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Saiba a verdade

Logo estavam todos reunidos na sala da casa das Irmãs. Alfonso estava ao lado de William que parecia o mais confuso de todos, ele não conseguia entender do que eles falavam. Mas para Alfonso, já fora o suficiente, ele entendeu o bastante. Imaginou o tipo de relacionamento de Anahí com o tal, Edward. Ele não podia demonstrar a sua tristeza em saber que não teria chance alguma em relação àquele cara.

Anahí e Dulce não paravam de se mover, desinquietas pela preocupação.

Edward: Se ele diz que são cachorros, é possível ter sido os Lobos do Oeste.

Anahí: Mas o que eles querem com ela? Isso não faz sentido!

Edward: Não sei. Pode ser pra pedir alguma coisa... Com certeza descobriram que eu achei você.

Anahí: Que ótimo! Então por que não me levaram?

Dulce: Vamos ter calma. Queremos achar a Maite e dessa forma não ajuda. Edward... Pode nos levar até lá?

Edward: Posso. Mas vocês estão preparadas para isso?

Anahí: Que se dane se estamos preparadas ou não! O que importa e que ela pode morrer se não a acharmos o mais depressa. - aquilo pareceu ter feito William despertar do transe.

Ele se levantou gritando para que todos se calassem. Eles o olharam, já em silêncio, sem ação.

William: O que esta havendo aqui? O que eram aquelas coisas que vocês chamaram de lobos? Onde ela está? Eu não entendo! E porque parece que só eu estou surpreso?

Dulce: William... Eu não tenho direito de falar por ninguém. Maite é que deve te contar isso.

William: Mas como se ela não esta aqui! - Todos se entreolharam.

Alfonso até queria explicar, mas ele também não sabia ao certo o que elas eram. A única que ele podia reconhecer era Anahí como um ser das trevas.

Dulce: Anahí vai com Edward, e eu vou ficar um tempo aqui. Depois sigo vocês. - assentindo eles se foram.

Dulce olhou Alfonso como se repensasse em dizer, e ele pareceu interpretar.

Alfonso: Não se preocupe Dulce, eu já sei de tantas coisas que você nem imagina. Guardei o segredo da Anahí e tenho certeza que William fará o mesmo - ela concordou com a cabeça. No fundo imaginava que ele devia saber de algo.

William: Que segredo? Do que estão falando? - ele já não escondia mais a sua frustração em se sentir um imbecil.

Resolvendo de uma vez esclarecer as coisas, Dulce se posicionou perto dele e se pôs a falar.

Dulce: Maite, assim como eu e a Anahí... Somos diferentes - ela se deteve um pouco entes de continuar - temos poderes William. Não é imaginação ou histórias. É real - ele continuou com o olhar perdido e Dulce resolveu se mostrar.

Fechando os olhos, ela se concentrou e suas asas começaram a surgir. Os dois olharam admirados para aquela imagem tão bela e deslumbrante. Quando ela se ergueu, seus pés foram deixando de tocar o chão, mas foi só o que fez. Ela logo desceu e se recompôs, escondendo novamente as asas.

William: Meu deus! - disse agradecendo estar sentado, pois, sabia que se estivesse de pé, cairia - Você sabia disso Alfonso?

Alfonso: Não... Dela não.

William: Quer dizer que Maite é isso... - pausou reconsiderando as palavras - Assim também?

Dulce: Não. Eu sou uma Fada e ela é uma anja.

William: Céus. Eu não sei... - ele punha as mãos nos cabelos, descrente do que acabara de ver e ouvir.

Alfonso: Você precisa guardar segredo William ou alguém pode machuca-las de verdade.

William: Não. Não direi nada... E Anahí? O que ela é? - Dulce e Alfonso se entreolharam temerosos. Falar de Annie era mais complicado.

Alfonso: Não se preocupe. Ela é especial também. Outra hora eu te explico tudo, já chega de informações por hoje - O telefone de Willian começou a tocar freneticamente, por várias vezes. Eles já haviam passado tempo de mais lá e já era quase noite.

William: É Christopher. Deve estar preocupado com o nosso sumiço.

Dulce: vocês podem ir, eu vou atrás da Annie.

Willian: Não! Eu vou com você Dulce.

Dulce: Claro que não! Não sabemos o que nos espera. Pode ser perigoso para você.

William: Se não me levar eu vou sozinho. Ai sim vai ser mais perigoso - ela tentou tirar a ideia de sua cabeça, mas pareceu em vão.

Que cabeça dura! o jeito foi ela ter de ceder.

Alfonso: Eu vou para casa e o tranquilizo. Cuidado - disse temeroso ao olhar o amigo.

Alfonso imaginava como ele estava se sentindo agora. Todos saíram e ele ficou observando Dulce expor mais uma vez, seu par de asas, o segurando pela cintura. E os dois sumiram no céu.

Ela voava rápido. Aquilo até o fez sorrir nervoso. Tudo parecia brincadeira. Alfonso nunca ia cansar de se impressionar com o que ele, e agora seu amigo, haviam se metido.

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