Não se aproxime do perigo
Dulce voltou para o mesmo local que estava no bar antes do incidente, se sentando com as pernas bambas e pedindo água. Era o que precisava. Ela estava nervosa demais pelo que tinha acabado de acontecer.
Assim que aliviou seus ânimos seu olhar percorreu o local em busca de Anahí, mas ela não estava em parte alguma. Dulce bebeu o último gole em seco e se levantou tentando expandir a visão, mas ao invés disso Maite foi quem se aproximou dela, sorridente, enquanto William ia na direção oposta cumprimentar um amigo.
Maite: Esta se divertindo? - perguntou de forma leve, pedindo um copo de soda para o barman sem notar o desespero da irmã.
Dulce: Anahí sumiu! - Maite abriu os olhos virando de frente para Dulce quando fi pega de surpresa pela revelação. Sua bebida mal pôde descer garganta a baixo.
Maite: Como assim sumiu? Aonde ela foi? - Dulce explicou tudo o que havia acontecido "poupando o detalhe do beijo".
Dulce: ...e agora voltei e não vejo nenhum dos dois... Será que aconteceu alguma coisa? - deduziu prevendo o pior - Precisamos procurar eles.
Ambas saíram em disparada pelo centro da pista procurando por todos os lados possíveis e impossíveis.
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Anahí já não aguentava ficar de pé. Haviam muitas pessoas por ali, esbarrando nela, gargalhando e afetando sua audição. Na parte do jardim tinha jovens jogados bêbados pelo chão, meninas dançando como loucas... a vista da vampira estava mudando de cor, e ela sabia disso só pela temperatura do seu corpo.
Ela fechou os olhos e decidiu dispersar os pensamentos se recostando em uma árvore que tinha ali.
"Ele estava tão perto" pesou ainda de olhos cerrados.
Então o vento soprou quente sobre o seu rosto e seus olhos se reabriram dando mais uma vez de cara com o par de esmeraldas brilhantes e confusas.
Ele estava a sua frente, novamente.
Alfonso: Porque correu de mim?
Anahí: Você esta me seguindo por acaso? Na pista de dança e agora aqui - Ela se desencostou desviando dele em seguida.
Alfonso: Não - negou firme - Eu só estou na minha casa, e posso circular por onde quiser.
Anahí: Tem toda razão. Eu que devo sair - ela fez menção de sair, mas ele se pôs a sua frente impedindo a passagem.
Alfonso: Eu não disse por mal. Só lhe respondi.
Anahí: Não me importa a sua intenção, só quero ir. Posso? - falou ironicamente fazendo gesto com as mãos para a liberação da passagem.
Alfonso a encarou por alguns instantes até liberar sua passagem, derrotado pela determinação dela.
Quando Anahí deu seus primeiros três passos, sua ultima pegada foi pausada pelo som do vidro se quebrar e o cheiro de sangue se espalhar em todas as direções que ela virava o rosto. Uma das garotas que estavam dançando escorregou derrubando um copo de bebida, em seguida se cortando com os cacos. a jovem berrava num drama sem fim, até um grupo de amigos a ajudarem.
Agora sim ela não conseguia prever o fervor do seu próprio sangue e muito menos ter controle sobre ele. Seus olhos já estavam vermelhos como fogo, fixos nos ferimentos da garota.
Anahí pôs as mãos sobre o face cobrindo escondendo sua visão. Alfonso mesmo sem entender segurou os ombros dela solidário.
Alfonso: Venha comigo, vamos sair daqui - ela negava aquela sugestão a si própria, mas se deixou arrastar por ele.
Já distantes o suficiente de todo o alvoroço, Anahí já não tinha os sintomas da sede. Até perceber quem estava a sua frente.
"ele cheirava tanto que faltava entupir suas narinas sangrentas".
Alfonso: Você tem medo de sangue?
Anahí: Sim, eu tenho - justificou rápida, mentindo - Obrigada por me tirar de lá - foi o único que disse a ele até se virar e ir embora.
Alfonso não compreendia os motivos de tanta rejeição. Porquê ela parecia querer fujir dele a cada minuto? De olhar fixo ele observou a imagem da bela mulher desaparecer novamente.
"Ela tinha olhos de cor azul?" Mas ele viu claramente seus olhos avermelhados na noite do incidente - tudo aquilo soou muito mais estranho.
Com uma incógnita na cabeça, retornou para dentro da casa voltando à festa, ou ao fim dela.
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Maite e Dulce já estavam cansadas de andar cada canto da casa em busca da irmã.
Maite: Já olhamos por toda parte.
Dulce: Calma, ainda falta à parte de fora - as duas se olharam nervosas.
Maite: Se ela o levou para longe, eu nem quero pensar no que pode ter acontecido.
Dulce que estava de frente à irmã se virou de uma vez para dar continuidade à busca, mas esbarrou em Christopher que passava por detrás dela. Ele a encarou envergonhado e os dois se encaixaram por alguns segundos, até se ouvir a voz de Alfonso.
Alfonso: Vamos Ucker! Você já extrapolou por hoje! - ele segurou o braço do irmão, abrindo espaço para visualizar Dulce - Oi! Você também veio! - cumprimentou educado.
Maite se sentiu desnorteada por um segundo.
Maite: Vejo que já se conhecem.
Alfonso: Sim. Ela me ajudou no dia do assalto, na semana passada. - A anja arregalou os olhos como se tivessem lhe dado um soco no estômago.
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