou o sorriso.

-Você também conhece constelações. -Ela sussurrou de volta.

Peter conhecia algumas, mas o quê ele queria mesmo conhecer eram todas aquelas galáxias nos olhos de Cassie.

A manhã havia sido corrida, mas em compensação a tarde estava calma. Peter ficou pelo Queens de bairro em bairro, não houve nenhuma ocorrência. O Homem-Aranha fez algumas coisas para ajudar a vizinhança: resgatou um gato teimoso de uma árvore, ajudou um comerciante a colocar a placa nova de sua loja, ajudou a empurrar um carro até engatar a marcha.

Depois ele se sentou no alto de um prédio e comeu um sanduíche enquanto olhava o sol se pôr. Ficou surpreso quando percebeu que o sanduíche lhe lembrou de Cassie e imaginou o que ela estaria fazendo naquele momento. Imaginou se não deveria escolher alguma conto grego para o trabalho de literatura, algo clássico e poético que ela fosse gostar.

Quando terminou o lanche decidiu que era hora de voltar para casa. Ele entrou pela janela do quarto e tirou o uniforme, era melhor manter o hábito. May já havia descoberto, mas mesmo assim ele não podia entrar pela porta da frente vestido de Homem-Aranha, seria estranho.
Ele tirou o traje e colocou uma camisa branca com uma calça moletom preta e se dirigiu para a cozinha que cheirava à comida chinesa e brownies.

May estava na bancada organizando os brownies em uma tigela de vidro. A comida chinesa estava em um prato de plástico fechado. As embalagens da comida estavam na lixeira.
-Peter! -Ela exclamou quando o viu se aproximar. -Que bom que chegou! Eu preparei algumas coisas para dar as boas-vindas aos nossos novos vizinhos.

E com preparar ela queria dizer que havia comprado. Sorte dos novos vizinhos, porque a comida de May era difícil de digerir.

-Temos vizinhos novos? -Ele perguntou roubando um pequeno pedaço de brownie, estava uma delícia. -Não vi ninguém novo. -Ele acrescentou de boca cheia.
-Faz duas semanas já! Tentei três vezes encontrá-los, mas nunca tem alguém em casa. -Ela explicou reunindo os brownies e pegando a tigela. -Mas eu vi alguém chegando agora há pouco. Vamos lá, Peter!

Ele tentou protestar, mas ela o puxou com a mão livre para fora do apartamento. Eles caminharam pelo corredor do prédio e May bateu na porta do apartamento. Peter sabia que aquele local estava vazio há meses e não sabia de ninguém que tivesse mudado recentemente. Por outro lado, ele passava o dia todo fora de casa, então não tinha como ter certeza.
May estava animada e já com o sorriso pronto no rosto. Há anos que ela tenta fazer amizade com os vizinhos, pelo menos dessa vez ela havia comprado comida pronta.

Eles esperaram por um tempo, mas não houve resposta.
May bateu novamente. Dessa vez Peter conseguiu ouvir barulho do outro lado da porta, May tinha o olhar cheio de expectativas.

A porta se abriu e Peter engasgou com o último pedaço de brownie que tentou engolir.

Cassie havia chegado do trabalho e Mike já a esperava em casa. Ele sempre corria para a abraçar quando ela entrava, ele contava pra ela do seu dia na escola e seguia pela casa falando. Ela pegava suas roupas limpas e ia tomar banho, Mike e ela conversavam o tempo todo. Ele sempre a esperava do lado de fora do banheiro.

Para os irmãos Johnson todo tempo era precioso e eles o aproveitavam juntos. Cassie saiu do banheiro e seguiu para a cozinha.

-A lição de matemática foi super fácil! Depois eu vou te mostrar, eu já sabia os exercícios. Eu queria logo ter física igual a você.... -Mike tinha uma energia incrível e até perdia o fôlego de tanto falar.

-Meu Deus! Você queria ter física logo no ensino fundamental?! -Cassie riu enquanto abria a geladeira para recolher os ingredientes do jantar.

-É porque já tá tudo meio previsível. Menos literatura, a professora indicou O Senhor do Anéis. A gente podia ver o filme no fim de semana. -Mike se sentou enquanto observava Cassie organizar as panelas no fogão. Ele achava o filme um saco, mas assistiria só pela irmã. -Ah, Cassie, hoje alguém bateu na nossa porta umas duas vezes antes de você chegar.

Cassie se virou para ele um pouco preocupada:
-Você não atendeu a porta, não é? -Ela perguntou e Mike balançou a cabeça sacudindo as trancinhas de um lado para o outro.
-Não, você disse pra não atender quando você não estiver em casa. -Ele disse com as mãos batucando na mesa. -Se fosse a assistente social, estaríamos fritos.
-Bem fritos! -Ela concordou.

-Mas aconteceu na semana passada também. Eu peguei o meu banquinho e subi para olhar no olho mágico e era a mesma mulher da semana passada. -Ele colocou o queixo sobre uma das mãos, seu olhar infantil parecia preocupado.
-Você fez certo, Capitão Mike. -Cassie passou os dedos pelas tranças dele para o tranquilizar. Michael sorriu para ela e Cassie voltou para o fogão para mexer o arroz.

Foi quando a campainha tocou.
Os Johnson congelaram.
Mike arregalou os olhos para Cassie que apertou o cabo da colher apreensiva.
Alguém estava procurando por eles e não era a primeira vez. Cassie precisava atender a despistar a pessoa pelo menos uma vez.
Ela fez um sinal de silêncio para Mike e seguiu até a porta. Se aproximou do olho mágico, mas ele estava tão embaçado que não era possível identificar a pessoa.
A campainha soou de novo, Mike se levantou para ir até Cassie mas derrubou os potes que estavam na mesa. Ela olhou para o irmão atônita, enquanto Mike fazia um beicinho sussurrando “desculpa”.

Ela contou até três e abriu a porta.
Era uma mulher linda e jovem, parecia muito uma atriz de comédia romântica antiga que o pai de Cassie costumava assistir. Ela sorria como se o fato de Cassie ter aberto a porta fosse a melhor coisa do dia.
-Oi! Eu sou sua vizinha! -Ela disse estendendo a mão enquanto segurava uma vasilha de brownies de chocolate na outra.

Alguém tossiu e foi então que Cassie colocou a cabeça no corredor e viu Peter Parker.
Era Peter.
Tinha que ser o Peter?

E ele estava com o canto da boca suja de chocolate. A mente de Cassie ficou extremamente confusa, nada fazia sentido. Tinha uma moça desconhecida na sua porta, Peter Parker estava no corredor do seu prédio e por que diabos a primeira coisa que ela olhou foi a boca dele?
Atrás de Cassie, Mike se aproximou e colocou a cabeça pela fresta da porta que a irmã mantinha aberta. Ele olhou bem para a mulher e em seguida para Peter.

-Estamos fritos? -Mike perguntou para Cassie que estava surpresa demais para falar.

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