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Anahí apertava os olhos com tanta força que seus cílios se tornaram espinhosos a ponto de fazer seus olhos sangrarem. Misturando-se ao que saia de seu nariz. Com a pequena quantidade de sangue humano no corpo, ela estava fraca demais para tamanho esforço a fim de obter aquelas respostas. A imagem que se tinha era assustadora. O rosto da vampira estava recoberto pelo vermelho que escorria dos seus olhos para o seu busto, deixando-a totalmente suja.

"Ainda com os olhos repletos de lágrimas, Nora rezou, por um destino mais justo, por uma segunda chance, por suas filhas que ficariam sem ela. Jamais se arrependeria de tê-las pegado para si e ter salvado suas vidas. Maite a anja cheia de pureza e bondade; Dulce a fada decidida, cuidadosa, responsável; e Anahí, a bomba relógio, o seu maior risco de vida era ama-la. Mesmo sendo vampira ela acreditava na sua bondade, na sua luta para não machucar humanos... 'Eu seria o seu teste. Mas e agora, quem ia ampara-la?' A humana se rendeu ao desespero de imaginar o seu fim. O homem de preto, que percorria ao seu redor. Parou. A mulher o olhou nos olhos, decepcionada. Ele a pegou pelos brações, arrastando-a para mais perto do pico do penhasco. O vento a assustava em dobro, só de imaginar a altura incalculável daquele lugar. 'Por favor! Não faça isso!' mesmo aos prantos ele não a ouviu, jogando-a ladeira a baixo".

A vampira gritou fazendo todas as folhas caírem junto de seu corpo, que se impactou sobre o chão. Anahí, literalmente, chorava lágrimas de sangue. O seu poder a fez sentir a mesma dor que sua mãe ao cair. Quase desmaiada ela pôde ver um último flash da recordação.

"O homem de preto tirou o capuz para se certificar da morte da mulher, e ao fazê-lo sua identidade foi revelada..."

Anahí: Não pode ser. Você!.- disse dando seu último suspiro, antes de desmaiar e toda a miragem sumir diante dos seus olhos.

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Na floresta, o grupo caminhava sem cessar, apressados e com medo do que encontrariam na cabana afastada de tudo.

Maite: onde está Christopher?

Dulce: O deixei na mansão.

Maite: Por quê?

Dulce: Imagina o risco que corre estando aqui. Não quero que aconteça nada com ele.

Maite: Também temo por William. Mas às vezes os humanos nos surpreendem.

Dulce: Não estou disposta a testar.

William mesmo de longe ouviu o bastante. Ele também não queria que o amigo viesse. O risco era grande demais, e ele sabia disso, já tinha visto de perto. Quando o som da trombeta de um dos guardas soou, foi o aviso para a pausa. Já era muito tarde e a noite se lastrava por toda a floresta mostrando os perigos que havia ali. A fogueira foi acesa, fazendo todos descasarem ao redor dela fechando seus olhos, em exaustão. Os guardas de Kalypto permaneceram em alerta, protegendo todo o grupo.

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Alfonso estava jogado a chão, olhando o nada, tentando manter a sanidade. A fome e a sede o deixavam sem raciocínio, o único que fazia além de sentir-se fraco era pensar em Anahí. Em seu sentimento inexplicável por aquela mulher. Os passos de Edward se aproximaram dele, e mesmo assim o rapaz permaneceu deitado.

Edward: Andei elaborando uma nova ideia - disse em tom sarcástico -Que tal se eu te transformar em vampiro?

Alfonso ergueu a cabeça, em pavor.

Vampiro!

Aquilo era assustador demais para seu ouvidos. Com receio ele apertou os olhos e encarou o adversário buscando algum possível sinal de brincadeira, mas aquilo pareceu mais Edward falava sério do que ele poderia imaginar.