Willian: Você poderia parar de falar dessa mulher por pelo menos um segundo?

Perguntou alterado. Desde que chegara, Alfonso não parava de falar da tal mulher de olhos cor de Rubi. Devia ser exagero, ninguém podia ter olhos desta cor. Ele dizia estar completamente enfeitiçado por ela. E que junto estava outra mulher, também bonita e de cabelos ruivos. Parece que eram irmãs.

Afonso: O taxista disse que seu sobrenome é Portisavirroni. Vou tentar encontrá-la.

Willian: Mas você disse que ela nem te olhou. Te deu maior gelo.

Alfonso: Isso não significa que eu não deva tentar. Tudp é questão de tempo.

Willian: Muito bem; se diz. Eu vou dormir. Fique ai sozinho com a sua mulher dos sonhos na cabeça. - Alfonso retrucou dando de ombros. Não se importava com os comentários "sem graça" de seu amigo.

~~~

A recordação da noite passada estava viva em sua mente, e bem na sua frente, uma das irmãs da tal mulher misteriosa.
Willian decidiu tomar a iniciativa de conversar com ela, mas pelo que era aparente sua timidez, seria um processo demorado.

Willian: Faço questão de lhe pagar algo para beber em troca do meu descuido.

Maite: Isso deveria ser o oposto. Eu que bati em você.

Willian: Então você que me deve, e vou cobrar. – Maite corou com o comentário.

Não se podia esconder. Ele se encantava a cada momento por sua doçura. Ela usava uma bela capa preta.

Maite: Tudo bem, mas vai ser rápido, tenho que ir.

Willian: Prometo que será bem rápido.

Concordando, ambos foram até a cafeteria ao lado do supermercado e conversaram coisas banais.

Maite: Então você não é daqui?

Willian: Meus amigos e eu nos mudamos a poucas semanas. Viemos pela faculdade.

Maite: Aqui é uma boa cidade.

Willian: Isso é. E você, tem família?

Maite: Oh, Sim, tenho duas irmãs. Não conheci meu pai, e minha mãe  faleceu esses dias... O seu velório foi ontem.

Willian: Desculpe ter perguntado. Meus pêsames. – disse incomodado com a sua pergunta infeliz.

Maite: Tudo bem. Ela não ia gostar de nos ver tristes – o olhar de Maite era distante. A anja recordou do sorriso e da alegria de Nora.

Willian: Por isso a capa preta?

Maite: Sim - disse envergonhada - É por isso... Foi bom conversar com você, mas tenho que ir - assim que Maite se levantou, William ainda sentado, segurou sua mão.

Ela o olhou nervosa. Suas mãos se tocaram mais uma vez, e novamente ela sentiu um frio na barriga, que a faz revirar de todas as formas.

Willian: Eu gostaria de convidar você para o meu aniversário. Vai ser na semana que vem, na minha casa.

Maite: Não sei se é uma boa ideia - ela puxou sua mão em nervos - Não sou muito chegada a festas e nem acho o momento apropriado.

William: Faço questão da sua presença. É bom ter amigos quando se é novo num lugar. Você pode levar suas irmãs - vendo a resistência em seu olhar. Ele decidiu insistir - Me diga que vai. Será divertido, eu prometo. - Maite pareceu se render.

Ela nunca gostava de dizer não às pessoas. Sua educação fora bem instruída.

Maite: Tudo bem. Eu irei.

Willian: Ótimo! Vou esperar você e suas irmãs. - eles trocaram endereços e marcaram a data.

Agora só faltava o bendito dia...